PR6 ALQ Rota de Nª Sª da Conceição
near Olhalvo, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O PR6 ALQ desenvolve-se pelas localidades de Olhalvo, Pocariça, Surraipas, Penafirme da Mata, voltando a Olhalvo, Concelho de Alenquer.
Com início e fim no Largo Mártir S. Sebastião e Nª Sª da Encarnação, no centro de Olhalvo, junto à Igreja de Nª Sª da Encarnação, da Junta de Freguesia, e do coreto.
É aí que se encontra o cartaz informativo deste PR6, mal colocado, o que dificulta a sua consulta.
Por estradas pavimentadas, de terra ou gravilha evolui por zonas marcadamente agrícolas, sobretudo de vinha e pomar, sendo o contato com as afáveis gentes locais muito provável e recomendável.
Uma parte do percurso atravessa a mancha florestal das Surraipas, com terreno muito agradável e sombra quase constante.
Com uma vista fantástica sobre o Montejunto, o PR6 ALQ é um trilho simpático, em zona demarcada dos vinhos do oeste, praticável em qualquer altura do ano, embora a primavera e o outono "emprestem" um colorido diferente, mais agradável, e aprazível.
Pontos de interesse:
Igreja e Convento de Nª Sª da Encarnação
Eco parque de Surraipas
Baloiço de Surraipas
Paisagem sobre o Montejunto
A TER EM ATENÇÃO:
Percurso marcado mas a precisar de manutenção, pelo que se aconselha meios alternativos de geolocalização.
A falta de manutenção deste PR leva a que ao Km 11,3, e por trezentos metros, o percurso se desenvolva junto ao muro do convento, em zona de hortas com vegetação alta, na qual se escondem algumas "armadilhas" (poços, buracos, linhas de água), pelo que se apela a alguma prudência na hora de avançar.
OLHALVO
Aparece em 1497 como A do Olhalvo; em 1527 como Olhalvo. Nestas datas era cabeça de vintena.
“Sobre a etymologia da palavra Olhalvo apenas podemos dizer que em escripturas antigas encontra-se com ortographia diversa, por exemplo, uns a dão com a Dalhalvo, e outros Adilhalvo, A-do-olho-alvo, etc., o que nada explica da sua origem"
escreve Guilherme Henriques.
Os dados demográficos disponíveis mostram-nos uma terra em permanente crescimento, à excepção de um período entre inícios e meados do século XVIII. Em 1497 tem 10 fogos; em 1527, 20; em 1712, 60; em 1758, 49; em 1869, 90 e 389 habitantes, 199 do sexo masculino, 190 do feminino; e em 1911, 145 fogos e 651 pessoas.
Em 1663 transferiu-se para Olhalvo o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, de mulheres, até aqui, e desde a sua fundação, em 1650, instalado em Aldeia Gavinha. A partir de uma pequena casa de habitação, junto à qual logo se construiu uma pequena igreja, se foram melhorando e ampliando as instalações, comprando casas e quintais vizinhos. A extinção desta casa aconteceria em 1874, com a venda dos bens do recolhimento – casas, cerca e igreja – pela última regente, D. Maria do Carmo de Jesus, a João da Cunha Costa e Silva, professor de instrução primária em Olhalvo. Nas casas funcionaram depois as aulas de instrução primária. Sendo demolidas mais tarde, ali se construiu o actual edifício escolar, restando actualmente, do antigo Recolhimento, apenas a pequena capela de Nosso Senhor dos Aflitos.
Em Olhalvo se instalou, em 1720, um ramo da família Goes, de Damião de Goes, através do casamento de António de Goes Sottomayor com D. Mariana Josefa Barreto, natural daquele lugar. Deste António de Goes, que foi o 7.º administrador do morgado de Monte de Loios, houve três filhos: António, que foi o 8.º administrador do morgado, Damião, que faleceu na Índia, e Francisco de Goes Sottomayor, que sucedeu ao irmão António na administração do vínculo. Como nenhum teve filhos, este Francisco de Goes, chegado à idade de 84 anos, em 1822, passou a administração do morgado a seu primo, neto de uma irmã de seu pai, Vicente Paulo de Figueiredo de Goes Sottomayor, de Setúbal, casado com D. Maria Agostinha Barbosa du Bocage, irmã do famoso poeta, que por essa razão se mudam para Olhalvo.
