PR11 SNT - Monge (Serra Sintra)
near Capuchos, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Percurso circular (aconselho a levar GPS porque existe muitas interseções de outros percurso e muitas falhas de marcação) O percurso desenvolve-se na serra de Sintra em território classificado como Parque Natural, Património Mundial da Humanidade e na categoria Paisagem Cultural, está integrado no Sítio Sintra/Cascais, no âmbito da Rede Natura 2000. Inicio e fim no Convento de Santa Cruz dos Capuchos (fundado em 1560, para frades da Ordem de S. Francisco de Assis, caracterizados por viverem em estreita relação com a natureza), este percurso tem motivos de interesse, histórico, arqueológico e uma fauna/flora magnifica, o mesmo interage com vários percursos... Existe novas placas com PR11 CAPUCHOS, pelo que conseguir apurar o Percurso PN6 foi dividido em dois, criando PR11 Capuchos e PR6 Rio da Mula que, até ao momento encontra-se impraticável e em manutenção, eliminando o percurso PR11 SNT Monge... Não percebo o porque! Para mim é um percurso muito bom que praticamente não necessita de manutenção.
Depois ou antes do percurso aconselho vivamente a visitar o Convento dos Capuchos é um dos conventos mais antigos e desprovidos de luxo de Portugal.
Saímos do convento dos Capuchos e vamos na direção do monumento em Memória dos Soldados, local onde 25 soldados perderam a vida no combate ao grande incêndio de 1966, como em grande parte do percurso, é bem evidente um dos problemas ecológicos mais graves do Parque: a difícil sobrevivência davegetação natural. Poderá, mais adiante, observar uma sepultura colectiva - o Tholos do Monge - construída no período Calcolítico (2500/1500 a. C.) e reutilizado na Idade do Bronze (1800/800a.C.). A sepultura orientada a norte aproveita uma depressão natural do granito. Nas matas de cedros do Buçaco, de rara beleza e magia, ou mesmo em zonas povoadas por exóticas invasoras, aperceber-se-á da regeneração da flora natural, predominantemente mediterrânica e atlântico--mediterrânica: alguns carvalhos carvalho-roble Quercus robur, o carvalho-português Quercus faginea, o carvalho-negral Quercus pyrenaica, a carvalhiça Quercus lusitanica, o carrasco Quercus coccifera,-as violetas Viola odorata, o medronheiro Arbutus unedo, o tojo Ulex sp, as urzes Ericasp., atorga Calluna vulgaris, asestevas Cistussp., acebola albarã Urginea maritima, a salsaparrilha-bastarda Smilax aspera, o morrião-perene Anagalis monelli, a erva-das-sete-sangrias Lithodora rostrata, o zambujeiro Olea europaeavar. sylvestris, oloureiro Laurus nobilis, e mesmo raros azevinhos Ilex aqui folium. A fauna não pode ser diversificada nem abundante, dado o predomínio da vegetação exótica, que apenas lhes pode disponibilizar abrigo. No entanto o percurso raramente se faz sem que a águia-de-asa-redonda Buteo buteo ou o peneireiro-comum Falco tinnunculus o surpreenda com o seu voo característico. Refúgio para mamíferos como os morcegos, o musaranho-de-dentes-vermelhos Sorex granarius, a geneta Genetta genetta, o coelho-bravo Orictolagus cunniculus, a raposa Vulpes vulpes, aves como a águia de Bonelli Hieraeetos fasciatus a trepadeira Certhya brachidactyla, o pica-pau-malhado-grande Dendrocopus major, o pica-pau-verde Picus viridis, o rabilongo Aegithalus caudatus, o chapim real Parus major, o chapim-azul Parus caeruleus, a coruja-do-mato Strix aluco, o gavião Accipiter nisus, répteis como o sardão Lacerta lepida ou a rara e veneno savíbora-cornuda Vipera lataste.
O Maciço de Sintra é o resultado da ascensão de magma gerado a grandes profundidades e que se imobilizou próximo da superfície, acabando por se intruir ou encaixar em rochas de natureza sedimentar predominantemente calcários que contornam a serra como um invólucro de estratos inclinados. Este processo foi acompanhado pela assimilação dos materiais da crosta essencialmente graníticos, ede um processo de diferenciação magmática de que resultou uma variedade petrográfica notável. O granito é a rocha mais abundante, seguido, para o interior, de um núcleo de sienitos e microssienitos. Hoje, o relevo apresenta-se já esculpido, em grande parte, nas rochas do núcleo magmático.
