PR7 AGD - Trilho dos Poços - Fermentelos
near Fermentelos, Aveiro (Portugal)
Viewed 731 times, downloaded 19 times
Trail photos
Itinerary description
O "PR7 AGD - Trilho dos Poços", por ser circular, pode ser iniciado em qualquer sitio por onde passe, no entanto, dadas as facilidades de estacionamento, optou-se pelo largo fronteiro à estalagem, nas margens da Pateira, Aqui, num canto do jardim, um painel informativo convida ao passeio e fornece todos os pormenores necessários. Segue-se, para oeste por uma estrada de calçada em direção ao Bico. Depois da calçada, duas ruas de asfalto e, na travessa do Cepo Mouro, toma-se um caminho entre oliveiras que conduz a um choupal. Atravessa-se este pelo trilho e, em menos de nada, chega-se ao Bico.
É uma zona de pântanos, de caniços e nenúfares, um perfeito refúgio para nidificação da avifauna das zonas húmidas. Os poços, alguns ainda com nora, testemunham a importância que estes tiveram num passado não muito longínquo. Depois do Bico, percorre-se agora um caminho largo ao longo da margem da Pateira, até um lavadouro público construido abaixo do solo. As lavadeiras que ainda o utilizam chamam-lhe "orio"...
Agora toma-se a rua do Rio, à esquerda em direção à zona urbana, depois a rua da Pedreira e de seguida a rua do Coucão. Nesta rua, a uns 80 m do seu início, ao lado direito, toma-se um carreiro tradicional que, atravessando os quintais e um pequeno ribeiro, se dirige para a rua da Alagoa, entrando nesta junto à primeira sede da Banda Marcial de Fermentelos.
Aqui, ruma-se à direita até à rua do Miradouro, passa-se pela Junta de Freguesia e pelo Cruzeiro, rumando-se à esquerda até a Igreja Matriz. Sobe-se na direção do Centro Social e, nas traseiras deste, toma-se um passeio que conduz à travessa da Escola e de seguida ao Largo da Senhora da Saúde. Após o descanso a que o local convida, sobe-se a rua do Cabeço Grande até à rua da Bela Vista. Atravessa-se esta e toma-se a Travessa das Quintas, que desce, entre vivendas, e que conduz aos campos de cultivo e às vinhas. Atravessa-se a rua das Quintas, seguindo-se em frente. Depois de atravessar uma vinha com um poço do lado esquerdo toma-se, à esquerda, a rua da Murtosa que decorre entre floresta e terras de cultivo e que terminará na rua do Vale da Murta. Aqui ruma-se, outra vez à esquerda até à rua Monte das Pombas que levará ao extremo norte da rua do Monte.
Aqui chegado ruma à esquerda e, passados 100m, atravessa a rua do Lugar para a rua dos Febres. Logo toma-se, à esquerda, um estradão largo que se encaminha para a Pateira. Ao longo deste caminho podemos admirar um conjunto interessante de poços, uns mais bem conservados que outros, recantos de lazer, pequenos ancoradouros, etc. Desemboca-se na rua da Pateira, junto a uma capelinha, rumando-se à direita em direção à Pateira. Termina onde se iniciou.
Freguesia de Fermentelos
A freguesia de Fermentelos, com uma área de 9 km², situa-se na zona sudoeste do concelho de Águeda e nas margens da Pateira. Elevada a vila no ano de 1928, é constituída essencialmente por um desenvolvido núcleo populacional assente num forte foco de emigração, homenageado pelo Monumento ao Emigrante. O trilho dos Poços é um percurso que se estende pela freguesia, ao longo de cerca de 10 km, convidando o visitante a trilhar boa parte das margens de uma das maiores lagoas naturais da Península Ibérica, para depois descobrir a tipica urbanidade da vila. Este percurso leva o pedestrianista a conhecer aspetos únicos, uns naturais como os nenúfares das Insuas, a elevada diversidade faunística e floristica, bem como outros resultantes da ação do Homem como o lavadouro, datado de 1940, localizado abaixo da cota do terreno e onde ainda hoje se encontram lavadeiras, como também os típicos poços e engenhos que se encontram por toda a localidade, enquadrados no ambiente natural e/ou rural.
