PR1 CDR - Trilho dos Moinhos (alterado e alargado)

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


POÇO NEGRO (RIBEIRA DE EIRIZ OU RIO SONSO)


PANORÂMICA DA ALDEIA DE ILHA

- Trilho circular pertencente à rede de percursos pedestres de Castro Daire, com marcações nos dois sentidos, com início e fim no parque de estacionamento do restaurante "Bem Estar", em Parada de Ester (opcional);
- NOTA INFORMATIVA: este percurso sofreu duas alterações relativamente ao seu traçado oficial. A primeira alteração é o ponto de início e fim do percurso que, por opção pessoal, foi "deslocado" para junto do restaurante "Bem Estar" em Parada de Ester, de forma a permitir terminar o percurso no local onde se pretendia almoçar. A segunda alteração prende-se com a impossibilidade de atravessar a ribeira de Eiriz (ou rio Sonso) junto à cascata da Tojosa, pois o caudal estava elevado e com forte corrente, tornando a passagem sobre as poldras bastante perigosa. Por conseguinte, fomos obrigados a improvisar e, ao invés de voltar para trás e retomar o trilho na outra margem, optamos por tomar um caminho alternativo na bifurcação assinalada como "desvio alternativo" e prosseguir pela encosta abaixo até encontrar novamente o percurso oficial. EM CONSEQUÊNCIA DESTA ALTERAÇÃO, INFELIZMENTE NÃO NOS FOI POSSÍVEL PASSAR PELO CONJUNTO DOS MOINHOS DA QUINTA, UM DOS PONTOS DE INTERESSE DESTE PERCURSO.
- Seguindo o percurso no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (recomendado), começou-se por percorrer um caminho florestal entre pinhais até à pequena aldeia de Ilha e desta tomou-se um carreiro que nos levou até à N225, junto ao local onde oficialmente tem início e fim este PR1. Seguindo agora pelo trilho oficial, faz-se uma curta ligação à CM1127 e percorre-se um pouco esta estrada até se chegar à ponte da Dorninha sobre a ribeira de Eiriz, local onde de faz um desvio à esquerda para se visitar o espetacular Poço Negro e o conjunto de cascatas que se sucedem ao longo do rio. Este local permite várias possibilidades para se vislumbrar toda a beleza deste entorno natural. Continuando mais um pouco pela CM1127, entra-se na aldeia de Eiriz, percorrendo algumas das suas vielas por entre velho casario rural e outro recuperado. São ruas estreitas, em calçada, algumas com declives muito pronunciados, que testemunham a rudeza da vida serrana. Pelo meio, antes de se chegar ao lugar de Outeiro de Eiriz, passa-se junto de uma fonte e tanque comunitário e depois entra-se num caminho de terra que nos leva pelo vale da ribeira de Faifa. Aqui, as vistas panorâmicas sobre o vale e o curso da ribeira são belíssimas. Após passar-se junto da ponte sobre a ribeira e vencida uma ladeira com um desnível ascendente muito acentuado, surge a bifurcação que permite ir visitar a Cascata do Cabril. É um troço linear com cerca de 1 km (ida e volta) mas que vale mesmo a pena fazer pois a cascata é imponente. Pelo caminho somos ainda brindados com mais algumas belas vistas panorâmicas sobre o vale por onde corre a ribeira. Após percorrer-se mais um bonito caminho de terra entre muros junto a lameiros agrícolas, chega-se à Rua Principal de Eiriz e segue-se nesta, subindo na direção da ponte e moinho da Tojosa onde, um pouco mais à frente, saímos da estrada de alcatrão para se tomar um estreito caminho que nos levará encosta abaixo, por entre socalcos murados com xisto pelo esforço humano, até à fantástica cascata da Tojosa. Este é outro local sublime, cuja beleza e imponência da queda de água nos faz sentir pequenos. Porém, e conforme já foi referido no início deste texto, o trilho oficial atravessa as águas da ribeira precisamente neste local sobre toscas poldras que, na presente data, devido às fortes chuvas que recentemente caíram, estavam praticamente submersas pelo forte caudal da ribeira. Na impossibilidade de aqui atravessar, optamos por improvisar um caminho alternativo e descer a encosta pelo meio do pinhal, seguindo por um velho caminho em desuso até encontrarmos o percurso oficial, mais abaixo, facto esse que nos impossibilitou passar pelos Moinhos da Quinta. De regresso ao trilho, o percurso continua por caminhos em terra, contornando as encostas da serra e descendo até se chegar de novo à CM1127, primeiro, e depois à N225. Após um curto troço por estrada asfaltada, o percurso desvia-se desta pela direita, tomando-se um caminho serrano que, no início, apresenta uma forte inclinação mas depois inverte e desenvolve-se em suave descida, rodeados por pinheiros, eucaliptos e carvalhos até ao Parque de Merendas de Parada de Ester. Cerca de trezentos metros à frente chega-se novamente a Parada de Ester, mais precisamente junto do restaurante "Bem Estar", local que escolhemos para iniciar e terminar este trilho e também para almoçar, o qual recomendamos vivamente;
- Ao longo do trilho passa-se por vários pontos de interesse, tais como o casario típico das aldeias de Ilha, Eiriz e Outeiro de Eiriz, com a fonte e tanque comunitário nesta última, a ponte da Dorninha e o Poço Negro, a ponte sobre a ribeira de Faifa e a cascata do Cabril, a pontelha, o moinho e a cascata da Tojosa, o Parque de Merendas de Parada de Ester e, por fim, as belas vistas panorâmicas sobre as encostas e vales da serra de Montemuro;
- Este percurso, conforme já referi, apresenta marcações nos dois sentidos, estando as mesmas bem visíveis e bem conservadas, assim como os painéis informativos. Por conseguinte, o uso do GPS é facultativo, embora o considere como uma ferramenta auxiliar extremamente útil, de forma a evitar enganos ou acrescentar kms desnecessários;
- Misto de caminhos de terra, carreiros rurais, arruamentos e piso asfaltado;
- Embora a distância total do percurso seja acessível, considerei o trilho com características moderadas tendo em conta que apresenta alguns declives muito acentuados e, em alguns locais, piso muito escorregadio. Além disso, a travessia da ribeira de Eiriz junto à cascata da Tojosa fica comprometida em períodos de maior caudal, o que obriga a alguma improvisação;
- Este não é um trilho longo, nem tão pouco é um percurso complexo. No entanto, se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão acrescidas. Botas e bastões são uma boa ajuda;
- No seu todo é um percurso muito bonito e interessante, que passa por locais de enorme beleza natural, com excecionais vistas panorâmicas sobre os vales e encostas da serra de Montemuro e que no outono e primavera adquire uma beleza extra. Uma boa surpresa numa região excecional!


