Regua, Vila Real, antiga linha do comboio
near Granja, Vila Real (Portugal)
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Itinerary description
Regua, Vila Real, antiga linha do comboio
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As mobilidades suaves entram em debate na transformação das antigas linhas de comboio em caminhos pedestres e cicláveis. Alguns antigos caminhos de ferro redefiniram a sua função como caminhos pedestres e cicláveis, é o exemplo das Vias Verdes em Espanha. Mas longe de ser apenas uma refuncionalização, estas transformações representam uma reconversão do território que atravessa. Sem embargo no caso da linha do Corgo (rio afluente do Douro) estamos face a uma antiga linha dos caminhos de ferro (Régua – Vila Real – Chaves) que foi encerrada em março de 2009 e desmantelados os seus carris e travessas em 2010, após uma queixa à REFER de Paula Silva, Diretora Regional da Cultura do Norte, na altura. O resultado foi a criação de um caminho de terra batida muito bom para caminhar, andar de bicicleta e contemplar a grande beleza do vale do rio Corgo. O caminho não está sinalizado para visitantes mas alguns habitantes locais e alguns visitantes conhecem, exploram e percorrem.
No nosso caso percorremos 23 quilómetros a pé, durante 5 horas, em 15 de abril de 2017, desde a Régua até Vila Real (cf. https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/regua-vila-real-antiga-linha-do-comboio-17238437 ). O trajeto é de subida moderada, passando dos 131 metros sobre o nível do mar (Régua), até os 493 (Vila Real). Enquanto miradouro privilegiado do vale do Corgo, a rota passa em aldeias e estações hoje abandonadas ideal para um turismo histórico e de nostalgia. O percurso também permite reconhecer as paisagens e as culturas agrícolas do vale do Corgo, um delimitador e marcador territorial na região do Douro. Já próximo de Vila Real, o caminho passa baixo a ponte da autoestrada A-4 (Porto – Vila Real – Bragança) e mais logo imediatamente ao lado do campus da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) em Vila Real, pouco antes de atravessar o rio Toirinhas e atingir a antiga estação dos comboios de Vila Real.
E se bem os visitantes procuram caminhos para caminhar e conhecer o Douro (ex. trilho de São Cristovo em Penedono –Sabrosa; ou o Parque Biológico da Serra das Meadas em Lamego), este não está no mapa turístico do Douro, ainda que apresente um alto potencial turístico no nosso entender. Paradoxalmente há procura e não há oferta. E até os informadores do posto de turismo da Régua desconhecem como orientar ao visitante que quere fazer o percurso, um percurso com alguns riscos na primeira parte que discorre por estrada e numa ponte do comboio desmantelada parcialmente a modo de ferida no território do Douro.
Falamos antes do pontencial turístico desta linha e por extensão de muitos caminhos pedestres sinalizados ou não no Douro. Sublinhar aqui que desde os anos 1990 há uma mudanza nos visita