PR6- Rio Marão. Minas do Ramalhoso, Colina do Sol e Ponte Val de Baralha

A Pequena Rota PR6-Rio Marão.
Trilho circular e marcado nos dois sentidos.
Fizemos o percurso no sentido N°1 e penso que fizemos a melhor escolha.
O trilho inicia-se no centro do povoado de Ansiães, a partir do Largo da Pinha próximo da sede da Junta de Freguesia.
Segue por um caminho em calçada antiga, de feição ascendente, denominado caminho de "Santo António e atravessa os lugares de Eido, Peso e Coval.
Depois de deixar o povoado segue- se em caminho de terra batida até ao Viveiro do Torno.
O viveiro de Torno é pertença do ICNF, é um dos dois locais em Portugal onde se faz a criação de trutas Fario, para posterior libertação nos rios de forma a repovoar os mesmos.
Felizmente para nós, quando passamos aos viveiros, o sr que cuida dos mesmos, depois de dois dedos de conversa perguntou-nos se queriamos, ver o local onde fazem a criação dos juvenis e onde se encontram os ovos até ecoludírem.
Depois da visita guiada com direito a explicações detalhadas do funcionamento do centro e o ciclo de reprodução das trutas Fario, só temos a agradecer ao Sr por esta magnífica experiência.
A partir deste lugar aprazível, o itinerário ladeia a ribeira do Ramalhoso e segue por uma típica levada de água, em direção às antigas minas de estanho e volfrâmio - as Minas do Ramalhoso. O percurso ao longo da levada é muito bonito.
Por trás das casas abandonadas das minas do Ramalhoso, existe uma cascata muito bonita, só é necessário fazer um pequeno desvio ao trilho oficial.
Depois das minas, percorre-se um caminho florestal com excelentes panorâmicas, sempre em ascensão.
Após as minas do Ramalhoso, passamos por uma das bocas das minas e mais á frente iremos encontrar um pequeno túnel, local de onde temos uma excelente panorâmica das minas do Ramalhoso.
Este é um daqueles locais onde é quase imperativo tirar umas fotos.
Após passar o pequeno túnel caminhamos próximo da cota dos 900 metros de altitude.
Este caminho, criado após o grande incêndio ocorrido na serra do Marão em 1985, liga à casa de Guarda Florestal do Alto do Espinho e de novo à antiga Estrada Nacional 15. Trata-se da primeira casa de Guarda Florestal, construída de raiz, pelos Serviços Florestais, em 1919, em Amarante.
Perto da casa do guarda existe uma pequena cascata.
Um ponto de paragem ideal para fazer uma pausa e refrescar o corpo com a água de nascente do rio que dá o nome à Pequena Rota.
Na vizinhança surge um edifício industrial inativo, uma unidade de produção de água de nascente, as "Águas do Marão".
Um pouco mais além situa-se a Pousada de São Gonçalo.
De modo descendente percorre-se o caminho antigo ao longo do rio Marão que é atravessado por uma pequena ponte rustica em madeira.
O caminho medieval que segue, na margem esquerda serviu no passado os povos da região para transpor a Serra do Marão.
Mais abaixo surge uma pequena casa de abrigo já em ruínas.
Aqui, caminhamos pelo meio de uma floresta centenária de coníferas com exemplares arbóreos imponentes.
Marca presença ainda outra flora e fauna associada aos habitats de montanha, especialmente pela presença de vegetação ribeirinha e frequência de diversas espécies de aves.
Mais além surge o "Túnel do Marão" e os vestígios de um apiário antigo (colmeias) apesar de assinalados, não conseguimos ver, vestígios destes apiários..
É possível depois observar, já próximo da aldeia, alguns palheiros, cortes de gado, moinhos e a ponte de "Val de Baralha".
Ao longo deste troço do percurso o caminheiro depara-se com a paisagem rural, criada pelo homem ao longo de séculos.
Já na aldeia, surgem as panorâmicas fantásticas das encostas maronesas.
Este trilho surpreendeu-me pela beleza natural e paisagística.
Ao longo do trilho somos quase sempre acompanhados pelo som da água, a correr nos ribeiros, levada e no final o rio Marão.
Um dos mais belos trilhos da serra do Marão.


Um trilho que considero moderado numas escala de ( 0 a 5 ) é um 3,
mas que para pessoas menos preparadas fisicamente devido ao acumulado de subida será difícil .
A última descida, em dias de chuva também não será nada facial de a percorrer.
Não aconselho faze este trilho em dias de chuva ou com nevoeiro.
A serra do Marão nos dias em que está vento e chuva, é das serras mais agrestes de Portugal, sei-o por experiência própria.









Trilha circular a partir de Anciães, com passagem por:
- Minas do Ramalhoso (5.8 km)
- Fonte da Colina do Sol (6.2 km)
- Ponte Val de Baralha (15.2 km)