PR8 ALJ - Trilho de Vila Verde (Forno dos Mouros)
near Vila Verde, Vila Real (Portugal)
Viewed 653 times, downloaded 18 times
Trail photos
Itinerary description
VALE DA RIBEIRA DE ASCA
IMPORTANTE: este é um percurso que necessita de constante manutenção no que respeita ao crescimento de vegetação selvagem. Ora, tal não se tem verificado e, à data (05/08/2022), partes do trilho estão intransitáveis, tomadas por fenos, urtigas e silvados. Fica aqui o aviso.
- Trilho circular com marcações, com um pequeno troço comum, com início e fim no centro da aldeia de Vila Verde, próximo da igreja matriz;
- Decorre por caminhos rurais, calçadas de pedra e caminhos serranos, nas franjas da serra da Burneira;
- Ao longo deste trilho existem vários pontos de referência que merecem atenção: o casario rural da aldeia de Vila Verde, a pequena capela de S. Gonçalo e o seu conjunto de alminhas, tanques, presas, eiras e palheiros, a via romana, os moinhos da ribeira de Asca e as ruínas do Castro da Cerca;
- Trilho com características técnicas fáceis, sem desníveis muito acentuados e que se realiza num curto espaço de tempo;
- A paisagem é fantástica! O vale da ribeira de Asca estende-se até perder de vista, com os campos de cultivo e os lameiros de pasto na meia encosta da margem direita da ribeira a contrastar com as encostas mais agrestes da margem esquerda. E no planalto, a paisagem serrana emoldura uma aldeia rica em vestígios históricos e ainda com muitos exemplares de casas transmontanas (sobretudo na parte velha da aldeia) e de casario típico desta região (palheiros, ao redor da aldeia);
- Um excelente trilho para se realizar na primavera ou no outono. Ter em atenção que, com chuva e vento, será muito desagradável pois é muito exposto, passando-se o mesmo em dias de calor intenso, pois as sombras são parcas. No inverno, a neve é garantida;
- No seu todo, é um percurso com grande interesse paisagístico e rural, assim como do ponto de vista arqueológico, com os vestígios do Castro da Cerca a predominarem sobre esta rota e que resulta numa boa oportunidade para contactar mais diretamente com esta região, os seus usos e costumes rurais, a sua religiosidade e história ancestral;
LAMEIRO DE PASTO (VILA VERDE)
Outros percursos realizados nesta região:
Ao redor de Vila Verde (Alijó)
À volta do Freixo (Alijó)
De Vila Verde a Perafita (Alijó)
EDIFÍCIO RURAL (VILA VERDE)
- ALIJÓ
A vila de Alijó, situada a cerca de 45 quilómetros da capital do Distrito - Vila Real - localiza-se numa vasta área de cultura castreja. É sede de um concelho essencialmente agrícola que se estende desde a margem direita do rio Douro até aos limites do Concelho de Murça e, ainda, entre os rios Tinhela, Tua e Pinhão. Rios, montanhas e vales, são a essência da paisagem de Alijó, a que as vinhas dão um toque final de requinte estético, oferecendo a quem as contempla um espectáculo inesquecível. Pelo Concelho, existem dispersas várias manifestações do seu povoamento antigo, desde castros a pinturas rupestres e a vestígios de estradas romanas. A presença humana dentro da área do concelho de Alijó, data de há muito tempo atrás. No campo da arte primitiva, (Neolítico e Idade do Bronze), existem as Pinturas Rupestres da Pala Pinta - Carlão, um dos três únicos exemplares actualmente conhecidos no país. Regista-se também a existência de Gravuras Rupestres: Igreijinha e Botelhinha em Pegarinhos a que se podem acrescentar as Gravuras (fossetes e pegadas), do Castro do Castelo em Carlão, em cuja área se encontra igualmente um curioso exemplar de incultura. Um berrão. Da cultura Megalítica, destaca-se o Dólmen ou Anta da Fonte Coberta, a cerca de um quilómetro para noroeste da povoação de Vila Chã. O conjunto de arquitectura religiosa nesta vila, completa-se com as capelas