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Rota das Lagoas - Serra da Estrela

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Trail stats

Distance
11.57 mi
Elevation gain
1,352 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,352 ft
Max elevation
5,787 ft
TrailRank 
51 5
Min elevation
4,819 ft
Trail type
Loop
Moving time
4 hours 28 minutes
Time
6 hours 3 minutes
Coordinates
3289
Uploaded
November 14, 2021
Recorded
November 2021
  • Rating

  •   5 1 review
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near Sabugueiro, Guarda (Portugal)

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Itinerary description

Rota das Lagoas - Serra da Estrela
Distância 18,62km
Rota Circular

O inicio para esta rota foi junto à Lagoa Comprida, desta vez sem mochilas de caminhada mas com as mochilas de fotografia. Passamos pela feira permanente ali montada para vender recordações a forasteiros e procuramos o caminho que nos ia levar ao passeio pelas lagoas. Mas antes fomos atraídos pela vista da barragem, fizemos um desvio para a poder observar. Não estava à sua cota máxima, nem perto disso, mas também seria estranho estar nesta época do ano. Normalmente esta barragem enche após o derreter das neves. Este ano ainda praticamente não nevou, logo não pode haver água.
O caminho inicialmente em estradão, sem qualquer dificuldade, depressa passa a zonas de pedra que obriga a algum cuidado, principalmente quando se transporta as DSLR para fotografar. Muita gente ao longo do percurso, até comparamos com os caminhos de Santiago, só que aqui em vez de peregrinos, há turistas. Os primeiros 3km são tendencialmente a subir, mas com pequeno declive que não dificulta a progressão, mas já as pedras em algumas zonas dificultam um pouco.
Sempre de maquinas em punho, lá fomos registando a beleza da paisagem, o dia estava magnifico e depressa nos tivemos de livrar da roupa adicional que tínhamos vestido, mais pelo respeito de se estar na serra da Estrela, do que a temperatura assim exigisse. Com praticamente 5km de marcha, sempre a descer na parte final, chegamos à lagoa dos Conchos, tão conhecia pelo seu emblemático descarregador. Mas à primeira vista era uma lagoa normal, sem qualquer descarregador. Consultamos o GPS e sim, realmente estamos na lagoa dos Conchos. O casal que seguia um pouco à nossa frente com as filhas pergunta, então onde está o buraco? Pois, essa também era a minha questão. Lembrei que tinha visto escrito algo sobre uma zona alta que permitia a sua visualização e olhando para o percurso do GPS ele indicava que se tinha de subir a encosta contraria à que nós estávamos. Então disse, acho que temos de subir ali a cima.
Contornamos a lagoa pela zona do paredão e chegamos a uma zona que um pequeno muro serve de passagem para o outro lado… bem, com as maquinas fotográficas não nos pareceu seguro arriscar por ali a travessia, optamos por descer as rochas e passar com a garantia que não se ia terminar dentro de água. Finalmente subimos a pequena encosta rochosa e chegamos perto da margem da lagoa. Então como por magia ali estava o mítico descarregador que aparece em tudo o que é fotografia da Serra da Estrela. Pensava que estava mais no centro da lagoa, mas está bem perto da margem. Assim é possível de cima das rochas fazer as fotos que parecem ser tiradas do ar.
Fizemos a nossa sessão fotográfica e aproveitamos para também ali fazer a merenda, já tradicional nas nossas caminhadas. Após terminar tínhamos duas opções, ou voltar pelo mesmo caminho ou seguir o trajecto que tínhamos descarregado para o GPS e que nos ia levar a mais lagoas na Serra. O tempo estava bom, também estávamos bem, então resolvemos continuar o percurso. Tivemos de andar um pouco para trás até apanhar o trilho que continuava o percurso pela serra.
Embora um pouco fechado o trilho é visível, nada que se compare com o caminho até à lagoa, essa está na moda e toda a gente lá quer ir. Subimos ligeiramente e depois entramos no Vale da Barca, uma zona entre dos cumes e que acumula alguma água no meio da vegetação constituída por tufos de erva. Como estamos num vale a saída tem de ser com uma ligeira subida, contornando a elevação principal . Como o caminho era tendencialmente ao longo das curvas de nível, a subida foi agradável e sem dificuldade. Recordei que aqueles caminhos tinham origem nos pastores que no passado percorriam aqueles vales, conhecedores do terreno, sabendo escolher o que é melhor para caminhar e sem gastar energia desnecessária. Estávamos portanto a percorrer caminhos que sem vir nos livros de história, estão também eles carregados de história. Essa história das pessoas comuns que ao longo dos séculos foram construindo Portugal.
Do outro lado da encosta um outro vale, desta vez uma extensa planície que se chama Vale do Conde. O conde que deu o nome ao vale, certamente já toda a gente esqueceu mas o vale ali está. Uma paisagem magnifica, um dos poucos locais em que nos sentimos longe de tudo, porque sendo um vale de grande dimensão mostra a nossa pequenez naquele espaço e impede as vistas da civilização à volta da Serra. A erva do chão é espessa e fofa, deixando ver aqui e ali zonas de água o que implica caminhar com algum cuidado. Depressa percebemos que apesar do cominho ser fácil, ele não rende. Normalmente fazemos uma média de 5km/h mas ao longo desta caminhada andávamos pelos 3,5km/h. Neste vale forma-se a ribeira das Nateiras, devido ao açude se encontrar aberto não havia grande quantidade de água na represa. Mesmo assim foi preciso usar a parede do açude para atravessar para o outro lado. Mais uma pequena subida para se sair do vele e finalmente poder ver o mundo exterior. Assim que se inicia a descida do outro lado da encosta, avistamos em primeiro plano Vale Rossim. Mais ao fundo a antiga casa de apoio à reflorestação da Serra nos anos 70 em Nave da Cruz. Foi interessante porque já no dia anterior