O relevo, a natureza geológica da serra e em consequência destes, o clima e a vegetação, permitiram a constituição de uma unidade com características distintas da paisagem envolvente e onde persistem cerca de novecentas espécies autóctones. Ainda hoje aqui encontram condições para sobreviver algumas espécies-relíquia da floresta de lenhosas sempre-verdes- a Laurissilva-, que um clima subtropical húmido outrora permitiu, como o feto-de folha-de-hera Aspleniumemionitis, único local no continente onde encontra condições para sobreviver, ou o feto-dos-carvalhos Davallia canariensis.
Cedo se fez sentir a acção do Homem: apastorícia, primeira actividade não caçadora ou recolectora introduzida na Península, implicou o uso generalizado do fogo, visando promover as áreas de pastagem em detrimento das florestas nativas. Depois foi a agricultura, a procura de lenha, a exploração da madeira, aconstrução naval, atingindo-se a mais profunda desarborização em meados do séc.XVIII. Apartir do séculoXIX, o repovoamento florestal e a transformação das propriedades agrícolas da encosta norte, em matas de lazer e parques românticos, fruto do fascínio pela flora vinda de todo o mundo, criou uma paisagem requintada. Já no séc. XX tem início a reflorestação das zonas cobertas por matos, com pinheiro-bravo Pinus pinaster, cedro do Buçaco Cupressus lusitanica e eucalipto Eucaliptus globulus. Porém a substituição das espécies que faziam parte do coberto vegetal natural aumentou o risco de incêndio. Após o grande incêndio de 1966 criaram-se condições para que espécies invasoras como as háquias Hakea sericea, as acácias A cacia melanoxylon, longifolia, dealbata, verticillata ou o pitósporo Pittosporum undullatum ocupassem rapidamente os habitats disponíveis. A acácia, revelou-se a mais agressiva, expandiu-se de uma forma que ainda hoje não é possível controlar.
Nota: Melhor época para se fazer o percurso é na Primavera, quando a atmosfera se encontra mais límpida e grande parte da vegetação está em flor.
Fizeste este percurso através desta rota ou através da pesquisa da mesma? Achas que o mesmo deve aparecer nos primeiros ao ser pesquisado? Então não te esqueças de comentar e fazer a avaliação, desta forma estás a ajudar outros utilizadores a chegar aqui facilmente e a usufruir deste percurso de futuro com uma maior confiança.
Depois ou antes do percurso aconselho vivamente a visitar o Convento dos Capuchos é um dos conventos mais antigos e desprovidos de luxo de Portugal.
Saímos do convento dos Capuchos e vamos na direção do monumento em Memória dos Soldados, local onde 25 soldados perderam a vida no combate ao grande incêndio de 1966, como em grande parte do percurso, é bem evidente um dos problemas ecológicos mais graves do Parque: a difícil sobrevivência davegetação natural. Poderá, mais adiante, observar uma sepultura colectiva - o Tholos do Monge - construída no período Calcolítico (2500/1500 a. C.) e reutilizado na Idade do Bronze (1800/800a.C.). A sepultura orientada a norte aproveita uma depressão natural do granito. Nas matas de cedros do Buçaco, de rara beleza e magia, ou mesmo em zonas povoadas por exóticas invasoras, aperceber-se-á da regeneração da flora natural, predominantemente mediterrânica e atlântico--mediterrânica: alguns carvalhos carvalho-roble Quercus robur, o carvalho-português Quercus faginea, o carvalho-negral Quercus pyrenaica, a carvalhiça Quercus lusitanica, o carrasco Quercus coccifera,-as violetas Viola odorata, o medronheiro Arbutus unedo, o tojo Ulex sp, as urzes Ericasp., atorga Calluna vulgaris, asestevas Cistussp., acebola albarã Urginea maritima, a salsaparrilha-bastarda Smilax aspera, o morrião-perene Anagalis monelli, a erva-das-sete-sangrias Lithodora rostrata, o zambujeiro Olea europaeavar. sylvestris, oloureiro Laurus nobilis, e mesmo raros azevinhos Ilex aqui folium. A fauna não pode ser diversificada nem abundante, dado o predomínio da vegetação exótica, que apenas lhes pode disponibilizar abrigo. No entanto o percurso raramente se faz sem que a águia-de-asa-redonda Buteo buteo ou o peneireiro-comum Falco tinnunculus o surpreenda com o seu voo característico. Refúgio para mamíferos como os morcegos, o musaranho-de-dentes-vermelhos Sorex granarius, a geneta Genetta genetta, o coelho-bravo Orictolagus cunniculus, a raposa Vulpes vulpes, aves como a águia de Bonelli Hieraeetos fasciatus a trepadeira Certhya brachidactyla, o pica-pau-malhado-grande Dendrocopus major, o pica-pau-verde Picus viridis, o rabilongo Aegithalus caudatus, o chapim real Parus major, o chapim-azul Parus caeruleus, a coruja-do-mato Strix aluco, o gavião Accipiter nisus, répteis como o sardão Lacerta lepida ou a rara e veneno savíbora-cornuda Vipera lataste.
