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PR5 MTG - Rota do Maciço Central (PNSE)

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Trail stats

Distance
7.04 mi
Elevation gain
2,175 ft
Technical difficulty
Difficult
Elevation loss
2,175 ft
Max elevation
6,129 ft
TrailRank 
88 4.8
Min elevation
6,129 ft
Trail type
Loop
Time
7 hours 57 minutes
Coordinates
1869
Uploaded
June 18, 2023
Recorded
June 2023
  • Rating

  •   4.8 4 Reviews

near Penhas da Saúde, Castelo Branco (Portugal)

Viewed 1583 times, downloaded 74 times

Trail photos

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


PANORÂMICA DO VALE DA CANDEEIRA


RIO ZÊZERE (COVÃO D'AMETADE)

- NOTA: engana-se quem achar que os cerca de 11 kms deste trilho fazem dele um percurso acessível, rápido de percorrer, para o qual basta levar uma pequena garrafa de água, uma sandes e calçar umas sapatilhas de passeio! Nada mais errado!!!! Este é um trilho técnico, muito duro, fisicamente exigente e que nos desafia constantemente, quer na orientação, quer nas melhores opções a tomar consoante a meteorologia, as condições do terreno e a nossa condição física. Por conseguinte, uma boa informação prévia é fundamental, para que a experiência seja avassaladora no melhor sentido da palavra...

