PR2 BTC - Trilho dos Lameiros do Barroso
near Vilarinho Seco, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
LAMEIROS DO COUTO DOS MOUROS
PASSADIÇO E CRUZEIRO EM VILARINHO SECO
- Incursão por terras do Barroso para percorrer alguns dos trilhos oficiais desta região, nomeadamente este PR2, um percurso circular com marcações, com início e fim no Largo da Capela, na aldeia de Vilarinho Seco, concelho de Boticas (oficial);
- Decorre pelas encostas e vales da Serra de Alturas do Barroso, acompanhando primeiro a Corga da Urzimeira que desce pelo vale entre as aldeias de Vilarinho Seco e Bostofrio. Posteriormente atravessam-se lameiros por calçadas e caminhos rurais que ligam Bostofrio a Agrelos. O último troço desenvolve-se já em ambiente serrano, encosta acima, passando pelo Alto da Lomba e ao lado do Alto da Gribeira, antes de entrar novamente pelos arruamentos e vielas de Vilarinho Seco. Este percurso segue no sentido dos ponteiros do relógio (aconselhado) de forma gradual, ou seja, sem desníveis acentuados. Ressalva-se apenas a subida por estradão até ao Alto da Lomba que, por ser mais exposta, se torna um pouco mais penosa (ainda que perfeitamente acessível);
- Ao longo do trilho passa-se por vários pontos de interesse, nomeadamente o casario granítico das várias aldeias que se atravessa (com destaque para Vilarinho Seco) assim como as suas capelas e edifícios com interesse histórico ou público, vários moinhos de rodízio, lameiros (prados), carvalhais e soutos, bosques de vegetação ripícola pelo vale da Corga da Urzimeira e as paisagens deslumbrantes sobre o relevo da Serra de Alturas do Barroso, com a sua tão característica "manta" de terrenos agrícolas e vegetação autóctone, que fazem jus ao reconhecimento desta região do Barroso como património agrícola mundial;
- Por opção, na aldeia de Vilarinho Seco fez-se um pequeno desvio para almoçar no restaurante de cozinha regional "Cantinho da Graça". Revelou-se uma excecional opção, quer pelo simpático atendimento da Sra. D. Graça, quer pela qualidade dos produtos sobejamente confecionados. Sem dúvida, para lá regressar. Atenção, é fundamental reservar e não tem pagamento Multibanco;
- Este percurso está bem marcado no sentido aconselhado (fiquei com a sensação que no sentido contrário as marcações não são evidentes), por conseguinte, o uso de GPS é facultativo (embora considere que é sempre uma ajuda extra e preciosa);
- Misto de calçadas, caminhos rurais e serranos;
- Trilho com características fáceis, tendo em conta a curta distância que se tem de percorrer, assim como a ausência de desníveis pronunciados. Durante as estações de maior precipitação atmosférica, estes terrenos ficarão facilmente enlameados e as calçadas de pedra tornar-se-ão bastante escorregadias. Se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão acrescidas. Botas e bastões são essenciais;
- Do ponto de vista paisagístico é um trilho belíssimo, bem desenhado, que dá a conhecer uma boa parte do "mosaico" agrícola típico desta região, os lameiros, onde o verde é a cor dominante da paisagem, assim como as encostas da serra com os seus bosques e carvalhais, a vegetação ripícola junto aos cursos de água e os muitos soutos espalhados por este território rural. É um percurso com pouca sombra, que pode ser mais complicado em dias quentes. No entanto, é perfeito no outono e na primavera. Nas aldeias é fácil tratar da provisão de água;
- No seu todo é um percurso muito, muito bonito, que percorre ancestrais caminhos rurais, com vistas panorâmicas de excelência sobre as encostas da Serra de Alturas do Barroso, que no outono e na primavera adquirem uma beleza extraordinária. Recomendado!
