PR5 MCN - Caminhos de Canaveses
near Sobre Tâmega, Porto (Portugal)
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Itinerary description
NOTA INTRODUTÓRIA: este trilho sofreu algumas alterações relativamente ao seu primeiro traçado (atravessava uma propriedade privada, que foi vedada), tendo por isso sido alterado e remarcado um novo troço. No entanto, no local onde se fazia o desvio à esquerda para o traçado original, a marcação antiga ainda lá se encontra, erradamente. E não existe nenhuma nova orientação que indique a direção correta que se deve seguir. Este facto muito facilmente irá induzir em erro quem por aqui passe, pois trata-se de um cruzamento de vários caminhos. É urgente corrigir esta situação. Quanto às restantes marcações, de uma forma geral, estão visíveis. No entanto, existe um ou outro local menos explicito, o que requer alguma atenção, de forma a evitarem-se enganos desnecessários.
- Trilho circular com marcações, com início e fim no Parque Fluvial do Tâmega;
- Decorre na encosta direita do rio Tâmega, pela Freguesia de Sobretâmega, cruzando lugares e terrenos agrícolas;
- Misto de caminhos rurais, caminhos de terra e estradas em paralelo e alcatrão;
- Trilho muito acessível, sem declives acentuados e que não apresenta troços técnicos nem de especial exigência física;
- É um trilho com bastante exposição solar, pelo que é aconselhável fazê-lo na primavera, outono e inverno;
- Destaque para três pontos de interesse: a marginal ribeirinha do Parque Fluvial do Tâmega, onde se encontra a igreja românica de Santa Maria de Sobretâmega; a ponte dos Asnos (medieval) e a herança histórica da aldeia de Canaveses (aldeias de Portugal), com o seu Largo do Santo e a Rua Direita, onde se encontra edificada a Casa da Palmatória;
- No seu todo, é um percurso muito acessível, que se percorre com facilidade. No entanto, exceptuando-se os pontos de interesse acima referidos, o restante trajeto é completamente desinteressante. Os vários lugares que atravessa são urbanisticamente caóticos, sem particular interesse e com vários troços em alcatrão ou paralelo (rede viária). Exemplo disso é o troço final, pela EN312, sem berma para os peões. Um perfeito disparate! Resumindo, não considero que ter feito este trilho tenha sido tempo perdido, pois sempre deu para esticar as pernas. Mas, muito sinceramente, não tenho intenção de o voltar a percorrer. O concelho de Marco de Canaveses tem outras propostas pedestres muito mais interessantes e diversificadas. Felizmente!
Outros percursos realizados nesta região:
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PR4 Trilho dos Dólmens
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- PR5 MCN - CAMINHOS DE CANAVESES
Inicia no Parque Fluvial do Tâmega, zona ribeirinha do rio Tâmega, junto à Ponte de Canaveses e à igreja românica. Percorre uma extensão de 1000m, no percurso pedonal do Parque Fluvial do Tâmega e sobe para Outeirinho, Pinheiro e Teixogueira. Atravessa estas zonas agrícolas onde se encontram casas antigas de lavoura e casas mais modernas, cercadas por culturas tradicionais de vinho verde, produtos hortícolas e frutícolas. Na Teixogueira encontramos a floresta no seu esplendor, com excelentes locais frescos e bucólicos. Saindo da Teixogueira encontramos a Quebradinha e a zona da Capela onde reencontramos zonas agrícolas com casas antigas de lavoura, cercadas por culturas tradicionais de vinho verde, produtos hortícolas e frutícolas. De seguida entramos em S. Pedro, numa das zonas mais transformadas da freguesia e seguimos em direção a Macade e ao Pombal. No Pombal encontramos a Ponte dos Asnos sobre o rio Paçô, popularmente conhecido por rio Bufo. De seguida atravessamos EN 211, junto ao centro escolar da freguesia e direcionamos-nos para a Rua Direita e para o seu Terreiro do Santo, parte histórica da freguesia. Percorremos parte da Rua Direita, em direção às Barrias, local para desfrutar de uma excelente paisagem sobre o rio Tâmega. Das Barrias dirigimo-nos para o lugar de Bouça Maria e na confluência com a EN 312, dirigimo-nos para as Caldas de Canaveses. Esta parte do percurso utiliza a EN 312, que conserva as suas características de estrada nacional mas que é pouco utilizada devido às alternativas existentes. Refira-se que é um percurso agradável pois confronta as zonas arborizadas com a bela fachada do antigo Hotel das Caldas de Canaveses, um Importante centro termal do final do séc. XIX a meados do séc. XX. Depois das Caldas de Canaveses avistamos e passamos junto à entrada da Casa da Ribeira, um importante solar do séc. XVIII com capela setecentista dedicada a Sta. Rita. Junto à Casa da Ribeira saímos da estrada nacional e entramos no Parque Fluvial do Tâmega, percorremos cerca de 350m e encontramos o ponto de partida.
