PR8 MCN - Trilhos de Porto carreiro ( Vila Boa de Quires )
near Vila Boa de Quires, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
PR8 MCN. Trilhos de Porto carreiro.
Iniciamos a caminhada junto da igreja matriz de Vila boa de Quires. ( Marco de Canaveses )
O percurso desenrola-se por caminhos agrícolas e florestais.
Um percurso fácil de percorrer, sem subidas, ou descidas com grande inclinação.
Ao longo do percurso, também caminhamos por algumas estradas municipais.
É um percurso que no outono ganha outra magia devido à palete de cores, das vinhas, árvores de fruto, carvalhos, castanheiros, etc.
Um percurso onde passamos por muito pouca floresta com aucaliptos.
Almoçamos no café da aldeia de Maureles, pedimos à proprietária do café, se podíamos utilizar as cadeiras e mesas da esplanada, para almoçar e em contrapartida as bebidas e cafés eram adquiridas no café.
Muito simpática, a sra acedeu ao nosso pedido, uma mais valia para nós e para o café. O café fica junto á igreja de Maureles.
As panorâmicas para o rio Tâmega, são muito bonitas.
Uma zona que gostei particularmente, foi a parte do percurso junto á ribeira de Castro, várias quedas de água, pontes em madeira. ( Único senão desta zona, algum cheiro na ribeira, possivelmente devido à ETAR que está mais acima junto ao ribeiro. )
A ruínas das Obras do Fidalgo ou Casa Inacabada de Vila Boa de Quires, são muito interessantes.
O pelourinho de Porto carreiro, vários moinhos, pontes, casas agrícolas senhoriais.
São vários os motivos ao longo do percurso que nos prendem o olhar e despertam os sentidos.
Muitos recantos com encanto.
Penso que as melhores épocas do ano para efetuar este percurso serão o outono e a Primavera.
O percurso está sinalizado e limpo. 11/11/23
FICHA TÉCNICA DO PERCURSO
PERCURSO PRINCIPAL
PRB MCN-Trilhos de Portocarreiro
Localização e região: Região do baixo Tamegs, concelho do Marco de Canaveses, Freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles
Ponto de partida e chegada: Largo junto à Igreja Matriz de Vila Bos de Quires (Igreja de Santo André), freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, concelho do Marco de Canaveses
Coordenadas GPS: N.4112 2855 W 8 12 1038
Tipo de percurso: percurso circular de pequena rota.
Distância: o percurso, na sua totalidade, perfaz a distância, aproximada, de 14,5 km
Desníveis acumulados: 882 m
Altitude máxima: 301m
Altitude mínima: 85m
Duração: cerca de 5h
Grau de dificuldade: Ill-médio
Época aconselhada: Todo o ano
Obras do Fidalgo ou Casa Inacabada de Vila Boa de Quires Imóvel de Interesse Pobilico
Obra inacabada, do séc. XVIII, ao estilo barroco, ciclo rococó, trata-se do melhor exemplo concelhio deste estilo arquitectónico. O granito de excelente qualidade, permitiu aos canteiros um trabalho notável baseado em volutas, folhas de acanto estilizadas, vieiras e outros elementos decorativos.
A frontaria, com sessenta metros de comprimento, desenvolve-se, nos seus dois pisos, numa aparente simetria, concentrando no módulo central a maior exuberância decorativa.
Apontam-se diferentes motivos para a interrupção da construção deste palacete: morte do arquitecto, de suposta nacionalidade espanhola ou, muito provavelmente, a falta de verbas para tão arrojado empreendimento.
lutem entre si, até que um fique vencedor dos outros três... Esse será o mais valente e o mais forte. E esse será também o que me conquistará!
O mais velho dos quatro baixou a cabeça. Parecia vergado por um peso enorme. Talvez o peso da própria consciência.
— Senhora, o que pedis é realmente terrível!... Assim se destruirá para sempre a amizade dos quatro irmãos... Uma amizade que vale como exemplo, Senhora!
A resposta dela foi cruel, mas excitante:
— Eu só poderei pertencer a um de vós… e não aos quatro! Não pensais assim?
O homem hesitou ainda, antes de falar. Por fim, as palavras saíram em voz soturna:
— Pois será satisfeito o vosso desejo, senhora... Vou à procura dos meus irmãos!
Mas logo a jovem formosa, intencionalmente aproximou-se dele e apontou para bem perto.
— Não vos canseis... Eles já estão à vossa espera, lá em baixo...
Foi um encontro brutal. Os quatro irmãos (antigamente tão amigos e unidos, como outros não havia) olhavam-se agora cheios de rancor.
Pela primeira vez nascera o ódio entre eles. Um teria de matar os outros, para mostrar que era o mais forte e o mais valente. E conquistar aquela mulher estranhamente bela, que os olhava lá de cima, como que envolta numa auréola de luz. De luz ou de fogo?...