CALÇADA ENTRE MUROS E LAMEIROS (BOSTOFRIO)
CALÇADA ENTRE BOSQUES (VILARINHO SECO)
Outros percursos realizados nesta região:
PR4 MTR - Trilho do Rio
PR2 MTR - Trilho do Ourigo (c/desvios à Senhora das Treburas e ao Parque Fluvial do Cávado)
PR8 MTR - Trilhos de D. Nuno e minas da Borralha
PNPG - Circular à Albufeira de Paradela (c/desvio a Outeiro e Loivos)
À volta de Vilarinho de Negrões
À volta das minas da Borralha
ESPIGUEIRO E LAMEIROS (VILARINHO SECO)
PASSADIÇO DA CASA DO MORGADO DE AGRELOS
- PR2 BTC - TRILHO DOS LAMEIROS DO BARROSO
A Pequena Rota “Trilho dos Lameiros do Barroso” é um percurso pedestre circular, com início e fim junto ao painel informativo localizado no Largo da Capela, em Vilarinho Seco, uma aldeia de traça tradicional com espigueiros e casas em granito, onde alguns habitantes ainda envergam trajes tradicionais. Saindo da aldeia, o percurso segue em direção à Ponte de Mena, percorrendo um caminho entre lameiros bem tratados pelas gentes da terra, e continua até Bostofrio, uma aldeia tipicamente barrosã onde abundam muros de pedra a ladear os caminhos e lameiros que fazem do verde a cor dominante da paisagem. À saída da aldeia existe uma pequena derivação que conduz a um abrigo tradicional, que servia de resguardo aos pastores contra as condições meteorológicas adversas que costumam fazer-se sentir com frequência nesta região. Continuando em direção à aldeia de Agrelos, existe uma outra pequena derivação até ao lugar das Lagoas. Chegando a Agrelos, o trilho percorre as ruas da aldeia, passando por baixo do passadiço da Casa do Morgado, e segue em direção ao Miradouro da Lomba, onde o percurso se faz por caminhos mais serranos, e regressa ao ponto inicial.
- TIPO DE PERCURSO: circular, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: paisagístico, rural e natural
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Boticas, Vila Real
- PONTO DE PARTIDA / CHEGADA: Largo da Capela, Vilarinho Seco
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 03h20
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 9,9 km
- GRAU DE DIFICULDADE: médio
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +293m / -293m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 749m / 976m
- ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano
LAMEIROS (BOSTOFRIO)
CALÇADAS ENTRE MUROS E LAMEIROS (BOSTOFRIO)
- BARROSO, PATRIMÓNIO AGRÍCOLA MUNDIAL
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) reconheceu a região do Barroso como património agrícola mundial.
O Barroso é o primeiro território português a integrar os Sistemas Importantes do Património Agrícola Mundial (GIAHS, «Globally Important Agricultural Heritage Systems») e um dos primeiros a ser aprovados na Europa. O GIAHS é um processo promovido pela FAO que visa identificar e certificar, em todo o mundo, os sistemas de agricultura tradicional que, pelas suas características notáveis do ponto de vista da diversidade, saber tradicional, biodiversidade, paisagem, modelo socioeconómico e resiliência face às alterações humanas, climáticas e ambientais, possam contribuir para melhorar a gestão dos modernos agro-sistemas.
O processo de candidatura foi desenvolvido em parceria pela Associação de Desenvolvimento da Região do Alto Tâmega (ADRAT), as câmaras de Boticas e Montalegre, as Universidades do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, organizações e associações de produtores agrícolas, profissionais do sector e cidadãos da região.
Tendo em conta o atraso desta região profundamente deprimida (o PIB per capita da região norte de Portugal encontra-se 35 % abaixo da média da UE), pergunto à Comissão se existem instrumentos específicos de apoio que permitam tirar partido deste novo estatuto e evitar que se acentuem ainda mais as assimetrias sociais e territoriais.
Na base da distinção estão as tradições que o povo do Barroso mantém na relação com o ambiente em atividades como a agricultura, a silvicultura e a pastagem. Com ocupação humana há milhares de anos, esta área do Norte de Portugal mantém uma economia de subsistência rural. A FAO destaca, ainda, o facto de a região manter áreas ambientais muito significativas e relativamente intactas.
LAGOAS DE AGRELOS (CORGA DE URZIMEIRA)
ABRIGO DO PASTOR (BOSTOFRIO)
- SERRA DE ALTURAS DO BARROSO
Sendo a oitava maior elevação de Portugal Continental, atingindo 1279 metros de altitude máxima, a Serra do Barroso é uma formação que faz parte do Maciço Antigo, a maior e mais antiga unidade morfoestrutural da Península Ibérica com mais de 250 milhões de anos. Daí que nela predominem o xisto e o granito, ainda que nas suas encostas cresçam pastagens que alimentam o gado lanígero e o bem conhecido gado barrosão. Delimitada pelos rios Tâmega e Cávado, do seu ponto mais alto – os “Cornos do Barroso”, dois coutos que se assemelham e esta característica bovina – avistam-se as serras do Larouco, Cabreira, Gerês e Marão. As variações de altura desta serra proporcionam uma diversidade de habitats que, por sua vez, favorecem o aparecimento de grande variedade de cogumelos e, a nível da fauna, espécies como o javali ou a lebre, o que tornam esta região especialmente propícia à caça. De salientar as aldeias típicas de Alturas do Barroso e Covas do Barros, com os seus telhados de colmo, o Castro do Lesenho e as nascentes de Carvalhelhos.