NOME: PR5 Caminhos de Canaveses
EXTENSÃO: cerca de 8 km
TIPO DE PERCURSO: circular de pequena rota
DURAÇÃO: cerca de 2h30
GRAU DE DIFICULDADE: fácil
ÂMBITO: histórico, natural e paisagístico
- SOBRETÂMEGA
Situada na margem dIreita do rIo Tâmega, a Freguesia de Sobretâmega, outrora designada por Santa Maria de Sobretâmega, era parte integrante da Vila de Canaveses. Esta englobava o território aquém e além rio, ou seja, S. Nicolau e Sobretâmega, foi mencionada com títulos de Beetria e Honra, sendo a vila querida da Rainha D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques, e mais tarde da sua neta, a Rainha Santa, que aqui permaneceu antes de ir para o Convento de Arouca. A Rainha D. Mafalda mandou (re)construir a ponte sobre o Tâmega; uma Albergaria (a Albergaria da Rainha) para acolher passageiros pobres ou peregrinos a caminho de Santiago; uma Capela dedicada ao Espírito Santo; a Capela de S. Pedro; a Igreja de Santa Luzia e a Igreja de Santa Maria Maior (Igreja Paroquial). Esta Vila foi ainda um dos locais prediletos do Rei D. Pedro, o Cruel. Segundo reza a história, foi na Casa da Palmatória, situada na atual Rua Direita. que D. Pedro jurou a sua mãe, D. Beatriz, que terminaria a guerra com seu pai D. Afonso IV, iniciada após o assassinato de D. Inês de Castro. Juramento esse que acabaria por não se cumprir. A história da Vila de Canaveses remonta à época romana, patente na etimologia do nome "Canaveses"; na existência de parte da Tamacana-via (atual Rua Direita) e das suas termas, descobertas e exploradas pelos romanos. Terão sido eles a transformar a atual freguesia de Sobretâmega numa estância balnear, aproveitando para isso a sua nascente de águas minerais, sulfurosas e arseniadas, únicas em Portugal. Possuía, em meados do séc. XVIII (1756), três Capelas públicas: Santo António, S. Sebastião e S. Pedro (primeira matriz) e duas privadas, Capela da Ribeira (Sta. Rita) e Penidos. Destaque para o património cultural e edificado da freguesia: a Igreja de Santa Maria de Sobretâmega, a Casa da Palmatória, a Casa da Ribeira, o Terreiro do Santo, a Capela de S. Sebastião e a Rua Direita, um dos lugares que conserva as suas características mais antigas e genuínas. Desde 2008, a freguesia encontra-se dotada do Parque Fluvial do Tâmega, um excelente espaço desportivo e de lazer, que atrai Inúmeros visitantes. O parque engloba um percurso pedonal, um circuito geriátrico e de manutenção, um parque infantil e de merendas, plataformas de pesca, fluvina e centro náutico
Waypoints
Rio Tâmega / ponte de Canaveses
O rio Tâmega (Támega em galego) é um rio internacional, que nasce na Serra de San Mamede, província de Ourense, (Galiza, Espanha) e desagua nas localidades de Entre-os-Rios e Torrão no rio Douro. Entra em Portugal pela extensa veiga de Chaves, vale estrutural (linha de fractura, Verin-Régua), inactivo do ponto de vista sísmico. Este é de abatimento e dissimétrico, conservando ainda o testemunho sedimentar de importante fase lacustre. O rio Tâmega, seguindo sempre uma direcção Norte-Sul, serve de fronteira internacional numa extensão de cerca de 2 quilómetros. Na primeira parte do seu curso em Portugal, ficam-lhe a Este as alturas do Brunheiro (919 metros) e a Oeste os vários degraus que formam a serra do Larouco. Em Portugal, o Tâmega, banha a cidade de Chaves, as Terras de Basto (Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e Ribeira de Pena) passa por Amarante e Marco de Canaveses, desaguando finalmente no Douro nas localidades de Entre-os-Rios e Torrão. Estabelece a fronteira entre os concelhos de Boticas e Vila Pouca de Aguiar.
