PR PRD - Trilho Vale do Torno (Parque das Serras do Porto)
near Aguiar de Sousa, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
- Sobre este trilho, que julgo já estar homologado, pois está marcado no terreno, existe pouca ou quase nenhuma informação. Tendo como orientação as poucas referências encontradas (designação do trilho e um mapa desatualizado), tentou-se percorrer no terreno este PR - Trilho Vale do Torno, tendo presente o risco de se tomarem opções erradas, pois embora existam marcações no terreno, são vários os trilhos que por aqui se cruzam e coincidem. E não há referência explicita a cada um desses trilhos, o que facilmente gera confusão e desorientação em quem estiver a seguir essas mesmas indicações. Por conseguinte, o trilho aqui apresentado, embora tendo-se seguido as referidas marcações no terreno, pode não vir a corresponder fielmente ao PR quando este estiver oficialmente publicado (aguarda-se por publicação de informação oficial, assim como disponibilização do track para download);
- IMPORTANTE: é fundamental o uso de GPS;
- Trilho circular, com marcações, com início e fim em Aguiar de Sousa (opcional);
- Decorre pelas serras de Pias e do Castiçal;
- Misto de estradões e caminhos de terra;
- Trilho com características fáceis, acessível, embora se percorram caminhos cujo terreno e declive exigem alguma capacidade física;
- No seu todo, é um percurso pouco atraente e monótono. As serras de Pias e do Castiçal estão, como praticamente todo o Parque das Serras do Porto, massivamente preenchidas por eucaliptos. No entanto, os seus cumes oferecem paisagens de perder de vista de toda esta região;
- Concluindo, este é um percurso interessante apenas do ponto de vista físico, pois pode ser considerado um bom "treino" para esticar as pernas. Aliás, não é por acaso que os praticantes de trail, BTT e motocross procuram preferencialmente esta região e estas serras. Diria mesmo que (e esta é uma opinião muito pessoal), o Parque das Serras do Porto, com os seus muitos estradões florestais, corta-fogos e "picadas" de cascalheira, apresenta-se como um enorme campo de treinos, cheio de excelentes desafios para os praticantes destas modalidades.
Outros percursos realizados nesta região:
PR PRD - Trilho Histórico (Parque das Serras do Porto)
PR GDM - Trilho de Belói / Alto da Peneca (Parque das Serras do Porto)
PR GDM - Trilho do Volfrâmio (Parque das Serras do Porto)
PR GDM - Trilho da Serra do Castiçal (Parque das Serras do Porto)
Pelo Parque das Serras do Porto: Pias e Santa Justa
Trilhos da Serra de Pias
Trilho pelas Serras de Santa Iria e das Banjas
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- PARQUE DAS SERRAS DO PORTO
Com perto de 6.000 hectares, é composto por seis serras: Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas, abrangendo território dos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo.
Beneficia da proximidade com grandes centros urbanos mas mantem vivas características bem rurais e serranas. Os vales dos rios Ferreira e Sousa convidam a um certo isolamento em estreito contacto com a natureza, enquanto o efeito miradouro das linhas de cumeada proporciona uma excelente perspetiva do território envolvente. A vasta bibliografia sustenta de forma inquestionável a sua riqueza patrimonial, salientando-se a singularidade geológica, que nos leva a uma interessante viagem pela Era Paleozoica, as serras e os vales ribeirinhos, nomeadamente dos rios Ferreira e Sousa, os habitats e espécies de flora e fauna com estatuto especial de conservação e os vestígios arqueológicos, que nos permitem compreender a ocupação humana da região, com destaque para a mineração aurífera romana.
Atualmente há três centros de receção ao visitante, com informação útil sobre o Parque (Página Oficial ):
- O Centro de Receção de S. Pedro da Cova está localizado no edifício das piscinas e encontra-se aberto ao público de segunda a sábado das 08h00 às 22h00 e ao domingo das 08h20 às 19h00.
- O Centro de Receção da Santa Justa localiza-se em Valongo e abre ao público sob marcação.
- O Centro de Receção da Senhora do Salto localiza-se no parque de lazer com o mesmo nome e abre ao público sob marcação.
- PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO
A humanização deste território deverá ser entendida de uma forma ampla, como um todo, partindo, porém, das suas particularidades em torno deste conjunto geomorfológico que por si só estabelece uma unidade natural. Estas Serras (Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas) cedo despertaram o interesse do Homem, quer pelas condições naturais de defesa e estratégicas, quer pela abundância dos recursos naturais, testemunhado pelos vestígios arqueológicos que se observam neste território e evidenciam, eventualmente, uma ocupação com mais de seis mil anos. Por todo este Parque localizam-se trabalhos mineiros relacionados com a exploração do ouro, na época romana, ora através de abertura de cortas, ora em trabalhos subterrâneos, assentes num sistema de galerias e poços de secção quadrangular. As designações de fojos (a norte) ou banjas (a sul) utilizadas com frequência neste território são vocábulos diferenciadores na cultura popular local mas unificadores quanto ao tipo de trabalhos mineiros, pois correspondem a desmontes a céu aberto, normalmente estreitos e profundos, disseminados por todas as serras.
