PR1 MCN - Pedras, Moinhos e Aromas de Santiago
near Soalhais, Porto (Portugal)
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Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
AVISO IMPORTANTE (ATUALIZAÇÃO):
À data de hoje, 03 de abril de 2022, fui informado por um membro do Wikiloc, Fernando Babo (a quem desde já agradeço a preocupação), que no início deste trilho, logo a seguir à igreja de Soalhães, na passagem entre portões, foi surpreendido por dois cães de guarda. Ora, tal situação nunca me aconteceu, pelo que presentemente desconheço se houve alguma alteração ao trilho ou se esta é uma situação indevida e completamente despropositada. Por conseguinte, na falta de mais informações, deixo aqui o aviso para quem lá pretenda passar. PARA JÁ, COMO ALTERNATIVA, ACONSELHO SEGUIREM PELA ESTRADA, OU ENTÃO CONTACTAREM A JUNTA DE FREGUESIA OU A AARO - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO RIO OVELHA, de forma a obterem informações atualizadas acerca desta passagem.
- Percurso circular, com marcações nos dois sentidos;
- O percurso tem início junto da Igreja Matriz de Soalhães, decorrendo, posteriormente, numa área montanhosa (a Serra da Aboboreira) de elevado valor cultural e natural, preservada pelo progresso urbanístico, por séculos de isolamento geográfico e pela subsequente desertificação humana. Assim, durante o trajeto, percorrem-se caminhos antigos, ladeados por muros de pedra, muitas vezes escavados na rocha-mãe, por sua vez rasgados pelas rodas dos carros de bois. Além disto, as gentes destas terras, ancestralmente adaptadas aos ambientes rurais e vivendo em tradicionais casas graníticas de arquitectura tipicamente portuguesa, ainda cultivam o campo à força braçal e animal.
Tal ambiente, calmo e pouco povoado, propicia a existência de refúgios ecológicos para inúmeras espécies da fauna e da flora. Deste modo, ao longo do itinerário, os pedestrianistas percorrem bosques de carvalhos, eucaliptos e pinheiros; campos de cultivo sobranceiros às aldeias e zonas de vegetação arbustiva. É ainda de frisar uma característica nesta zona: a utilização de ervas aromáticas na gastronomia e na medicina tradicional, tais como o rosmaninho, o alecrim, o louro, a hortelã, a salsa, o funcho, a arruda, o trovisco, a cidreira, a marcela, a arnica, os agriões e os poejos. No âmbito da fauna, a serra da Aboboreira serve de habitat para várias espécies de invertebrados, destacando-se as borboletas e escaravelhos, entre outros. No entanto, nesta região encontram-se ainda, aproximadamente, 68 espécies de vertebrados terrestres, não incluindo as aves, dando-se o destaque para a salamandra-lusitânica, a rã-ibérica, o lagarto-de-água e a toupeira-de-água, entre muitos outros exemplares. Relativamente aos mamíferos destacam-se o javali, o coelho bravo, a lebre, a raposa e o gato-bravo. Ao mesmo tempo, na fauna doméstica, encontram-se ovinos e caprinos, que pastoreiam na encosta da serra (permitindo a confeção do saboroso queijo fresco), assim como os bovinos, utilizado ainda nas lavouras tradicionais.
Matizando a paisagem, podem observar-se grandiosos rochedos com formas finamente arredondadas, lembrando silenciosos guardiões da serra. Umas vezes são usados como escudos protetores dos temporais, justificando o facto de antigamente o povo partilhar com eles o seu lar, ao construir as suas casas a elas encostadas. Outras vezes, estes geomonumentos, pela desproporção e “equilíbrio ameaçador” em que se encontram, inclinados sobre as habitações, parecem querer recordar ao Homem a sua pequenez e a realidade da sua existência estar nas mãos do destino.
