PR3 SEI - Rota dos Socalcos - Cabeça
near Cabeça, Guarda (Portugal)
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Trail photos
![Photo ofPR3 SEI - Rota dos Socalcos - Cabeça](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240533/75820102.400x300.jpg)
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Itinerary description
A rota dos Socalcos desenvolve-se em pleno vale da ribeira de Loriga, na envolvente da aldeia da Cabeça (que se ilumina pela altura do Natal), numa paisagem acidentada de caráter rural, enquadrada por povoamentos de pinheiro-bravo e socalcos agrícolas.
A aldeia, encravada num vale de vertentes dominadas pelo xisto, situa-se no topo de um cabeço granítico, estando particularmente bem adaptada ao relevo local. O núcleo habitacional inicial estrutura-se em redor da capela de São Romão, antiga igreja paroquial, ao longo de duas ruas principais concêntricas, interligadas entre si por um conjunto de ruelas e escadinhas. A maioria das casas foi construída em pedra de xisto e muitas mantém ainda a tradicional cobertura de lousa, formando um conjunto que constitui um dos melhores exemplos de uma povoação de traça típica em xisto na serra da Estrela.
O percurso pedestre, de tipologia circular e com uma extensão aproximada de três quilómetros, tem início junto à Igreja de Nossa Senhora a Divina Pastora (Capela de Santo António), seguindo por entre o casario em direção aos campos agrícolas e à ribeira de Loriga.
No troço inicial do trajeto, o caminho, delimitado por muros de xisto, percorre uma encosta declivosa voltada a nascente, cruzando um vasto conjunto de parcelas agrícolas instaladas em socalcos e irrigadas por uma rede intrincada de levadas. Estes patamares são testemunho do esforço e engenho da população local na adaptação a uma orografia adversa. Nestes campos dominam a vinha, as oliveiras e cultivos de regadio, como a batata, o feijão, o milho e feno para o gado.
Próximo da ribeira avista-se na encosta oposta, no Outeiro da Ponte, um sobreiro centenário, de porte notável, copa ampla e fuste alto, que se destaca do pinhal envolvente. Neste local, um açude desvia a água para a levada de Casal do Rei e uma ponte permite a passagem para margem esquerda, rumo ao lugar da Várzea.
Este troço do percurso acompanha a ribeira e suporta uma vegetação diversa e luxuriante. Por entre castanheiros, alguns centenários, sobressaem manchas de vegetação residual próximas do coberto vegetal original deste vale. Evidenciam-se, pela raridade e estado de conservação, núcleos de azereiros e azevinhos de porte considerável e galerias de salgueiros acompanhadas por amieiros e freixos que bordejam a ribeira. No seio desta vegetação ocorrem várias espécies arbustivas como a gilbardeira, a madressilva e o espinheiro, e outras de locais mais secos como o trovisco, o lentisco e a urze-das-vassouras. Na ribeira, marcam presença o feto-real, o hipericão do Gerês e várias espécies de roseiras bravas. Na Várzea, um proeminente esporão rochoso encravado num meandro apertado da ribeira, os terrenos surgem organizados em socalcos de disposição circular e delimitados por muros radiais. Sobressai, ainda, um conjunto singular de cortes para abrigo do gado e apoio aos trabalhos agrícolas.
Do sitio da Várzea uma vereda desce em direção à ribeira, onde uma ponte permite a travessia para a margem oposta. Junto à ponte encontra-se um moinho em ruínas e um caminho íngreme e estreito, ladeado por muros em pedra, conduz a um conjunto de cortes assente sobre afloramentos de xisto. Neste local, a aridez do solo e a exposição a sul favorecem o desenvolvimento de uma vegetação tipicamente mediterrânea, que inclui o sobreiro, o rosmaninho e a perpétua-das-areias. Deste lugar, o itinerário segue, por entre socalcos agrícolas, ao longo de um vale percorrido pela ribeira das Forcadas, um afluente da ribeira de Loriga.
