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PR1 MDB - Caminhos da Sr.ª da Graça: Mondim de Basto (alargado em anel)

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Author

Trail stats

Distance
9.1 mi
Elevation gain
2,543 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
2,543 ft
Max elevation
3,051 ft
TrailRank 
79 5
Min elevation
3,051 ft
Trail type
Loop
Coordinates
1410
Uploaded
September 17, 2023
Recorded
September 2023
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Mondim de Basto, Vila Real (Portugal)

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


SANTUÁRIO DA SENHORA DA GRAÇA


PEDRA ALTA (MENIR) E CALÇADA MEDIEVAL

NOTA INTRODUTÓRIA: há já muito tempo que tinha a intenção de subir ao Santuário da Srª da Graça mas, por diversas razões, esses planos foram adiados. E em muitas ocasiões o Monte Farinha serviu de orientação no horizonte, mas as caminhadas eram outras, em locais distantes. Porém, desta vez, deu para conciliar uma passagem prolongada por Mondim de Basto com a subida a este emblemático local. A opção foi fazer este percurso de forma circular, seguindo o desenho anterior (atualmente foi redesenhado, ficando com uma configuração linear), e para tal baseei-me nos trilhos efetuados por Carlos Pinto e por TRUKA, em 2018 e 2021, respetivamente. O meu agradecimento a ambos pela partilha, quer dos trilhos, quer pela importante descrição e informação detalhada. Por opção, também, resolvi fazer o percurso no sentido dos ponteiros do relógio, chegando ao santuário e ao topo do Monte Farinha pela sua vertente noroeste;
- Trilho circular apenas com marcações no troço entre o Santuário da Srª da Graça e Mondim de Basto (atual PR1), embora também coincida em algumas partes com o PR4 MDB - Caminhos da Sr.ª da Graça: Bilhó e com o PR6 MDB - Caminhos da Sr.ª da Graça: Atei, com início e fim na Praça do Município de Mondim de Basto (opcional);
- Seguindo o percurso no sentido dos ponteiros do relógio (por opção), começou-se por percorrer alguns arruamentos centrais da vila, nomeadamente a travessa do Rêgo, a rua Velha, a rua e travessa das Lajes e a Calçada da Costeira, passando por diversos imóveis, alguns de referência e com carácter histórico. Chegados ao Largo da Feira, deixa-se a urbe por estrada alcatroada na direção do lugar de Pedravedra, atravessando várias zonas rurais. Ao cruzar-se (pela 2ª vez) a EM302, sai-se para a direita pela rua da Srª da Graça, passando ao lado do Parque de Merendas e continua-se a subir, ainda em piso alcatroado, até aos 4,9 kms, local onde se deixa a estrada e entra-se, à esquerda, em trilho de terra. Os 2 kms seguintes desenvolvem-se pela encosta, infelizmente agora quase despida, resultado dos últimos incêndios que destruíram quase toda a mancha florestal que aqui existia. É uma paisagem desoladora a que restou, com muitos destroços de madeira queimada espalhados pela encosta, por vezes obstruindo o caminho e dificultando a perceção deste. Aos 6,8 kms faz-se novo desvio, desta vez para a direita, e continua-se a subida mas agora por uma belíssima calçada medieval. Pelo meio passa-se pela Pedra Alta, um menir imponentemente equilibrado junto ao caminho (que já se vinha avistando há muito) e continua-se pela calçada até se chegar ao topo do Monte Farinha, entrando-se no espaço do santuário por um miradouro voltado a nascente. Depois da visita ao local, cujas vistas panorâmicas são realmente fabulosas, empreende-se a pronunciada descida pelo Caminho dos Romeiros, outra calçada ancestral que nos conduz encosta abaixo, passando por três capelinhas e cruzando várias vezes a estrada de alcatrão. À 4ª passagem pela estrada, fez-no novo desvio, desta vez para visitar o Castro de Crastoeiro, um espaço arqueológico de enorme importância histórica que vale bem a pena a visita. Após um pequeno atalho, retoma-se o trilho oficial até à Capela de São Gonçalo, no lugar de Campos, e daí prossegue-se, monte abaixo, até Mondim de Basto, terminando na Praça do Município, junto à Capela de Santa Quitéria e aos Paços do Concelho, local de início e término deste percurso;
- Ao longo do trilho passa-se por vários pontos de interesse, tais como as várias artérias urbanas e respetivos edifícios históricos de Mondim de Basto (Casas do Eirô de Cima e de Baixo e portal brasonado, Favo das Artes - Casa da Cultura, capelas do Senhor, Santa Quitéria e São Gonçalo, capelinhas da Anunciação, Visitação e Natividade, Santuário da Srª. da Graça, Menir da Pedra Alta, Calçada Medieval e Castro de Crastoeiro, Parque de Merendas da Senhora da Graça e toda a envolvente desta região, cujas vistas panorâmicas são excecionais;
- Este percurso, conforme já referi, apenas apresenta marcações nos dois sentidos no troço remarcado do PR1. Por conseguinte, tendo em conta que o mesmo foi alargado, o uso do GPS será uma ferramenta auxiliar extremamente útil, de forma a evitar enganos ou acrescentar kms desnecessários;
- Misto de caminhos de terra, velhas calçadas de pedra, arruamentos e piso alcatroado;
- Trilho com características moderadas, tendo em conta que o Monte Farinha apresenta alguns declives bastante acentuados. Não é um trilho demasiado longo, nem tão pouco é um percurso complexo. No entanto, é necessária a capacidade física suficiente para vencer os vários declives que apresenta. Outro fator a ter em conta são os troços longos em piso alcatroado, que tornam a progressão mais cansativa e monótona. Se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão acrescidas. Botas e bastões são essenciais;
- No seu todo é um percurso muito bonito, ainda que parte da encosta do Monte Farinha apresente os destroços dos incêndios que a assolaram am anos anteriores. Percorre um dos Caminhos de Romeiros mais emblemáticos da região de Basto, com excecionais vistas panorâmicas que conferem uma beleza extra ao percurso. E visitar a vila de Mondim de Basto é, sem dúvida, obrigatório. Resumindo, a subida é dura mas altamente compensatória!


