PR1 Arganil - Caminho do Xisto de Benfeita (c/ desvio à Fraga da Pena)
near Bemfeita, Coimbra (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
- Igreja de Nossa Senhora da Guia (2.4 km)
- Fraga da Pena (3.6 km)
- Quinta da Mizarella
-Saldal
Waypoints
Panorama
Começou por se chamar "Torre Salazar". Após o 25 de Abril a sua designação passou para "Torre da Paz". Mas na aldeia, até à intervenção de requalificação que recebeu em 2002, era meramente identificada por "Torre do relógio". Agora assume a sua singularidade porque, neste mundo, torres para promover a paz devem ser raras. Classificado como Imóvel de Interesse Municipal, é um edifício de planta quadrada com três metros de lado e 11 metros de altura. Na parte superior duas ventanas servem para alojar os seus dois sinos. A cúpula é em granito. Foi construída, em 1945, por iniciativa de Mário Mathias, um "ilustre benfeitense", com um objectivo porventura único no mundo: o de anunciar e celebrar o fim da II Guerra Mundial, tocando o seu sino. Foi o que sucedeu às 14h do dia 07 de Maio de 1945. O denominado “Sino da Paz” possui a seguinte inscrição "MANDOU FAZER DR. MÁRIO MATHIAS NO ANO DE 1945". Foi fabricado em Almada na firma "Manoel F. Couzinha". Pesa 6 kg e foi colocado na Torre da Paz em Abril de 1945. O seu destino ficou nele gravado sob a forma de uma inscrição: "ESTE SINO TOCOU PELA PRIMEIRA VEZ A ANUNCIAR O FIM DA GUERRA DA EUROPA EM 1945". O relógio é uma máquina, no seu todo, extraordinária. Várias peças do mecanismo exibem frases que enaltecem a Paz. Numa está gravado “BENDIGAMOS A PAZ”. Noutra “A PAZ SEJA COMNOSCO”. Construído por Manuel Francisco Cousinha, natural de Pomares - freguesia próxima de Benfeita - afamado relojoeiro da época, proprietário da casa "A BOA CONSTRUTORA", localizada em Almada. Em 1945 o desfecho da guerra estava decidido. Todos esperavam o dia da rendição nazi, mas na aldeia e para todos os que a ela estavam ligados, a esse desejo juntava-se a ânsia de a torre e o sino cumprirem o seu objetivo. Nesta cumplicidade coletiva, um funcionário duma empresa inglesa, marido duma habitante da aldeia, soube da assinatura do armistício e logo telefonou para a Benfeita a dar a boa nova. Badaladas ecoaram por estes montes e vales e de imediato todos ficaram a saber que a Paz chegara.
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