- Este percurso corresponde a um trilho oficial, cujas informações podem ser consultadas na página da Rede de Percursos Pedestres de Manteigas;
- Trilho circular com marcações nos dois sentidos, com início e fim no Covão d'Ametade (oficial), com ascensão ao Covão Cimeiro, Cântaro Gordo, Salgadeiras e Covão da Clareza, descida à Lagoa do Peixão e ao Vale da Candeeira e regresso pelas Candeeirinhas e pelo topo da Parede dos Fantasmas;
- No sentido dos ponteiros do relógio (recomendado), após percorrer o excecional conjunto de Bétulas que ladeiam o rio Zêzere no Covão d'Ametade, inicia-se uma dura ascensão pela rocha, entre colossais blocos graníticos, com o Cântaro Magro, à esquerda, a testemunhar todo o esforço que é necessário despender para vencer o abrupto desnível que nos espera. O primeiro ponto de paragem fica justamente sobre o impressionante Covão Cimeiro, berço do rio Zêzere. Continuando a dura subida, e após uma passagem entre rochas de grandes dimensões, surge novo ponto de paragem para uma vista panorâmica sobre a Lagoa dos Cântaros e também para a encosta nascente do Cântaro Gordo. Prosseguindo a ascensão pelo estreito trilho, contorna-se o gigante granítico passando sobre uma zona de cascalheiras de grandes dimensões, onde é preciso atenção redobrada pois nem sempre é óbvia a direção a tomar, assim como a dificuldade do terreno assume níveis mais elevados, sobretudo para se evitar acidentes. Pouco depois surge novo ponto de paragem obrigatória, com uma perspetiva avassaladora do Cântaro Gordo, mas sobretudo para se vislumbrar o deslumbrante vale da Candeeira e a lagoa do Peixão. A partir daqui entra-se em terreno mais suave, com uma curta descida para uma lagoa natural, a primeira de um conjunto de charcas, pequenas lagoas de origem glaciar preenchidas pela água do degelo e designadas por Salgadeiras. Depois desta, e até à grande Mariola, o terreno é plano, com o trilho a atravessar o Covão da Clareza e a serpentear entre as várias charcas deste planalto. Após a Mariola, inicia-se a descida, também ela bem exigente, na direção do vale da Candeeira. Numa primeira parte, após nova passagem entre rochas de grandes dimensões, a descida faz-se por trilho sobre lajes, até se chegar à lagoa do Peixão, um local paradisíaco e cujo difícil acesso, felizmente, tem preservado o ecossistema envolvente. Contornada a lagoa, empreende-se a segunda parte da descida para o vale, esta bastante mais inclinada, difícil e que requer bastante atenção, pois é fácil escorregar ao transporem-se as muitas rochas que se vão encontrando neste trilho de montanha. Logo ao chegar ao vale, surge do lado direito a ribeira da Candeeira, que nos proporciona alguns poços de água cristalina e com muita sombra, locais esses ideais para uma paragem retemperadora. Depois entra-se por terreno plano e amplo, ao longo deste impressionante vale suspenso, onde se continua a acompanhar a ribeira, primeiro pela sua margem direita até à ponte Bolota, depois pela margem esquerda até ao local onde é necessário voltar a cruzar a ribeira, mas desta vez a vau, o que pode ser uma tarefa mais complicada, dependendo do caudal da mesma (há sempre uma solução...). A última etapa, após a travessia da ribeira, começa por empreender nova subida (menos abrupta), até ao alto da Fraga do Vale Mourisco, onde nos são oferecidas belas vistas panorâmicas sobre o vale da Candeeira, o vale Glaciar do Zêzere e os vários maciços graníticos que nos rodeiam. O troço seguinte, já em suave descida, conduz-nos pela encosta das Candeeirinhas, paralela ao vale glaciar do Zêzere, sempre com uma vista panorâmica excecional sobre este e também sobre os colossos graníticos que compõe o conjunto dos cântaros: Magro, Gordo e Raso. Por fim, ao passar pelo topo da Parede dos Fantasmas, vislumbra-se finalmente o denso arvoredo que povoa o Covão d'Ametade, onde após se voltar a cruzar o rio Zêzere sobre o açude aí existente, se chega ao ponto de partida deste duro mas fabuloso e desafiante percurso;
- Ao longo do trilho passa-se por muitos pontos de interesse, nomeadamente o Covão d'Ametade e o rio Zêzere, o Cântaro Magro, a Pedra do Equilíbrio, o Covão Cimeiro, o Cântaro Gordo, as cascalheiras, as Salgadeiras, o Covão da Clareza e a grande Mariola, a lagoa do Peixão, a ribeira da Candeeira e os seus poços, o vale da Candeeira, a Fraga do Vale Mourisco, as Candeeirinhas, a Parede dos Fantasmas e, não menos importante, as excecionais vistas panorâmicas sobre a serra e as suas imponentes formações graníticas;
- Este percurso está bem marcado nos dois sentidos mas, tendo em conta algumas zonas de maior vegetação ou com marcações mais esbatidas / gastas pela erosão das rochas, o uso de GPS será uma ajuda preciosa;
- Misto de trilhos de pé-posto e pequenos troços de caminhos de pastores;
- Trilho com características difíceis, não propriamente pela distância que se percorre, mas sobretudo pelos fortes e íngremes desníveis que se tem de vencer, nomeadamente na ascensão ao planalto das Salgadeiras e na descida para o vale da Candeeira. Durante a estação invernal, este trilho torna-se muito perigoso e por vezes quase inacessível, devido à neve que aqui se acumula e, em alturas de maior precipitação atmosférica, vento e neblina, as dificuldades também serão muito acrescidas. Sem dúvida que a época ideal será na primavera, assim como no outono. Mas no verão, embora a altitude atenue, as altas temperaturas serão um entrave à progressão no terreno. Botas e bastões são essenciais;
- Do ponto de vista paisagístico é um trilho deslumbrante, que nos faz sentir pequeninos perante os maciços rochosos que nos rodeiam. É um percurso que nos dá a conhecer uma das zonas menos acessíveis do PNSE e, por isso mesmo, uma das mais belas e mais selvagens. É um percurso fisicamente muito exigente, quase sem sombra, muito exposto ao sol e onde não se encontram fontes (filtrar água nas lagoas e na ribeira da Candeeira é uma solução), pelo que é preciso um bom planeamento no que toca a reservas de água e alimentos energéticos;
- No seu todo, este é um trilho imperdível para quem "vive", "respeita" e se rende perante a beleza e imponência da montanha, é um trilho panorâmico, fisicamente exigente, que nos surpreende a cada passo e que desafia a nossa resiliência, pleno de vistas soberbas sobre as encostas da serra, os seus colossos graníticos e os seus vales profundos. Após percorrer, ver e sentir esta natureza bruta e abrupta, percebo o porquê de muitos o escolherem para o seu TOP 10 nacional. Totalmente merecido e absolutamente recomendado!