Importa ainda referir que é possível assistir à trituração de cereais (como por exemplo, do milho) nos moinhos de água, como o “Moinho de Balcão”, cedido pela Srª. Dª Diamantina Dias e familiares. O último faz parte de um belo conjunto de onze, envolvidos por uma vegetação luxuriante e acompanhados pela Ribeira de Vinheiros, em Soalhães, e dos quais foram recuperados mais três, pela Junta de Freguesia, com o apoio do Programa Leader + e da Câmara Municipal. Apesar das suas últimas moagens terem ocorrido na década de 1970, o “Moinho de Balcão” trabalha como antigamente, demonstrando-se como um dos motivos mais atraentes para os visitantes, alunos, turistas e caminheiros.
Similarmente, para além da Igreja Matriz de Soalhães (igreja românica), as capelas de S. Clemente, S. Tiago, S. Brás e S. Bento do Pinhão evidenciam a presença das construções de caráter religioso em diferentes partes da paisagem deste percurso pedestre.
AVISO IMPORTANTE (ATUALIZAÇÃO):
À data de hoje, 03 de abril de 2022, fui informado por um membro do Wikiloc, Fernando Babo (a quem desde já agradeço a preocupação), que no início deste trilho, logo a seguir à igreja de Soalhães, na passagem entre portões, foi surpreendido por dois cães de guarda. Ora, tal situação nunca me aconteceu, pelo que presentemente desconheço se houve alguma alteração ao trilho ou se esta é uma situação indevida e completamente despropositada. Por conseguinte, na falta de mais informações, deixo aqui o aviso para quem lá pretenda passar. PARA JÁ, COMO ALTERNATIVA, ACONSELHO SEGUIREM PELA ESTRADA, OU ENTÃO CONTACTAREM A JUNTA DE FREGUESIA OU A AARO - ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO RIO OVELHA, de forma a obterem informações atualizadas acerca desta passagem.
- Percurso circular, com marcações nos dois sentidos;
- O percurso tem início junto da Igreja Matriz de Soalhães, decorrendo, posteriormente, numa área montanhosa (a Serra da Aboboreira) de elevado valor cultural e natural, preservada pelo progresso urbanístico, por séculos de isolamento geográfico e pela subsequente desertificação humana. Assim, durante o trajeto, percorrem-se caminhos antigos, ladeados por muros de pedra, muitas vezes escavados na rocha-mãe, por sua vez rasgados pelas rodas dos carros de bois. Além disto, as gentes destas terras, ancestralmente adaptadas aos ambientes rurais e vivendo em tradicionais casas graníticas de arquitectura tipicamente portuguesa, ainda cultivam o campo à força braçal e animal.
Tal ambiente, calmo e pouco povoado, propicia a existência de refúgios ecológicos para inúmeras espécies da fauna e da flora. Deste modo, ao longo do itinerário, os pedestrianistas percorrem bosques de carvalhos, eucaliptos e pinheiros; campos de cultivo sobranceiros às aldeias e zonas de vegetação arbustiva. É ainda de frisar uma característica nesta zona: a utilização de ervas aromáticas na gastronomia e na medicina tradicional, tais como o rosmaninho, o alecrim, o louro, a hortelã, a salsa, o funcho, a arruda, o trovisco, a cidreira, a marcela, a arnica, os agriões e os poejos. No âmbito da fauna, a serra da Aboboreira serve de habitat para várias espécies de invertebrados, destacando-se as borboletas e escaravelhos, entre outros. No entanto, nesta região encontram-se ainda, aproximadamente, 68 espécies de vertebrados terrestres, não incluindo as aves, dando-se o destaque para a salamandra-lusitânica, a rã-ibérica, o lagarto-de-água e a toupeira-de-água, entre muitos outros exemplares. Relativamente aos mamíferos destacam-se o javali, o coelho bravo, a lebre, a raposa e o gato-bravo. Ao mesmo tempo, na fauna doméstica, encontram-se ovinos e caprinos, que pastoreiam na encosta da serra (permitindo a confeção do saboroso queijo fresco), assim como os bovinos, utilizado ainda nas lavouras tradicionais.
