PR Trilho de Paradela

Os pontos de interesse que dominam este trilho são a Albufeira da Barragem de Paradela e os cenários que as montanhas vizinhas da Serra do Gerês nos oferecem. Pelo meio, somos brindados com a rusticidade das aldeias de Paradela, Outeiro e Parada do Outeiro, com o seu casario, igrejas, cruzeiros e alminhas. A criação de gado e agricultura de minifúndio estão aqui bem presentes, nesta que é a zona onde a geografia agreste da Serra do Gerês passa a dar lugar ao planalto da Mourela e às terras de Barroso.

O trilho desenrola-se dentro dos limites do Parque Nacional Peneda-Gerês, nas freguesias de Paradela, Fiães do Rio e Outeiro, concelho de Montalegre. Uma vez que entra dentro da "Área de Protecção Parcial Tipo II" (entre os km 11,0 e 18,5) temos que respeitar algumas restrições de circulação e solicitar autorização ao ICNF por escrito ou por email (pnpg@icnf.pt) para grupos com mais de 15 pessoas.

O trilho não possui qualquer informação ou sinalização no terreno. A orientação terá que ser feita com base na descrição apresentada no site da ADERE-PG onde o designam por Percurso da Paradela, e onde também é disponibilizado um mapa e um ficheiro para orientação com GPS. Obviamente, também poderá recorrer aos serviços de um guia.

O traçado que aqui apresento respeita o percurso do trilho oficial. As excepções são pequenos desvios para vistas panorâmicas e a visita ao centro da localidade de Outeiro, representando o acrescento de algumas centenas de metros ao percurso.

O traçado do trilho sobrepõe-se ao de outros trilhos oficiais, nomeadamente:
- O PR Trilho de Outeiro, entre os km 0 e 11,3;
- O PR Trilho do Fojo da Portela da Fairra, entre os km 8,7 e 11,3;

Os documentos oficiais referenciam a presença do Castro de Outeiro, próximo da ponte sobre o Rio Cávado (km 5,0). A partir da estrada que percorremos nada é visível, e estará no planalto mais acima. Incluo a sua localização aproximada para referência a quem tenha um interesse mais profundo sobre esse tipo de vestígios arqueológicos.

O trilho, além cerca de 7,5 km em troços de estrada alcatroada, percorre caminhos rurais, florestais e carreiros utilizados nas actividades de pastorícia. Quando comtornamos o monte designado por Pejeiroz (km 16,1 a 17,2) a progressão é por vezes dificultada pela ausência de carreiros claramente definidos.
Não encontrei obstáculos difíceis de ultrapassar e o piso permite a progressão sem grandes dificuldades. Porém, sempre que tenham ocorrido chuvas recentes, o caudal do Ribeiro Dola será maior e poderá constituir um obstáculo.
A cobertura florestal existe apenas em algumas partes do trilho, pelo que existe exposição solar significativa.
Por estes motivos que enumerei, considero a Dificuldade Técnica como "Moderada", desde que façamos este passeio em dias secos.
Trata-se de um trilho um pouco longo, com um ganho de altitude acumulada com algum significado. A conjugação destas duas situações colocam alguma exigência física a quem percorrer o trilho.


Boas Caminhadas!