PR14 Regoufe-Drave-Regoufe, SERRA DA FREITA

PR14 ALDEIA MÁGICA, Regoufe-Drave-Regoufe, Serra da Freita

Mesmo antes de iniciar o trilho, já se pode caminhar num passeio pelas ruínas das antigas minas de volfrâmio de Regoufe - ou complexo mineiro do Poço da Cadela, que teve grande relevância durante a II Guerra Mundial. Aqui as minas eram exploradas pelos ingleses, lá na aldeia de Rio de Frades pelos alemães. Apenas ~12km de distância garantiam uma convivência pacífica de dois inimigos de guerra, truques diplomáticos de Salazar.

Mais abaixo estacionámos junto ao café Montanha, onde a Daniela, filha dos donos, nos recebeu como se fôssemos amigos. Iniciámos aí a caminhada até Drave. São apenas 4km, que deverão dar entre 1h e 1,5h.

O caminho é feito de muita pedra de xisto solta, o que cria grande instabilidade e torna a progressão mais lenta. Calçado adequado é essencial para segurança e para garantir uma experiência agradável. Além disso, chapéu e água são obrigatórios, particularmente em dias de sol, porque não há nenhuma sombra, nenhuma!

As montanhas mágicas acompanham-nos como gigantes tranquilos. No meio do caminho, avista-se Drave, uma aldeia que surge ao longe aninhada na confluência da Serra da Freita, da Serra de S Macário e da Serra da Arada. O trilho continua em lajeado e revela as primeiras marcas de vidas que por ali passavam - vê-se os sucalcos dos carros de boi. Com marcas do tempo que passa, esta aldeia está desabitada desde 2000, supostamente. Certo será que o telefone só ali chegou em 1993 e meio século antes, em 1946, num solar acima da igreja se terão reunido 600 parentes.

Descendo até à Ribeira de Palhais encontramos um primeiro poço (raso) de água cristalina e convidativa a refrescarmo-nos depois da caminhada. Como era domingo de manhã e estavam várias pessoas por ali, avancei sempre pela linha de água e mais poços surgiram também apetitosos e vazios de confusão. Pensei que um piquenique teria ali o lugar certo.

Tipo de trilho: linear

Sinalização: boa, não há o que enganar

Sombra: sem sombra, só junto ao rio à entrada de Drave

Tipo de piso: pedra solta, o que dificulta a progressão.

Bastões: recomendável, não pelo desnível que não é tão relevante, mas pelo tipo de solo mole

Abastecimento: Regoufe. ATM só em Arouca.

Levar cão: desta vez não levei o Bartô (cocker spaniel), mas considero que seria adequado levá-lo. É um cão muito activo, adora correr e tenho sempre receio que caia nalgum precipício.

O que trazer:
-Mochila, roupa e calçado confortáveis e adequados
-Capa de chuva (já me fez falta quando não esperava)
-Bastões de caminhada
-Kit primeiros socorros
-1,5L/2L água
-Óculos de sol, protector solar e chapéu
-Comida (snacks energéticos, fruta, sandes)
-Telemóvel com app com gps e Power bank, não essenciais aqui por ser difícil a pessoa se perder
-Saco para lixo
-Papel higiénico e saco para guardar os papéis usados

Rede móvel: sem sinal mesmo em Regoufe. Pede Wi-Fi (é fraco!) no café.

SOS ligar 112; o Wikiloc permite “live tracking “ que, partilhado com família/amigos, garante a segurança dx caminhante sozinhx