Matizando a paisagem, podem observar-se grandiosos rochedos com formas finamente arredondadas, lembrando silenciosos guardiões da serra. Umas vezes são usados como escudos protetores dos temporais, justificando o facto de antigamente o povo partilhar com eles o seu lar, ao construir as suas casas a elas encostadas. Outras vezes, estes geomonumentos, pela desproporção e “equilíbrio ameaçador” em que se encontram, inclinados sobre as habitações, parecem querer recordar ao Homem a sua pequenez e a realidade da sua existência estar nas mãos do destino.
Importa ainda referir que é possível assistir à trituração de cereais (como por exemplo, do milho) nos moinhos de água, como o “Moinho de Balcão”, cedido pela Srª. Dª Diamantina Dias e familiares. O último faz parte de um belo conjunto de onze, envolvidos por uma vegetação luxuriante e acompanhados pela Ribeira de Vinheiros, em Soalhães, e dos quais foram recuperados mais três, pela Junta de Freguesia, com o apoio do Programa Leader + e da Câmara Municipal. Apesar das suas últimas moagens terem ocorrido na década de 1970, o “Moinho de Balcão” trabalha como antigamente, demonstrando-se como um dos motivos mais atraentes para os visitantes, alunos, turistas e caminheiros.
Similarmente, para além da Igreja Matriz de Soalhães (igreja românica), as capelas de S. Clemente, S. Tiago, S. Brás e S. Bento do Pinhão evidenciam a presença das construções de caráter religioso em diferentes partes da paisagem deste percurso pedestre.
Waypoints
Religious site
1,367 ft
Igreja S. Martinho de Soalhães
IGREJA S. MARTINHO DE SOALHÃES A Igreja de Soalhães teve a sua origem num mosteiro do século XII, e foi sede do poder religioso num território muito importante e cobiçado pela nobreza medieval. No entanto, desta época, persistem apenas o portal principal, a moldura com pérolas do interior do óculo que o encima e o túmulo na capela-mor. No século XVIII, a igreja sofreu uma profunda transformação, adquirindo um interior profusamente decorado ao estilo barroco, onde reinam a talha dourada e os painéis de azulejo. Este é um dos mais belos monumentos e recantos da Rota do Românico no Vale do Tâmega e que vale a pena ser visitado.
Comments (13)
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Este é dos trilhos mais conhecidos na região de Baião. Muito bom!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
Já percorri este trilho várias vezes e recomendo-o. É excelente.
Boas caminhadas!
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Moderate
Mesmo sendo o trilho mais conhecido e divulgado da rede de percursos pedestres do Marco de Canaveses, continua a ser um belíssimo trilho, muito variado e com alguma exigência física, ao qual é sempre bom regressar. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Este trilho foi o primeiro e é mesmo o mais conhecido. Mas continua fantástico. E puxadinho! Abraço!!!
Simplesmente espetacular, marcações ainda com tinta fresca, tudo bem indicado. Só é necessário umas boas pernas. No inicio do percurso, não foi fácil começar, pois deparei com um portão fechado com um arame,mas como indicava por lá, entrei e saí no portão junto à estrada que estava aberto. Só que no regresso o mesmo portão estava fechado eu abri e entrei, mas lá dentro a cerca de 50m vieram 2 cães e depois de ter percorrido cerca de 14km, lá tive de dar à perna até ao portão e fechar o mesmo. Assim tive que terminar o percurso pela estrada até à igreja. Recomendo este percurso.
Obrigado, Fernando, pelo comentário e avaliação do trilho.
Com efeito, o contratempo que descreve sobre o portão é algo com que nunca me deparei, pois a passagem oficial do trilho sempre se fez por esse caminho entre os dois portões, sem qualquer tipo de perigo. E não tenho conhecimento se mais recentemente esse acesso ficou "privado"... seja como for, deveria haver indicações nessa passagem, pois se existem cães, tal é inadmissível e quem por aí passe a caminhar não tem que estar sujeito a ser atacado pelos mesmos. Já percorri este trilho várias vezes mas a última já foi há algum tempo, pelo que desconhecia esta nova situação. Das duas uma: ou o trilho tem nova marcação e evita essa passagem, ou então alguém resolveu por sua iniciativa armar-se em esperto e fechou uma passagem pública, colocando lá cães, o que é uma ameaça e um perigo a quem por aí passar. Agradeço-lhe esta importante informação, pelo que vou deixar uma nota de aviso na descrição acima publicada. E entretanto tentarei informar-me junto da AARO (entidade promotora destes percursos) para saber se houve alterações ao mesmo.