VINHAS (PORMENOR DO PERCURSO)


CASTRO DE CRASTOEIRO

Outros percursos realizados nesta região:
PR2 MDB - Levada de Piscaredo (circular pelo vale do rio Cabril)
PR3 MDB - Fisgas do Ermelo (c/desvio a Varzigueto e às Piocas de Baixo)
Circular pelo Ermelo, Alto do Vaqueiro e Alto do Sabugueiro (Parque Natural do Alvão)
Rota de 3 aldeias do Alvão (Cavernelhe, Bilhó e Vila Chã)
Trilho das Silhas (entre Campanhó a Pardelhas)
Do Caminho do Porto Velho às Silhas de Pardelhas
Trilhos do Marão / Alvão: Carvalhal de Gontães e Mineiro
Travessia do Alvão - ETAPA 1/2
Travessia do Alvão - ETAPA 2/2
Trio de trilhos em Mondim de Basto
Entre o Marão e o Alvão
Alvão


PAÇOS DO CONCELHO DE MONDIM DE BASTO


CASARIO DE MONDIM DE BASTO

NOTA: o atual traçado do PR1 é linear e com cerca de 6,1 kms, substituindo assim o antigo traçado circular, que tinha cerca de 14,3 kms. Por curiosidade, deixo aqui a informação dos dois traçados.
- PR1 MDB: CAMINHOS DA SR.ª DA GRAÇA (linear)
O percurso PR1- Caminhos da Sr.ª da Graça é um percurso linear que tem início na Zona Verde, em Mondim de Basto, seguindo até à Praceta da Via Cova, passando em frente ao edifício dos Paços do Concelho e deste ao parque florestal, subindo pelo caminho antigo em direção à Serra. Na parte final deste caminho e quando a antiga calçada desemboca na calçada de paralelos, ruma-se à esquerda para o Trigal e Seixos Brancos. Aqui, continua-se a marcha até à Capela de S. Gonçalo, no lugar de Campos. Passada a Capela, segue-se para o centro do lugar de Campos, rumando à esquerda para o Monte Farinha e para o Santuário da Sr.ª da Graça. Já no Monte Farinha, após percorridos cerca de 200 metros por asfalto, encontra-se o Castro do Crastoeiro, interessante motivo de visita. Continuando a subida, chega-se à estrada asfaltada e que se percorre em cerca de 500 metros retomando-se, à direita, o antigo caminho. Após a passagem de três capelinhas chega-se finalmente ao Santuário, local de grande devoção, do qual se obtém uma vista deslumbrante sobre as paisagens das Terras de Basto e das Serras do Alvão e Marão. Este percurso pretende dar a conhecer um caminho muito antigo que ainda hoje é utilizado pelos peregrinos para chegar ao alto do Monte Farinha, local de grande devoção e de grande espiritualidade. Este é apenas um dos trilhos principais que o povo sempre utilizou para chegar ao topo, vindo de toda a Região. Existem ainda mais três percursos: Atei, Ermelo e Vilar de Ferreiros e Bilhó e Vilarinho. Este Monte é o ex-libris de Mondim de Basto, sendo um dos mais espetaculares miradouros do concelho, com cerca de 1000m de altitude. Não se trata apenas de um simples trajeto que nos leva a um local paradisíaco, mas também de um caminho de fé e de sacrifício, de encontro e de procura, de súplica e de agradecimento a Nossa Senhora pelas graças concedidas. Tem muitas histórias para contar, pois ao longo do percurso existem inúmeros vestígios do passado, como alguns troços em Calçada Medieval, o Castro do Crastoeiro, a Estação Rupestre de Campelo, o próprio Santuário e a Pedra Alta, que muitos estudiosos classificam como menir. Todo o Monte Farinha está envolvido de contos e de lendas, que lhe conferem uma aura de encanto, de mistério e de aventura.
- TIPO DE PERCURSO: linear, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: cultural, ambiental e paisagístico
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Mondim de Basto
- PONTO DE PARTIDA: Parque Florestal de Mondim de Basto
- PONTO DE CHEGADA: Santuário da Sra. da Graça
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 03h00
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 6,1 km
- GRAU DE DIFICULDADE: difícil
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +782m / -72m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 190m / 901m
- ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano


- PR1 MDB: CAMINHOS DA SR.ª DA GRAÇA (circular)
O percurso inicia-se em Mondim de Basto, junto ao parque florestal, subindo pelo caminho antigo em direcção à Serra. Na parte final do caminho e quando a antiga calçada desemboca na calçada de paralelos, ruma-se à esquerda para Seixos Brancos e Trigal. No Trigal continua-se a marcha subindo suavemente até à capela de S.Gonçalo, no Lugar de Campos. Passada a capela, segue-se para o centro do lugar até ao cruzamento das alminhas, rumando à esquerda para o Monte Farinha e para o Santuário da Senhora da Graça. No lugar de Carvalhas, após a última casa à direita, toma-se a calçada que seguirá, sempre subindo, até ao Santuário. À esquerda da pedreira, que aparece do lado direito, após 200 metros por asfalto, encontra-se o Castro Castroeiro, interessante motivo de visita. Do lado direito do caminho, um pouco acima desta pedreira, existe uma fonte, chamada fonte da Costa, local que convida a uma paragem para descanso. Continuando a subida e após a fonte da Costa, chega-se à estrada asfaltada que sobe para o santuário e que se percorre cerca de 500 metros retornando-se, à direita, o antigo caminho. Após a passagem de três capelas chega-se finalmente ao Santuário da Senhora da Graça, local de grande devoção e de ancestrais peregrinações e do qual se obtém uma vista deslumbrante sobre as paisagens das Terras de Basto, da serra do Alvão e da serra do Marão. A descida faz-se pela vertente norte do Monte Farinha. Inicia-se nas traseiras do Santuário, descendo por umas escadinhas do lado direito que conduzem a uma rua de acesso à garagem. Daqui desce-se para a estrada asfaltada até se tomar o caminho antigo dos peregrinos das aldeias do norte que conduz, mais a baixo, ao largo para estacionamento num lugar chamado Garganta dos Palhaços. Neste lugar toma-se à esquerda um caminho florestal que desce, e, passados 100 metros, um outro à direita que após os primeiros passos, se verifica ser uma calçada, um caminho de romaria, e também um autêntico monumento viário, aliás como o que, subindo de Campos chega à Senhora da Graça. Seguindo por este caminho, rapidamente se encontra a Pedra Alta, um megalítico que alguém caiou de branco, talvez para servir como referência a quem percorria estas serranias. Após o monumento geológico, atravessa-se um estradão e pelo mesmo caminho empedrado, e após 300m, chega-se a um caminho florestal. Ruma-se agora para a esquerda até este desembocar na estrada de asfalto que sobe para o Santuário, Não há alternativa. Estrada abaixo, passa-se pelo clube de parapente, chegando-se ao parque de merendas com o aqueduto ao lado esquerdo. Continuando em frente, por larga estrada asfaltada, chega-se a um posto de combustível na EN312. Sempre em frente, passados 100 metros aparece-nos à direita uma antiga e pequena casa agrícola. Aqui inicia-se um caminho antigo que desce até a estrada 1189 e que passa pelo interior dos lugares de Pedra Vedra, Montão e Lomba, chegando por fim a Mondim de Basto pela estação rodoviária e pelo Mercado Municipal.
- TIPO DE PERCURSO: circular, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: cultural, ambiental e paisagístico
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Mondim de Basto
- PONTO DE PARTIDA / CHEGADA: Parque Florestal, Mondim de Basto
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 05h00
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 14,3 km
- GRAU DE DIFICULDADE: difícil
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +782m / -782m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 190m / 901m
- ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano



MARCAÇÃO DO PR1 (PORMENOR DO PERCURSO)


CALÇADA MEDIEVAL (CAMINHO DOS ROMEIROS)

- MONDIM DE BASTO
Mondim de Basto é uma bonita vila do Norte de Portugal, sede de município, situada na fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes, na margem esquerda do Rio Tâmega, na encosta do verdejante Monte Farinha, encimada pelo bonito Santuário da Senhora da Graça.
Todo o concelho de Mondim de Basto está localizado num zona de grande beleza natural, por entre montes e paisagens idílicas que parecem perdidas no tempo, como no Parque Natural do Alvão.
As origens de Mondim de Basto são muito antigas, sabendo-se que aqui habitaram civilizações castrejas (no Monte Farinha existem vestígios de três diferentes Castros), sendo conquistada no século II a.C. pelos Romanos, não existindo certezas de ocupação de outros povos.
Com o decorrer dos séculos Mondim de Basto manteve a sua feição rural e agrícola que ainda a caracteriza, com monumentos como a românica Igreja Matriz, tendo sofrido algumas alterações ao longo dos séculos, ou as capelas do Senhor, de Nossa Senhora da Piedade, da Senhora da Ponte e de S. Sebastião, bem como diversas “alminhas” espalhadas pela região, que demonstram o ancestral fervor religioso destas paragens. De destacar, igualmente é a medieval Ponte de Vilar de Viando, provavelmente reconstruída de uma outra ponte romana.
Por toda a região encontram-se diversos solares, casas senhoriais e pequenos palacetes, que atestam a importância económica, devido aos férteis solos, da zona, como é o caso da Casa do Eirô, do século XVIII ou o Solar dos Azevedos, do século VII.
Local de tradição, existem em Mondim de Basto dois centros de Artesanato, sendo os principais produtos a tecelagem em linho, tapetes e mantas, tanoaria e cestaria.


PANORÂMICA DO MONTE FARINHA


PARQUE DE MERENDAS DA SENHORA DA GRAÇA (PORMENOR DO PERCURSO)

