Rota de 3 aldeias do Alvão (Cavernelhe, Bilhó e Vila Chã)
near Vila Chã, Vila Real (Portugal)
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Itinerary description
CAMINHO FLORESTAL
CASCATAS DE BILHÓ (RIO CABRÃO)
- Trilho circular sem marcações e que teve por referência o percurso efetuado pelo
gmvr.trekking, em julho de 2021, com início e fim junto à capela da Sra. do Fojo, no Parque Natural da Serra do Alvão (opcional);
- Iniciando o percurso no sentido anti-horário, os primeiros 1500 metros decorrem por uma ladeira com um declive ascendente muito pronunciado, aliado a um piso de pedra solta que dificulta a subida, até se chegar à Cancela do Miradouro, local privilegiado para se observar a NW o peculiar Monte Farinha e o santuário da Senhora da Graça que se encontra no seu topo. Concluída a íngreme subida (e também a única que importa referir), inicia-se uma longa e suave descida que assim se manterá até ao final do percurso, primeiro através de pinhais pelas encostas da serra e depois através de bosques e zonas rurais nas imediações das aldeias que se atravessa. Continuando assim por caminhos de terra, vamos-nos aproximando da primeira aldeia, Cavernelhe, a qual se percorre parcialmente, pois apenas fomos até junto da sua capela, dedicada a S. Bento. O troço seguinte continua primeiro entre lameiros agrícolas e depois por caminhos serranos até à estrada N312-1, onde se faz um desvio linear para se visitar as belíssimas Cascatas de Bilhó, que nos meses de maior caudal do rio Cabrão assumem toda a sua imponência. Sem dúvida, um local de visita obrigatória! De regresso ao trilho, o percurso dirige-se agora para a aldeia de Bilhó, na qual se entra junto à capela de São Bartolomeu. Neste local existe uma fonte e também dois cafés, providenciais para uma pausa de almoço ou de reforço, reabastecimento de água ou de bebidas frescas. Contornando a aldeia, e já no limite do casario, passa-se pela Igreja do Divino Salvador e respetivo cruzeiro e a seguir entra-se novamente em caminhos rurais, pequenos bosques e carvalhais, até que aos 9,4 kms se efetua outro desvio linear, de novo na direção do rio Cabrão, para se visitar um conjunto de lagoas e algumas quedas de água. É uma zona extremamente agradável, propícia a banhos, com uma beleza envolvente que transforma este local em mais um pequeno paraíso desta serra. Retomando o percurso, aproximamo-nos agora da terceira e última aldeia, Vila Chã, na qual fizemos mais um pequeno "desvio" (não linear) de forma a atravessar um dos seus núcleos rurais. Ao se prosseguir para o último troço, faz-se ainda uma travessia do rio Cabrão sobre uma ponte medieval ou romana (não encontrei informação acerca da mesma), mesmo ao lado da nova ponte de betão. É um local curioso mas cuja ausência de informação e de manutenção (vegetação) são incompreensíveis, pois a ponte tem características muito interessantes. Os últimos 3 kms fazem-se descontraídamente, por entre bosques com pequenas oscilações de altimetria, até se chegar à Casa do Guarda Florestal do Fojo (que está a ser muito bem restaurada) e à capela da Sra. do Fojo, ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para a Cancela do Miradouro, a capela de S. Bento na aldeia de Cavernelhe, as cascatas de Bilhó no rio Cabrão, a capela de São Bartolomeu, fonte e lavadouro e a Igreja do Divino Salvador e cruzeiro na aldeia de Bilhó, as lagoas no rio Cabrão, o casario rural da aldeia de Vila Chã e a ponte medieval ou romana sobre o rio Cabrão, a Casa do Guarda Florestal e a capela da Sra. do Fojo e as fantásticas vistas panorâmicas que ao longo do percurso nos vão surpreendendo, nomeadamente para o vale do Canhão das Fisgas do Ermelo e, do lado oposto, para o peculiar Monte Farinha e o santuário da Senhora da Graça;
- Quase todo este percurso se faz com bastante ligeireza, à exceção da íngreme subida inicial que requer boa capacidade física. No entanto, importa referir que se deve ter em conta as alturas ideais do ano para percorrer esta serra, ou seja, outono e primavera. No verão, as temperaturas médias desta região são bastante elevadas, embora o percurso tenha bastante sombra, sobretudo nas zonas que atravessam bosques, o que facilita a progressão em dias mais quentes. No inverno, com chuva e ventos fortes (e também neve) alguns troços mais expostos tornar-se-ão perigosos e escorregadios;
- Misto de caminhos rurais e caminhos florestais e alguns arruamentos calcetados / alcatroados;
- Percurso acessível e com características fáceis, pois a distância percorrida não é muito longa e apenas apresenta um declive muito acentuado no início que, embora exija esforço físico, vence-se com facilidade. No entanto, botas e bastões são importantes. Além disso, o uso de GPS é fundamental, pois são muitos os caminhos e carreiros que aqui se cruzam, o que facilmente levará a enganos. Importa também referir que as app móveis são uma boa ferramenta mas nem sempre captam os satélites em boas condições (comparadas com um GPS), o que pode causar alguns transtornos;
- No seu todo, este é um percurso muito bonito, com excelentes vistas panorâmicas sobre a serra do Alvão e a região de Mondim de Basto. Além disso, as três aldeias que se atravessa, os paradisíacos recantos do rio Cabrão, assim como o restante conjunto de pontos de interesse, dão a este percurso uma beleza muito especial. Sem dúvida que vale a pena voltar ao Alvão!