Próximo do termo do percurso atravessa-se uma ponte rústica em pedra conhecida como ponte do Porto, situada no antigo caminho entre as povoações da Cabeça e de Vide. O regresso à aldeia faz-se por uma via pavimentada em pedra de xisto e inclui a passagem por um conjunto de casas tradicionais bem conservado, edificadas no mesmo material.
Info: "Aldeias de Montanha", "ICNF", "CISE Seia".
Waypoints
![Photo ofIgreja Nossa Senhora Divina Pastora. Fonte. Café.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240534/75820110.400x300.jpg)
![Photo ofIgreja Nossa Senhora Divina Pastora. Fonte. Café.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240534/75837237.400x300.jpg)
![Photo ofIgreja Nossa Senhora Divina Pastora. Fonte. Café.](https://s2.wklcdn.com/image_171/5144071/118240534/75837239.400x300.jpg)
Igreja Nossa Senhora Divina Pastora. Fonte. Café.
Café Snack-bar "Dias" onde no fim do trilho comemos umas sandes/tostas de presunto com queijo bem boas! Fonte com água corrente.
![Photo ofPanorama](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240537/75820135.700x525.jpg)
Panorama
À nossa volta encontramos, entre outras, vinhas, oliveiras, cultivo de batata, feijão, milho, etc. Algumas casas abandonadas servem de coberto para os animais e é visível algum feno.
![Photo ofPonte e Sobreiro Centenário.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240540/75820155.700x525.jpg)
Ponte e Sobreiro Centenário.
Lugar da Várzea. Passamos para a margem esquerda da Ribeira de Loriga.
![Photo ofLaurissilva Continental. O Azereiro. Madressilva.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240542/75820167.700x525.jpg)
Laurissilva Continental. O Azereiro. Madressilva.
Encontramos também espécies arbustivas como a gilbardeira, o espinheiro, e outras de locais mais secos como o trovisco, o lentisco e a urze-das-vassouras.
![Photo ofCastanheiros Centenários.](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240543/75820171.700x525.jpg)
Castanheiros Centenários.
Além dos castanheiros, alguns centenários, sobressaem núcleos de azereiros e azevinhos de porte considerável e galerias de salgueiros acompanhadas por amieiros e freixos que acompanham a ribeira.
![Photo ofAldeia de Xisto.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240544/75820176.700x525.jpg)
Aldeia de Xisto.
Na Várzea, (terreno baixo, fértil e plano, situado na margem do rio) os terrenos surgem organizados em socalcos de disposição circular e delimitados por muros radiais; esta disposição só é perceptível quando estamos distantes e olhamos para trás. Algumas casas foram recuperadas e outras servem de cortes para abrigo do gado e apoio ao trabalho agrícola (que hoje em dia é raro devido à emigração e à busca de habitação e trabalho em locais mais acessíveis).
![Photo ofNúcleo Casas de Xisto e Ribeira.](https://s2.wklcdn.com/image_171/5144071/118240545/75820181.700x525.jpg)
Núcleo Casas de Xisto e Ribeira.
Junto da ribeira, encontramos o feto-real, o hipericão do Gerês e várias espécies de roseiras bravas.
![Photo ofPonte e Moinho em Ruínas.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240546/75820185.700x525.jpg)
Ponte e Moinho em Ruínas.
Depois de atravessamos a ponte encontramos vegetação variada incluindo o sobreiro, o rosmaninho e a perpétua-das-areias.
![Photo ofPonte do Porto e Aldeia de Xisto.](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240553/75820231.400x300.jpg)
![Photo ofPonte do Porto e Aldeia de Xisto.](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240553/75837112.400x300.jpg)
Ponte do Porto e Aldeia de Xisto.
Ponte Rústica/antigo caminho entre as povoações de Vide e Cabeça.
![Photo ofAldeia de Xisto.](https://s0.wklcdn.com/image_171/5144071/118240555/75820260.400x300.jpg)
![Photo ofAldeia de Xisto.](https://s1.wklcdn.com/image_171/5144071/118240555/75837199.400x300.jpg)
Aldeia de Xisto.
Casas tradicionais em Xisto com benfeitorias estando algumas a ser habitadas.
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