Regadas

Trilho sem marcações , mas com interesse suficiente para permitir que a junta de freguesia, em conjunto com a Câmara Municipal, criem um PR.
A parte mais interessante desenrola-se junto ao rio Bugio. O resto são caminhos marginais de acesso aos campos agrícolas, hoje praticamente dedicados ao cultivo de milho transgénico - lá aparecem plantadas as placas com a marca da semente - para forragem de animais, bem como caminhos internos das matas, exclusivamente eucaliptais.
Feito o trilho no sentido dos ponteiros do relógio, logo que se entra na zona do rio, o ambiente fica mágico, com os percursos de pé posto e o barulho da água a correr em sucessivas quedas. Mais à frente encontramos, ainda de pé, o sistema de corte e desvio da água para o canal de aproveitamento hidroeléctrico feito pela fábrica do Bugio - fábrica onde há uns anitos, bastantes, fiz o meu estágio , contactando com pessoas extraordinárias como o Engº Campos, administrador, e o sr. Machado da tinturaria, neto de Bernardino Machado que foi por duas vezes presidente da república portuguesa.
Seguindo sempre na margem esquerda, a determinada altura o percurso passa para a margem direita no local onde se encontram duas pontes - a antiga, fechada, e a rodoviária-. A partir daqui o avanço torna-se difícil, pois o trilho junto ao rio encontra-se tapado por silvas, não havendo necessidade de lutar com as ditas, uma vez que fazendo o percurso numa cota mais acima, mais ou menos paralelo ao rio, mais cedo ou mais tarde aparece um caminho descendente que encontra o trilho original.
Mais à frente vem a parte mais bonita, a tal onde existe a ilha dos amores que dá nome ao trilho. Local idílico, não percebo porque é que a Câmara Municipal ainda lá não construiu infraestruturas que permitam um parque de lazer para os autóctones e mesmo os citadinos de visita!
A partir daqui entramos no ciclo das matas, caminhos rurais, estradas asfaltadas, matas ...
Para mim este trilho foi uma surpresa, e dou os parabéns a quem o desenhou .