Igreja de Sta. Maria de Sobretâmega
Edificada na margem direita do Tâmega, à entrada da desaparecida ponte de Canaveses, a Igreja de Sobretâmega é de fundação posterior a 1320 e parece substituir um outro templo, cujo orago era São Pedro. Deve ser entendida neste contexto e na sua íntima relação com a Igreja de São Nicolau de Canaveses, na outra margem, tão próxima e com estrutura muito semelhante. Os seus portais atestam a cronologia tardia pela ausência de colunas e capitéis. No portal principal apenas as mísulas [pedras salientes de apoio] ornadas com pérolas evidenciam a permanência de um motivo românico com grande acolhimento nas bacias do Tâmega e Douro. Este portal estaria resguardado por um alpendre [cobertura anexa] como revelam as mísulas subsistentes. O campanário ergue-se isolado a norte da cabeceira. De modestas dimensões, sofreu alterações profundas na Época Moderna, nomeadamente ao nível do arranjo do arco triunfal com pilastras e almofadas do intradorso. Caiado a branco, o interior acolhe, na capela-mor, um retábulo de talha dourada de estilo nacional. De referir, ainda, a imagem em calcário dedicada à padroeira, que representa o culto mariano instituído neste templo desde o século XIV.
AVISO: marcação errada
Neste cruzamento existe uma marcação antiga e desatualizada. Com efeito, em tempos idos o trilho virava à esquerda e percorria um troço que é atualmente propriedade privada. Tal facto foi alterado, mas a marcação antiga ainda lá está. E não existe nenhuma nova!! Ora, esta situação confunde e engana quem por aqui passe e não conheça o trilho ou não se guie por GPS. Seria urgente e fundamental corrigir esta falha de marcação.
Capela de S. Sebastião / Largo Terreiro do Santo
Nas margens do rio Tâmega, na entrada da cidade e dividida pela freguesia de Sobretâmega e por São Nicolau, situa-se a Aldeia de Canaveses. O singelo conjunto de casas de traça tradicional, em pedra granítica, esconde um passado rico em história e palco de grandes feitos militares por altura das Invasões Francesas. Na aldeia existem inúmeros vestígios desse passado a merecerem uma visita atenta: a Igreja românica de Santa Maria de Sobretâmega, a Rua Direita, a Casa da Palmatória, a Capela de São Sebastião, a Ponte dos Asnos e Casa da Ribeira. A Casa da Palmatória, foi palco de um importante acontecimento histórico, as Pazes de Canaveses, um dos acórdãos de paz entre D. Afonso IV e D. Pedro. Por estas terras deixaram testemunhos as rainhas Mafalda, Mafalda de Saboia e a Rainha Santa Mafalda. Ambas foram importantes para este território e ambas deixaram o seu testemunho na Albergaria da Rainha, na Igreja de Santa Maria de Sobretâmega, na capela de S. Lázaro e na antiga Ponte de Canaveses, palco da 2.ª Invasão Francesa. Na aldeia pode, ainda, visitar o Pelourinho de Canaveses, a igreja românica de S. Nicolau, dar um passeio pelo Parque Fluvial do Tâmega ou degustar a gastronomia num dos seus restaurantes tradicionais. A esta aldeia está, também, associado o termalismo (Caldas de Canaveses) e o fabrico e comercialização do Pão Podre, um doce típico da Páscoa.