Os Poços
Os poços de água, que determinam a denominação do trilho, vão sendo encontrados ao longo das margens da pateira, alguns com a boca bem acima da cota do trilho, assim construidos para facilitar a rega nos terrenos mais elevados. Predominam os engenhos denominados de Noras, constituidos por uma roda com pequenos rese alcatruzes, essencialmente acionados/movidos por força animal. As trabalhavam num círculo à volta do poço ou de um eixo, geralmente ponteiros do relógio, acionando o sistema que fazia circular os alcatruzes do poço e a superfície: desciam vazios e regressavam cheios, vertendo a água para uma calha ao chegarem à posição mais elevada do poço. Ao longo do trilho encontram se diversos tipos de poços e engenhos que, embora enferrujados, evidenciam as técnicas usadas.
A Pateira
A Pateira, comummente designada como Pateira de Fermentelos, é uma das maiores lagoas naturais da Peninsula Ibérica, estando localizada no triângulo dos concelhos de Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro, antes da confluência do Rio Certima com o Rio Agueda e inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Vouga. Incluida na REDE NATURA 2000, integra a Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro (PTZPE0004), sendo uma importante e extensa zona húmida (com uma área aproximada de 5 km²), classificada em 2012 como Zona Húmida de Importância Internacional-Zona RAMSAR.
Praticamente todo o percurso desenvolve-se em áreas classificadas pela Diretiva Aves, ocorrendo também Habitats de Importância Comunitária. Destaca-se a diversidade biológica e a heterogeneidade de paisagens que ocorre ao longo de todo o percurso. Na componente ornitológica, ocorrem espécies de importância comunitária, algumas com estatuto de proteção nacional e internacional, e que ao longo do percurso podem ser observadas (de acordo com a estação do ano) como: o Garçote (Ixobrychus minutus), a Garça vermelha (Ardea purpurea), o Milhafre-preto (Milvus migrans), a Águia-sapeira (Circus aeruginosus), a Aguia-de-asa-redonda (Buteo buteo), o Guarda-rios (Alcedo atthis), entre várias outras espécies como garças, passeriformes, anatídeos, etc. Aliás, o próprio termo Pateira designa, na sua etimologia, abundância de patos.
No que concerne à flora, ocorrem espécies arbóreas e arbustivas como o Amieiro (Alnus glutinosa), o Pilriteiro (Crataegus monogyna), o A eg (Frangula alnus), o Freixo (Fraxinus angustifolia), o Carvalho (Que 1/2 Loureiro (Laurus nobilis), o Salgueiro (Salix sp.), a Borra atrocinerea), o Sabugueiro (Sambucus nigra), entre outras. Na zona das Insuas (Bico), inundada pelas águas da Ribeira do Pano, surgem manchas extensas de Caniço (Phragmites australis), juntamente com a Tabua (Typha sp.), o Bunho (Scirpus sp.) e Salgueiros (Salix sp.). Assim, a diversidade de habitats permite a sustentação destas comunidades biológicas e de outras referentes a grupos como os répteis e anfibios, os insetos, os moluscos e os mamiferos, com destaque para a Lontra (Lutra lutra).
O pedestrianista irá contactar de perto, e ao longo do percurso, com os diferentes usos e atividades desenvolvidas nas áreas florestais e agrícolas, na povoação e na lagoa. Nesta última desenvolvem-se atividades como a canoagem (tendo aqui sido formados campeões nacionais da modalidade), passeios e travessias de bateira e, a pesca desportiva que, dentro de água ou a partir das margens, atrai muita gente até à lagoa devido à elevada diversidade e abundância de peixe. Outrora, realizava-se na Pateira uma das maiores competições de trabalho da região-a apanha do moliço em bateiras/lanchas-, cuja abertura solene, no dia 25 de agosto, começava ao soar dos sinos da Igreja de Fermentelos. Uma competição entre as gentes ribeirinhas que atraia milhares de visitantes transformando-se numa festa.