a tinha visto, mas de outro ângulo, quando caminhávamos na florestas das Faias. Assim permitiu perceber a localização da floresta em relação ao ponto onde nos encontrávamos. O caminho continua a descer, com algumas descidas bastante acentuadas, mas desta vez os joelhos portaram-se bem, entramos num estradão que vem do lado de Vale Rossim, com muita pedra pequena que é um verdadeiro parte-pés a quem não tiver umas botas robustas. Os defensores de caminhar com ténis, ali certamente vão mudar de opinião. Aos 11km ao contornar a encosta da serra permite-nos ter uma vista para o Vale do Mondego. O caminho com pedra segue até chegarmos à Barragem do Lagoacho. Esta barragem apresenta inicialmente uma pequena parede que percorremos entretidos a fazer fotos do local, mas após uma pequena curva nos apercebemos da real dimensão da barragem, com uma segunda parede, desta vez com um tamanho significativo.
Para sair da zona da barragem temos uma subida que vai até um pequeno marco e que permite uma vista panorâmica da bacia de água. Uma pequeno trilho leva-nos novamente ao caminho que martiriza os pés, mas ao lado há um canal coberto que transporta a água da barragem. Depressa nos apercebemos que era mais agradável caminhar por cima do canal que pelas pedras, mesmo tendo de descer nas zonas em que havia ligação com a água de pequenas ribeiras e que era canalizada para o canal, aqui toda a água é aproveitada. Os próximos 2km iam ser assim, sempre acompanhados com a bonita vista da localidade do Sabugueiro um pouco mais em baixo. Parecia uma maquete construída na Serra.
Depois desta zona plana, havia uma subida íngreme e nós sabíamos disso, então antes de lá chegar aproveitamos para um lanche e ao mesmo tempo desfrutar da paisagem. Foi também a oportunidade para tirar um pouco as botas e relaxar. Mas o caminho tem de continuar, até porque estamos nos dias pequenos e as horas de luz não são muitas. Chegamos à zona da subida e percebemos que é para fazer ao longo de uma conduta que trás água de uma barragem lá no alto e a leva pata a central umas centenas de metros mais a baixo. Iniciamos a subida em alguns locais com dificuldade porque não existe ali propriamente um caminho, mas é a opção para não se ter de caminhar pela estrada que fica alguns metros ao lado. Acaba por ser divertido caminhar por ali e a vista compensa, já para não falar do efeito visual do tubo quando visto de cima. Parece que estamos num escorrega aquático gigante, (felizmente aqui não dá para entrar dentro do tubo). A subida continua até uma zona que o traçado manda virar à direita para ir apanhar um estradão que passa a uns 50 metros. Mas entre nós e o estradão há uma ribeira que corre com um caudal bem sonoro e não quer facilitar a passagem. Depois de algumas tentativas, dá para perceber que há uma pequena passagem que desce até junto da linha de água e aí com o apoio de uma pedra é possível passar a ribeira. Andamos um pouco pelo mato, sem trilho mas o estradão surge pouco depois e permite um andamento mais rápido. Aqui já estávamos a ficar preocupados com o que restava de tempo de luz, até porque trazíamos as mochilas de fotografia e não de montanha. E isto preocupávamos porque não tínhamos os frontais. Se a noite cair só nos restava a luz dos telemóveis.
O caminho a partir dali continuou a subir até chegar à zona da câmara de carga da conduta que leva a água para a central lá em baixo. Como a câmara de carga é abastecida por um canal idêntico ao que tínhamos percorrido lá mais em baixo, a nossa vida ficou facilitada e seguimos por ele. Tínhamos caminhados uns cem metros, ao contornar uma das vertentes da serra avistamos a barragem da Lagoa Comprida, local onde iniciamos o caminho e íamos terminar. Mas ainda havia um longo caminho a percorrer, como o caminho era feito praticamente à mesma cota devido a ser um canal de água, tivemos de contornar a serra para lá poder chegar. Ainda nos deliciamos com a vista da lagoa do Covão do Curral, a Albufeira do Covão do Forno e respectiva barragem. Quando pensávamos que nada mais podia acontecer alguém nos chama. Num afloramento rochoso de grande dimensão, que nem percebi como foram lá parar, umas pessoas perguntaram, é por aqui o caminho para a Lagoa dos Conchos? Eu fiquei a pensar, mas de onde é que estes saíram?... E como demorei a responder eles acrescentaram, é aquela lagoa que tem um funilinho por onde sai a água. Eu disse que vínhamos de lá, mas por este caminho iam ter de caminhar uns 15km, já para não falar que o caminho não está marcado. Se queriam ir à lagoa dos conchos o mais fácil era partir da Lagoa Comprida, mesmo assim com 5km para cada lado, hoje já não iam ter tempo de luz para fazer esse caminho. E eles lá ficaram a fazer fotografias uns aos outros no afloramento rochoso. Já dei por mim a pensar se seriam pessoas reais ou duendes da floresta só para me testar…
O canal de água leva-nos praticamente até junto da barragem da Lagoa Comprida, apenas temos de caminhar pela estrada umas dezenas de metros, já na zona da lagoa.
Quando entramos no carro eram 17h, o sol ia se por às 17:15. Tínhamos caminhado ao longo de seis horas mas apenas com 4:28 de marcha, o resto foi para fotografar, comer, apreciar a paisagem, porque desta vez o passeio foi mesmo para o relax. A nossa velocidade média melhorou um pouco devido à facilidade de caminhar nos canais, terminando com 4,2Km/h.
É um caminho que recomendo a quem quer passear na serra, mas devido a não estar marcado, ou vão com quem conhece, ou sabem usar o GPS, ou não se metam nisso, porque a serra é muito bonita mas se não estão preparados pode-lhes trazer muitos problemas. Quanto à experiência de levar as DSLR pesadas para caminhadas, realmente não compensa, mais vale fotografar com pequenas maquinas e deixar as grandes para as sessões fotográficas a serio. Mas para sabermos temos de experimentar e foi o que fizemos.
Até ao próximo caminho.

