PR3 ARC - Caminhos do sol nascente
near Moldes, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
- Trilho circular, com marcações, com início e fim junto à igreja de Moldes;
- Este trilho desenvolve-se essencialmente por estradões florestais e caminhos rurais no vale de Moldes, onde se percorre um conjunto de pontos de referência assim como algumas povoações, tais como Bustelo, Adaúfe, Fuste, Vila Cova, Póvoa e Friães;
- É um percurso paisagisticamente fantástico, quer pela beleza agreste das encostas rochosas, quer pela pacatez deslumbrante dos bosques e soutos, passando pelas aldeias do vale de Moldes com todo o seu entorno rural;
- Trilho com características fáceis do ponto de vista físico, pois a sua extensão é relativamente curta e os declives que se têm que transpor também são acessíveis a qualquer pessoa que goste e costume caminhar.
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PR3 ARC - CAMINHOS DO SOL NASCENTE
PARTIDA E CHEGADA: igreja Matriz de Moldes
ÂMBITO: desportivo, cultural, ambiental e paisagístico
TIPO DE PERCURSO: de pequena rota, por caminhos rurais, tradicionais e de montanha
DISTÂNCIA A PERCORRER: 13Km, circular
DURAÇÃO DO PERCURSO: cerca de 5 horas
NÍVEL DE DIFICULDADE: baixo / médio
DESNÍVEIS: um desnível ascendente e um descendente, ambos moderados
ALTITUDES: Moldes (450m) Bustelo (625m) Espinheiro (730m) Estradão (770m) Fuste (570m) Póvoa (400m)
ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano, especialmente no Verão, sendo 70% do percurso feito à sombra
Descrição do Percurso (folheto oficial):
O PR3 “Caminhos do Sol Nascente” é um percurso pedestre de pequena rota, com cerca de 13 quilómetros, circular, com um pequeno ramal de acesso à Igreja Matriz de Moldes, onde se inicia. Por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido, mas por a subida de Moldes para Bustelo ser mais suave é por aqui que faremos a sua descrição. Junto à Igreja de Moldes tomamos a estrada asfaltada na direcção de Fuste, e passados 300 metros, depois da bifurcação para Friães, abandonamo-la, tomando à direita um caminho que nos leva à Serra. Seguindo as marcações amarelas e vermelhas encontramos um caminho antigo que, subindo, nos conduz por um bosque onde predomina o pinheiro, aqui e ali salpicado de castanheiro e carvalho. Alguns eucaliptos também. Continuando por ele e após frondoso bosque de castanheiros e de carvalhos, chegamos a Bustelo. Depois de pequeno descanso para recuperar energias, podem contemplar- se, do coreto, os bem tratados campos em socalcos, após o que se percorre a aldeia pelo seu caminho mais antigo, passando uma rústica, singela e bela fonte de água cristalina e fresca e entrando de novo em caminho de asfalto em direcção à antiga escola. Junto desta, retomamos os caminhos antigos e tradicionais. Depois de atravessarmos o ribeiro de Espinho, tomamos um caminho, à esquerda, que sobe suavemente, sob as ramagens frondosas de outro bosque. Numa curva apertada, tomamos o caminho da esquerda, um caminho muito antigo, centenário, o caminho que fazia a ligação das aldeias de montanha (Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do concelho. Era por aqui que se faziam os funerais para o cemitério de Moldes. Seguindo pelo dito caminho, que sobe suavemente, atingimos um moínho ladeado de belos exemplares de azevinho e a seguir umas alminhas. Para montante os campos e a aldeia de Adaúfe. Aqui podemos admirar as cascatas do lindo ribeiro das Rocas, aproveitando para um pequeno descanso. Depois de atravessarmos o ribeiro numa pequena ponte de arco seguimos, subindo suavemente, até Espinheiro. Embora o percurso passe ao lado, a arquitectura e a construção tradicional, onde impera o granito e o xisto nas coberturas, merece uma visita. Atravessada a estrada de asfalto que liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por detrás deste último lugar continuando a subir a Serra. Após atingirmos largo estradão, estamos na quota máxima: 770 metros de altitude.