CÂNTARO MAGRO


LAGOA DO PEIXÃO

Outros percursos realizados nesta região:
PNSE - PR4 MTG: Rota do Carvão
PNSE - Rota das Lagoas
PNSE - Trilhos de Manteigas (PR12 + PR13)
PNSE - Pelo Vale Glaciar do Zêzere
PNSE - Trilho dos Poços da Broca
PNSE - Penhas da Saúde


FRAGAS (PORMENOR DO PERCURSO)


FRAGAS (PORMENOR DO PERCURSO)

- PR5 MTG - ROTA DO MACIÇO CENTRAL
“Ravinas precipitosas, covões soturnos, penedias cahoticas, môrros giganteos, phantasias varias de uma creação asperrima, que se accumulam, em tropel desordenado, ali teem tambem essas notas dos contrastes delicados, com que a natureza vae dos bramidos do leão aos gorgeios do rouxinol, e do estampido pavoroso da tormenta ao dolente ciciar da brisa.” Emygdio Navarro in Quatro dias na Serra da Estrela (1884)
Majestosidade e rudeza são características que tornam a Rota do Maciço Central única em termos de traçado e de paisagem natural. Nesta rota, o caminheiro é constantemente surpreendido, podendo contemplar locais emblemáticos como o Covão d’Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros (Magro, Gordo e Raso), as Salgadeiras, a Lagoa do Peixão (ou da Paixão), a Ribeira da Candeeira ou a Nave da Mestra (na derivação para as Penhas Douradas – Rota do Carvão).
A Torre, sendo o ponto mais alto de Portugal Continental, com 1993 metros, onde D. João VI (1816-1826) mandou erigir uma estrutura em pedra para completar os 2000 metros, é um dos locais importantes a visitar. Aqui existem infra- estruturas para a prática de desportos de Inverno, atraindo visitantes oriundos dos mais diversos pontos do país.
Devido à elevada precipitação e à topografia acidentada do terreno, existem nesta zona vários tipos de ambientes aquáticos que na paisagem, aparentemente monótona, acabam por constituir elementos singulares, tais como a Lagoa do Peixão e as Salgadeiras (conjunto de várias charcas).
Na paisagem surgem recortes por entre a vegetação, originados pelo pastoreio, que convive harmoniosamente com variadas espécies de fauna e flora. Devido à sua elevada altitude, o Maciço Central constituiu um local único no país, contribuindo para a existência de espécies raras e ancestrais, tais como o teixo, o zimbro-rasteiro, o vidoeiro, a tramazeira, o cervum, o arando e a fava-de-água. Os zimbrais, respondendo às condições particulares do ambiente onde se desenvolvem, crescem na horizontal, cobrindo as rochas com um autêntico manto verde.
Quanto à fauna, existem vestígios da existência de espécies com estatuto de conservação como o tartaranhão-caçador, a águia de Bonelli, o bufo-real, a águia- cobreira, o coelho-bravo e a ferreirinha-alpina. A enfrentar o risco de extinção, existem a toupeira-de-água, a lagartixa- da-montanha, a víbora-cornuda, o maçarico-das-rochas e o falcão-peregrino.
- TIPO DE PERCURSO: circular, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: ambiental, paisagístico e natural
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Parque Natural da Serra da Estrela
- PONTO DE PARTIDA / CHEGADA: Covão d'Ametade
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 08h00 (aprox.)
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 10 km (19,6 km com derivações)
- GRAU DE DIFICULDADE: difícil
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +663m / -663m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 1423m / 1931m
- ÉPOCA ACONSELHADA: primavera



