PR3 AMT - Trilho dos Caminhos de Água
near Carvalho de Rei, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O trilho inicia-se em zona rural, na aldeia de Carvalho de Rei.
Locais de visita obrigatória, ao longo do percurso, são os aglomerados rurais de montanha - Pé Redondo, Aldeia Nova, Aldeia Velha e Carvalho de Rei - expressão típica do povoamento em altitude, de padrão concentrado que contrasta com a disseminação em pequenos lugares, característica das terras baixas. Conservam uma arquitetura tradicional característica, frequentemente polarizada numa eira comum envolvida por conjuntos de espigueiros.
Neste percurso, ao descer de encontro ao final, encontram-se dois dólmens do conjunto megalítico da Serra da Aboboreira.
O primeiro, denominado Furnas 2, com uma cronologia variável entre o V e IV milénio A. C., localizado numa pequena elevação gozando de amplitude visual para a Serra do Marão.
O segundo, Meninas do Crasto 3, integra um segundo momento construtivo que ocorreu nos inícios do IV milénio A. C., de menor dimensão mas com laje de cobertura.
Ao reentrar na aldeia de Carvalho de Rei, localiza-se o parque de merendas e a igreja paroquial, dedicada a São Martinho.
BIODIVERSIDADE
A utilização racional dos recursos é evidenciada pelos caminhos tradicionais, que servem muitas vezes de levadas, por onde a água passa, antes de chegar aos campos. Uma forma tradicional de adubar os terrenos consegue-se lavando as calçadas dos excrementos que o gado deixa ao passar nos caminhos das aldeias. Desta forma, os agricultores tradicionais transformaram um ambiente urbano, à partida pouco apetecível, num habitat muito semelhante às margens de um curso de água natural.
A diversidade de plantas que se encontra nestes caminhos agrícolas e urbanos constitui um notável testemunho de que o Homem e a Biodiversidade não são incompatíveis.
A chupadeira (Scrophularia herminii), espécie endémica do Noroeste da Península Ibérica; o urtigão (Urtica dioica), usado para engrossar sopas ou fazer esparregado; e o poejo (Mentha pulegium), espécie de hortelã com a qual é possível fazer uma infusão muito agradável, são algumas das plantas que pontuam estes caminhos.
A artemísia-dos-ervanários (Tanacetum parthenium) e o marroio-negro (Ballota nigra) são duas plantas medicinais típicas destes ambientes.
Nestas aldeias, é frequente depararmo-nos com a andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), cuja presença é bem tolerada pelas populações, uma vez que esta ave se alimenta dos insectos indesejáveis, muito comuns em zonas com gado.
Na envolvência destas aldeias existe uma cintura de hortas, lameiros e campos agrícolas, que tende a diminuir, efeito da desertificação do interior rural.
Nos lameiros, autênticos repositórios de biodiversidade vegetal, pode-se encontrar: juncos (Juncus effusus, Juncus acutiflorus), que ocorrem nos lameiros húmidos da base das encostas; o feno-de-cheiro (Anthoxanthum odoratum), a macela (Chamaemelum nobile) e a erva-lanar (Holcus lanatus), característicos dos lameiros pastados; ou a erva-nozelha (Arrhenatherum elatius subsp. bulbosum), que normalmente aparecem nos lameiros onde a ação antrópica é menos intensa.
Ao longo do trilho, e na passagem pelas aldeias, pode-se encontrar um equilíbrio típico das regiões rurais com a natureza, caracterizado por campos agrícolas e lameiros intercalados por florestas de carvalhos (Quercus robur, Quercus pyrenaica).
Após passar-se pela linda Aldeia Velha, começa-se a ascensão da encosta da serra, onde se verifica uma clara transição para ecossistemas tipicamente de altitude, deixando de se ver os carvalhais e as árvores de grande porte e passando a haver uma paisagem mais exposta aos elementos, onde o tojo (Ulex minor), a giesta (Cytisus striatus) e a urze (Calluna vulgaris) são os predominantes.
Ao longo do trilho, pode-se observar não só inúmeras espécies de aves, tais como a gralha-preta (Corvus corone), melros (Tordus merula), champim real (Parus major), entre outras, mas também vestígios de presença de inúmeros mamíferos, como o javali (Sus scrofa) e a raposa (Vulpes vulpes silacea).
Após a chegada ao ponto mais alto e à medida que se desce pela encosta da serra, verificamos o inverso da transição, onde o biótopo de montanha começa a ser lentamente substituído por povoamentos florestais de carvalhos e alguns pinheiros.
Em todo o percurso existem pequenos regatos e levadas de água, bem como tanques e fontes, de utilização pública.
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Recomendações:
Uso de calçado à prova de água, especialmente em alturas de maior pluviosidade.
Normas de conduta:
• Seguir apenas o trilho sinalizado
• Evitar fazer ruídos desnecessários
• Observar a fauna, sem perturbar
• Não danificar a flora
• Não deixar lixo ou outros vestígios da sua passagem
• Não fazer lume
• Não colher amostras de plantas ou rochas
• Não danificar o património histórico
Contactos úteis:
• Bombeiros: 255 432 115
• GNR: 255 410 260
• Câmara Municipal: 255 420 200
• Hospital: 255 410 500
• Loja Interativa de Turismo: 255 420 246
Locais de visita obrigatória, ao longo do percurso, são os aglomerados rurais de montanha - Pé Redondo, Aldeia Nova, Aldeia Velha e Carvalho de Rei - expressão típica do povoamento em altitude, de padrão concentrado que contrasta com a disseminação em pequenos lugares, característica das terras baixas. Conservam uma arquitetura tradicional característica, frequentemente polarizada numa eira comum envolvida por conjuntos de espigueiros.
