PR9 ALJ - Trilho de Vilar de Maçada / Rio Pinhão

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


CAMPA DO MOURO (SEPULTURA RUPESTRE DE SOBREDOS)


AÇUDE NO RIO PINHÃO

- Trilho circular pelo planalto de Alijó, pertencente à rede de percursos pedestres de Alijó, com marcações nos dois sentidos, com início e fim no Largo do Adro em Vilar de Maçada (oficial);
- IMPORTANTE: sensivelmente aos 4,5 kms, o trilho foi cortado e as marcações foram retiradas. A ALTERNATIVA SERÁ SEGUIR EM FRENTE, VIRAR À ESQUERDA E DAR A VOLTA ATÉ VOLTAR A ENCONTRAR-SE O TRILHO OFICIAL. Tal situação não tem explicação, pois se tal se devesse a uma remarcação, a mesma estaria devidamente assinalada no terreno. Infelizmente trata-se de uma iniciativa privada, um pedaço de terreno que foi lavrado para pasto e cujo(s) proprietário(s) ou arrendatário(s) ou beneficiário(s) simplesmente não quiz (ou quiseram) saber do facto de aqui passar um trilho OFICIAL, pois poderia (ou poderiam) pelo menos informar a CM de Alijó para que esta tomasse as devidas medidas e, junto da NTN (empresa responsável pela implantação e manutenção das marcações no terreno), encontrassem uma alternativa (que existe). Lamentável este tipo de abuso e total falta de respeito. E que não é caso único (bem pelo contrário...).
- Seguindo o percurso no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (recomendado), sai-se de Vilar de Maçada e inicia-se uma suave subida até ao local onde se encontra a Campa do Mouro, também conhecida por Sepultura Rupestre de Sobredos. Continuando o percurso, este decorre por caminho de terra, rodeado pela paisagem serrana do planalto, até se chegar ao local acima referido, onde foi feito um corte ao percurso oficial (ver chamada IMPORTANTE). Nesse local, de forma a contornar o problema, optamos por fazer um desvio do trilho oficial e seguimos alguns metros em frente para pouco depois saírmos do caminho de terra e virarmos à esquerda, por um carreiro também em terra, até chegar-se a um cruzamento de caminhos. Aí voltamos a virar à esquerda e, cerca de 100 metros à frente, entramos de novo no trilho oficial, seguindo agora pela direita. Pouco depois inicia-se a descida, passando primeiro pelas Muralhas de Santa Bárbara (Castro) e logo a seguir chega-se às capelas do Sr. Jesus da Capelinha e de Santa Bárbara. À saída deste santuário, é obrigatório parar no Miradouro de Santa Bárbara, cujas paisagens soberbas sobre o vale do rio Pinhão e todo o território em redor nos proporciona panorâmicas a perder de vista. Continuando a descer, chega-se ao casario na periferia de Vilar de Maçada onde, logo à entrada, surge do lado direito uma derivação linear que nos leva até à margem esquerda do rio Pinhão. Esta derivação é opcional mas tem o seu interesse paisagístico, pois decorre pela encosta entre vinhedos e termina junto a um bonito açude do rio Pinhão. No entanto, para lá se chegar é necessário percorrer uma encosta com um declive bem pronunciado, ou seja, descer e voltar a subir pelo mesmo caminho, o que pode ser um fator desmotivador. Após este desvio ao rio, resta percorrer a parte final do percurso que nos leva por vielas e arruamentos da vila, passando por vários edifícios que ainda ostentam fachadas e pormenores construtivos que testemunham a importância que tiveram em tempos remotos. É de assinalar a passagem pelo Largo da Fonte, com o seu Cruzeiro, a Fonte de Espaldar e a Casa da Fonte. Desse local, o trilho segue ainda por uma estreita quelha junto a uma levada, contornando o casario da vila por entre campos de cultivo e regressando, por fim, ao Largo do Adro, ponto de partida e término deste percurso;
- Ao longo do trilho passa-se por vários pontos de interesse, tais como o casario da vila de Vilar de Maçada, com destaque para, no Largo do Adro, a Escola Primária, a Igreja Paroquial e a Casa dos Pizzaro Portocarreiro e, no Largo da Fonte, o Cruzeiro, a Fonte de Espaldar e a Casa da Fonte, os vários olivais, pomares e vinhas que se atravessam, os sítios arqueológicos da Campa do Mouro (também conhecida por Sepultura Rupestre de Sobredos) e das Muralhas de Santa Bárbara (Castro), o Santuário do Sr. Jesus da Capelinha e de Santa Bárbara e, sem dúvida, as excecionais vistas panorâmicas sobre o vale do rio Pinhão e toda a envolvente da Região Demarcada do Douro;
- Este percurso, conforme já referi, apresenta marcações nos dois sentidos. Por conseguinte, o uso do GPS é facultativo, embora o considere como uma ferramenta auxiliar extremamente útil, de forma a evitar enganos ou acrescentar kms desnecessários;
- Misto de caminhos de terra, carreiros rurais, arruamentos e algum piso asfaltado;
- Trilho com características fáceis, tendo em conta que o acentuado declive na ligação ao rio Pinhão e a distância total do percurso são ambos bastante acessíveis. Não é um trilho longo, nem tão pouco é um percurso complexo, pelo que apenas é necessária a capacidade física suficiente para vencer a ligação ao rio Pinhão. Se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão acrescidas. Botas e bastões são essenciais;
- No seu todo é um percurso bonito, com excelentes vistas panorâmicas sobre o vale do rio Pinhão e o Douro vinhateiro, numa zona repartida entre as Serras de Falperra e Padrela e a Região Demarcada do Douro que, no outono e na primavera, adquire uma beleza extra. Este é mais um belo trilho pelo concelho de Alijó, pertencente à longa lista de 20 trilhos que a respetiva rede de percursos já ostenta.