RIBEIRA DE FAIFA


CASCATA DO CABRIL (RIBEIRA DE FAIFA)

Outros percursos realizados nesta região:
GR47 - Grande Rota de Montemuro (ETAPA 1/3)
GR47 - Grande Rota de Montemuro (ETAPA 2/3)
GR47 - Grande Rota de Montemuro (ETAPA 3/3)
Pelo planalto de Montemuro: da Gralheira a Campo Benfeito
Do vale de Aveloso ao vale do Bestança
PR1 ARC - Caminhos do Montemuro
PR7 CNF / RSD - Caminho do Colmo
Pelo vale do Bestança (entre as Portas de Montemuro e Covelas)
PR1 Caminhos de Montemuro
PR2 - Rota do Vale do Bestança
PR5 ARC - Rota das Tormentas


RIBEIRA DE EIRIZ OU RIO SONSO (PORMENOR DO PERCURSO)


CASCATA DA TOJOSA

- PR1 CDR - TRILHO DOS MOINHOS (Descrição oficial)
É um percurso circular de pequena rota com elevado interesse paisagístico, cultural e ambiental. Apresenta uma extensão de 5,5 km percorrendo terrenos situados em altitudes de 500 a 800 metros.
O percurso tem início no largo junto à EN225, seguindo uma estrada rural até à Estrada Municipal (EM). Seguindo a EM até à ponte da Dorninha, encontrará o Poço Negro, umas quedas de água situadas no ribeiro de Mós.
Seguem-se as marcas amarelas e vermelhas até encontrar os moinhos em cascata, denominados de Moinhos da Quinta. Aqui poderá descansar e desfrutar da paisagem e frescura das águas do ribeiro. Continuando o percurso, a uns metros mais à frente, encontrará a cascata da Tojosa. Ao atravessar o ribeiro tenha cuidado com o piso molhado e escorregadio. Passará por umas escadas em xisto que atravessam terrenos agrícolas, até chegar novamente à EM. Daqui vire à sua direita e passará pela ponte da Tojosa, onde poderá visualizar outro moinho.
Siga a estrada em direção a Outeiro de Eiriz, passando pelo meio da povoação de Eiriz e de regresso à EM siga as instruções até ao largo. O percurso pode ser feito em ambos os sentidos.
- TIPO DE PERCURSO: circular, de pequena rota
- ÂMBITO DO PERCURSO: rural, paisagístico e natural
- LOCALIZAÇÃO DO PERCURSO: Parada de Ester, Castro Daire
- PONTO DE PARTIDA / CHEGADA: Largo junto à EN225, Eiriz
- DURAÇÃO DO PERCURSO: 02h30
- DISTÂNCIA PERCORRIDA: 5,5 km
- GRAU DE DIFICULDADE: médio
- DESNÍVEL POSITIVO / NEGATIVO: +570m / -570m
- COTA MÍNIMA / MÁXIMA: 525m / 717m
- ÉPOCA ACONSELHADA: todo o ano