Neste percurso, ao descer de encontro ao final, encontram-se dois dólmens do conjunto megalítico da Serra da Aboboreira.
O primeiro, denominado Furnas 2, com uma cronologia variável entre o V e IV milénio A. C., localizado numa pequena elevação gozando de amplitude visual para a Serra do Marão.
O segundo, Meninas do Crasto 3, integra um segundo momento construtivo que ocorreu nos inícios do IV milénio A. C., de menor dimensão mas com laje de cobertura.
Ao reentrar na aldeia de Carvalho de Rei, localiza-se o parque de merendas e a igreja paroquial, dedicada a São Martinho.
BIODIVERSIDADE
A utilização racional dos recursos é evidenciada pelos caminhos tradicionais, que servem muitas vezes de levadas, por onde a água passa, antes de chegar aos campos. Uma forma tradicional de adubar os terrenos consegue-se lavando as calçadas dos excrementos que o gado deixa ao passar nos caminhos das aldeias. Desta forma, os agricultores tradicionais transformaram um ambiente urbano, à partida pouco apetecível, num habitat muito semelhante às margens de um curso de água natural.
A diversidade de plantas que se encontra nestes caminhos agrícolas e urbanos constitui um notável testemunho de que o Homem e a Biodiversidade não são incompatíveis.
A chupadeira (Scrophularia herminii), espécie endémica do Noroeste da Península Ibérica; o urtigão (Urtica dioica), usado para engrossar sopas ou fazer esparregado; e o poejo (Mentha pulegium), espécie de hortelã com a qual é possível fazer uma infusão muito agradável, são algumas das plantas que pontuam estes caminhos.
A artemísia-dos-ervanários (Tanacetum parthenium) e o marroio-negro (Ballota nigra) são duas plantas medicinais típicas destes ambientes.
Nestas aldeias, é frequente depararmo-nos com a andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), cuja presença é bem tolerada pelas populações, uma vez que esta ave se alimenta dos insectos indesejáveis, muito comuns em zonas com gado.
Na envolvência destas aldeias existe uma cintura de hortas, lameiros e campos agrícolas, que tende a diminuir, efeito da desertificação do interior rural.
Nos lameiros, autênticos repositórios de biodiversidade vegetal, pode-se encontrar: juncos (Juncus effusus, Juncus acutiflorus), que ocorrem nos lameiros húmidos da base das encostas; o feno-de-cheiro (Anthoxanthum odoratum), a macela (Chamaemelum nobile) e a erva-lanar (Holcus lanatus), característicos dos lameiros pastados; ou a erva-nozelha (Arrhenatherum elatius subsp. bulbosum), que normalmente aparecem nos lameiros onde a ação antrópica é menos intensa.
Ao longo do trilho, e na passagem pelas aldeias, pode-se encontrar um equilíbrio típico das regiões rurais com a natureza, caracterizado por campos agrícolas e lameiros intercalados por florestas de carvalhos (Quercus robur, Quercus pyrenaica).
Após passar-se pela linda Aldeia Velha, começa-se a ascensão da encosta da serra, onde se verifica uma clara transição para ecossistemas tipicamente de altitude, deixando de se ver os carvalhais e as árvores de grande porte e passando a haver uma paisagem mais exposta aos elementos, onde o tojo (Ulex minor), a giesta (Cytisus striatus) e a urze (Calluna vulgaris) são os predominantes.
Ao longo do trilho, pode-se observar não só inúmeras espécies de aves, tais como a gralha-preta (Corvus corone), melros (Tordus merula), champim real (Parus major), entre outras, mas também vestígios de presença de inúmeros mamíferos, como o javali (Sus scrofa) e a raposa (Vulpes vulpes silacea).
Após a chegada ao ponto mais alto e à medida que se desce pela encosta da serra, verificamos o inverso da transição, onde o biótopo de montanha começa a ser lentamente substituído por povoamentos florestais de carvalhos e alguns pinheiros.
Em todo o percurso existem pequenos regatos e levadas de água, bem como tanques e fontes, de utilização pública.
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Recomendações:
Uso de calçado à prova de água, especialmente em alturas de maior pluviosidade.
Normas de conduta:
• Seguir apenas o trilho sinalizado
• Evitar fazer ruídos desnecessários
• Observar a fauna, sem perturbar
• Não danificar a flora
• Não deixar lixo ou outros vestígios da sua passagem
• Não fazer lume
• Não colher amostras de plantas ou rochas
• Não danificar o património histórico
Contactos úteis:
• Bombeiros: 255 432 115
• GNR: 255 410 260
• Câmara Municipal: 255 420 200
• Hospital: 255 410 500
• Loja Interativa de Turismo: 255 420 246
Waypoints
Waypoint
2,535 ft
Líquenes: Evernia prunastri, Parmotrema chinense
Curiosidade: os líquenes são organismos que resultam da simbiose entre um fungo e um organismo fotossintético, neste caso, uma alga
Comments (2)
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No terreno o PR 3 quase não existe na parte final. NOTA: fazer o PR5 em vez do PR3.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
No terreno o PR 3 quase não existe na parte final. NOTA: fazer o PR5 em vez do PR3, e sobrepõe-se até mais de meio .