- TERRAS DE BASTO
As Terras de Basto foram habitadas desde tempos remotos, tal como nos testemunham as inúmeras marcas que a civilização Castreja por aqui deixou. A existência de vários povoados e as gravuras rupestres do Crastoeiro e de Campelo, em Mondim de Basto, de Lamelas, em Ribeira de Pena, e de Abadim, no concelho de Cabeceiras, são exemplos disso.
Outros achados arqueológicos – cerâmica, inscrições e moedas – levam-nos a concluir que esta região foi objecto de administração do Império Romano.
De entre os povos Pré-romanos que por estas Terras passaram, destacam-se os Célios e os Bástulos que aqui terão fundado povoados.
O Castelo de Arnoia e o Mosteiro de Refojos testemunham o papel desempenhado pelas Terras de Basto nas guerras contra os Mouros, anteriores à nacionalidade (SEC. X e XI).
A estas Terras estão ligados nomes de santos, nobres, guerreiros, escritores (nomeadamente os de Santa Senhorinha de Basto, D. Nuno Àlvares Pereira, João Pinto Ribeiro, Sá de Miranda, Bernardino Ribeiro e Camilo, entre outros), que de alguma forma dignificaram a região.
A estátua “O Basto”, na praça da República em Cabeceiras – representando um guerreiro lusitano – personificava a “raça” das gentes, a sua alma e as suas tradições, dando origem a uma lenda através da qual o povo explica o nome da região.
Zona rural por excelência, é nas aldeias, nos seus monumentos de índole religiosa e nas casas agrícolas – onde se incluem os sobejamente conhecidos solares de Basto – que se manifesta, essencialmente, o património arquitectónico de Basto.
As aldeias rurais incluem, para além das casas de habitação, os famosos espigueiros (em Carrazedo de Bucos localiza-se um dos maiores de Portugal), os celeiros e alpendres, as fontes, os moinhos e muros de vedações, assim como as capelas e igrejas. Salienta-se, neste património, o facto de se encontrarem duas construções típicas completamente diversas: na maior parte da região, as de granito com telha (antes com colmo), e as de xisto com telhado de lousa em parte do concelho de Mondim – abrangidas pelo PNA – devido às diferentes origens geológicas dos terrenos.
Com vista à preservação deste património em risco – devido à constante migração e consequente abandono das populações das aldeias rurais para as cidades e vilas sedes de concelho – algumas delas foram recentemente alvo de intervenção, como é o caso de Busteliberne e Moimenta (Cabeceiras), Lugar do Castelo (Celorico), Agunchos e Sto. Aleixo de Além-tâmega (Ribeira de Pena) e Travassos (Mondim), encontrando-se classificadas como “Aldeias de Portugal” – projecto de cooperação nacional de várias Associações de Desenvolvimento Local em parceria com a Probasto.
Basto, votado ao esquecimento durante décadas, viu as suas populações sofrerem as consequências do isolamento, o que, paradoxalmente, permitiu a preservação da sua maior riqueza, o Património Natural.
Os cobertos vegetais espontâneos das diversas variedades de urzes (ericas: umbellata, tetralix, arborea, australis, cinerea e calluna vulgaris), de carvalhais e de soutos, até aos lameiros, onde as espécies animais autóctones fazem parte integrante da paisagem, para além de conferirem uma grande beleza à região, são um exemplo de práticas agro-pecuárias tradicionais não poluentes. Sendo responsáveis pela manutenção dos ecossistemas de montanha, ainda existentes em perfeito equilíbrio, contribuem para que parte das Terras de Basto integre a área protegida do Parque Natural do Alvão (PNA) e da Rede Natura 2000.


CASARIO DA RUA VELHA DE MONDIM DE BASTO


CASARIO DE MONDIM DE BASTO

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 664 ft
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Calçada da Costeira

PictographWaypoint Altitude 2,260 ft
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Calçada Medieval

PictographReligious site Altitude 1,130 ft
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Capela de São Gonçalo de Campos

Capela barroca, de traços simples, espaço interno único coberto por teto de madeira. Possui interior com retábulo barroco, talha policromada, planta direita e três eixos.

PictographReligious site Altitude 672 ft
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Capela de Santa Quitéria

Construída no séc. XVIII, no espaço do actual Largo 9 de Abril, foi arrematada pelo Comendador Alfredo Álvares de Carvalho, por volta de 1917, devido às obras de alargamento da então designada Praça do Município e trasladada, para junto da sua casa do Eirô, actual Câmara Municipal. Supõe-se que ficaria relativamente próxima do Pelourinho de Mondim e da capela de S. Francisco das Chagas, monumentos já desaparecidos. Contudo, a sua implantação ficou condicionada ao regime de culto semi-público, permitindo-se o acesso à população pela porta lateral. Com um frontispício pouco comum na região, com nicho sobre o portal e coroamento com cornija arqueada, interrompida, com volutas nos remates, apresenta no seu interior três retábulos de talha, um barroco, provavelmente da construção da capela e um outro, maneirista, talvez incorporado aquando da mudança de lugar e proveniente de outro templo do concelho. Foi reabilitada em 2007. Santa Quitéria era habitualmente invocada contra a mordedura dos cães raivosos e contra os males da cabeça. Diz a lenda que, durante o seu martírio, foi decapitada e atirada a um lago e que saiu da água pelo seu próprio pé, com a cabeça debaixo do braço.