do Senhor do Andor ou dos Passos; a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no monte da Cunha, a de Santo António, no monte do Vilarelho. A arquitectura civil, com excepção do pelourinho, está praticamente circunscrita à existência do edifício da Câmara Municipal - Paços do Concelho - parte do qual construído no século XVIII e outra parte no século XIX. O brasão que coroa este edifício encontra-se picado, feito levado a cabo pelos soldados franceses na Guerra Peninsular e no qual, em vez das armas do concelho, mandaram pintar as águias napoleónicas, então ainda triunfantes. Destaque para a excelente gastronomia regional e excelente vinho da região, em especial o célebre Moscatel de Favaios. À mesa em Alijó reinam o cabrito assado, o cozido à portuguesa, as tripas à transmontana, as carnes fumadas, a célebre bola de carne, e os milhos (da zona da montanha). É de salientar também o famoso pão de Favaios muito apreciado e procurado por toda a região. Na doçaria, o destaque vai para as célebres cavacas e amêndoas cobertas de Santa Eugénia, quinzinhos, pudim de amêndoa, pão-de-ló de água, bolo borrachão e muitos outros de reminiscência conventual. No que diz respeito ao lazer, Alijó tem imensas propostas a oferecer aos visitantes, como o turismo fluvial no rio Douro, o turismo ecológico na foz do rio Tua, local privilegiado para a pesca desportiva e uma riqueza imensa de miradouros e paisagens.
MURALHA DO CASTRO DA CERCA (RUÍNAS)
ENCOSTA DA SERRA (CASTRO DA CERCA)
Waypoints
Via Romana de Vila Verde
A via romana de Vila Verde situa-se no sentido oriental da aldeia de Vila Verde e é constituída por lajes graníticas com nítidas marcas de desgaste, resultantes dos rodados. Desenvolve-se ao longo da encosta, na margem Sul do ribeiro de Asca. O percurso desta via passa no sopé do povoado fortificado da Cerca, podendo ter servido este povoado durante o período romano. O principal objetivo desta via era permitir a deslocação de pessoas, mercadorias e animais.
Castro da Cerca
O Castro da Cerca, ou Povoado Fortificado da Cerca, foi servido pela Via Romana de Vila Verde durante o período romano. O principal objetivo desta via era permitir a deslocação de pessoas, mercadorias e animais. Os povoados fortificados existentes no concelho de Alijó são inúmeros, na sua grandeza e tipologia. Se os há de área relativamente extensa, bem defendida por uma ou mais ordens de muralhas e fosso, a poder acolher algumas centenas de habitantes, outros há cuja cintura defensiva não abrigaria mais de duas ou três casas, de pequena/média dimensão. E, como geologicamente o concelho não se apresenta homogéneo, pois acusa duas zonas bem diferenciadas, separadas por terrenos de transição - uma xistosa e outra granítica - os castros revelam no material empregue e na técnica de construção que este permitia, a diversidade daí resultante. É o caso do povoado fortificado do Freixo, Vila Verde, onde predominam terrenos/morros graníticos. Este povoado de pequenas dimensões revela razoáveis condições defensivas e controlo estratégico da área envolvente. É provável tratar-se de um povoado da idade do ferro, onde se pode constatar a existência de duas linhas de muralha. A grande maioria dos castros desta região denuncia nítidos indícios de romanização, testemunhados pelos inúmeros vestígios cerâmicos (fragmentos de "tegula" - telha romana; "sigilata hispânica" - cerâmica fina romana), e vestígios numismáticos (moedas romanas) que falam com eloquência da passagem demorada dos senhores da velha Roma. Contudo, é natural que alguns tivessem sido levantados já em plena dominação romana, para local de estabelecimento das legiões em missão de soberania ou policiamento das extensas vias por onde se deslocavam comerciantes e funcionários do império.