Info: Folheto informativo da Câmara Municipal d Águeda.
É uma zona de pântanos, de caniços e nenúfares, um perfeito refúgio para nidificação da avifauna das zonas húmidas. Os poços, alguns ainda com nora, testemunham a importância que estes tiveram num passado não muito longínquo. Depois do Bico, percorre-se agora um caminho largo ao longo da margem da Pateira, até um lavadouro público construido abaixo do solo. As lavadeiras que ainda o utilizam chamam-lhe "orio"...
Agora toma-se a rua do Rio, à esquerda em direção à zona urbana, depois a rua da Pedreira e de seguida a rua do Coucão. Nesta rua, a uns 80 m do seu início, ao lado direito, toma-se um carreiro tradicional que, atravessando os quintais e um pequeno ribeiro, se dirige para a rua da Alagoa, entrando nesta junto à primeira sede da Banda Marcial de Fermentelos.
Aqui, ruma-se à direita até à rua do Miradouro, passa-se pela Junta de Freguesia e pelo Cruzeiro, rumando-se à esquerda até a Igreja Matriz. Sobe-se na direção do Centro Social e, nas traseiras deste, toma-se um passeio que conduz à travessa da Escola e de seguida ao Largo da Senhora da Saúde. Após o descanso a que o local convida, sobe-se a rua do Cabeço Grande até à rua da Bela Vista. Atravessa-se esta e toma-se a Travessa das Quintas, que desce, entre vivendas, e que conduz aos campos de cultivo e às vinhas. Atravessa-se a rua das Quintas, seguindo-se em frente. Depois de atravessar uma vinha com um poço do lado esquerdo toma-se, à esquerda, a rua da Murtosa que decorre entre floresta e terras de cultivo e que terminará na rua do Vale da Murta. Aqui ruma-se, outra vez à esquerda até à rua Monte das Pombas que levará ao extremo norte da rua do Monte.
Aqui chegado ruma à esquerda e, passados 100m, atravessa a rua do Lugar para a rua dos Febres. Logo toma-se, à esquerda, um estradão largo que se encaminha para a Pateira. Ao longo deste caminho podemos admirar um conjunto interessante de poços, uns mais bem conservados que outros, recantos de lazer, pequenos ancoradouros, etc. Desemboca-se na rua da Pateira, junto a uma capelinha, rumando-se à direita em direção à Pateira. Termina onde se iniciou.
Freguesia de Fermentelos
A freguesia de Fermentelos, com uma área de 9 km², situa-se na zona sudoeste do concelho de Águeda e nas margens da Pateira. Elevada a vila no ano de 1928, é constituída essencialmente por um desenvolvido núcleo populacional assente num forte foco de emigração, homenageado pelo Monumento ao Emigrante. O trilho dos Poços é um percurso que se estende pela freguesia, ao longo de cerca de 10 km, convidando o visitante a trilhar boa parte das margens de uma das maiores lagoas naturais da Península Ibérica, para depois descobrir a tipica urbanidade da vila. Este percurso leva o pedestrianista a conhecer aspetos únicos, uns naturais como os nenúfares das Insuas, a elevada diversidade faunística e floristica, bem como outros resultantes da ação do Homem como o lavadouro, datado de 1940, localizado abaixo da cota do terreno e onde ainda hoje se encontram lavadeiras, como também os típicos poços e engenhos que se encontram por toda a localidade, enquadrados no ambiente natural e/ou rural.
Os Poços
Os poços de água, que determinam a denominação do trilho, vão sendo encontrados ao longo das margens da pateira, alguns com a boca bem acima da cota do trilho, assim construidos para facilitar a rega nos terrenos mais elevados. Predominam os engenhos denominados de Noras, constituidos por uma roda com pequenos rese alcatruzes, essencialmente acionados/movidos por força animal. As trabalhavam num círculo à volta do poço ou de um eixo, geralmente ponteiros do relógio, acionando o sistema que fazia circular os alcatruzes do poço e a superfície: desciam vazios e regressavam cheios, vertendo a água para uma calha ao chegarem à posição mais elevada do poço. Ao longo do trilho encontram se diversos tipos de poços e engenhos que, embora enferrujados, evidenciam as técnicas usadas.
