PR1 ACB – Vale de Ventos (PNSAC) Alcobaça

Este percurso é circular e está devidamente marcado, com início na localidade de Vale de Ventos, onde restam cerca de três dezenas de habitações, algumas com arquitetura tradicional, percorre a cumeada da Serra dos Candeeiros, sendo possível avistar pinheiro de alepo, pinheiro–insigne, mas também bosquetes de carvalho-cerquinho, manchas de alecrim, erva-pimenteira, tojo e carrasco.

No fim do outono, a zona faz jus ao nome e o passeio pedestre pode tornar-se bastante agreste, se existir vento.

Com o sol, a atividade ganha outro brilho e, num dia claro, do alto da Serra, pode avistar todo grande parte do concelho de Alcobaça até à ilha Berlenga, no concelho de Peniche.

É ainda possível, conhecer a Quinta de Vale de Ventos, um imóvel antigo, outrora uma Granja agrícola dos Monges de Cister, conservando ainda vestígios do passado: dois grandes reservatórios de água, em pedra, que abasteciam a herdade.

Durante os anos de 1940, o território da freguesia de Turquel, e toda a região da Serra dos Candeeiros, sofreu a aplicação de uma política, submetida ao Regime Florestal, que procurava rentabilizar ao máximo os solos, combatendo a erosão dos mesmos. Consequência disso, ao longo do percurso poderá encontrar uma variedade grande de espécies arbóreas.

Pontos de interesse:

- Casas de Abrigo (antigas casas dos Guardas Florestais), que foram cedidas ao PNSAC (Parque Natural da Serra d’Aire e Candeeiros) em 1987, e posteriormente foram recuperadas para utilização como Casas de Abrigo. Este núcleo é constituído por duas casas com capacidade para 8 e 6 pessoas, respetivamente Casa Grande e Casa Pequena.

- Casas e Muros de Pedra... as habitações rurais de calcário são um exemplo claro da construção serrana, documentando as condições que os habitantes enfrentam num meio que lhes é adverso.

- Vales Suspensos, com um desenvolvimento para oeste, situam-se os vales suspensos onde se instalaram uma grande extensão de matos que descem até ao sopé da Serra, nos quais se destaca a aroeira e o tojo. Aí, com sorte, podem ser observadas algumas espécies de aves de rapina a caçar, sobretudo águia-de-asa-redonda. Saindo do trilho, em direção à cabeceira do vale, uma escarpa exposta também a oeste, tem sido ocupada pelo rabirruivo-preto e pela coruja-das-torres.

- Parque Natural das Serras D´Aire e Candeeiros o (PNSAC) compreende uma área de cerca de 38.900 ha., contemplando os concelhos de Alcobaça e Porto de Mós no distrito de Leiria, e Alcanena, Rio Maior, Santarém, Torres Novas e Ourém no distrito de Santarém. Podem dife­renciar-se no Maciço Calcário Estremenho três subunidades – A Serra dos Candeeiros a oeste, o Planalto de Stº. António ao centro e sul e o Planalto de S. Mamede e a Serra de Aire, respetivamente a norte e este.
A imagem de marca do Parque são os muros de pedra seca, denominados "cerrados" ou "chousos" que servem para delimitar as propriedades.
Apesar da ausência de cursos de água de superfície organizados na região, eles existem em abundância no subsolo, constituindo um dos maiores – senão o maior – reservatório de água doce subterrânea do nosso País e que se estende entre Rio Maior e Leiria.
Aqui encontramos vários percursos pedestres sinalizados, de acordo com as normas internacionais definidas pela Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo, que permitem ao visitante, de forma ordenada, conhecer e usufruir de alguns dos aspetos mais significativos que caracterizam e individualizam esta área protegida.

Nota: Devido ao percurso ser muito antigo algumas marcações estão pouco visíveis ou mesmo não existem, aconselho a usar GPS. Ponto contra, existe uma enorme pedreira que estraga grande parte da beleza do percurso.

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