PictographReligious site Altitude 650 ft
Photo ofCapela do Senhor Photo ofCapela do Senhor Photo ofCapela do Senhor

Capela do Senhor

Templo de estrutura Românica em granito com decoração barroca. Construída no último quartel do séc. XVI, conserva a volumetria, indícios do primitivo portal e restos de pintura, a fresco, na parede testeira da capela-mor, com a representação de S. Francisco e S. Cristóvão e a data de 1588. Remodelada nos sécs. XVIII e XIX, foi-lhe acrescentada a sacristia e alterada a fachada principal, com abertura de novo portal de verga recta, e apeado o alpendre sustentado por colunas. Destaca-se, na capela-mor, a azulejaria seiscentista e o retábulo-mor de talha maneirista e na nave dois retábulos de talha rocaille e o tecto, em caixotões de madeira, com pinturas alusivas ao Antigo Testamento. O pavimento integra duas dezenas de sepulturas com molduras em granito e tampas de madeira de carvalho. Foi reabilitada em 2005. Aqui tem assento a Irmandade do Santíssimo Sacramento e da Paixão do Senhor, vulgarmente conhecida como a Irmandade do Senhor e cuja fundação se perde na bruma dos tempos remetendo-nos, provavelmente, para os meados do século XVI. Aos irmãos da confraria, competia zelar pelo Senhor, organizar as manifestações religiosas da Semana Santa e organizar a solenidade do Corpo de Deus. Num documento datado de 1710 é referido serem os irmãos enterrados na Capela do Senhor acompanhados pela filarmónica de Mondim. Este templo terá servido de albergue aos peregrinos que demandavam o percurso de Mondim a caminho de Santiago de Compostela. Leia mais: https://historiamondim.webnode.page/patrimonio/capelas/

PictographReligious site Altitude 2,934 ft
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Capelinha da Anunciação

PictographReligious site Altitude 2,654 ft
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Capelinha da Natividade

PictographReligious site Altitude 2,783 ft
Photo ofCapelinha da Visitação Photo ofCapelinha da Visitação Photo ofCapelinha da Visitação

Capelinha da Visitação

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Castro de Crastoeiro

O Crastoeiro implanta-se à altitude de 453 metros, num pequeno morro que se destaca na vertente Sudoeste do Monte Farinha, sobranceiro ao vale da ribeira de Campos, afluente do rio Tâmega. A ocupação mais antiga deste sítio poderá remontar ao III milénio a.C., estando materializada por um conjunto notável de afloramentos graníticos com gravuras abstractas, realizadas pela técnica da picotagem e abrasão. Um pequeno exemplar de cerâmica tipo Penha, atribuível ao Calcolítico regional e vários fragmentos, tecnologicamente inseríveis na Idade do Bronze, encontrados nas escavações realizadas no Crastoeiro, poderão constituir indicadores da frequência deste local - eventualmente considerado como um “santuário” - durante estes períodos recuados. Na Idade do Ferro, a partir do séc. IV a.C., o Crastoeiro passou a ser ocupado permanentemente. Cabanas construídas em materiais perecíveis, de que ficaram os restos de argila que consolidavam as paredes e os pavimentos em saibro muito compactado, e fossas abertas no saibro, talvez usadas para conservação dos cereais, são alguns registos desta fase. Mais tarde, levantou-se uma muralha de pedra e as habitações evoluíram para soluções pétreas, mais duradouras, se bem que o modelo de construção primitivo ainda se mantenha. O sítio deverá ter sido abandonado pelos meados do séc. I d.C., durante a Romanização, podendo ter sido reocupado, por um curto espaço de tempo, na Idade Média. A visita ao Castro do Crastoeiro, integrada na riqueza histórica e paisagística da Senhora da Graça, representa não só uma oportunidade para viver uma experiência de elevado valor cultural mas, também, para desfrutar da natureza e compreender a relação do Homem com o meio ambiente na história da civilização.