O Maciço de Sintra é o resultado da ascensão de magma gerado a grandes profundidades e que se imobilizou próximo da superfície, acabando por se intruir ou encaixar em rochas de natureza sedimentar predominantemente calcários que contornam a serra como um invólucro de estratos inclinados. Este processo foi acompanhado pela assimilação dos materiais da crosta essencialmente graníticos, ede um processo de diferenciação magmática de que resultou uma variedade petrográfica notável. O granito é a rocha mais abundante, seguido, para o interior, de um núcleo de sienitos e microssienitos. Hoje, o relevo apresenta-se já esculpido, em grande parte, nas rochas do núcleo magmático.
O relevo, a natureza geológica da serra e em consequência destes, o clima e a vegetação, permitiram a constituição de uma unidade com características distintas da paisagem envolvente e onde persistem cerca de novecentas espécies autóctones. Ainda hoje aqui encontram condições para sobreviver algumas espécies-relíquia da floresta de lenhosas sempre-verdes- a Laurissilva-, que um clima subtropical húmido outrora permitiu, como o feto-de folha-de-hera Aspleniumemionitis, único local no continente onde encontra condições para sobreviver, ou o feto-dos-carvalhos Davallia canariensis.
Cedo se fez sentir a acção do Homem: apastorícia, primeira actividade não caçadora ou recolectora introduzida na Península, implicou o uso generalizado do fogo, visando promover as áreas de pastagem em detrimento das florestas nativas. Depois foi a agricultura, a procura de lenha, a exploração da madeira, aconstrução naval, atingindo-se a mais profunda desarborização em meados do séc.XVIII. Apartir do séculoXIX, o repovoamento florestal e a transformação das propriedades agrícolas da encosta norte, em matas de lazer e parques românticos, fruto do fascínio pela flora vinda de todo o mundo, criou uma paisagem requintada. Já no séc. XX tem início a reflorestação das zonas cobertas por matos, com pinheiro-bravo Pinus pinaster, cedro do Buçaco Cupressus lusitanica e eucalipto Eucaliptus globulus. Porém a substituição das espécies que faziam parte do coberto vegetal natural aumentou o risco de incêndio. Após o grande incêndio de 1966 criaram-se condições para que espécies invasoras como as háquias Hakea sericea, as acácias A cacia melanoxylon, longifolia, dealbata, verticillata ou o pitósporo Pittosporum undullatum ocupassem rapidamente os habitats disponíveis. A acácia, revelou-se a mais agressiva, expandiu-se de uma forma que ainda hoje não é possível controlar.
Nota: Melhor época para se fazer o percurso é na Primavera, quando a atmosfera se encontra mais límpida e grande parte da vegetação está em flor.
Fizeste este percurso através desta rota ou através da pesquisa da mesma? Achas que o mesmo deve aparecer nos primeiros ao ser pesquisado? Então não te esqueças de comentar e fazer a avaliação, desta forma estás a ajudar outros utilizadores a chegar aqui facilmente e a usufruir deste percurso de futuro com uma maior confiança.
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Comments (2)
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Easy to follow
Scenery
Moderate
Caminhada feita com os priminhos. Subidas um pouco chatas e que me deram cabo das pernas. A paisagem é muito bonita
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Scenery
Moderate
Complementação do percurso com a visita ao convento dos capuchos e algo mágico... Um voltar no tempo.