BOSQUE (PORMENOR DO PERCURSO)
PINHAL (PORMENOR DO PERCURSO)
Outros percursos realizados nesta região:
PR3 MDB - Fisgas do Ermelo (c/desvio a Varzigueto e às Piocas de Baixo)
PR3 Fisgas do Ermelo
Circular pelo Ermelo, Alto do Vaqueiro e Alto do Sabugueiro (Parque Natural do Alvão)
Trilhos do Marão / Alvão: Carvalhal de Gontães e Mineiro
Travessia do Alvão - ETAPA 1/2
Travessia do Alvão - ETAPA 2/2
PR2 MDB - Levada de Piscaredo (circular pelo vale do rio Cabril)
Do Caminho do Porto Velho às Silhas de Pardelhas
Trilho das Silhas (entre Campanhó a Pardelhas)
Fornos da Cal, Campanhó - Mondim de Basto
Entre o Marão e o Alvão
Alvão
GADO MARONÊS
CÃO PASTOR (PORMENOR DO PERCURSO)
- SERRA DO ALVÃO
A Serra do Alvão é uma elevação de Portugal Continental, com 1283 metros de altitude. Situa-se a Noroeste de Vila Real, sendo nela predominantes os xistos e os granitos, separados por afloramentos de quartzitos. Aí se localiza o Parque Natural do Alvão.
A serra é limitada pelos vales dos rios Tâmega, a oeste, Cabril e Corgo a sudoeste, e pelo Avelâmes e ribeira de Vidago a norte e noroeste. A sul, a veiga da Campeã separa-a da serra do Marão.
Entre as principais curiosidades geológicas deste local estão as quedas de água conhecidas como Cascata de Fisgas do Ermelo (uma das maiores da Europa) e a Cascata de Agarez.
Na Serra do Alvão distinguem-se duas áreas com morfologia e paisagem distintas consoante a sua litologia. Uma área granítica de planalto na Serra do Alvão, onde se localizam as povoações de Alvadia e Lamas de Ôlo e uma outra, fortemente recortada pela acção da tectónica, predominantemente xistosa, onde se desenvolvem vertentes declivosas em direcção aos vales encaixados dos principais cursos de água: o rio Ôlo, o rio Cabril e o rio Poio. O contacto destas duas unidades litológicas da Serra do Alvão é feito por uma barreira quartzítica que marca a transição da paisagem, e na qual se localiza o mais emblemático acidente geomorfológico regional: as quedas de água das Fisgas de Ermelo.
O rio Ôlo constitui um dos cursos de água mais importantes da Serra do Alvão, senão mesmo o mais relevante. Com um percurso de 42 km, nasce na Cabeça de Tamões a 1 263 m de altitude e corre pelos granitos até alcançar a povoação de Lamas de Ôlo no coração da Serra do Alvão. Neste percurso, o rio Ôlo adapta-se claramente à rede de fracturação da Serra do Alvão.
PANORÂMICA DO MONTE FARINHA
CASARIO RURAL (ALDEIA DE VILA CHÃ)
- PARQUE NATURAL DO ALVÃO
O Parque Natural do Alvão, com 7.220 ha, é uma zona essencialmente granítica com algumas manchas de xisto, possuindo ainda inúmeros afloramentos rochosos. Das linhas de água, muito encaixadas, destaca-se o rio Olo, na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão. Este rio corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Impressionante pela força das águas, este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do Parque. O curso do rio Olo une duas realidades distintas.