ENCOSTA SUL DO VALE DA CANDEEIRA


CHARCO DAS SALGADEIRAS

- PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA
O Parque Natural da Serra da Estrela é a maior área protegida portuguesa e situa-se no maciço montanhoso central, num alto planalto inclinado para Nordeste profundamente recortado pelos vales dos rios e ribeiros que aqui nascem, como o Mondego e o Zêzere.
A paisagem é marcada pelas fragas, rochedos e penhascos, alguns dos quais assumem formas que deram origem a denominações populares como a "Cabeça da Velha" e os "Cântaros" (gordo, magro e raso), que poderá admirar seguindo os diversos trilhos pedestres existentes.
Por ser o ponto de mais elevada altitude em Portugal continental, este é um dos locais em que a chuva cai em maior abundância e onde a neve aparece com frequência, possibilitando a prática de desportos de inverno.
O "Cristal de gelo" foi o símbolo escolhido para o Parque Natural, em alusão às características climáticas e também à origem glaciar desta Serra, de que são exemplos os vales do Zêzere e de Unhais, os covões e as cerca de 25 lagoas naturais.
Encontram-se aqui grandes rebanhos de ovelhas que se alimentam nas vastas áreas de pastagem, guardados pelos cães Serra da Estrela, uma raça de cães possantes e resistentes às baixas temperaturas. O leite de ovelha, dá origem ao produto mais característico da região, o afamado Queijo da Serra, fabricado artesanalmente segundo as técnicas ancestrais que utilizam a flor do cardo como coalho. Não deixe de provar este queijo amanteigado, de cor amarelada, entre duas fatias de pão regional. Se o quiser trazer consigo, encontra-o à venda em qualquer época do ano, mas nos meses de fevereiro e março, a oferta é mais diversificada nas feiras que se realizam em várias localidades da região.


PANORÂMICA DOS CÂNTAROS (CANDEEIRINHAS)


PANORÂMICA DO VALE GLACIAR DO ZÊZERE

- MANTEIGAS
O Concelho de Manteigas insere-se totalmente na área do Parque Natural da Serra da Estrela, com paisagens deslumbrantes e recantos por descobrir. Um local aprazível seja qual for a estação do ano: no inverno o branco da neve e as imensas linhas de água que correm entre as montanhas e vales; na primavera a cor e o perfume das plantas que matizam as encostas; no verão o ar fresco e as águas límpidas dos rios e lagoas; no outono as cores douradas que dão outro colorido a uma paisagem avassaladora.
Amplo espaço natural e de paisagens únicas em termos nacionais e europeus, onde pontifica, pelo seu carácter exclusivo, o Vale de origem Glaciar do Rio Zêzere, finalista da categoria «Grandes Relevos», da iniciativa «7 Maravilhas Naturais de Portugal», que levou à criação do Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere.
Salienta-se também a importância da água, que tem uma presença constante, sob a forma de neves anuais, de rios, de levadas, de lagoas naturais ou de barragens, entre outros elementos que só merecem destaque quando descobertos por si.
Venha conhecer os caminhos tradicionais percorridos pelos pastores e pelas populações serranas, revitalize a cultura e os costumes antigos da região, visite os locais esquecidos. A rede de trilhos verdes proposta permitir-lhe-á descobrir 200km de sensações únicas e enriquecedoras.
Os praticantes de BTT, trail e parapente encontram em Manteigas condições únicas para a prática da modalidade da sua eleição.
A biodiversidade permite que Manteigas seja um autêntico “livro de estudo”, realçando-se a complementaridade biológica com a geomorfologia do território, características que sustentam o Geopark Mundial da UNESCO – Estrela Geopark.
Para além dos locais de interesse natural, deve calcorrear as ruas estreitas do centro histórico da vila, sem descuidar uma passagem pelas aldeias de Sameiro e Vale de Amoreira. O património religioso edificado (igrejas e capelas), os costumes e saberes das gentes locais e as marcas da herança criptojudaica merecem por parte de quem visita Manteigas um olhar mais atento e cuidado.
À mesa, para qualquer refeição, não deixe de degustar os nossos sabores tradicionais: os enchidos com destaque para a chouriça, morcela e farinheira, a feijoca de Manteigas com carnes de porco, a truta, a chanfana e o cabrito. Para uma sobremesa, delicie-se com o arroz doce, requeijão com doce de abóbora, e ainda o bolo de crista, os bolos de leite, as cavacas, os esquecidos e os pastéis de feijoca. O pão centeio ou a broa de milho complementam a mesa.


