PT TB [Marinha Grande]
near São Pedro de Moel, Leiria (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Este era um PT que estava debaixo de olho desde a sua publicação, estava eu do outro lado do Atlântico.
Desde o início, o objetivo era fazê-lo todo de uma só vez, mas foi preciso esperar pela oportunidade certa, pois os cerca de 24 km exigiam tempo, não só para concluir o trajeto, mas para o apreciar devidamente.
As condições conjugaram-se para que a caminhada fosse hoje, com tempo bom e o dia todo livre.
Contudo, este é, provavelmente, um dos registos mais difíceis que já fiz.
Não posso dizer que a tragédia que se abateu sobre o Pinhal de Leiria cinco dias depois da minha última visita a este santuário natural fosse algo inesperado. Quem o conhece, sabe que era uma morte anunciada, perante o abandono e o desprezo a que estava votado.
É uma mancha negra que fica no terreno, mas também no coração e na alma dos que o conheciam e na própria História do país. O reflexo perfeito da classe política caduca, da burocracia, da indiferença e da ignorância.
Oxalá que daqui a 30 anos esteja vivo para ver uma amostra daquilo que vi e vivi neste espaço, mas não guardo grandes expectativas. O que é certo é que as árvores monumentais, os recantos que conheci e aprendi a amar não mais voltarão.
Restam as boas memórias e a ténue esperança de vir um dia a sentir o que senti nesta caminhada pela parte sul do Pinhal do Rei.
Quanto ao trajeto, embora longo, foi maravilhoso.
Deixei o bólide no parque junto à praia de São Pedro de Moel e fiz-me ao caminho, sob uma intensa neblina matinal, uma neblina habitual nesta zona e que viria a dissipar-se gradualmente com o avançar das horas.
O trajeto inicial faz-se junto ao mar, normalmente sobre dunas, passando pelas praias de Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira e Paredes de Vitória, onde aproveitei para almoçar, junto ao parque de campismo. Depois, segue-se para o interior ao longo do vale da ribeira e dá-se a volta por uma área de pinhal extensa, parte da qual eu desconhecia, vindo dar à estrada do Atlântico, já perto de São Pedro de Moel. Cheguei de noite, novamente sob neblina, com as pernas cansadas, mas a alma retemperada.
O maior grau de dificuldade é a distância e o caminhar sobre a areia.
Caminhada realizada a 10 de outubro.
Dificuldade [2/5]
Beleza cénica [3/5]
Satisfação final [4/5]
Desde o início, o objetivo era fazê-lo todo de uma só vez, mas foi preciso esperar pela oportunidade certa, pois os cerca de 24 km exigiam tempo, não só para concluir o trajeto, mas para o apreciar devidamente.
As condições conjugaram-se para que a caminhada fosse hoje, com tempo bom e o dia todo livre.
Contudo, este é, provavelmente, um dos registos mais difíceis que já fiz.
Não posso dizer que a tragédia que se abateu sobre o Pinhal de Leiria cinco dias depois da minha última visita a este santuário natural fosse algo inesperado. Quem o conhece, sabe que era uma morte anunciada, perante o abandono e o desprezo a que estava votado.
É uma mancha negra que fica no terreno, mas também no coração e na alma dos que o conheciam e na própria História do país. O reflexo perfeito da classe política caduca, da burocracia, da indiferença e da ignorância.
Oxalá que daqui a 30 anos esteja vivo para ver uma amostra daquilo que vi e vivi neste espaço, mas não guardo grandes expectativas. O que é certo é que as árvores monumentais, os recantos que conheci e aprendi a amar não mais voltarão.
Restam as boas memórias e a ténue esperança de vir um dia a sentir o que senti nesta caminhada pela parte sul do Pinhal do Rei.
Quanto ao trajeto, embora longo, foi maravilhoso.
Deixei o bólide no parque junto à praia de São Pedro de Moel e fiz-me ao caminho, sob uma intensa neblina matinal, uma neblina habitual nesta zona e que viria a dissipar-se gradualmente com o avançar das horas.
O trajeto inicial faz-se junto ao mar, normalmente sobre dunas, passando pelas praias de Água de Madeiros, Pedra do Ouro, Polvoeira e Paredes de Vitória, onde aproveitei para almoçar, junto ao parque de campismo. Depois, segue-se para o interior ao longo do vale da ribeira e dá-se a volta por uma área de pinhal extensa, parte da qual eu desconhecia, vindo dar à estrada do Atlântico, já perto de São Pedro de Moel. Cheguei de noite, novamente sob neblina, com as pernas cansadas, mas a alma retemperada.
O maior grau de dificuldade é a distância e o caminhar sobre a areia.
Caminhada realizada a 10 de outubro.
Dificuldade [2/5]
Beleza cénica [3/5]
Satisfação final [4/5]
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