PR1 e 8 ACN
near Amiães de Baixo, Santarém (Portugal)
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Itinerary description
A volta do alviela
O percurso pedestre dos Olhos d´Água do Alviela é uma das estruturas que integram o Complexo das Nascentes do Alviela. A nascente dos Olhos de Água do Alviela constitui a mais importante nascente do nosso país e situa-se, tal como outras da região, na orla do Maciço Calcário Estremenho. A água que brota da nascente é originária da chuva que se precipita e se infiltra no Planalto de Santo António e é conduzida até este local por uma complexa rede de galerias subterrâneas que constituem centenas de grutas existentes na região. Com uma envolvente de grande beleza paisagística, o Alviela nasce na base de uma escarpa, local conhecido por Olhos de Água, onde é feito o abastecimento de água para consumo público a Lisboa, desde 1880. Outro curso de água partilha este local: a ribeira dos Amiais. Pequeno afluente do Alviela que, ao atravessar calcários no seu percurso, é responsável por um dos mais interessantes fenómenos flúvio-cársicos do nosso país, dando origem a um sistema de perdas e ressurgências em conjunto com o Alviela. Ao deparar-se com um pequeno afloramento calcário, a ribeira dos Amiais desaparece no interior da rocha através de uma gruta – Perda – construída à custa da erosão provocada pela passagem de água ao longo de milhares de anos, percorrendo atualmente cerca de 250 m de leito subterrâneo. Caminhando para jusante, encontra-se uma depressão de abatimento – janela cársica – onde, para além de se poder observar, na sua base, o leito subterrâneo da ribeira, são igualmente evidentes antigas galerias há muito abandonadas pela água e que atualmente constituem local de abrigo de importantes colónias de morcegos (por este motivo desaconselha-se a visita às grutas). Seguindo o percurso, desce-se até ao local onde a ribeira dos Amiais reaparece à luz do dia, constituindo o que é conhecido por Ressurgência. É neste local, na margem esquerda da ribeira, que podemos observar as águas do Alviela subterrâneo. Esta “saída de nível” da nascente dos Olhos de Água, caso não estivesse separada por um dique, constituiria, simultaneamente, uma Perda / Exsurgência, dependendo da quantidade de chuva precipitada na região. Normalmente, é emissiva em invernos particularmente pluviosos, dando origem a caudais torrenciais. Quanto ao dique, a sua construção no início do século XX, foi sugerida pelo hidrogeólogo suíço Ernest Fleury, um dos percursores da espeleologia em Portugal e responsável por um estudo encomendado pela Companhia das Águas de Lisboa, sobre a nascente do Alviela. A ribeira dos Amiais percorre os restantes 200 m que a separam da foz, por um leito de margens escarpadas que constitui o terço final do canhão flúvio-cársico do mesmo nome.
O percurso pedestre dos Olhos d´Água do Alviela é uma das estruturas que integram o Complexo das Nascentes do Alviela. A nascente dos Olhos de Água do Alviela constitui a mais importante nascente do nosso país e situa-se, tal como outras da região, na orla do Maciço Calcário Estremenho. A água que brota da nascente é originária da chuva que se precipita e se infiltra no Planalto de Santo António e é conduzida até este local por uma complexa rede de galerias subterrâneas que constituem centenas de grutas existentes na região. Com uma envolvente de grande beleza paisagística, o Alviela nasce na base de uma escarpa, local conhecido por Olhos de Água, onde é feito o abastecimento de água para consumo público a Lisboa, desde 1880. Outro curso de água partilha este local: a ribeira dos Amiais. Pequeno afluente do Alviela que, ao atravessar calcários no seu percurso, é responsável por um dos mais interessantes fenómenos flúvio-cársicos do nosso país, dando origem a um sistema de perdas e ressurgências em conjunto com o Alviela. Ao deparar-se com um pequeno afloramento calcário, a ribeira dos Amiais desaparece no interior da rocha através de uma gruta – Perda – construída à custa da erosão provocada pela passagem de água ao longo de milhares de anos, percorrendo atualmente cerca de 250 m de leito subterrâneo. Caminhando para jusante, encontra-se uma depressão de abatimento – janela cársica – onde, para além de se poder observar, na sua base, o leito subterrâneo da ribeira, são igualmente evidentes antigas galerias há muito abandonadas pela água e que atualmente constituem local de abrigo de importantes colónias de morcegos (por este motivo desaconselha-se a visita às grutas). Seguindo o percurso, desce-se até ao local onde a ribeira dos Amiais reaparece à luz do dia, constituindo o que é conhecido por Ressurgência. É neste local, na margem esquerda da ribeira, que podemos observar as águas do Alviela subterrâneo. Esta “saída de nível” da nascente dos Olhos de Água, caso não estivesse separada por um dique, constituiria, simultaneamente, uma Perda / Exsurgência, dependendo da quantidade de chuva precipitada na região. Normalmente, é emissiva em invernos particularmente pluviosos, dando origem a caudais torrenciais. Quanto ao dique, a sua construção no início do século XX, foi sugerida pelo hidrogeólogo suíço Ernest Fleury, um dos percursores da espeleologia em Portugal e responsável por um estudo encomendado pela Companhia das Águas de Lisboa, sobre a nascente do Alviela. A ribeira dos Amiais percorre os restantes 200 m que a separam da foz, por um leito de margens escarpadas que constitui o terço final do canhão flúvio-cársico do mesmo nome.
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