PictographWaypoint Altitude 675 ft
Photo ofFavo das Artes - Casa da Cultura Photo ofFavo das Artes - Casa da Cultura Photo ofFavo das Artes - Casa da Cultura

Favo das Artes - Casa da Cultura

O Favo das Artes - Casa da Cultura é um espaço multicultural e dinâmico, que nasce com a reabilitação da Casa da Cultura. É um espaço renovado, aberto a toda a comunidade e a todas as expressões culturais.

PictographWaypoint Altitude 672 ft
Photo ofPaços do Concelho de Mondim de Basto Photo ofPaços do Concelho de Mondim de Basto Photo ofPaços do Concelho de Mondim de Basto

Paços do Concelho de Mondim de Basto

Conjunto de edifícios integrando as casas do Eirô de Cima e de Baixo, enobrecido por um portal brasonado e pela capela de Santa Quitéria, transladada da Praça do Município, nos inícios do séc. XX. O último senhor da Casa do Eirô foi o Comendador Alfredo da Graça de Matos Pinto Coelho, figura ilustre e grande benemérito do concelho. O conjunto foi reabilitado em 2008.

PictographFountain Altitude 1,713 ft
Photo ofFonte (seca) Photo ofFonte (seca)

Fonte (seca)

NOTA: na data em que aqui se passou (final de verão), devido à seca que se fez sentir nos últimos meses, esta fonte estava seca.

PictographFountain Altitude 1,312 ft
Photo ofFonte (tanque) Photo ofFonte (tanque) Photo ofFonte (tanque)

Fonte (tanque)

PictographPanorama Altitude 2,993 ft
Photo ofInício da Calçada do Caminho dos Romeiros (panorâmica) Photo ofInício da Calçada do Caminho dos Romeiros (panorâmica)

Início da Calçada do Caminho dos Romeiros (panorâmica)

PictographReligious site Altitude 3,050 ft
Photo ofSantuário da Srª. da Graça (Monte Farinha) Photo ofSantuário da Srª. da Graça (Monte Farinha) Photo ofSantuário da Srª. da Graça (Monte Farinha)

Santuário da Srª. da Graça (Monte Farinha)

Reedificada na segunda metade do séc. XVIII sobre as ruínas de uma ermida mais antiga, provavelmente do séc. XVI, a capela do santuário, de planta centrada, destaca-se pela possante arquitetura, toda em granito, com coberturas em cúpula e em abóbadas de berço. Na vertente poente, a partir de um escadório, desenvolve-se um caminho lajeado, em ziguezague, ligando três pequenas capelas, construídas nos sécs. XIX e XX, dedicadas à Anunciação, à Visitação e à Natividade. O monte, com cerca de mil metros de altitude, representa marca da história, de fé e de deslumbramento. Um espaço sagrado, único, onde grande parte da história e cultura de Basto poderão ser contadas. Local privilegiado, local de reflexão, local de oração, local mítico, místico e transcendente!

PictographPanorama Altitude 3,016 ft
Photo ofPanorâmica nascente Photo ofPanorâmica nascente Photo ofPanorâmica nascente

Panorâmica nascente

PictographPanorama Altitude 810 ft
Photo ofPanorâmica do Monte Farinha Photo ofPanorâmica do Monte Farinha

Panorâmica do Monte Farinha

O Monte Farinha, com os seus 947 m de altitude, é um elemento notável da paisagem de Mondim de Basto. Do seu topo tem-se um ângulo de visão de 360º com paisagem deslumbrante. Conhecido localmente como Alto da Senhora da Graça, no seu topo encontra-se o santuário com o mesmo nome, erguido em granito da região. A 1ª capela, erguida em honra da Sra. da Graça, deveria ser do séc. XVI e seria mais simples do que a atual. Não obstante, crê-se que terá existido aqui um templo mais antigo, modesto como era norma nos eremitérios, e que terá servido de base para as construções mais tardias. Quanto a Mondim de Basto não se sabe ao certo quem terão sido os primeiros a conquistar o acentuado declive desta zona montanhosa do norte português. Mas sabe-se, devido a achados notáveis, que foi importante centro comunitário na época castreja, como o indicia o Castro do Castroeiro, descoberto e escavado na base do Monte Farinha, coroado pela ermida de N. Sra. da Graça. O séc. XVIII ficou marcado pelo auge da indústria dos curtumes, com todo o país a procurar os couros e o calçado de Mondim de Basto.

