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PR1 Alcanena - Olhos D'Água do Alviela

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Trail stats

Distance
0.62 mi
Elevation gain
75 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
75 ft
Max elevation
335 ft
TrailRank 
40 5
Min elevation
335 ft
Trail type
Loop
Time
48 minutes
Coordinates
130
Uploaded
August 5, 2017
Recorded
July 2017
  • Rating

  •   5 2 Reviews
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near Amiães de Baixo, Santarém (Portugal)

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Trail photos

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Itinerary description

O percurso pedestre dos Olhos d'Água do Alviela é uma das estruturas que integram o Complexo das Nascentes do Alviela.
A nascente dos Olhos de Água do Alviela constitui a mais importante nascente do nosso país e situa-se, tal como outras da região, na orla do Maciço Calcário Estremenho.

A água que brota da nascente é originária da chuva que se precipita e se infiltra no Planalto de Santo António e é conduzida até este local por uma complexa rede de galerias subterrâneas que constituem centenas de grutas existentes na região.
Com uma envolvente de grande beleza paisagística, o Alviela nasce na base de uma escarpa, local conhecido por Olhos de Água, onde é feito o abastecimento de água para consumo público a Lisboa, desde 1880.

Outro curso de água partilha este local: a ribeira dos Amiais. Pequeno afluente do Alviela que, ao atravessar calcários no seu percurso, é responsável por um dos mais interessantes fenómenos flúvio-cársicos do nosso país, dando origem a um sistema de perdas e ressurgências em conjunto com o Alviela. Ao deparar-se com um pequeno afloramento calcário, a ribeira dos Amiais desaparece no interior da rocha através de uma gruta – perda – construída à custa da erosão provocada pela passagem de água ao longo de milhares de anos, percorrendo atualmente cerca de 250 m de leito subterrâneo.

Caminhando para jusante, encontra-se uma depressão de abatimento – janela cársica – onde, para além de se poder observar, na sua base, o leito subterrâneo da ribeira, são igualmente evidentes antigas galerias há muito abandonadas pela água e que atualmente constituem local de abrigo de importantes colónias de morcegos (por este motivo desaconselha-se a visita às grutas). Seguindo o percurso, desce-se até ao local onde a ribeira dos Amiais reaparece à luz do dia, constituindo o que é conhecido por ressurgência.

É neste local, na margem esquerda da ribeira, que podemos observar as águas do Alviela subterrâneo. Esta “saída de nível” da nascente dos Olhos de Água, caso não estivesse separada por um dique, constituiria, simultaneamente, uma perda / exsurgência, dependendo da quantidade de chuva precipitada na região. Normalmente, é emissiva em invernos particularmente pluviosos, dando origem a caudais torrenciais.

Quanto ao dique, a sua construção no início do séc. XX, foi sugerida pelo hidrogeólogo suíço Ernest Fleury, um dos percursores da espeleologia em Portugal e responsável por um estudo encomendado pela então Companhia das Águas de Lisboa, sobre a nascente do Alviela. A ribeira dos Amiais percorre os restantes 200 m que a separam da foz, por um leito de margens escarpadas que constitui o terço final do canhão flúvio-cársico do mesmo nome.

Este interessante complexo de grutas tem uma envolvente composta por vegetação de características mediterrânicas de que se destaca o sobreiro Quercus suber, o pinheiro-manso Pinus pinea, o medronheiro Arbutus unedo, a aroeira Pistacia lentiscus entre outras. O hipericão Hypericum spp., planta medicinal, é uma das muitas espécies favorecidas pelas características ecológicas diversificadas dos Olhos de Água do Alviela.

Relativamente à fauna, estas grutas assumem um papel importante como locais de abrigo de cerca de 11 espécies de morcegos. Estes são animais muito sensíveis a todo o tipo de perturbação e verdadeiramente importantes do ponto de vista ecológico, dado que fazem um controlo eficaz das populações de insetos (cada animal ingere por noite, cerca de metade do seu próprio peso em insetos), pelo que está interdito o acesso às grutas.

Nascente - vista geral sobre a nascente dos Olhos de Água e a foz da ribeira dos Amiais.

Canhão - vista geral do “Canhão flúvio-cársico dos Amiais”. Vale muito cavado, de vertentes estreitas e abruptas.

Janela cársica - depressão por abatimento do teto da gruta, sobre o leito da ribeira subterrânea dos Amiais. Observa-se também, ao nível da “estação”, orifícios de acesso a grutas, que correspondem a antigos leitos da ribeira subterrânea, atualmente abandonados.

Perda - passagem da ribeira dos Amiais de curso de água de superfície a subterrâneo.

Poço Escuro - vista sobre a “saída de nível” do Poço Escuro. Trata-se de uma nascente temporária do Alviela, que, por se encontrar a um nível superior ao da permanente, apenas expele água quando existem precipitações muito elevadas. O nível, “construído” no início do século XX, evita que as águas da ribeira dos Amiais se misturem com as do Alviela, a montante da captação.

Ressurgência - passagem da ribeira dos Amiais de curso de água subterrâneo a subaéreo (de superfície).

Olhos de Água - na base da escarpa situada na margem direita da ribeira dos Amiais observa-se uma pequena represa alimentada pela nascente e que serve a captação de água para distribuição pública. Por cima desta, pode-se observar, ainda, a entrada da gruta com o mesmo nome, e que dá acesso ao coletor do Alviela, que é alimentado, principalmente, pela água das chuvas que se precipitam sobre o planalto de Santo António.

Trajeto de grau de dificuldade fácil, mas que exige algum cuidado na descida para a ressurgência da ribeira dos Amiais.
Distância curta, mas que é compensada pela beleza deste vale e pelos fenómenos geológicos únicos que aqui se verificam.
Além da caminhada em si, há a possibilidade de fazer três caches, duas tradicionais e uma earthcache.

Dificuldade [2/5]
Beleza cénica [3/5]
Satisfação final [4/5]

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 314 ft

Miradouro

PictographWaypoint Altitude 324 ft

Cache

PictographWaypoint Altitude 334 ft

Algar e abatimento - janela cársica

PictographWaypoint Altitude 316 ft

Perda

PictographWaypoint Altitude 312 ft

Ressurgência

Comments  (2)

  • Photo of TugaTim
    TugaTim Jan 4, 2019

    I have followed this trail  View more

    Small trail but very nice, especially the caves section!

  • luismhenriques Aug 4, 2019

    I have followed this trail  View more

    Trilho de dificuldade fácil mas com muita beleza, infelizmente no verão com muita pouca agua mas certamente para fazer no fim do inverno .....

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