A Pateira
A Pateira, comummente designada como Pateira de Fermentelos, é uma das maiores lagoas naturais da Peninsula Ibérica, estando localizada no triângulo dos concelhos de Águeda, Aveiro, Oliveira do Bairro, antes da confluência do Rio Certima com o Rio Agueda e inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Vouga. Incluida na REDE NATURA 2000, integra a Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro (PTZPE0004), sendo uma importante e extensa zona húmida (com uma área aproximada de 5 km²), classificada em 2012 como Zona Húmida de Importância Internacional-Zona RAMSAR.
Praticamente todo o percurso desenvolve-se em áreas classificadas pela Diretiva Aves, ocorrendo também Habitats de Importância Comunitária. Destaca-se a diversidade biológica e a heterogeneidade de paisagens que ocorre ao longo de todo o percurso. Na componente ornitológica, ocorrem espécies de importância comunitária, algumas com estatuto de proteção nacional e internacional, e que ao longo do percurso podem ser observadas (de acordo com a estação do ano) como: o Garçote (Ixobrychus minutus), a Garça vermelha (Ardea purpurea), o Milhafre-preto (Milvus migrans), a Águia-sapeira (Circus aeruginosus), a Aguia-de-asa-redonda (Buteo buteo), o Guarda-rios (Alcedo atthis), entre várias outras espécies como garças, passeriformes, anatídeos, etc. Aliás, o próprio termo Pateira designa, na sua etimologia, abundância de patos.
No que concerne à flora, ocorrem espécies arbóreas e arbustivas como o Amieiro (Alnus glutinosa), o Pilriteiro (Crataegus monogyna), o A eg (Frangula alnus), o Freixo (Fraxinus angustifolia), o Carvalho (Que 1/2 Loureiro (Laurus nobilis), o Salgueiro (Salix sp.), a Borra atrocinerea), o Sabugueiro (Sambucus nigra), entre outras. Na zona das Insuas (Bico), inundada pelas águas da Ribeira do Pano, surgem manchas extensas de Caniço (Phragmites australis), juntamente com a Tabua (Typha sp.), o Bunho (Scirpus sp.) e Salgueiros (Salix sp.). Assim, a diversidade de habitats permite a sustentação destas comunidades biológicas e de outras referentes a grupos como os répteis e anfibios, os insetos, os moluscos e os mamiferos, com destaque para a Lontra (Lutra lutra).
O pedestrianista irá contactar de perto, e ao longo do percurso, com os diferentes usos e atividades desenvolvidas nas áreas florestais e agrícolas, na povoação e na lagoa. Nesta última desenvolvem-se atividades como a canoagem (tendo aqui sido formados campeões nacionais da modalidade), passeios e travessias de bateira e, a pesca desportiva que, dentro de água ou a partir das margens, atrai muita gente até à lagoa devido à elevada diversidade e abundância de peixe. Outrora, realizava-se na Pateira uma das maiores competições de trabalho da região-a apanha do moliço em bateiras/lanchas-, cuja abertura solene, no dia 25 de agosto, começava ao soar dos sinos da Igreja de Fermentelos. Uma competição entre as gentes ribeirinhas que atraia milhares de visitantes transformando-se numa festa.
Info: Folheto informativo da Câmara Municipal d Águeda.
Waypoints
Waypoint
70 ft
Miradouro de Fermentelos
Extra trilho. No fim voltar para trás e retomar o trilho. Existe 1 erro de GPS que marca 1 linha reta.
Waypoint
37 ft
Lavadouro Público
Lavadouro, datado de 1940, localizado abaixo da cota do terreno e onde ainda hoje se encontram lavadeiras; chamam-lhe "orio".
Comments (1)
You can add a comment or review this trail
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Extraordinária