PR1 Baião - Trilho das Florestas Naturais
near Vilarelho, Porto (Portugal)
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Itinerary description
Após iniciar o percurso, a paisagem que se observa nas áreas de meia encosta reflecte a natureza dinâmica da vegetação e a forma como esta evoluiu na ausência de usos e outras perturbações causadas pelo Homem.
Waypoints
Igreja de Carvalho de Rei
Igreja de Carvalho de Rei
Ruínas de espigueiros
Ruínas de espigueiros
capela de S. Brás
capela de S. Brás
Capela do Castelo
Capela e Castelo roqueiro Antes de iniciar o percurso pela Serra, sugerimos uma visita à singela aldeia do Castelo, cujo nome evoca ainda a memória da fortificação medieval entretanto desaparecida. No cimo do monte, junto à Capela da Sra. do Castelo, conserva-se ainda um friso Pré-Românico do templo medieval. Daí contemplam-se vastos horizontes sobre o vale do Fornelo e as encostas do Marão.
Outeiro de Ante 1
Dólme de grande dimensões, com entrada virada a nascente.
Outeiro de Ante 3
Dólme aberto, marcada por um umbral.
Outeiro de Gregos 1
Outeiro de Gregos 1
Outeiro de Gregos 2
Dólmen com pequena abertura voltada a nascente.
Outeiro de Gregos3
Dólmen fechado
Elementos Naturais
Após iniciar o percurso, a paisagem que se observa nas áreas de meia encosta reflecte a natureza dinâmica da vegetação e a forma como esta evoluiu na ausência de perturbações repetidas causadas pelo Homem. O abandono agrícola e a progressão sucessional da vegetação promoveram o desenvolvimento de extensos carvalhais jovens de carvalho-alvarinho (Quercus robur) e carvalho-negral (Quercus pyrenaica). Giestais altos com giesta-negral (Cytisus striatus), giesta-das-vassouras (Cytisus scoparius) e codesso (Adenocarpus lainzii) completam a paisagem e reflectem o caminho que a natureza trilha na direcção da floresta. Nas orlas e no interior das florestas naturais surgem alguns arbustos de grande porte típicos dos carvalhais atlânticos, como o escalheiro ou pereira-brava (Pyrus cordata), reconhecível pelos seus frutos que servem de alimentação à fauna selvagem, e o sanguinho (Frangula alnus), cuja casca tem propriedades medicinais, sendo usada como uma laxante natural. Contudo, deve ser retirada e seca durante um ano antes de ser usada, já que a casca fresca tem um efeito purgante muito forte. Apesar de dominar esta paisagem, a floresta natural é intercalada aqui e ali por alguns povoamentos florestais de eucalipto (Eucalyptus globulus) e pinheiro-bravo (Pinus pinaster). As encostas da serra encontram-se sulcadas por várias linhas de água, colonizadas pelo salgueiro-negro (Salix atrocinerea) – espécie pioneira, por possuir um extenso sistema radicular, tornando-a importante na estabilização das margens – e pelo amieiro (Alnus glutinosa), acompanhados frequentemente pelo freixo (Fraxinus angustifolia). Aí poderá observar diversas espécies de anfíbios, como a rã-ibérica (Rana iberica) e o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), cujos machos se distinguem bastante bem na época de reprodução pela coloração azul-turquesa do pescoço e cabeça. Nas margens destas galerias ripícolas ocorrem comunidades de ervas altas e com floração vistosa, destacando-se o trevo-cervino (Eupatorium cannabinum). O nome popular desta planta advém da crença que os veados a utilizavam para tratar as feridas. Uma espécie rara e protegida de borboleta, a Euplagia quadripunctaria, alimenta-se das folhas desta planta na fase larvar e enquanto adulta é avistada frequentemente junto às suas flores, que utiliza como camuflagem.
Meninas do Crasto 3
Meninas do Crasto 3, integra já um segundo momento construtivo que ocorreu nos inícios do IV milénio AC. As dimensões modestas e a laje de cobertura, atribuem a este monumento uma certa graciosidade. Dólmen fechado, com tampa, colocada aquando da escavação. A abertura do estradão motivou a amputação da mamoa e o desaparecimento do esteio em falta.