CAMINHO ENTRE MUROS (PORMENOR DO PERCURSO)


ESPIGUEIRO OU CANASTRO EM OUTEIRO DE EIRIZ (PORMENOR DO PERCURSO)

- SERRA DE MONTEMURO
A Serra de Montemuro é a oitava maior elevação de portugal continental, sendo o ponto mais alto da serra denominado por Talegre ou Talefe, a 1381 metros de altitude. Abrange os territórios de Arouca, Cinfães, Resende, Castro Daire e Lamego, entre as regiões do Douro Litoral e da Beira Alta.
A altitude média é de 838 metros. Está compreendida entre o rio Douro, a Norte e o rio Paiva, a sul. Toda a serra tem bastante relevo e é íngreme praticamente de todos os lados. A serra é povoada até cerca dos 1100 metros de altitude, as aldeias encontram-se espalhadas por toda a serra, mas quase sempre perto de cursos de água.
A Serra do Montemuro faz parte da 1ª fase da lista nacional de sítios da rede natura 2000. Está classificada como BIÓTOPO CORINE, com designação de Serra do Montemuro/Bigorne. Na descrição que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) faz, destaca-se a grande biodiversidade. A serra é dominada pelo maciço montanhoso, cuja plataforma se desenvolve entre os 1200 e os 1300 m, atingindo um máximo de 1381 m. Possui áreas em bom estado de conservação, que mantêm uma grande diversidade biológica, nomeadamente no que respeita aos habitats. Possui duas áreas interessantes de turfeira e podem observar-se importantes manchas de carvalhal (Quercus pyrenaica) bem conservadas. Em conjunto com as serras da Freita e Arada, a Serra do Montemuro constitui atualmente a área mais importante para a conservação da subpopulação de lobo (Canis lupus). É ainda um local relevante para a herpetofauna, nomeadamente o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e para a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica). Existe também a víbora cornuda (Vipera latastei), uma das cobras venenosas existentes em Portugal. No Montemuro, estão integradas algumas linhas de água importantes para a toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), nomeadamente alguns afluentes do Paiva e as cabeceiras de Balsemão.

- PORTAS DO MONTEMURO
Local de passagem milenar, as Portas do Montemuro são um ponto privilegiado para observação da morfologia e da paisagem da serra do Montemuro. A sul, com encostas declivosas, pode-se observar o vale do Paiva e avistar algumas das serras do centro de Portugal, como a serra da Estrela, o Caramulo e o maciço da Gralheira. Conhecidas também por “muro”, supõe-se que as muralhas das portas sejam vestígios de um povoado fortificado da Idade do Ferro (1200 a. C.), pertencente ao período da cultura castreja. Posteriormente, foi utilizado na época romana e, mais tarde, pelas forças de D. Afonso Henriques nas batalhas da Reconquista.


PANORÂMICA DA ALDEIA DE EIRIZ


CABRITOS EM EIRIZ (PORMENOR DO PERCURSO)

- MONTANHAS MÁGICAS
São as montanhas que definem este território como um destino turístico!
As Montanhas Mágicas® abrangem as serras da Freita, Arada e Arestal, pertencentes ao maciço da Gralheira, e a Serra do Montemuro, inserida no maciço com o mesmo nome e é a oitava maior elevação de Portugal Continental e a terceira maior a sul do rio Douro.
Engloba 80 freguesias distribuídas por 7 municípios: Arouca, Castelo de Paiva, Castro Daire, Cinfães, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra.
É um território com excelentes valores naturais, certificado como destino turístico sustentável, desde novembro de 2013, englobando quatro sítios da Rede Natura 2000 e um geoparque da UNESCO, tendo uma oferta turística responsável e sustentável, centrada no ecoturismo, no geoturismo e no turismo ativo.
Os fenómenos geológicos singulares que possui, a notável biodiversidade que alberga, e as particularidades da sua geomorfologia, fazem das Montanhas Mágicas® um destino de excelência para a observação e interpretação da natureza e para a realização de inúmeras atividades de desporto e aventura, entre as quais se destacam o rafting, o kayaking, a canoagem, o canyoning, o pedestrianismo e o BTT.
Parta à descoberta das Montanhas Mágicas, explore o seu património natural e cultural desfrutando da hospitalidade das suas gentes!


PANORÂMICA DE CASCATAS DA RIBEIRA DE EIRIZ E POÇO NEGRO


PANORÂMICA DE LAMEIROS AGRÍCOLAS DE EIRIZ