PR10 SVV - Trilho do Gresso
near Sanfins, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
- Trilho circular, com marcações, com início e fim no parque de merendas junto à Fundação Bernardo Barbosa de Quadros;
- Este trilho desenvolve-se por caminhos rurais, estradões e alguns troços alcatroados, passando pela Quinta do Linheiro, Moinhos e Levadas de Sanfins, Vale e Cascatas do rio Gresso, Irijó, Capela de S. Geraldo, Souto Chão, Mondim e Rocas do Vouga;
- Trilho de uma beleza paisagística relativamente interessante. Destaque, essencialmente, para o Vale do rio Gresso. No entanto, apresenta alguns troços que se desenvolvem em estrada de alcatrão (algo bastante desagradável) e outros tantos que percorrem eucaliptais, o que torna estas passagens algo desoladoras e, caso se realize este trilho em meses estivais, muito quentes e completamente desinteressantes. Enfim, no seu todo, é caso para dizer que, uma vez feito, não justifica lá regressar!!
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PR10 SVV TRILHO DO GRESSO
O percurso desenvolve-se por caminhos agrícolas e florestais, estradas de ligação entre algumas aldeias da freguesia de Rocas do Vouga e ao longo da levada do Gresso. É também serpenteado por várias levadas de água que a direcionam à linha de moinhos que existe ao longo das margens do Rio Gresso. Passa também dentro da Quinta do Linheiro, pertencente à Fundação Bernardo Barbosa de Quadros, onde se pode observar a dinâmica agrícola, com especial destaque para os mirtilos, local onde foram feitas as primeiras experiências de introdução deste fruto no concelho de Sever do Vouga. Ao longo deste percurso também se pode perceber a fé que estas comunidades têm com a Igreja e em especial, no culto dos santos, devido à passagem por capelas (Linheiro e Irijó), cruzeiros (Souto Chão) e alminhas (Sanfins, lrijó e Rocas). Este facto confere a este percurso um cunho cultural diferenciador dos restantes percursos de carácter mais paisagístico. Toda a freguesia é recortada por inúmeros cursos de água que regam campos férteis e alimentam as mós dos diversos Moinhos da Levada do Gresso. Esta levada, com a força da corrente, provia de energia vários rodízios. Alguns deles, como o da Carneira, estão hoje desativados. Construído em pedra da região, podemos ver que no seu interior ainda se encontram as mós. Não muito distante encontra-se o da Serralheira. Edificado, obedecendo às regras da arquitetura popular e aos materiais tradicionais, está em melhor estado de conservação que o anterior, apesar de algumas alterações provocadas por recentes adaptações. Na mesma localidade podemos ainda observar o moinho do Linheiro, auxiliado por um eficaz aliviadouro, que controlava a distância entre as mós e, consequentemente, o grau de espessura da farinha. Este mecanismo moía vários cereais dos quais se destacam: milho, centeio e trigo.
Waypoints
Capela da Quinta do Linheiro
Foi mandada construir pelos seus proprietários, capitão Bernardo Barbosa de Quadros, em devoção à Imaculada Conceição, realizando-se a festa religiosa a 8 de dezembro.
Cascata e ponte sobre o rio Gresso
O rio Gresso é afluente do Vouga e tem origem no cimo da serra do Arestal, a quase 800 metros de altitude. Este rio percorre, na sua descida para a foz, pouco mais de 7 km, tendo um desnível total de mais de 700 metros. É, por isso, um rio de montanha com muitas cascatas e quedas de água com pouco caudal no verão, apenas enchendo com as chuvas de inverno. São duas as cascatas que se destacam no seu percurso, uma abaixo de Sanfins acessível pelo PR10 – Trilho do Gresso, e a segunda a montante da ponte entre Sanfins e Mouta. A cascata do Gresso, ou as cascatas do Gresso, são as menos conhecidas em Sever do Vouga, e levam-nos à descoberta de um rio sombrio, com uma galeria ripícola muito fechada e particular.
Capela de S. Geraldo
Capela construída em homenagem ao santo padroeiro da aldeia, S. Geraldo. Neste local faz-se ainda todos os verões a festa em homenagem a este santo. A festa não é muito grande mas atrai os habitantes dos locais vizinhos e ainda os emigrantes naturais desta zona que escolhem esta altura para fazerem as suas férias de verão.
Igreja Matriz de Rocas do Vouga
A Igreja Matriz de Rocas do Vouga, também conhecida como Igreja Paroquial de São João Batista, encontra-se implantada no interior de um adro, adaptado à fisionomia do templo. Esta igreja terá sido edificada no século XVII, tendo sofrido obras de reconstrução na primeira metade do século XVIII e durante a época contemporânea. Destacam-se, no interior, as pinturas dos caixotões dos tetos, com notáveis figuras de cenas religiosas, que datam de 1783. No exterior o templo conserva a traça de cariz classicista, com pilastras e pináculos de linhas verticais bem acentuadas.
Comments (10)
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Com a integração no percurso dos passadiços o percurso nem sempre aparece bem marcado podendo gerar confusão.. Contudo vale imensa a pena.
Obrigado, SoLuna, pelo comentário e avaliação do trilho.
Continuação de boas caminhadas!!
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Trilho fácil e muito agradável. Faz-se bem, sem complicações. Abraço.
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho!
Boas caminhadas!
É um trilho bonito que se faz de forma bem descontraída. Vale a pena! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!!
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Trilho que se faz com alguma facilidade. Zona do vale do rio do gresso foi a mais interessante e bonita.
Viva, Jazzfaztarde! Obrigado pelo comentário e avaliação do trilho.
Continuação de ótimas caminhadas!!
Fiz esta trilha, infelizmente parece abandonada, cortaram o mato e deixaram ficar os troncos no meio do caminho, marcações apagadas . Mas mesmo assim, bom trilho!
Viva, Fábio Campos! Infelizmente esta é uma realidade que também tenho encontrado com alguma frequência: caminhos com muita vegetação ou então limpos mas com todo o mato por lá deixado, o que por vezes também dificulta bastante a passagem. Quanto às marcações, esse é um velho problema das autarquias: quando contratam o serviço de empresas para desenhar, homologar e marcar os trilhos oficiais, no contrato existem clausulas em que as referidas empresas se comprometem a fazer a manutenção dos trilhos durante um certo número de anos... e aqui é que a coisa descamba, ou seja, a maioria não cumpre o contrato e as autarquias também assobiam para o lado. E se as Juntas de Freguesia também não se envolverem, então temos o pacote completo de desleixo, inação e abandono. E o resultado é o que bem conhecemos. Enfim, vai-se denunciando por aqui e avisando outros caminheiros para o que podem encontrar, o que já é uma pequena ajuda. Mas não resolve o problema! Em todo o caso, é bom saber que desfrutou do trilho. Continuação de ótimas caminhadas!