A luta começou. Luta de vida ou de morte. De qualquer modo, luta de tragédia, entre quatro irmãos que até bem pouco antes eram exemplo de compreensão e lealdade!
O mais velho foi afinal o primeiro a sucumbir... Depois outro... E logo outro... Por prodígio, aquele que conseguira resistir até ao fim era o mais novo. Mas também pouco lhe restava de vida. Ele bem o compreendeu, ao olhar os corpos dos irmãos caídos por terra.
E então, sem voltar a olhar sequer lá para o cimo, onde estava a mulher desejada, começou a arrastar-se, com as poucas forças que lhe restavam, a caminho da igrejinha que ficava próximo dali...
Foi desse modo que lá conseguiu chegar. Esvaindo-se em sangue. Morrendo aos poucos.
Quis levantar-se, mas caiu nos braços do prior.
— Padre, meu bom padre… ajudai-me!
O sacerdote impressionou-se.
— Meus Deus! Nesse estado… Mas que aconteceu?
Em voz agonizante, mal se ouvindo por vezes, o pobre rapaz, único sobrevivente dos quatro irmãos, contou a sua história triste. Triste e dolorosa.
O padre benzeu-se rapidamente e benzeu o moribundo.
— Meu pobre filho... Tu e os teus irmãos foram certamente enganados pelo Demónio, na figura de uma mulher perversa...
E suspirando, de olhos erguidos ao céu:
— Meus Deus, fazei que ao menos se possam salvar as suas almas!
Com muito custo, o sacerdote conseguiu levar o rapaz agonizante ao local onde se desenrolara a terrível e singular batalha. Mas, chegados aí o jovem não resistiu mais. Tombou também para sempre, ao lado dos outros. De novo estavam juntos, os quatro irmãos!
Lá os enterrou, o bom sacerdote, colocando-os lado a lado, e rezando-lhes as últimas orações, para que as almas não se perdessem.
E fosse pelo que fosse, a verdade é que sobre a campa de cada um dos quatro irmãos surgiu, mais tarde, um penedo, que passou a marcar para o futuro a triste sepultura…
E a povoação que depois se ergueu nesse mesmo local ficou a denominar-se a Terra dos Quatro Irmãos. E, mais modernamente, apenas Quatro Irmãos.
Fonte Biblio MARQUES, Gentil Lendas de Portugal
Iniciamos a caminhada junto da igreja matriz de Vila boa de Quires. ( Marco de Canaveses )
O percurso desenrola-se por caminhos agrícolas e florestais.
Um percurso fácil de percorrer, sem subidas, ou descidas com grande inclinação.
Ao longo do percurso, também caminhamos por algumas estradas municipais.
É um percurso que no outono ganha outra magia devido à palete de cores, das vinhas, árvores de fruto, carvalhos, castanheiros, etc.
Um percurso onde passamos por muito pouca floresta com aucaliptos.
Almoçamos no café da aldeia de Maureles, pedimos à proprietária do café, se podíamos utilizar as cadeiras e mesas da esplanada, para almoçar e em contrapartida as bebidas e cafés eram adquiridas no café.
Muito simpática, a sra acedeu ao nosso pedido, uma mais valia para nós e para o café. O café fica junto á igreja de Maureles.
As panorâmicas para o rio Tâmega, são muito bonitas.
Uma zona que gostei particularmente, foi a parte do percurso junto á ribeira de Castro, várias quedas de água, pontes em madeira. ( Único senão desta zona, algum cheiro na ribeira, possivelmente devido à ETAR que está mais acima junto ao ribeiro. )
A ruínas das Obras do Fidalgo ou Casa Inacabada de Vila Boa de Quires, são muito interessantes.
O pelourinho de Porto carreiro, vários moinhos, pontes, casas agrícolas senhoriais.
São vários os motivos ao longo do percurso que nos prendem o olhar e despertam os sentidos.
Muitos recantos com encanto.
Penso que as melhores épocas do ano para efetuar este percurso serão o outono e a Primavera.
O percurso está sinalizado e limpo. 11/11/23
FICHA TÉCNICA DO PERCURSO
PERCURSO PRINCIPAL
PRB MCN-Trilhos de Portocarreiro
Localização e região: Região do baixo Tamegs, concelho do Marco de Canaveses, Freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles
Ponto de partida e chegada: Largo junto à Igreja Matriz de Vila Bos de Quires (Igreja de Santo André), freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, concelho do Marco de Canaveses
Coordenadas GPS: N.4112 2855 W 8 12 1038
Tipo de percurso: percurso circular de pequena rota.