A uma altitude média de 1.000 m, na zona de Lamas de Olo, predomina o granito e a vegetação de alta montanha, que apresenta um coberto arbóreo variado, com carvalhais nas zonas mais elevadas e bosques mistos de folhosas alternam com plantações de exóticas, com presença do vidoeiro na proximidade das linhas de água; em baixo, junto a Ermelo, onde a altitude ronda os 450 m, prevalece o xisto e a paisagem é verdejante como no Minho. Aqui, nas áreas agrícolas, surgem campos de centeio, de milho e batata, lameiros onde se cria o gado maronês e baldios em que se apascenta a cabrada - e vasta área de matorral. Também plantas raras, caso da Orvalhinha ou Rorela Drosera rotundifolia, espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados e margens dos cursos de água, enriquecem a flora local.
Quanto à fauna típica das serranias do norte interior, destaque para a presença do Lobo-ibérico e de interessante cortejo de anfíbios e répteis. O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo, em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem. Para ter uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares, visite o núcleo Ecomuseológico do Arnal, que recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão.
PANORÂMICA DA IGREJA DO DIVINO SALVADOR (ALDEIA DE BILHÓ)
LAVADOURO PÚBLICO (ALDEIA DE BILHÓ)
- FISGAS DO ERMELO
As Fisgas de Ermelo constituem o local mais emblemático da área protegida Parque Natural do Alvão.
São uma das maiores quedas de água da Europa, com um desnível de cerca de 400 metros, assentes em rochas quartzíticas com aproximadamente 480 milhões de anos. Foi a fracturação destas rochas duras que permitiu que o Rio Olo nelas se tenha “enfisgado”, dando origem ao nome popular pelo qual é conhecida a mais bela cascata do território continental português.
É um local que possui um elevado valor científico, didático e patrimonial, tendo associada uma notável vocação turística, na vertente Turismo de Natureza. A presença de marcas fósseis nestas rochas, deixadas por organismos marinhos já extintos, podem também ser vistas como uma espécie de “ilustração” de tempos distantes, em que a vida só existia no mar, por contraponto à biodiversidade excecional conhecida atualmente nesta área protegida.
A beleza singular e selvagem das Fisgas de Ermelo atrai dezenas de milhares de visitantes todos os anos, que daqui saem com todos os sentidos despertos e com o desejo e a promessa de voltarem muitas outras vezes. Quer a montante, quer a jusante das quedas de água, é possível encontrar lagoas naturais, de águas puras e cristalinas, denominadas “piocas”, que convidam a banhos refrescantes.
Em 2016 foi inaugurado o percurso pedestre PR3 Fisgas de Ermelo que veio proporcionar uma visão mais próxima e pormenorizada dos principais valores naturais do Parque Natural do Alvão. Para além de oferecer perspectivas invulgares das quedas de água e encontros surpresa com a riqueza da fauna e da flora, possibilita também, a quem o desejar, a travessia de aldeias de montanha na descoberta do “modus vivendi” das populações locais.
LAGOAS DO RIO CABRÃO
CAMINHO FLORESTAL
Waypoints
Bilhó
A aldeia de Bilhó tem como principal cartão de visita o seu património natural, tendo como principal atracção as conhecidas quedas de água do Rio Cabrão. Esta aldeia é também conhecida pela festa em honra de S. Bartolomeu que se realiza no dia 24 de Agosto, sendo uma das maiores festas da região, atraindo muita gente para a sua majestosa procissão. A freguesia agrega ainda os lugares de Anta, Bobal, Cavernelhe, Covelo, Pioledo,Travassos e Vila Chã.
Café Lopes
Capela de S. Bento
É uma capela do século XVIII em que destacam as paredes exteriores típicas da região, com a sineira sobre o vértice da empena, inserida num pequeno recinto murado.
Capela de São Bartolomeu (fonte e lavadouro)
É uma capela do século XVIII, retangular e com pilastras nos cunhais, a entrada é antecedida por um alpendre assente sobre 4 colunas a terminarem em pináculos. Situado em frente da Capela de São Bartolomeu existe um lavadouro público composto por seis tanques numa construção coberta por telhado de lousa. A fonte está situada próximo da capela com o mesmo nome, duas bicas em carrancas vertem água para um tanque retangular. Uma gravação no espaldar da fonte refere a data de construção de 1758, e a dedicação a Nossa Senhora da Lapa e a São Bartolomeu.