CASA DOS PIZZARO PORTOCARREIRO (PORMENOR DO PERCURSO)


CASARIO DE VILAR DE MAÇADA (PORMENOR DO PERCURSO)

Outros percursos realizados nesta região:
PR1 ALJ - Trilho das Fragas Más
PR3 ALJ - Trilho de Carlão + PR4 ALJ - Trilho de Sta. Eugénia (parcial e adaptados)
PR4 ALJ - Trilho de Sta. Eugénia / Carlão (incompleto)
PR5 ALJ - Trilho de Pegarinhos - Castorigo - Vale de Mir
PR8 ALJ - Trilho de Vila Verde (Forno dos Mouros)
PR3 MUR - Trilho dos Passadiços do Tinhela (parcial)
PR3.1 MUR - Passadiços do Tinhela (versão curta)
PR11 VRL - Terras de Maria Boa: do Neolítico aos dias de hoje
Ao redor de Vila Verde (Alijó)
De Vila Verde a Perafita (Alijó)
À volta do Freixo (Alijó)
PR2 CRZ - Trilho do Senhor da Boa Morte
PR2 SJP - Rota das Vinhas (completo)
PR2 SJP - Rota das Vinhas (parcial)
Pelas encostas do Douro


PORMENOR DO PERCURSO NO SANTUÁRIO DO SENHOR JESUS DA CAPELINHA


SOCALCOS PARA PLANTAÇÃO DE VINHA (PORMENOR DO PERCURSO)

- PR9 ALJ - TRILHO DE VILAR DE MAÇADA / RIO PINHÃO
A Pequena Rota “Vilar de Maçada - Rio Pinhão” é um percurso pedestre circular com início e fim no Largo do Adro, em Vilar de Maçada, e com uma derivação para o rio Pinhão. Vilar de Maçada situa-se no limite norte da unidade paisagística do Douro Vinhateiro, já na transição para a paisagem das Serras de Falperra e Padrela.
Saindo de Vilar de Maçada, o trilho segue dentro da Região Demarcada do Douro até à Campa do Mouro, onde se encontra a sepultura rupestre de Sobredos - um exemplar perfeito das muitas sepulturas cavadas em rochas proeminentes que abundam no concelho de Alijó, especialmente na zona norte do município. O antropomorfismo desta sepultura, de tipologia tipicamente ovoide, é evidente, com delimitação do corpo, cabeça e ombros. Próximo do Castelo de Santa Bárbara, um antigo povoado fortificado, o trilho volta a entrar na Região Demarcada do Douro, passando pelo Miradouro de Santa Bárbara, um miradouro debruçado sobre o vale do rio Pinhão. Antes do regresso a Vilar de Maçada, já próximo do fim do percurso, existe uma derivação que conduz ao rio Pinhão. O regresso ao ponto inicial do trilho é feito atravessando o centro de Vilar de Maçada, passando pelo Largo da Fonte onde se concentram vários elementos arquitetónicos quinhentistas que compõem o tecido urbano da aldeia.
Esta pequena rota acompanha uma veiga encaixada ao longo de uma zona planáltica formada por maciços de rochas graníticas, revestidos por matos baixos e povoamentos florestais formados por pinheiros e carvalhos dispersos na paisagem.
- TIPO DE PERCURSO: circular, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: paisagístico, cultural e ambiental
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Vilar de Maçada, Alijó
- PONTO DE PARTIDA / CHEGADA: Largo do Adro, Vilar de Maçada
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 03h20
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 10,3 km
- GRAU DE DIFICULDADE: médio
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +306m / -306m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 463m / 704m
- ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano


PANORÂMICA DESDE O MIRADOURO DE SANTA BÁRBARA


MURALHAS DE SANTA BÁRBARA (CASTRO)

- REGIÃO DEMARCADA DO DOURO
A Região Demarcada do Douro (RDD) estende-se ao longo do Rio Douro e seus afluentes numa extensão de cerca de 250 000 hectares entre Barqueiros e Barca d’Alva. Esta região tem origem na delimitação territorial de 1756, data da primeira demarcação das ‘Vinhas do Alto Douro’, que definiu mundialmente o primeiro modelo institucional de organização de uma região vinícola. Originalmente estabelecida para regular a produção do vinho fortificado a que chamamos de ‘vinho do Porto’, hoje a RDD circunscreve a Denominação de Origem Controlada dos vinhos do Porto e Douro.
A produção de vinho neste território é uma lição sobre a capacidade e determinação do homem na optimização dos recursos naturais. As vinhas foram construídas num território marcado por declives acentuados e pela quase inexistência de terra e água. Os vinhedos que cobrem os grandes declives levantam-se do rio Douro e configuram um imenso escadório de socalcos e patamares que são, nas palavras de Orlando Ribeiro, a mais admirável obra humana que se pode ver em Portugal. A monumentalidade da paisagem do Alto Douro Vinhateiro (ADV) tem reconhecido valor universal. Em 2001 foi inscrita na lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Esta área corresponde a uma língua de cerca de 24 600 hectares que se estendem ao longo do rio.


CASARIO DE VILAR DE MAÇADA (PORMENOR DO PERCURSO)


CASARIO DE VILAR DE MAÇADA (PORMENOR DO PERCURSO)

- ALIJÓ
A vila de Alijó, situada a cerca de 45 quilómetros da capital do Distrito - Vila Real - localiza-se numa vasta área de cultura castreja. É sede de um concelho essencialmente agrícola que se estende desde a margem direita do rio Douro até aos limites do Concelho de Murça e, ainda, entre os rios Tinhela, Tua e Pinhão. Rios, montanhas e vales, são a essência da paisagem de Alijó, a que as vinhas dão um toque final de requinte estético, oferecendo a quem as contempla um espectáculo inesquecível. Pelo Concelho, existem dispersas várias manifestações do seu povoamento antigo, desde castros a pinturas rupestres e a vestígios de estradas romanas. A presença humana dentro da área do concelho de Alijó, data de há muito tempo atrás. No campo da arte primitiva, (Neolítico e Idade do Bronze), existem as Pinturas Rupestres da Pala Pinta - Carlão, um dos três únicos exemplares actualmente conhecidos no país. Regista-se também a existência de Gravuras Rupestres: Igreijinha e Botelhinha em Pegarinhos a que se podem acrescentar as Gravuras (fossetes e pegadas), do Castro do Castelo em Carlão, em cuja área se encontra igualmente um curioso exemplar de incultura. Um berrão. Da cultura Megalítica, destaca-se o Dólmen ou Anta da Fonte Coberta, a cerca de um quilómetro para noroeste da povoação de Vila Chã. O conjunto de arquitectura religiosa nesta vila, completa-se com as capelas do Senhor do Andor ou dos Passos; a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no monte da Cunha, a de Santo António, no monte do Vilarelho; A arquitectura civil, com excepção do pelourinho, está praticamente circunscrita à existência do edifício da Câmara Municipal - Paços do Concelho - parte do qual construído no século XVIII e outra parte no século XIX. O brasão que coroa este edifício encontra-se picado, feito levado a cabo pelos soldados franceses na Guerra Peninsular e no qual, em vez das armas do concelho, mandaram pintar as águias napoleónicas, então ainda triunfantes. Destaque para a excelente gastronomia regional e excelente vinho da região, em especial o célebre Moscatel de Favaios. Á mesa em Alijó reinam o cabrito assado, o cozido à portuguesa, as tripas à transmontana, as carnes fumadas, a célebre bola de carne, e os milhos (da zona da montanha). É de salientar também o famoso pão de Favaios muito apreciado e procurado por toda a região. Na doçaria, o destaque vai para as célebres cavacas e amêndoas cobertas de Santa Eugénia, quinzinhos, pudim de amêndoa, pão-de-ló de água, bolo borrachão e muitos outros de reminiscência conventual. No que diz respeito ao lazer, Alijó tem imensas propostas a oferecer aos visitantes, como o turismo fluvial no rio Douro, o turismo ecológico na foz do rio Tua, local privilegiado para a pesca desportiva e uma riqueza imensa de miradouros e paisagens.


PANORÂMICA DAS VINHAS NAS ENCOSTAS DO VALE DO RIO PINHÃO


CASA DA FONTE (LARGO DA FONTE)