Em Setembro realizam-se aqui os festejos em honra do Mártir São Sebastião. A sua organização é da responsabilidade da Sociedade Filarmónica Olhalvense, fundada em 1918, terceira coletividade, em antiguidade do concelho de Alenquer.
Guilherme Henriques descreve a povoação de Olhalvo, em 1873, como “uma das mais opulentas e aceiadas d’este concelho”, justificando: “possue boas ruas e largas; bellas casas, novas, no gosto moderno ou velhas, mas conservadas com todo o aceio; fontes bem construidas e com fartura de boas agua; em uma palavra, é uma terra modelo”.
Uma daquelas fontes ostenta a data de 1827.
Na Quinta da Margem da Arada, ali ao lado da capela do Senhor dos Aflitos, encontraram-se vários vestígios arqueológicos romanos.
Na primeira metade do século XIV pertenceu a mesma quinta a Lopo Fernandes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves. No século XVII estava na posse da família Arrais de Mendonça, cuja sepultura, brasonada, se encontra na igreja paroquial de Olhalvo. No princípio do século seguinte acha-se em poder de Diogo Marchão Temudo, desembargador do paço, cuja descendência se virá a ligar aos Nápoles Noronha, antepassados maternos de D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga, 1.º Visconde de Alenquer, proprietário desta quinta durante a segunda metade do século XIX.
No centro do Brasão de Olhalvo está representado um cacho de uvas tintas, remetendo para a longa tradição de produção de vinho testemunhada pelo grande número de antigas adegas existente na povoação.
Saindo de Olhalvo, e ainda antes de chegarmos à vizinha Pocariça, passa-se no sítio do Cruzeiro, assim chamado por ali se achar um cruzeiro muito singelo, mandado colocar em 1861 por João da Cunha Costa e Silva.
Para saber mais veja o registo fotográfico deste percurso em:
https://www.facebook.com/media/set/?vanity=ViraTrilhos&set=a.841789687962497
https://www.instagram.com/viratrilhos
Com início e fim no Largo Mártir S. Sebastião e Nª Sª da Encarnação, no centro de Olhalvo, junto à Igreja de Nª Sª da Encarnação, da Junta de Freguesia, e do coreto.
É aí que se encontra o cartaz informativo deste PR6, mal colocado, o que dificulta a sua consulta.
Por estradas pavimentadas, de terra ou gravilha evolui por zonas marcadamente agrícolas, sobretudo de vinha e pomar, sendo o contato com as afáveis gentes locais muito provável e recomendável.
Uma parte do percurso atravessa a mancha florestal das Surraipas, com terreno muito agradável e sombra quase constante.
Com uma vista fantástica sobre o Montejunto, o PR6 ALQ é um trilho simpático, em zona demarcada dos vinhos do oeste, praticável em qualquer altura do ano, embora a primavera e o outono "emprestem" um colorido diferente, mais agradável, e aprazível.
Pontos de interesse:
Igreja e Convento de Nª Sª da Encarnação
Eco parque de Surraipas
Baloiço de Surraipas
Paisagem sobre o Montejunto
A TER EM ATENÇÃO:
Percurso marcado mas a precisar de manutenção, pelo que se aconselha meios alternativos de geolocalização.
A falta de manutenção deste PR leva a que ao Km 11,3, e por trezentos metros, o percurso se desenvolva junto ao muro do convento, em zona de hortas com vegetação alta, na qual se escondem algumas "armadilhas" (poços, buracos, linhas de água), pelo que se apela a alguma prudência na hora de avançar.
OLHALVO
Aparece em 1497 como A do Olhalvo; em 1527 como Olhalvo. Nestas datas era cabeça de vintena.
“Sobre a etymologia da palavra Olhalvo apenas podemos dizer que em escripturas antigas encontra-se com ortographia diversa, por exemplo, uns a dão com a Dalhalvo, e outros Adilhalvo, A-do-olho-alvo, etc., o que nada explica da sua origem"
escreve Guilherme Henriques.
