PR14 - Drave - Aldeia Mágica a Regoufe (linear vindo da Estrada CM1123/São Pedro do Sul)
near Fujaco, Viseu (Portugal)
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Drave
As lagoas de Drave resultam da confluência de duas ribeiras: a ribeira de Palhais, que nasce nas imediações do Portal do Inferno, a nordeste de Drave; e a ribeira da Bouça, que vem do alto da Arada, a este de Drave. As lagoas constituem uma série de poços escavados na rocha que se podem descobrir ao longo da ribeira de Palhais (também chamado de rio da Drave) até ao rio Paivô, numa paisagem soberba pautada por grandes desníveis onde o xisto domina. No promontório entre as duas ribeiras encontra-se a aldeia mágica de Drave, uma aldeia desabitada que guarda toda a beleza da arquitetura típica das aldeias de xisto de montanha. Estes vales remotos são refúgio de raridades tão diversas como a fugidia toupeira-de-água, o lobo-ibérico ou o feto-labiado-peludo que aproveitam, respetivamente, os ribeiros de águas claras, os bosques de folhosas, e os afloramentos termófilos para prosperar. Os castanheiros antigos, de vários séculos, provam a ancestralidade deste povoamento. Para aqui chegar, só mesmo a pé a partir deste local, ou da aldeia de Regoufe, através do percurso pedestre da Aldeia Mágica (PR 14), que aproveita o antigo caminho esculpido na rocha que ligava estas duas aldeias. Retirado do site - Rota da Água e da Pedra
Regoufe
A origem de povoados nesta região é anterior à fundação da nacionalidade, e mesmo ao domínio romano, pois em 1946 foi encontrada em Regoufe uma pulseira de ouro de grande beleza, testemunha desses tempos. Regoufe é hoje uma pequena aldeia serrana, harmoniosamente enquadrada no vale da ribeira de Regoufe com os seus regadios verdejantes. No entanto, chegou a ter uma população de mais de 500 habitantes na época áurea da exploração mineira; a industrialização trouxe, para aqui, luz elétrica, telefone, estradas e posto de socorro, mas também doenças e poluição das terras e das águas. Na ribeira de Regoufe podem-se observar inúmeras marmitas de gigante que resultaram do constante redemoinhar de pedras nas depressões das rochas. A mais conhecida é popularmente denominada “caldeira” e constitui uma singular piscina natural. Nas suas águas, podemos avistar com facilidade o melro-de-água, pequena ave indicadora de rios não poluídos. Perto do rio, o lagarto-de-água pode ser observado em dias de calor, com as suas cores exuberantes.Nos afloramentos rochosos, o melro-azul marca o seu território e a borboleta salta-cercas encontra o seu poiso predileto. Junto ao trilho que vai para a Drave, o feto-labiado-peludo desenvolve-se nas grandes lajes de xisto voltadas a sul. Mas o destaque vai, aqui, para as inúmeras galerias mineiras que se multiplicam nas encostas da serra, e que hoje constituem habitat para algumas espécies de morcegos cavernícolas, como o morcego-de-ferradura-grande ou o morcego-de-peluche. - Retirado do site - Rota da Água e da Pedra
Minas
A mina da Poça da Cadela, a mais importante do antigo complexo mineiro de Regoufe, começou a ser explorada em 09.01.1915, até à década de 70. Em 1941 é constituída a Companhia Portuguesa de Minas, que adquire o alvará e que, na realidade, pertencia aos ingleses. Durante a II Guerra Mundial, ingleses e alemães (estes em Rio de Frades) exploravam volfrâmio paredes-meias uns com os outros, para depois o utilizarem para a construção de armas e munições. Chegaram a trabalhar aqui cerca de 1000 pessoas, e houve mesmo fortunas ganhas de um dia para o outro, contando-se histórias de pilhas que fumavam notas de cem e de quinhentos. Entre 1935 e 1951 foram extraídos 639 000 toneladas de minério de volfrâmio e estanho das minas na região de Regoufe, e hoje ainda são visíveis as cicatrizes da exploração mineira nas encostas da serra. - retirado do site Rota da Água e da Pedra
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