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 5,615 ft
Photo ofVista da barragem

Vista da barragem

PictographLake Altitude 5,564 ft
Photo ofLagoa dos Conchos

Lagoa dos Conchos

PictographLake Altitude 5,541 ft
Photo ofDescarregador da lagoa dos Conchos

Descarregador da lagoa dos Conchos

PictographWaypoint Altitude 5,670 ft
Photo ofVale da Barca

Vale da Barca

PictographWaypoint Altitude 5,413 ft
Photo ofVale do Conde

Vale do Conde

PictographLake Altitude 5,382 ft
Photo ofAçude da Ribeira das Nateiras

Açude da Ribeira das Nateiras

PictographWaypoint Altitude 5,337 ft
Photo ofPanorâmica de Vale Roussin

Panorâmica de Vale Roussin

PictographWaypoint Altitude 4,977 ft
Photo ofVale do Mondego

Vale do Mondego

PictographLake Altitude 4,919 ft
Photo ofBarragem do Laguacho Photo ofBarragem do Laguacho

Barragem do Laguacho

PictographRiver Altitude 4,848 ft
Photo ofCanal

Canal

PictographWaypoint Altitude 5,015 ft
Photo ofConduta

Conduta

PictographWaypoint Altitude 5,342 ft
Photo ofEspelho de Água

Espelho de Água

PictographLake Altitude 5,337 ft
Photo ofAlbufeira do Covão do Curral

Albufeira do Covão do Curral

PictographLake Altitude 5,337 ft
Photo ofAlbufeira da Lagoa do Forno

Albufeira da Lagoa do Forno

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