CÂNTARO GORDO


PANORÂMICA DA SERRA (PAISAGEM GRANÍTICA)

Waypoints

PictographRiver Altitude 4,705 ft
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Rio Zêzere (Açude)

O rio Zêzere é o segundo maior rio inteiramente português. Tem um comprimento de cerca de 242 quilómetros desde a sua nascente no Cântaro Magro, na Serra da Estrela até à foz no rio Tejo em Constância. Tem uma bacia hidrográfica de 4995,7 km2 sendo os seus principais tributários os rios Alge e Nabão. O nome Zêzere vem da árvore que pode ser encontrada perto da nascente, o azereiro, também chamado de zenzereiro. Este rio foi descrito como um gigante de força impetuosa e desmedida, cujo caudal pode variar desde uma torrente descontrolada no Inverno, levando tudo na sua frente, inundando os campos adjacentes devido às fortes chuvas e neves que o alimentam na nascente, passando para um caudal lento e minguado no Verão. O Zêzere começa a tomar corpo nos covões de origem glaciária, no coração da Serra da Estrela, no sítio do Covão d'Ametade. Por entre as bétulas ganha a forma de rio alimentado pelo degelo das neves. Em seguida lança-se pelo vale glaciário entre os grandes blocos de granito, com grande velocidade devido ao declive. Da nascente até Manteigas corre quase no sentido de sul para norte. A jusante da vila vai mudando de direção correndo de sudeste para noroeste até às imediações de Belmonte. Ai começa a inversão no seu curso de quase 180º e passa a correr de noroeste para sudeste. Devido ao bom caudal médio durante o ano é um rio com grande potencial hidroelétrico. Possui um caudal médio anual de cerca de 42 m3 de água por segundo. Perto da nascente, no concelho de Manteigas, o rio corre rápido. As suas águas bastante oxigenadas sustentam uma população de trutas autóctones que são utilizadas na confeção de variados pratos regionais. A força das águas movidas pelo degelo das neves e das inúmeras nascentes criaram condições para que há vários séculos se instalassem na região as primeiras indústrias têxteis, cujas máquinas de tecelagem eram movidas pela força da água.

PictographWaypoint Altitude 4,885 ft
Photo ofCandeeirinhas Photo ofCandeeirinhas Photo ofCandeeirinhas

Candeeirinhas

PictographBridge Altitude 4,708 ft
Photo ofCovão D'Ametade (ponte) Photo ofCovão D'Ametade (ponte) Photo ofCovão D'Ametade (ponte)

Covão D'Ametade (ponte)

A cerca de 1500 metros de altitude, localizado no sopé do Cântaro Magro e no início do Vale Glaciário, onde o Rio Zêzere começa a tomar corpo, o Covão d’Ametade encontra-se dotado de infraestruturas de apoio à visitação respeitadoras da sensibilidade do local. Daqui pode contemplar-se a imponência e grandiosidade do afloramento granítico dos Cântaros (Magro, Gordo e Raso). Trata-se de uma depressão mal drenada, situada num covão glaciário a jusante do Covão Cimeiro. O Covão d’Ametade é um dos locais mais icónicos e mais belos da Serra da Estrela. É um lugar bastante atrativo devido à vegetação envolvente, maioritariamente composta por bétulas, com a particularidade de criar um ecossistema com uma grande biodiversidade. Muito procurado pelos desportistas de inverno e de montanha que optam por começar nesta zona as suas caminhadas e escaladas ao longo dos covões e formações rochosas. Ideal para descansar e relaxar com a família e os amigos.

PictographWaypoint Altitude 6,007 ft
Photo ofCovão da Clareza Photo ofCovão da Clareza Photo ofCovão da Clareza

Covão da Clareza

PictographWaypoint Altitude 5,069 ft
Photo ofFraga do Vale Mourisco Photo ofFraga do Vale Mourisco Photo ofFraga do Vale Mourisco

Fraga do Vale Mourisco

PictographLake Altitude 5,474 ft
Photo ofLagoa do Peixão Photo ofLagoa do Peixão Photo ofLagoa do Peixão

Lagoa do Peixão

PictographWaypoint Altitude 6,118 ft
Photo ofMariola Photo ofMariola Photo ofMariola