PictographPark Altitude 1,070 ft
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Parque de Merendas da Senhora da Graça

Localizado no sopé do Monte Farinha, a 5 km da sede do concelho, o acesso a este parque faz-se através da Estrada Nacional 312, na direcção de Ribeira de Pena, por um desvio à direita para a Senhora da Graça. Já na subida do Monte Farinha, do lado esquerdo, encontra-se o parque de Merendas. Tem placa de sinalização e fácil estacionamento (parques). Conta com vários apoios, nomeadamente água potável, grelhadores e lenha, mesas e bancos, contentores para o lixo, parque infantil, campo de jogos, sanitários, parque de estacionamento para todo o tipo de viaturas e vigilante. Com uma capacidade para 122 pessoas sentadas (80 em local coberto), o parque tem um enorme espaço livre para a colocação de mesas e cadeiras.

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Pedra Alta (menir)

Grande batólito granítico, caiado, implantado em posição vertical na encosta Norte do Monte Farinha, com domínio visual sobre o vale do rio Tâmega e o festo dos montes que comunicam com o planalto do Campo do Seixo. De forma subcilíndrica e seccionada longitudinalmente tem de altura cerca 6,5 metros. Diz a lenda que esta pedra se abriu para esconder Nossa Senhora quando era perseguida pelos romanos que queriam matar o Menino Jesus. De acordo com a tradição, quem visita a Senhora da Graça pela primeira vez e vai à Pedra Alta, será enganado pelos amigos que lhe pedem que lá encoste a cabeça para poder ouvir o mar. Depois, com uma pequena pancada obrigam-no a dar uma turra no granito e mesmo que não consiga ouvir o mar ficará a ver as estrelinhas certamente!

PictographWaypoint Altitude 653 ft
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Rua das Lajes

A Rua das Lajes, com orientação Sudoeste-Nordeste, tem início no Largo do Souto, junto à Capela do Senhor. Seria através desta rua que, desde o séc. XV, se faria a ligação a Atei através do entroncamento com a via que partindo do lugar do Atalho, segue para norte. O perfil da rua é composto por habitações construídas em granito da região, maioritariamente com dois pisos, algumas com edificação datada dos séculos XVII e XVIII. Escavações arqueológicas realizadas no interior da casa, construída em 1745, do lado poente da Capela do Senhor revelaram fragmentos de cerâmica, alguns com decoração incisa, e inseríreis na idade do bronze, assim como concentração de carvões, pingos de metal e restos de escórias, num conjunto material que indicia aí ter existido uma oficina de ferreiro.

Comments  (4)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Oct 8, 2023

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    Finalmente subi à Srª da Graça!!! As vistas são espetaculares e as calçadas para lá chegar são muito bonitas. Mas a surpresa foi mesmo visitar o Castro de Crastoeiro, que desconhecia. Valeu, foi uma "ótima" caminhada! Abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Oct 8, 2023

    Olá, Aiguille du Midi! Obrigado pela avaliação do trilho, finalmente fomos ao topo do Monte Farinha! Mas estava a ver que não, pois o tempo não estava fácil... Mas no fim correu tudo bem! Abraço e até breve.

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    _BIO_RAIA_ Oct 9, 2023

    Senhora da Graça, um lugar de referência, sem dúvida! Pena não ter tido oportunidade para vos acompanhar (novamente, obrigado pelo convite), pois creio que teria gostado imenso! Terá que ficar para outra oportunidade. Grande abraço!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Oct 9, 2023

    Alô, _BIO_RAIA_, seguramente que haverão outras oportunidades! Grande abraço.

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