Daqui temos deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Sra. da Mó, a Norte; para Nordeste a Serra do Montemuro, para Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe e de Bustelo. Com frequência ouvimos o piar da águia-de- asa-redonda que, muitas vezes, podemos ver, e com sorte avistaremos esquilos. Descendo pelo estradão, rapidamente atingimos, no final deste, um grande tanque comunitário de regadio tradicional. Neste local seguimos pelo caminho de asfalto, para a direita, até Fuste. Depois de admirarmos alguns motivos interessantes (eiras, espigueiros, ramadas de vinhas...) seguimos pelo caminho tradicional até ao núcleo mais antigo da aldeia. Admire-se o moínho agora parado. Depois de passarmos por um “túnel” de ramadas, outra vez a estrada de asfalto que nos leva até à escola. Imediatamente após esta, tomamos o caminho da esquerda, descendo para Vila Cova e para o Vale de Moldes. Admire-se o frondoso bosque, um dos mais bem conservados de Arouca, e no seu sub- -bosque alguns exemplares de azevinho, loureiro e medronheiro, entre outros. Chegados a Vila Cova, ao asfalto, continuamos por ele, para a esquerda. Observe-se, daqui, a forma integrada e harmoniosa dos núcleos habitacionais de Póvoa e de Friães: os bosques circundantes, os cultivos de milho, as ramadas de vinha... Passados 900 metros deixamos a estrada de asfalto, atravessamos uma pequena ponte de arco e estamos, outra vez, num caminho tradicional. Passamos Póvoa e a seguir Friães e pouco depois estamos de novo na Igreja de Moldes. Destes caminhos ora asfaltados, ora empe- drados, estendemos sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar...
MOLDES
O vale de Moldes é de grande beleza visto de qualquer ponto elevado dos montes que o rodeiam, mas é particular- mente belo quando contemplado do alto da Sr.a da Mó. Revestido de oliveiras nas vertentes abrigadas, guardando soutos luxuriantes nas zonas nascente e sul, elevando-se em socalcos, do centro para a periferia, em todas as suas vertentes. Último refúgio da castanha de Arouca, cava-se numa região de contactos de rochas: granito nas vertentes poente e sul, xistos antigos a norte e nascente. A origem do topónimo Moldes tem sido bastante discutida. Segundo Manuel Rodrigues Simões Júnior e Almeida Fernandes, esta designação resulta da evolução do latim molinos (moinhos). Existem documentos que falam da “villa Ribulo Mollides” e as “Memórias Paroquiais” referem que “o rio de Moldes tem quarenta levadas... e trinta e oito são de moinhos”. Assim, o topónimo virá de rio de Moinhos - rio de Moldes. Vários documentos relatam as vicissitudes por que Moldes passou durante a invasão árabe. Esta região era importantíssima em toda a estratégia militar, tanto muçulmana como cristã, nela tendo ocorrido sucessivas refregas que quase sempre ocasionavam a destruição da Igreja Matriz.
- Trilho circular, com marcações, com início e fim junto à igreja de Moldes;
- Este trilho desenvolve-se essencialmente por estradões florestais e caminhos rurais no vale de Moldes, onde se percorre um conjunto de pontos de referência assim como algumas povoações, tais como Bustelo, Adaúfe, Fuste, Vila Cova, Póvoa e Friães;
- É um percurso paisagisticamente fantástico, quer pela beleza agreste das encostas rochosas, quer pela pacatez deslumbrante dos bosques e soutos, passando pelas aldeias do vale de Moldes com todo o seu entorno rural;
- Trilho com características fáceis do ponto de vista físico, pois a sua extensão é relativamente curta e os declives que se têm que transpor também são acessíveis a qualquer pessoa que goste e costume caminhar.