Mariola

PictographPanorama Altitude 5,377 ft
Photo ofPanorâmica Covão Cimeiro Photo ofPanorâmica Covão Cimeiro Photo ofPanorâmica Covão Cimeiro

Panorâmica Covão Cimeiro

PictographPanorama Altitude 5,685 ft
Photo ofPanorâmica Cântaro Gordo 1 Photo ofPanorâmica Cântaro Gordo 1

Panorâmica Cântaro Gordo 1

O Cântaro Gordo, está localizado na Serra da Estrela perto do ponto mais alto de Portugal continental, a Torre, situada no distrito da Guarda, concelho de Seia, e é a par com o Cântaro Magro uma das estruturas mais emblemáticas da Serra da Estrela.

PictographPanorama Altitude 6,055 ft
Photo ofPanorâmica Cântaro Gordo 2 Photo ofPanorâmica Cântaro Gordo 2 Photo ofPanorâmica Cântaro Gordo 2

Panorâmica Cântaro Gordo 2

Neste local obtêm-se uma ótima panorâmica não só do Cântaro Gordo, como também do Vale da Candeeira e da Lagoa do Peixão.

PictographPanorama Altitude 5,367 ft
Photo ofPanorâmica Cântaro Magro Photo ofPanorâmica Cântaro Magro Photo ofPanorâmica Cântaro Magro

Panorâmica Cântaro Magro

O Cântaro Magro é um ícone da Serra da Estrela sendo a cara de vários postais desde os primeiros tempos em que se registam fotografias da Serra, está situado junto à Nacional 338 que dá acesso à Torre é um local de beleza única devido à ação dos Glaciares que outrora se ali encontravam. Em si o Cântaro é um Nunatak, uma forma de Relevo que foi posta em evidência pela erosão diferencial devido à ação Glaciária, esta forma de relevo durante a glaciação não esteve coberto pelo Glaciar emergindo acima da sua superfície, esta forma de relevo destaca-se pela erosão diferencial devido à existência de um bloco pouco fraturado, rodeado por zonas de grande densidade de fracturação. Junto ao Cântaro Magro podemos encontrar outra formação com bastante interesse, A “Rua dos Mercadores” é um fenómeno geológico que aconteceu devido a que na vertente sul do Cântaro Magro encontra-se um filão de rocha dolerítica que é maioritariamente de composição mineralógica semelhante ao basalto sendo menos resistente aos fatores erosivos que o granito encaixante, isto originou uma fenda profunda e estreita bem definida entre paredes abruptas. O Cântaro Magro situa-se a cerca de 1928 metros de altitude está rodeado pelo Cântaro Gordo a 1875 metros e o Raso a 1916 metros perfazendo um total dos três Cântaros.

PictographPanorama Altitude 4,740 ft
Photo ofPanorâmica do Charco da Candeeira Photo ofPanorâmica do Charco da Candeeira Photo ofPanorâmica do Charco da Candeeira

Panorâmica do Charco da Candeeira

PictographPanorama Altitude 5,047 ft
Photo ofPanorâmica dos Cântaros Photo ofPanorâmica dos Cântaros Photo ofPanorâmica dos Cântaros

Panorâmica dos Cântaros

PictographPanorama Altitude 5,665 ft
Photo ofPanorâmica parcial da Lagoa dos Cântaros Photo ofPanorâmica parcial da Lagoa dos Cântaros

Panorâmica parcial da Lagoa dos Cântaros

Vista para a Lagoa dos Cântaros no sopé do Cântaro Gordo.

PictographPanorama Altitude 4,876 ft
Photo ofPanorâmica Pedra do Equilibrio Photo ofPanorâmica Pedra do Equilibrio Photo ofPanorâmica Pedra do Equilibrio

Panorâmica Pedra do Equilibrio

A Pedra do Equilíbrio destaca-se na paisagem natural, parecendo pender do alto como se a qualquer instante fosse ceder à gravidade e cair.