Mais uma vez, muito obrigado pelo seu cuidado em partilhar este importante facto.
Continuação de boas caminhadas!
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Moderate
Simplesmente espetacular, marcações ainda com tinta fresca, tudo bem indicado. Só é necessário umas boas pernas. No inicio do percurso, não foi fácil começar, pois deparei com um portão fechado com um arame,mas como indicava por lá, entrei e saí no portão junto à estrada que estava aberto. Só que no regresso o mesmo portão estava fechado eu abri e entrei, mas lá dentro a cerca de 50m vieram 2 cães e depois de ter percorrido cerca de 14km, lá tive de dar à perna até ao portão e fechar o mesmo. Assim tive que terminar o percurso pela estrada até à igreja. Recomendo este percurso. As marcações são mesmo por lá. Também no decorrer do percurso, depois da tasquinha do fumo ha um local que agora o percurso é sempre pela estrada em terra,mas está tudo bem marcado,o local antigo está vedado.
Obrigado, Fernando, pela sua preocupação em partilhar tão importante informação.
Não é a primeira vez que proprietários fecham caminhos onde anteriormente permitiam a passagem, isto sem darem qualquer explicação ou satisfação a quem tem responsabilidades pela manutenção dos mesmos. E aqui parece-me ser claramente uma dessas situações! Fica assim o aviso para que outros caminheiros não sejam apanhados de surpresa, pois cães de guarda são geralmente perigosos e desempenham com afinco o seu papel!!
Abraço e boas caminhadas!!
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Obrigado pela partilha da trilha, ajudou em áreas que estava na dúvida na direcção. O trajeto tem umas quantas subidas e descidas bem íngremes o que o torna interessante. Mas faz-se bem. A parte inicial parece-me atravessar por uma área privada e confirmo o que um usuário alertou, também eu passei por um cão que guardava as cabras nessa área, mas foi pacífico o cão apenas ficou atento.
Obrigado, Ricardo Vieira, pelo comentário e avaliação do trilho.
Felizmente esta partilha funciona e os alertas e dicas que se vão trocando tornam-se úteis e efetivos, pois facilitam e auxiliam à experiência de cada um. Este trilho é bastante interessante e é o mais antigo da rede de percursos do Marco de Canaveses. É bom saber que desfrutou do mesmo e sobretudo que não teve problemas na passagem "privada" em Soalhães. Continuação de ótimas caminhadas!
Fiz este trilho na segunda feira e confirmo que o portão da propriedade logo no início do percurso está fechado com um arame. Tive de ir pela estrada em alcatrão para retomar o percurso.
Já agora fica um AVISO. Junto à capela de Santiago, numa estrada em paralelos, ao passar por uma casa, sou surpreendido por um cão de grande porte que saiu dessa casa sem vedação e me ladrouu fur
...riosamente. Foram uns segundos de puro terror, porque senti que a qualquer momento me iria atacar. Julgo que receou o bastão que eu trazia. Dado o seu porte, teria consequências complicadas um eventual ataque do animal.
Obrigado pelo comentário, João Leão. Infelizmente, as suas palavras confirmam o que outro utilizador desta plataforma, Fernando Babo, já havia referido. O portão fechado sem uma informação, cães perigosos à solta, enfim, este bonito trilho precisa urgentemente de ser revisto, pois os problemas estão a avolumar-se. Seria desejável que os responsáveis pela manutenção do mesmo, assim como a AARO, tomassem medidas: ou alteram o traçado e afixam essa informação, ou então resolvem o problema com os proprietários. A continuar assim, um dia destes haverá problemas graves com alguém que por ali passe, descontraídamente. Tenho pena que tal esteja a acontecer, pois este trilho é muito bonito e emblemático desta região. Uma vez mais, obrigado pela informação importante que aqui deixa. Boas caminhadas!