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PR3 ARC - CAMINHOS DO SOL NASCENTE
PARTIDA E CHEGADA: igreja Matriz de Moldes
ÂMBITO: desportivo, cultural, ambiental e paisagístico
TIPO DE PERCURSO: de pequena rota, por caminhos rurais, tradicionais e de montanha
DISTÂNCIA A PERCORRER: 13Km, circular
DURAÇÃO DO PERCURSO: cerca de 5 horas
NÍVEL DE DIFICULDADE: baixo / médio
DESNÍVEIS: um desnível ascendente e um descendente, ambos moderados
ALTITUDES: Moldes (450m) Bustelo (625m) Espinheiro (730m) Estradão (770m) Fuste (570m) Póvoa (400m)
ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano, especialmente no Verão, sendo 70% do percurso feito à sombra
Descrição do Percurso (folheto oficial):
O PR3 “Caminhos do Sol Nascente” é um percurso pedestre de pequena rota, com cerca de 13 quilómetros, circular, com um pequeno ramal de acesso à Igreja Matriz de Moldes, onde se inicia. Por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido, mas por a subida de Moldes para Bustelo ser mais suave é por aqui que faremos a sua descrição. Junto à Igreja de Moldes tomamos a estrada asfaltada na direcção de Fuste, e passados 300 metros, depois da bifurcação para Friães, abandonamo-la, tomando à direita um caminho que nos leva à Serra. Seguindo as marcações amarelas e vermelhas encontramos um caminho antigo que, subindo, nos conduz por um bosque onde predomina o pinheiro, aqui e ali salpicado de castanheiro e carvalho. Alguns eucaliptos também. Continuando por ele e após frondoso bosque de castanheiros e de carvalhos, chegamos a Bustelo. Depois de pequeno descanso para recuperar energias, podem contemplar- se, do coreto, os bem tratados campos em socalcos, após o que se percorre a aldeia pelo seu caminho mais antigo, passando uma rústica, singela e bela fonte de água cristalina e fresca e entrando de novo em caminho de asfalto em direcção à antiga escola. Junto desta, retomamos os caminhos antigos e tradicionais. Depois de atravessarmos o ribeiro de Espinho, tomamos um caminho, à esquerda, que sobe suavemente, sob as ramagens frondosas de outro bosque. Numa curva apertada, tomamos o caminho da esquerda, um caminho muito antigo, centenário, o caminho que fazia a ligação das aldeias de montanha (Cabreiros, Tebilhão e Cando) à sede do concelho. Era por aqui que se faziam os funerais para o cemitério de Moldes. Seguindo pelo dito caminho, que sobe suavemente, atingimos um moínho ladeado de belos exemplares de azevinho e a seguir umas alminhas. Para montante os campos e a aldeia de Adaúfe. Aqui podemos admirar as cascatas do lindo ribeiro das Rocas, aproveitando para um pequeno descanso. Depois de atravessarmos o ribeiro numa pequena ponte de arco seguimos, subindo suavemente, até Espinheiro. Embora o percurso passe ao lado, a arquitectura e a construção tradicional, onde impera o granito e o xisto nas coberturas, merece uma visita. Atravessada a estrada de asfalto que liga Adaúfe a Espinheiro, passamos por detrás deste último lugar continuando a subir a Serra. Após atingirmos largo estradão, estamos na quota máxima: 770 metros de altitude.