Caldas de Canaveses
As antigas Caldas de Canaveses, que atraíam muita gente devido à qualidade da sua nascente termal, serão as instalações da nova unidade hoteleira de luxo do grupo britânico Campbell Gray Hotels. O Palácio de Canavezes será inaugurado na Primavera de 2021. Situado nas margens do rio Tâmega, o edifício foi originalmente construído em 1902 para acolher os visitantes que apreciavam as nascentes de águas termais que brotam sob o hotel. Agora está ser restaurado com um projecto do arquitecto Pedro Gomes Fernandes, da Europlan, e com design de interiores por Paulo Lobo. O novo hotel em Marco de Canaveses vai ter 52 quartos, suítes e apartamentos de frente para o rio, um centro de saúde e bem-estar e um restaurante que abre para um terraço com vistas para o Tâmega. O centro de saúde e bem-estar Puregray vai incluir um centro de spa termal, áreas de relaxamento e tratamento, piscina coberta, sauna seca e a vapor e banho turco, embutidos na superfície rochosa sobre o qual está construído. As águas mineromedicinais das Caldas de Canaveses, que brotam de duas nascentes, foram descobertas na época romana. Estão especialmente indicadas no tratamento de várias dermatoses, reumatismos, doenças respiratórias crónicas e em certas afecções ginecológicas.
Comments (12)
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Scenery
Easy
Vale a pena
Obrigado, PM5, pelo comentário e avaliação do trilho.
Continuação de boas caminhadas.
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Scenery
Moderate
Tentámos fazer o trilho, mas depois de uma boa experiência no trilho do rio ovelha, seguimos as marcações do percurso e facilmente nos perdemos no local onde este foi alterado. Também concordamos que o percurso é pouco atractivo, servirá sobretudo para fazer exercício até porque tem um declive bastante acentuado. A parte feita na estrada nacional sem berma não faz de facto sentido.
Obrigado, João Loff, pelo comentário e avaliação do trilho.
Infelizmente, as suas palavras vêm confirmar aquilo que referi: se não for retificada a marcação nesse cruzamento, mais caminhantes se enganarão. E quanto ao troço pela EN312, é exatamente como diz: não faz sentido.
Enfim... pelo menos existem outros percursos pedestres no concelho do Marco muito mais interessantes.
Continuação de boas caminhadas!
Trilho muito mal assinalado, desinteressante.
Concordo plenamente consigo, Augusta Carneiro.
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Easy
Confesso que também não foi dos trilhos que mais gostei no concelho do Marco de Canaveses... mas deu para esticar as pernas. Não se deu o tempo por perdido!! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
Pessoalmente, este foi o trilho que menos me agradou no concelho do Marco de Canaveses. Urbanisticamente confuso e com um desenho desinteressante (alguns troços são mesmo despropositados). Pelo menos foi com esta impressão que fiquei quando o percorri. Mas, tal como diz, não se deu o tempo por perdido.
Continuação de boas caminhadas.
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Easy
Infelizmente, este trilho parece-me ser o menos interessante de todos os percursos oficiais do Marco de Canaveses. A paisagem é confusa e o desenho do trilho não é nada de especial. Salva-se um ou outro ponto com interesse. Mas no final, o troço pela estrada é um perfeito disparate e perigoso. Num trilho oficial, é inadmissível! É pena, podia resultar interessante, apenas dá para fazer exercício físico, o que já não é mau!! Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Reconheço que este não é o percurso que melhor representa a região do Marco de Canaveses. Também o considerei confuso e pouco atrativo. Tal como diz, dá para fazer exercício físico... Abraço!
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Easy
O trilho é fácil, mas tem uma parte que é por uma estrada nacional sem passeios, bastante perigoso.
Viva, PRibeiro 13! Obrigado pela avaliação e comentário ao trilho. Concordo plenamente, o troço por estrada é completamente desajustado e perigoso, não se compreende. Enfim, poderia ser um PR interessante e resulta em algo assim mediano... enfim! Continuação de boas caminhadas!