Chã de Parada
O Dólmen 1 de Chã de Parada, Monumento Nacional desde 1910, impressiona todos aqueles que por lá passam pelas suas dimensões e pela quietude de lugar. Alguns dos visitantes, deixaram já registo das suas impressões, como é ocaso do escritor José Saramago: “O viajante dá a volta, aí está o corredor, e lá dentro a câmara espaçosa, mais alto todo o conjunto do que pelo lado de fora parecia (…) e de baixo nada tem. Não há limites para o silêncio. Debaixo destas pedras, o viajante retira-se do mundo. (…) que homens terão levantado à força de braço esta pesadíssima laje, desbastada e aperfeiçoada como uma calote, e que falas se falaram debaixo dela, que mortos aqui foram deitados. O viajante senta-se no chão arenoso, colhe entre dois dedos um tenro caule que nasceu junto de um esteio, e, curvando a cabeça, ouve enfim o seu próprio coração.” Viagem a Portugal, p. 34 Pode ainda observar-se algumas gravuras pré-históricas em alguns dos esteios que compõem a câmara dólménica. A sua observação é mais perceptível quando se conhece a sua localização, pelo que se aconselha a marcação de uma visita orientada, através do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Baião. Cabe a todos a responsabilidade da conservação e preservação destas gravuras para as gerações vindouras.
Chã da Parada
O Dólmen 1 de Chã de Parada, Monumento Nacional desde 1910, impressiona todos aqueles que por lá passam pelas suas dimensões e pela quietude de lugar. Alguns dos visitantes, deixaram já registo das suas impressões, como é ocaso do escritor José Saramago: “O viajante dá a volta, aí está o corredor, e lá dentro a câmara espaçosa, mais alto todo o conjunto do que pelo lado de fora parecia (…) e de baixo nada tem. Não há limites para o silêncio. Debaixo destas pedras, o viajante retira-se do mundo. (…) que homens terão levantado à força de braço esta pesadíssima laje, desbastada e aperfeiçoada como uma calote, e que falas se falaram debaixo dela, que mortos aqui foram deitados. O viajante senta-se no chão arenoso, colhe entre dois dedos um tenro caule que nasceu junto de um esteio, e, curvando a cabeça, ouve enfim o seu próprio coração.” Viagem a Portugal, p. 34 Pode ainda observar-se algumas gravuras pré-históricas em alguns dos esteios que compõem a câmara dólménica. A sua observação é mais perceptível quando se conhece a sua localização, pelo que se aconselha a marcação de uma visita orientada, através do Núcleo de Arqueologia do Museu Municipal de Baião. Cabe a todos a responsabilidade da conservação e preservação destas gravuras para as gerações vindouras.
Fonte do Mel
Não deixe de apreciar a decoração singela de umas alminhas do séc. XIX, refrescar-se na Fonte do Mel e perceber por que chamam os pastores da Serra.
BF p. sup.
BF p. sup.
BF p. int.
BF p. int.
BF p. inf.
BF p. inf.
Turfeiras
Turfeiras
Casa de Chavães
Casa de Chavães
Igreja de S. João de Ovil
A Igreja Matriz de S. João de Ovil, marca o início deste percurso. A título de curiosidade, poderá visualizar parte de um friso românico na fachada norte da igreja, testemunho de um primeiro templo aqui erigido.
Capela da Sra. da Guia
Termine o percurso deliciando-se com a beleza da paisagem que a partir dos Cruzeiros da Capela da Sra. da Guia se avista.
Castelo Velho
Castelo roqueiro
Fonte do Mel
Fonte do Mel
Capela de São Domingos
Aldeia Velha
Cruzeiro
Cruzeiro
Comments (2)
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Trilha não estava nada bem sinalizada, os caminhos estavam “destruídos” tivemos que fazer muito corta mato sem saber bem para onde ir.. não recomendamos
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
O trilho tem partes com marcação deficiente, mas seguindo o GPS, consegue-se voltar à rota correta.
Passamos por muitas partes com florestas de carvalhos, castanheiros, faias, etc.
Em termos físicos o trilho pode ser um pouco exigente principalmente na descida final para Ovil.