Capela da Sra. do Fojo
Cascatas de Bilhó
Na estrada que liga Bilhó a Cavernelhe, sensivelmente a meio do percurso, sobressaem umas espetaculares quedas de água envoltas num ambiente verdejante, em que as águas do Rio Cabrão se despenham por uma encosta de pouca inclinação num leito rochoso. Em alternativa, também é possível aceder à retaguarda da queda de água pela aldeia de Pioledo.
Igreja do Divino Salvador
Igreja Paroquial de Bilhó, é uma construção em estilo rococó com a torre sineira adossada à sacristia na parte posterior da igreja.
Rio Cabrão
O Rio Cabrão é um rio de montanha que nasce um pouco acima da aldeia do Bobal, no planalto das Gevancas. Ao longo do seu pequeno mas acidentado percurso de 10,500 km, oferece múltiplos atractivos e desenha aprazíveis locais para banhos e outras actividades de ar livre, nomeadamente o canyoning. Já depois do Bilhó, a caminho do Parque Natural do Alvão, despenha-se num exuberante fraguedo de montanha conhecido como as quedas de água do Cabrão. Uma das mais belas perspectivas do rio é possível ser observada junto à aldeia de Pioledo, onde as pequenas piscinas naturais e os antigos moinhos sobressaem num ambiente de rudeza original e intocada. Encontra-se com o rio Cabril no lugar das Mestras, num vistoso quadro de frescura.
Subida com declive muito acentuado
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Easy to follow
Scenery
Easy
É um trilho bonito que se percorrer bem, com locais excecionais para se visitar, sobretudo as cascatas e as lagoas do rio Cabrão. O Alvão continua lindo!!! Gostei, abraço.
Olá, Aiguille du Midi! É sempre bom voltar ao Alvão (e rima!!!). Abraços :)
O belo Alvão!! Faz já muito tempo que não visito as Fisgas do Ermelo, são espetaculares. E estas cascatas e lagoas do rio Cabrão, com este calor, estão mesmo convidativas!! Grande abraço.
Olá, _BIO_RAIA_, obrigado pela avaliação. Temos que lá ir dar um mergulho um dia destes, ok? Grande abraço.
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Scenery
Moderate
Muito bom o trilho, excelente para refrescar ✌️obrigado pela partilha.
Viva, Manuel Martins! Muito obrigado pela avaliação. Vi pelas suas fotos que o dia esteve sempre solarengo, coisa que no meu caso, quando lá passei, toda a manhã foi com neblina fechada e chuva, só à tarde as coisas melhoraram. Ainda bem que para vocês o tempo esteve agradável, permitindo-lhes desfrutar em pleno deste belo trilho assim como das lagoas do rio Cabrão.Obrigado também pelo comentário que aqui deixou, pois é sempre bom saber quando esta partilha é útil. Continuação de ótimas caminhadas!!
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Scenery
Easy
Olá João boa tarde,ontem resolvi fazer este percurso, e claro sem nevoeiro...!!! Mesmo fantástico, embora já conhecesse a cascata de Bilhó e a Capela do Fojo ,é sempre bom voltar a passar por lá. Um percurso muito bem desenhado, por caminhos excelentes, paisagens bonitas, uma variedade entre o rural e a montanha. Estive para o alargar até às Piocas de Cima e Fisgas de Ermelo, mas tive receio a efectuar muitos km ( tenho limitações num tornozelo).Sem dúvida valeu mesmo seguir tuas dicas. Abraço.
Olá Fernando! Excelente opção a tua, quando vi este trilho feito pelo Grupo de Montanhismo de Vila Real também fiquei bem curioso e, quando tive oportunidade, lá o percorri. Tive azar no início da manhã, pois choveu e ficou neblina mas depois abriu e revelou-se toda a beleza desta região. Ainda bem que também lá foste pois é um trilho não muito longo, sem ser duro e com paisagens fantásticas. E ontem desfrutaste de um dia excelente para percorrer estes caminhos. Obrigado, mais uma vez, pelas simpáticas palavras e excelente avaliação aqui deixadas. Abraço e continuação de ótimas caminhadas!