PictographWaypoint Altitude 4,669 ft
Photo ofParede dos Fantasmas (topo) Photo ofParede dos Fantasmas (topo) Photo ofParede dos Fantasmas (topo)

Parede dos Fantasmas (topo)

PictographWaypoint Altitude 5,430 ft
Photo ofPassagem entre rochas 1 Photo ofPassagem entre rochas 1 Photo ofPassagem entre rochas 1

Passagem entre rochas 1

PictographWaypoint Altitude 5,943 ft
Photo ofPassagem entre rochas 2 Photo ofPassagem entre rochas 2

Passagem entre rochas 2

PictographBridge Altitude 4,667 ft
Photo ofPonte Bolota Photo ofPonte Bolota Photo ofPonte Bolota

Ponte Bolota

PictographRiver Altitude 4,684 ft
Photo ofRibeira da Candeeira Photo ofRibeira da Candeeira Photo ofRibeira da Candeeira

Ribeira da Candeeira

PictographRiver Altitude 4,788 ft
Photo ofRibeira da Candeeira (poço) Photo ofRibeira da Candeeira (poço) Photo ofRibeira da Candeeira (poço)

Ribeira da Candeeira (poço)

PictographLake Altitude 6,058 ft
Photo ofSalgadeiras (1º charco) Photo ofSalgadeiras (1º charco) Photo ofSalgadeiras (1º charco)

Salgadeiras (1º charco)

O conjunto de afloramentos que constitui este sítio abrange a área correspondente à portela designada por Salgadeiras. Observa-se um conjunto de pequenas charcas, controladas por fracturação sub-horizontal. A Serra da Estrela, surpreende, mesmo a quem já a visitou várias vezes, com lugares de rara beleza, tão desejados para passar uns dias e descontrair longe das multidões. A serra da Estrela alberga o mais importante conjunto de lagoas naturais existente em Portugal. Localizadas na sua maioria acima dos 1500m de altitude, estas lagoas, são o resultado da acção dos gelos do ultimo período glaciário. A acção erosiva e acumulação de sedimentos glaciários resultantes do movimento do gelo, permitiu o aparecimento de bacias, na grande maioria pouco profundas, posteriormente preenchidas pela água do degelo. A estas, juntam-se ainda as barragens e albufeiras do aproveitamento hidroeléctrico da Serra da Estrela, que constituem as maiores massas de água existentes na região. Todo este conjunto, pelas suas características, localização e singularidade, suportam alguns dos mais importantes ecossistemas de montanha e constituem locais únicos de ocorrência de algumas espécies de montanha em Portugal.

PictographLake Altitude 6,030 ft
Photo ofSalgadeiras (2º charco) Photo ofSalgadeiras (2º charco) Photo ofSalgadeiras (2º charco)

Salgadeiras (2º charco)

PictographLake Altitude 6,058 ft
Photo ofSalgadeiras (3º charco) Photo ofSalgadeiras (3º charco) Photo ofSalgadeiras (3º charco)

Salgadeiras (3º charco)

PictographRiver Altitude 4,620 ft
Photo ofTravessia a vau da ribeira da Candeeira Photo ofTravessia a vau da ribeira da Candeeira Photo ofTravessia a vau da ribeira da Candeeira

Travessia a vau da ribeira da Candeeira

NOTA: dependendo da altura do ano e do caudal da ribeira, é necessário atravessa-la a vau, pelo que a escolha do melhor local é sempre subjectiva. Este foi o ponto que nos pareceu mais fácil mas, com paciência, encontrar-se-ão mais...

PictographWaypoint Altitude 6,010 ft
Photo ofTurfeiras Photo ofTurfeiras Photo ofTurfeiras

Turfeiras

PictographWaypoint Altitude 4,651 ft
Photo ofVale da Candeeira Photo ofVale da Candeeira Photo ofVale da Candeeira

Vale da Candeeira

O Vale da Candeeira é um vale suspenso, de origem glaciar, sobre o Vale Glaciário do Zêzere. No local onde se encontravam as duas línguas glaciárias formou-se a acumulação morénica Espinhaço do Cão. Este vale localizado a uma quota a cerca de 1450 metros de altitude, corre perpendicular ao Vale do Zêzere. É uma região bastante húmida quando não está coberta de neve devido às águas provenientes do degelo do planalto superior, onde corre a Ribeira da Candeeira. Ai podemos encontrar várias espécies arbustivas como o cervum e o zimbro anão. Durante o inverno, devido à queda de neve, a Ribeira da Candeeira possui um maior caudal. Ela lança-se encosta abaixo, ao encontro do Zêzere, criando várias cascatas na encosta do vale, proporcionando um cenário de rara beleza.