Vila Verde (centro)
Situada na parte Norte do Concelho de Alijó, em lugar alto, plano e frio, perto da margem esquerda do rio Pinhão, a Freguesia de Vila Verde fez parte das vastíssimas terras de Panóias até aos séculos XVII – XVIII, passando em seguida a Curato anexo à reitoria de Três Minas, sendo depois reitoria. A povoação desta Freguesia tem vários séculos de existência como provam aliás vestígios castrejos, casas tipicamente transmontanas, de pedra da região e inúmeros monumentos. Nesse capítulo as casas feitas de pedra com varandas em lages horizontais na parte frontal da casa são um belíssimo exemplo de casas transmontanas que se mantiveram ao longo dos séculos, sem grandes alterações de construções modernas, em especial na parte velha da aldeia. É a Freguesia mais vasta do Concelho de Alijó, constituída por oito aldeias. O Orago é Santa Marinha e tem uma festa anual em sua honra, juntamente com São Sebastião no segundo domingo de Agosto. Aqui é realizada anualmente no dia seis de Janeiro uma feira das mais conhecidas e frequentadas da região, a feira de gado de Vila Verde. São atribuídos prémios ao melhor gado presente na feira. As principais actividades baseiam-se no pastorício, na batata, castanha, milho e centeio. No que respeita ao património possui igreja matriz, capela de São Gonçalo, santuário, casa dos médicos, casa paroquial, ponte romana, cerca romana, forno dos mouros, cabeço de nossa senhora, fontes, cruzeiros e vestígios medievais em todas as aldeias desta freguesia, donde se destaca a aldeia de Perafita, inspiradora de inúmeros trabalhos históricos e de programas de televisão.
Comments (8)
You can add a comment or review this trail
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Easy
I chose this route due to its short distance as I was accompanied by my grandson (11 years old). Whilst it has some elevation climbs, they are not too strenuous.
Unfortunately, part of the trail has become overgrown, making passage difficult. This occurs around the 3.4km mark, where the trail crosses the river next to the remains of an old bridge. The opposite bank is heavily overgrown with ferns. Beyond a large metal gate, the trail itself is heavily overgrown but the worst segment can be by-passed by walking along an adjacent field. However, when rejoining the trail it is partially overgrown with ferns, thorny brambles and Stinging Nettles. Care must be taken to avoid being scratched or stung. As the route ascends, the trail clears and can be enjoyed again. This overgrown segment spoils an otherwise enjoyable route.
Dear Craig, thanks for one more review and comment.
I'm really disappointed because you certainly didn't enjoy this trip with your grandson as much as you imagined and wished...
As I mentioned, this trail is still in the homologation phase. However, a great friend of mine lives in the village of Vila Verde and it was with him that I traveled this route. At the time he had already confided in me that vegetation was taking over the paths. He cleaned some parts himself, but that is not his responsibility... And as expected, without regular cleaning, the trail is in danger of disappearing, covered by wild vegetation. This will certainly be regrettable, as it is a very interesting and pleasant route to take.
I regret that it was not the best experience, especially for an 11 year old child.
Here I send you my sincere apology for not having mentioned this important remark about wild vegetation. I will add this information to the introductory text.
Once again, thanks for your comments. Greetings and good walks!!
Thanks Joao. There is no need for an apology. I trust your trails and have enjoyed walking several of them. Plants can quickly overgrow any trail, if they are not trimmed back. Despite the overgrown section, we still enjoyed our hike together. I look forward to trying more of your trails :-)
Thanks Craig!
It will certainly be a pleasure to continue this sharing.
Greetings!!
I have followed this trail View more
Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Trilho muito interessante à volta da aldeia de Vila Verde, Alijó. Gostei particularmente dos vestígios do castro. Foi uma boa caminhada!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
Foi um trilho muito interessante, uma boa surpresa. Continuação de boas caminhadas!
I have followed this trail View more
Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Trilho muito simpático e interessante. Julgo que ainda está em fase de homologação. Notei é que alguns troços dos caminhos (calçadas) começam a ficar fechados pela vegetação. É preciso fazer manutenção, caso contrário, rapidamente deixa de ser possível aí passar. Nas ruínas do castro é possível perceberem-se as antigas muralhas (ou muros). No geral, é bastante interessante. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Se não houver um envolvimento das juntas e associações locais, estes pequenos percursos ficam rapidamente tomados por silvados. Abraço!