PR4 ACB - Trilho da Vestiaria

Em tempo chuvoso tem um troço com grande desnível a descer, que se torna difícil com a lama.

O PR4 Trilho da Vestiaria é um percurso circular com início e fim na Vestiaria, junto ao edifício da Delegação da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria e foi marcado por esta entidade.

O início do percurso percorre a zona rural no sentido oeste, atravessando a localidade. Vai passar junto do Cruzeiro e da Capela de Santo António, começando a partir deste ponto a encaminhar-se para norte, e passando por campos de cultivo de produção local e olivais.
Posteriormente, começa a vegetação a ficar mais densa, entrando na zona de pinhal que vai descendo gradualmente e que o leva a uma estrada ao longo de campos de produção de fruta. Chegando desta forma às termas da Piedade, onde vai desde logo ver a capela das termas e o edifício principal do hotel e das termas. Este é um excelente local para descansar antes de dar início à subida.
Ao deixar para trás as Termas da Piedade, o percurso segue pela estrada asfaltada por alguns metros, seguindo depois por um caminho de terra batida à direita e vai cruzar a Ribeira da Vestiaria. Nesse local, o percurso encaminha-o a subir por um trilho, que o leva a uma planície com campos de cultivo de um dos lados e zona florestal do outro, com magníficas vistas para a Serra de Aire e Candeeiros.
Descendo ligeiramente e voltando a subir gradualmente, o percurso encaminha-o para a zona a Este da Vestiaria. Entrando na zona rural, vai passar junto do parque de merendas, e posteriormente, entra na estrada principal da Vestiaria que o leva a passar junto da Igreja Matriz da Vestiaria, terminando o percurso poucos metros mais à frente no local de início/fim.

PONTOS DE INTERESSE

A Vestiaria deve a sua existência à determinação do Abade Comendatário do Mosteiro, D. Jorge de Melo, que não aceitando de bom grado a invasão da cerca da Abadia por gente que se abrigava nos seus muros, protegida pelo direito de couto, pediu a D. Manuel I a transferência desse direito para a colina fronteira ao Mosteiro. Foi, assim, fundada a vila de S. Bernardo e, desde logo, o rei autorizou a construção da igreja de Nossa Senhora da Ajuda. Porém, o direito de Couto nunca foi consumado e à pequena povoação que crescia à volta da igreja, foi dado o nome de Vila de S. Bernardo e, só mais tarde se passou a chamar Vestiaria. Hoje é uma povoação do concelho de Alcobaça constituída pelos lugares de Aliceira, Termas da Piedade, Matos, Lugar do Calhas, Casais da Vestiaria e Vestiaria.

PATRIMÓNIO EDIFICADO

Igreja de Nossa Senhora da Ajuda
Classificada com o estatuto de Monumento Nacional, foi fundada por D. Manuel por volta de 1506 para servir a população. É conhecida pelo esplêndido portal manuelino que adorna a sua fachada exterior. O interior, de uma só nave coberta de madeira possui um arco triunfal que dá acesso à capela-mor fechada por uma abóbada de nervuras.
Acerca da padroeira, conta-se uma lenda: “um grupo de monges fugindo à peste que vitimara quase todos os irmãos do Mosteiro de S. Julião, junto à Serra da Pescaria, demandaram abrigo no Mosteiro de Alcobaça.
Porém, enfraquecidos como estavam, tiveram de parar num sítio alto que lhes pareceu próprio para restaurarem as forças. Reconhecendo, entretanto, que a morte estava próxima, esconderam a sagrada imagem da Virgem que guardavam, no local onde hoje se ergue a igreja. Descoberta aquando da sua construção, logo nasceu à sua volta a veneração pela santa que veio dar o nome e ser padroeira do monumento.”

Termas da Piedade
É no sopé da Serra da Vestiaria que se encontram as Termas da Piedade, umas termas antigas, mas ainda hoje em funcionamento.
O seu nome deve-se ao facto de, em tempos, ter existido no mesmo local, uma capela dedicada à Senhora da Piedade. Estas termas, muito procuradas pelas suas famosas águas “de cura” terão sido exploradas desde tempos imemoriais.

Capela de Santo António da Vestiaria
Construída em 1798, a Capela de Santo António da Vestiaria foi edificada no local onde anteriormente existia uma ermida muito antiga dedicada, também ela, a Santo António. Dizem os locais que esta capela foi oferecida pelos da Quinta de Santa Marta, na esperança de que os populares deixassem de ir à missa dentro da sua propriedade, como acontecia até à data.