Daqui temos deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Sra. da Mó, a Norte; para Nordeste a Serra do Montemuro, para Noroeste os campos em socalcos de Adaúfe e de Bustelo. Com frequência ouvimos o piar da águia-de- asa-redonda que, muitas vezes, podemos ver, e com sorte avistaremos esquilos. Descendo pelo estradão, rapidamente atingimos, no final deste, um grande tanque comunitário de regadio tradicional. Neste local seguimos pelo caminho de asfalto, para a direita, até Fuste. Depois de admirarmos alguns motivos interessantes (eiras, espigueiros, ramadas de vinhas...) seguimos pelo caminho tradicional até ao núcleo mais antigo da aldeia. Admire-se o moínho agora parado. Depois de passarmos por um “túnel” de ramadas, outra vez a estrada de asfalto que nos leva até à escola. Imediatamente após esta, tomamos o caminho da esquerda, descendo para Vila Cova e para o Vale de Moldes. Admire-se o frondoso bosque, um dos mais bem conservados de Arouca, e no seu sub- -bosque alguns exemplares de azevinho, loureiro e medronheiro, entre outros. Chegados a Vila Cova, ao asfalto, continuamos por ele, para a esquerda. Observe-se, daqui, a forma integrada e harmoniosa dos núcleos habitacionais de Póvoa e de Friães: os bosques circundantes, os cultivos de milho, as ramadas de vinha... Passados 900 metros deixamos a estrada de asfalto, atravessamos uma pequena ponte de arco e estamos, outra vez, num caminho tradicional. Passamos Póvoa e a seguir Friães e pouco depois estamos de novo na Igreja de Moldes. Destes caminhos ora asfaltados, ora empe- drados, estendemos sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar...
MOLDES
O vale de Moldes é de grande beleza visto de qualquer ponto elevado dos montes que o rodeiam, mas é particular- mente belo quando contemplado do alto da Sr.a da Mó. Revestido de oliveiras nas vertentes abrigadas, guardando soutos luxuriantes nas zonas nascente e sul, elevando-se em socalcos, do centro para a periferia, em todas as suas vertentes. Último refúgio da castanha de Arouca, cava-se numa região de contactos de rochas: granito nas vertentes poente e sul, xistos antigos a norte e nascente. A origem do topónimo Moldes tem sido bastante discutida. Segundo Manuel Rodrigues Simões Júnior e Almeida Fernandes, esta designação resulta da evolução do latim molinos (moinhos). Existem documentos que falam da “villa Ribulo Mollides” e as “Memórias Paroquiais” referem que “o rio de Moldes tem quarenta levadas... e trinta e oito são de moinhos”. Assim, o topónimo virá de rio de Moinhos - rio de Moldes. Vários documentos relatam as vicissitudes por que Moldes passou durante a invasão árabe. Esta região era importantíssima em toda a estratégia militar, tanto muçulmana como cristã, nela tendo ocorrido sucessivas refregas que quase sempre ocasionavam a destruição da Igreja Matriz.
Waypoints
Religious site
1,495 ft
Igreja Matriz de Moldes
De estilo tradicional, é de linhas austeras, com múltiplas cantarias, cinzeladas em sucessivas reconstruções. Possui um conjunto de quatro tocheiros, verdadeira obra de arte. São triangulares, com sobreposição de corpos variados, decoração do tipo concheado, da segunda metade do século XVIII.
Comments (6)
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Another excellent trail from João.
The first half is uphill, but gradual and not too taxing. Much of it is through shaded forest area, including a beautiful area alongside a river where we stopped to eat our lunch.
Some sections pass through villages, where we enjoyed seeing the traditional buildings and espigueiros.
There is a restaurant in Espinheiro but it was closed when we passed through. Check ahead if thinking of eating there.
Part of the downhill segment has a loose surface that requires care to negotiate.
I have posted a longer review with many photos at my blog site - https://bermudarover.wordpress.com/2020/10/13/pr3-hike-from-moldes/
Thank you very much, Craig, for the comment and review of the trail.
The valley of Moldes is very beautiful. And this is the perfect season to go.
I take this opportunity to congratulate you on the excellent photographic report and great description of the trail posted on your blog. Really good !!
Continuation of excellent walks.
Best regards!!
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
No outono, este trilho é o ideal para caminhar e apanhar castanhas! É bonito e faz-se de forma bem descontraída. Gostei!! Abraço.
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Esta é a caminhada habitual na altura de apanha das castanhas! E corre sempre bem!!! Grande abraço.
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Trilho bonito, sobretudo no outono, cheio de castanheiros ao longo de bonitos caminhos rurais. Gostei muito! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
Este trilho é ideal para uma apanha de castanhas no outono. Abraço!