Os dados demográficos disponíveis mostram-nos uma terra em permanente crescimento, à excepção de um período entre inícios e meados do século XVIII. Em 1497 tem 10 fogos; em 1527, 20; em 1712, 60; em 1758, 49; em 1869, 90 e 389 habitantes, 199 do sexo masculino, 190 do feminino; e em 1911, 145 fogos e 651 pessoas.
Em 1663 transferiu-se para Olhalvo o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição, de mulheres, até aqui, e desde a sua fundação, em 1650, instalado em Aldeia Gavinha. A partir de uma pequena casa de habitação, junto à qual logo se construiu uma pequena igreja, se foram melhorando e ampliando as instalações, comprando casas e quintais vizinhos. A extinção desta casa aconteceria em 1874, com a venda dos bens do recolhimento – casas, cerca e igreja – pela última regente, D. Maria do Carmo de Jesus, a João da Cunha Costa e Silva, professor de instrução primária em Olhalvo. Nas casas funcionaram depois as aulas de instrução primária. Sendo demolidas mais tarde, ali se construiu o actual edifício escolar, restando actualmente, do antigo Recolhimento, apenas a pequena capela de Nosso Senhor dos Aflitos.
Em Olhalvo se instalou, em 1720, um ramo da família Goes, de Damião de Goes, através do casamento de António de Goes Sottomayor com D. Mariana Josefa Barreto, natural daquele lugar. Deste António de Goes, que foi o 7.º administrador do morgado de Monte de Loios, houve três filhos: António, que foi o 8.º administrador do morgado, Damião, que faleceu na Índia, e Francisco de Goes Sottomayor, que sucedeu ao irmão António na administração do vínculo. Como nenhum teve filhos, este Francisco de Goes, chegado à idade de 84 anos, em 1822, passou a administração do morgado a seu primo, neto de uma irmã de seu pai, Vicente Paulo de Figueiredo de Goes Sottomayor, de Setúbal, casado com D. Maria Agostinha Barbosa du Bocage, irmã do famoso poeta, que por essa razão se mudam para Olhalvo.
Em Setembro realizam-se aqui os festejos em honra do Mártir São Sebastião. A sua organização é da responsabilidade da Sociedade Filarmónica Olhalvense, fundada em 1918, terceira coletividade, em antiguidade do concelho de Alenquer.
Guilherme Henriques descreve a povoação de Olhalvo, em 1873, como “uma das mais opulentas e aceiadas d’este concelho”, justificando: “possue boas ruas e largas; bellas casas, novas, no gosto moderno ou velhas, mas conservadas com todo o aceio; fontes bem construidas e com fartura de boas agua; em uma palavra, é uma terra modelo”.
Uma daquelas fontes ostenta a data de 1827.
Na Quinta da Margem da Arada, ali ao lado da capela do Senhor dos Aflitos, encontraram-se vários vestígios arqueológicos romanos.
Na primeira metade do século XIV pertenceu a mesma quinta a Lopo Fernandes Pacheco, senhor de Ferreira de Aves. No século XVII estava na posse da família Arrais de Mendonça, cuja sepultura, brasonada, se encontra na igreja paroquial de Olhalvo. No princípio do século seguinte acha-se em poder de Diogo Marchão Temudo, desembargador do paço, cuja descendência se virá a ligar aos Nápoles Noronha, antepassados maternos de D. Tomás de Nápoles Noronha e Veiga, 1.º Visconde de Alenquer, proprietário desta quinta durante a segunda metade do século XIX.
No centro do Brasão de Olhalvo está representado um cacho de uvas tintas, remetendo para a longa tradição de produção de vinho testemunhada pelo grande número de antigas adegas existente na povoação.
Saindo de Olhalvo, e ainda antes de chegarmos à vizinha Pocariça, passa-se no sítio do Cruzeiro, assim chamado por ali se achar um cruzeiro muito singelo, mandado colocar em 1861 por João da Cunha Costa e Silva.
Para saber mais veja o registo fotográfico deste percurso em:
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Waypoints
Risk
223 ft
Zona Perigosa
A falta de manutenção deste PR leva a que ao Km 11,3, e por trezentos metros, o percurso se desenvolva junto ao muro do convento, em zona de hortas com vegetação alta, na qual se escondem algumas "armadilhas" (poços, buracos, linhas de água), pelo que se apela a alguma prudência na hora de avançar.
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