Distância: o percurso, na sua totalidade, perfaz a distância, aproximada, de 14,5 km
Desníveis acumulados: 882 m
Altitude máxima: 301m
Altitude mínima: 85m
Duração: cerca de 5h
Grau de dificuldade: Ill-médio
Época aconselhada: Todo o ano
Obras do Fidalgo ou Casa Inacabada de Vila Boa de Quires Imóvel de Interesse Pobilico
Obra inacabada, do séc. XVIII, ao estilo barroco, ciclo rococó, trata-se do melhor exemplo concelhio deste estilo arquitectónico. O granito de excelente qualidade, permitiu aos canteiros um trabalho notável baseado em volutas, folhas de acanto estilizadas, vieiras e outros elementos decorativos.
A frontaria, com sessenta metros de comprimento, desenvolve-se, nos seus dois pisos, numa aparente simetria, concentrando no módulo central a maior exuberância decorativa.
Apontam-se diferentes motivos para a interrupção da construção deste palacete: morte do arquitecto, de suposta nacionalidade espanhola ou, muito provavelmente, a falta de verbas para tão arrojado empreendimento.
lutem entre si, até que um fique vencedor dos outros três... Esse será o mais valente e o mais forte. E esse será também o que me conquistará!
O mais velho dos quatro baixou a cabeça. Parecia vergado por um peso enorme. Talvez o peso da própria consciência.
— Senhora, o que pedis é realmente terrível!... Assim se destruirá para sempre a amizade dos quatro irmãos... Uma amizade que vale como exemplo, Senhora!
A resposta dela foi cruel, mas excitante:
— Eu só poderei pertencer a um de vós… e não aos quatro! Não pensais assim?
O homem hesitou ainda, antes de falar. Por fim, as palavras saíram em voz soturna:
— Pois será satisfeito o vosso desejo, senhora... Vou à procura dos meus irmãos!
Mas logo a jovem formosa, intencionalmente aproximou-se dele e apontou para bem perto.
— Não vos canseis... Eles já estão à vossa espera, lá em baixo...
Foi um encontro brutal. Os quatro irmãos (antigamente tão amigos e unidos, como outros não havia) olhavam-se agora cheios de rancor.
Pela primeira vez nascera o ódio entre eles. Um teria de matar os outros, para mostrar que era o mais forte e o mais valente. E conquistar aquela mulher estranhamente bela, que os olhava lá de cima, como que envolta numa auréola de luz. De luz ou de fogo?...
A luta começou. Luta de vida ou de morte. De qualquer modo, luta de tragédia, entre quatro irmãos que até bem pouco antes eram exemplo de compreensão e lealdade!
O mais velho foi afinal o primeiro a sucumbir... Depois outro... E logo outro... Por prodígio, aquele que conseguira resistir até ao fim era o mais novo. Mas também pouco lhe restava de vida. Ele bem o compreendeu, ao olhar os corpos dos irmãos caídos por terra.
E então, sem voltar a olhar sequer lá para o cimo, onde estava a mulher desejada, começou a arrastar-se, com as poucas forças que lhe restavam, a caminho da igrejinha que ficava próximo dali...
Foi desse modo que lá conseguiu chegar. Esvaindo-se em sangue. Morrendo aos poucos.
Quis levantar-se, mas caiu nos braços do prior.
— Padre, meu bom padre… ajudai-me!
O sacerdote impressionou-se.
— Meus Deus! Nesse estado… Mas que aconteceu?
Em voz agonizante, mal se ouvindo por vezes, o pobre rapaz, único sobrevivente dos quatro irmãos, contou a sua história triste. Triste e dolorosa.
O padre benzeu-se rapidamente e benzeu o moribundo.
— Meu pobre filho... Tu e os teus irmãos foram certamente enganados pelo Demónio, na figura de uma mulher perversa...
E suspirando, de olhos erguidos ao céu:
— Meus Deus, fazei que ao menos se possam salvar as suas almas!
Com muito custo, o sacerdote conseguiu levar o rapaz agonizante ao local onde se desenrolara a terrível e singular batalha. Mas, chegados aí o jovem não resistiu mais. Tombou também para sempre, ao lado dos outros. De novo estavam juntos, os quatro irmãos!
Lá os enterrou, o bom sacerdote, colocando-os lado a lado, e rezando-lhes as últimas orações, para que as almas não se perdessem.
E fosse pelo que fosse, a verdade é que sobre a campa de cada um dos quatro irmãos surgiu, mais tarde, um penedo, que passou a marcar para o futuro a triste sepultura…
E a povoação que depois se ergueu nesse mesmo local ficou a denominar-se a Terra dos Quatro Irmãos. E, mais modernamente, apenas Quatro Irmãos.
Fonte Biblio MARQUES, Gentil Lendas de Portugal
Waypoints
Waterfall
435 ft
Queda d'água
Talvez a parte mais difícil do percurso, este pequeno trecho junto á ribeira, existem uns cadeados, para ajudarem a subir, pois a rocha molhada é escorregadia. Mas para quem estiver minimamente em forma é muito fácil.
Comments (3)
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Trilho fantástico para percorrer no Outono.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Trilho Top
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Easy to follow
Scenery
Moderate
Excelente percurso por um local que não conhecia.