Rota da Madeira

O Circuito Ecoturístico Rota da Madeira é uma opção para ciclistas e peregrinos que buscam roteiros de média e longa distância. Também, é uma opção de treino para quem busca desafios maiores como o Caminho da Fé, a Rota da Luz, o Caminho de São Thiago de Compostela, entre outros, afinal o percurso equivale a um dia de caminhada desses roteiros.
O circuito compõe-se com o mosaico ecoturistico do Caminho do Sal que interliga por antigas estradas de terra as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, Mogi das Cruzes, Suzano, Rio Grande da Serra entre outras.
Localizado na região serrana em área de Mata Atlântica, o circuito remete ao início do século XX, quando a região era produtora de madeira utilizada em construções e na produção de carvão. Com efeito, o advento das grandes guerras mundiais dificultou a importação de carvão mineral utilizado pela Ferrovia da São Paulo Railway. Como consequêcia a pressão sobre a floresta em busca do carvão vegetal se intensificou nesse período.
Na primeira sinalização, realizada em 2018, o circuito contava com 33,5 km de percurso. Na nova sinalização, são aproximadamente 36,5 km, um número maior de serviços e atrativos turísticos. Se destacam a adutora Rio Claro de 1936 em Suzano, a Pedra Grande de Quatinga a Vila da Taquatrussu em Mogi, Vila de Paranapiacaba e Campo Grande em Santo André, entre outros. O circuito também enfatiza o turismo religioso valorizando quatro charmosas capelas que testemunharam a fé, a cultura e a história local.
Para melhor auxilio ao visitante, o percurso ganhou sinalização indicando a distância percorrida a cada quatro quilômetros. Também foram indicados os atrativos e serviços turísticos. Todo o circuito foi novamente sinalizado com placas com base fibra de vidro, resistentes às intempéries e sem valor comercial para furtos.
Aproveitando as vias de terra já utilizadas por centenas de cicloturistas e caminhantes nos finais de semana e visando criar uma identidade que estruture o roteiro como um produto turístico. Assim, o Circuito Ecoturístico Rota da Madeira colabora com essa organização e com o desenvolvimento socioambiental da região.

O Percurso

O novo ponto de partida do trajeto está localizado no Largo da Igreja do Nosso Senhor Bom Jesus de Paranapiacaba na Parte Alta da Vila, também chamada de Morro. O Peregrino, caminhante ou ciclista após um momento de fé, reflexão ou preparo, atravessa a Ponte Ferroviária e se dirige para a Parte Baixa próximo ao locobreque, local onde esta a placa com informações históricas. Peregrinos para reduzir o percurso a dica é ir de transporte coletivo ou contratado até capelinha de Campo Grande, serão 7,5 km a menos.
Após sair da Vila, o visitante percorre a Estrada de Paranapiacaba são aproximadamente 7 Km de estrada de terra até as proximidades de Campo Grande, onde se tem acesso a Capela Histórica de 1910 do Jesus da Boa Viagem e a Estação Campo Grande. Em seguida, entrando à direita, chega-se ao Bar do Flavio, onde é possível tomar um banho numa piscina natural e se abastecer. Após, segue 8 km pela Estrada Rio Claro, uma região de mata bem preservada e plantação de eucaliptos da antiga Fazenda Suzano.
Na seqüência, após passar por 2,5 km de trecho rural, o visitante entra no território de Suzano seguindo a Estrada do Giotoku e a Estrada da Quinta Divisa. A região tem acesso a serviços turísticos importantes como os pesqueiros do Mingão e o Onze. Também existem campings e pousadas onde é possível pernoitar se reservar com antecedência. Destaca-se também a histórica adutora do Rio Claro de 1936, muito fotografado pelos visitantes e o Parque Magic City.
Em seguida, no km 21 aproximadamente, a rota novamente na cidade de Mogi das Cruzes, na Estrada do Taquarussu, que leva de volta à vila de Paranapiacaba. No caminho, a atração é o mirante da Pedra Grande de Quatinga que pode ser acessada a pé, e de onde se tem uma vista privilegiada da região. A Nova Sinalização do trecho acrescentou 2 Km ao percurso com acesso a Capela Histórica de Santo Antônio do Alto Quilombo, o Restaurante do João e da Cleusa e o Ateliê Arte da Mandalas.
Retornando pela Estrada do Taquarussu, ainda em Mogi, no Km 32 aproximadamente, encontra-se a Histórica Fazenda Taquarussu, fundada por imigrantes italianos no início do século XX. Estes tinham como principal atividade econômica a extração de madeira e a produção de carvão. A Fazenda é o testemunho histórico mais significativo da antiga atividade econômica que sugere o nome da Rota. Em Taquarussu encontra-se a Igreja de Santa Luzia fundada em 1945.
Voltando a Santo André, o visitante percorre aproximadamente 3 km de floresta preservada do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba chegando novamente a Histórica Vila de Paranapiacaba onde dispõe de diversos serviços e atrativos turísticos.