PANORÂMICA DA SERRA DESDE O ALTO DA LOMBA
GADO BARROSÃ (VILARINHO SECO)
Waypoints
Moinho do Porto
Pequeno moinho de água utilizado para a moagem dos cereais. No concelho de Boticas existem cerca de 256 moinhos, sendo todos eles acionados por água. Na sua larga maioria são moinhos de rodízio, contando-se apenas algumas azenhas. Este moinho está integrado no projeto: "Boticas, a sedução da montanha". Este moinho de rodízio tem a particularidade de ter dimensões extremamente reduzidas. Dispõe apena de um casal de mós, estando o sistema de acionamento (o rodízio) acoplado diretamente ao veio da mó. A admissão da água é feita por uma conduta (o cubo) inclinada. Na sua base existe um orifício (a seteira) através do qual sai um jato de água que, ao incidir nas penas do rodízio, obriga à sua rotação.
Capela de Vilarinho Seco
A Capela de Vilarinho Seco, dedicada a S. Paio, está implantada num largo na entrada, sob o Noroeste, da aldeia. Templo em granito tem uma portada rectangular, na fachada principal, ladeada por duas frestas horizontais e encimada por um óculo. O campanário, no alongamento da empena, decorado com volutas é finalizado por dois pináculos a ladear uma cruz, os cunhais são rematados por pináculos com esfera. No interior desta capela o granito das paredes contrasta com o altar-mor em talha dourada, que ocupa a parte superior da parede da cabeceira, onde se encontra imaginária religiosa, e nas extremidades laterais painéis representando São Sebastião, S. Francisco, São Caetano e São Miguel. Para além das celebrações das missas semanais que aqui se realizam, esta capela é o centro das celebrações aquando a Festa de S. Paio e a Festa de Santa Cruz.
Cruzeiro de Vilarinho Seco
Cruzeiro em granito assente sobre uma plataforma em pedra de granito com três degraus. A base, bloco prismático de secção quadrangular, sustenta um fuste cilíndrico, com linhas verticais esculpidas na parte central, encimado por um capitel decorado com volutas, rematado por uma cruz latina com um resplendor.
Passadiço da Casa do Morgado de Agrelos
Antiga Casa do Morgado de Agrelos constituída por edifícios dispostos de ambos os lados da rua, unidos por um passadiço.
Restaurante Cantinho da Graça
Excelente restaurante de Cozinha Regional. Atende apenas por reserva.
Vilarinho Seco
Situada no sopé da Serra de Alturas do Barroso e pertencendo ao concelho de Boticas, Vilarinho Seco é uma das mais bem conservadas aldeias barrosãs e convida a uma visita atenta pelas suas ruas mais pitorescas! De traça tradicional, conserva o seu edificado antigo comunitário, como os espigueiros, o tanque para dar de beber ao gado, o forno comunitário e algumas habitações que ainda conservam os telhados de colmo, típicos de outros tempos. Os seus habitantes continuam a dedicar-se à pastorícia e à agricultura. Deve-se percorrer sem pressas os caminhos labirínticos da povoação e demorar-se a apreciar a simplicidade da vida de uma pequena comunidade que ainda hoje utiliza o forno comunitário para cozer o pão.
Comments (6)
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O Barroso é lindo!!!! Com muita pena minha não vos pude acompanhar nesse trilho... mas hei-de lá ir, antes que as malditas minas destruam aquilo tudo. E também quero almoçar uma "postinha" no Cantinho da Graça. Grande abraço!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
Foi pena não poderes estar connosco neste belo percurso, mas outras oportunidades surgirão. E o Cantinho da Graça é mesmo obrigatório! Grande abraço e até breve.
Caminhar pelo Barroso no outono é maravilhoso! Obrigado pela partilha, o trilho parece ser esplêndido. Abraço.
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
A partilha é um prazer. Abraço!
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
É um belo passeio pela paisagem natural imaculada, entremeado por prados e numerosos muros. Os caminhos são bastante húmidos, especialmente no Outono. Há muita água a correr sobre os caminhos. Mas isso só torna a caminhada extra aventureira. A rota está muito bem marcada, pelo que não é realmente necessária uma descrição da rota.
Obrigado, henri achterkamp, pelo comentário e avaliação do trilho.
É bom saber que apreciou este belo percurso. Continuação de ótimas caminhadas!