PictographRisk Altitude 5,971 ft
Photo ofCascalheira (grandes dimensões) Photo ofCascalheira (grandes dimensões) Photo ofCascalheira (grandes dimensões)

Cascalheira (grandes dimensões)

As cascalheiras de crioclastia no concelho de Manteigas encontram-se nas zonas de contacto entre a formação geológica de Malpica do Tejo e a formação do granito de Manteigas. Estas cascalheiras correspondem a corneanas que se desenvolveram por metamorfismo de contacto nos metassedimentos devido à proximidade com o granito. Como o nome indica são zonas onde podemos encontrar grandes quantidades de cascalho xistoso com rochas maioritariamente de pequena e média dimensão a rondar os 20/50 centímetros de diâmetro e algumas de grandes dimensões encontram-se em toda a zona de contacto desde a estrada florestal de Leandres, até à encosta de São Lourenço. Nos locais onde as cascalheiras são mais densas não encontramos vegetação. Devido à grande acumulação de rochas não é possível a acumulação de solo. Estes locais são visíveis a alguma distância devido à sua dimensão, tanto na região de Leandres como na encosta de São Lourenço o castanheiro é a espécie predominante em redor das cascalheiras.

Comments  (10)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Jun 29, 2023

    I have followed this trail  View more

    Simplesmente fabuloso! Difícil, duro, belo... mas muito, muito bonito. Não conhecia este lado da serra e fiquei rendida, é um espanto. Realmente, a primavera é mesmo uma altura ideal, pela cor, pela temperatura e pelos dias mais longos. E os 11 kms são um engano, pois para se fazer o trilho sem pressa nem sobressaltos, 7 a 8 horas são bem necessárias mas muito bem passadas! Para lá voltar, aqui e a mais lugares. Grande abraço!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jun 29, 2023

    Viva, Aiguille du Midi! Obrigado pela avaliação e comentário a este fabuloso trilho. Foi uma aventura memorável, sem dúvida. E vamos lá voltar, seguramente!! Grande abraço.

  • João Pedro Guedes 1 Jun 30, 2023

    Fabulosa descrição! Um trilho inesquecível!!

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    João Marques Fernandes Jun 30, 2023

    Obrigado, João Pedro! Foi uma bela aventura, assim como termos usufruído da tua companhia. Grande abraço!

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    _BIO_RAIA_ Jun 30, 2023

    Ui, ui! Esta deve ter sido bem durinha. Mas a julgar pelas fotos, será também espetacular!! Grande abraço :)

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    João Marques Fernandes Jun 30, 2023

    Viva, _BIO_RAIA_! Sim, esta foi durinha mas de uma beleza ímpar. Aconselho mesmo!!! Grande abraço.

  • Carlos Sotomayor Oct 22, 2023

    Gracias por una descripción tan detallada de la ruta. ,👌

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    João Marques Fernandes Oct 22, 2023

    Gracias Carlos Sotomayor por las amables palabras y evaluación del sendero.
    ¡Continuación de grandes caminatas!

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    O Viandante Apr 22, 2024

    I have followed this trail  View more

    É um percurso extraordinário em todos aspectos. Lindo e extremamente difícil. Divertimo-nos imenso e apanhámos ainda neve. Obrigado

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    João Marques Fernandes Apr 22, 2024

    Viva, Rui Miguel! É muito bom saber que desfrutaram deste trilho fantástico. Quando lá passei senti o mesmo: beleza extraordinária e um desafio incrível! Vale mesmo a pena conhecer esta rota. Muito obrigado pela avaliação e testemunho acerca do trilho. Quando vierem caminhar até ao norte, digam algo. Será um prazer acompanhar-vos! Abraço e continuação de ótimas caminhadas!!

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