- PATRIMÓNIO BIOLÓGICO
O Parque das Serras do Porto congrega um valioso conjunto de habitats e de espécies animais e vegetais que importa conhecer e conservar. As áreas de eucaliptal e pinhal sustentam a economia da região, mas a paisagem desvenda núcleos muito representativos de habitats tipicamente atlânticos, incluindo carvalhais, galerias ripícolas, matos e matagais. Os carvalhais, com os seus carvalhos-alvarinho, sobreiros e arbustos como a murta ou o folhado, ilustram a floresta característica da região, em complemento com as galerias ripícolas que acompanham os cursos de água e são tipicamente dominadas pelos amieiros, salgueiros-negros e freixos, a que se associam muitas espécies arbustivas. Nas encostas das serras, as formações vegetais nativas mais comuns são os matos rasteiros, onde se observam os tojos, as urzes e a carqueja. Em alguns locais, evoluem para matagais, compostos por giestas, medronheiros, pilriteiros, entre outras. Ao nível das plantas aromáticas e medicinais, destaca-se a presença de tomilhais assim como de rosmaninho, que atinge núcleos de vários milhares de indivíduos na zona das Banjas. O bosquete de loureiro próximo da Senhora do Salto contribui também para a diversidade florística do território. No território ocorrem espécies florísticas com elevado interesse para a conservação e que têm suscitado uma particular atenção por parte da comunidade científica. A lista é vasta, mas destacam-se algumas espécies muito singulares: os dois únicos núcleos conhecidos em Portugal Continental de feto-filme (Trichomanes speciosum), assim como o único local conhecido em toda a Europa Continental onde ocorre a espécie Lycopodiella cernua; está também presente uma população de feto-de-cabelinho (Culcita macrocarpa), a única detetada em todo o Continente. Como exemplos de endemismos de distribuição restrita podem ser apontadas as espécies Dryopteris guanchica, Sucissa pinnatifida, Linkagrostis juressi e o emblemático martelinhos (Narcissus cyclamineus). Observam-se ainda o feto relíquia Davallia canariensis e a Silene marizii. Além das espécies protegidas, há outras que se revestem de particular interesse, como é o caso das plantas insetívoras – duas espécies de orvalhinhas, a pinguícola e o pinheiro-baboso atraem a atenção não só dos botânicos mas também do cidadão comum. Estas serras albergam também uma grande variedade faunística. Destaca-se pela sua importância conservacionista e especial relevância na área a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), que encontra nas minas resultantes da exploração aurífera romana os melhores locais conhecidos para a sua reprodução e período de metamorfose. A relevância do território para a salamandra-lusitânica, anfíbio endémico do Noroeste da Península Ibérica e com o estatuto de conservação “Vulnerável”, motivou a que fosse escolhida para figurar no logótipo do Parque das Serras do Porto. Detêm também especial estatuto a nível comunitário, conforme a Diretiva “Aves”, o falcão-peregrino, o guarda-rios, a cotovia-pequena, o milhafre-preto e a felosa-do-mato, às quais se juntam as espécies salvaguardas pela Diretiva “Habitats”, por exemplo: rã-de-focinho-pontiguado, rã-ibérica, tritão-marmorado, sapo-corredor; cobra-de-ferradura, cágado-mediterrânico, lagarto-de-água; lontra, morcego-de-ferradura-grande, morcego-de-peluche, toupeira-d’água; boga-do-Norte, bordalo, panjorca, ruivaco e, nos invertebrados, a cabra-loura e as libélulas de nome científico Gomphus graslinii, Macromia splendens e Oxygastra curtisii. Ocorrem ainda inúmeras outras espécies de fauna que enriquecem o património biológico e salientam a importância das serras enquanto refúgio metropolitano.
- PATRIMÓNIO IMATERIAL
A tradição de contar e narrar “estórias” por via oral remonta ao momento em que o homem começou a comunicar. A lenda nesta área geográfica congrega na memória a passagem real e fantasiosa das lutas de mouros e cristãos, das mouras encantadas e dos seus tesouros, da mulher que faz bruxarias, da natureza, das serras e dos rios. Um exemplo será a lenda da Sr.ª do Salto que nos fala de um “milagre” e em vencer a própria natureza pela fé. Quando um cavaleiro ao perseguir uma lebre, se depara com um precipício e ao invocar N. Sr.ª para o proteger da queda, isto é, do salto, é salvo. Hoje as “marmitas de gigante” visíveis no leito do rio Sousa são conhecidas como sendo as pegadas do cavalo. Um outro exemplo, cujo registo remonta ao século XVIII, é a lenda da Serra de Pias ou Pias de S. Martinho. Quando havia falta de chuva, importante para a agricultura e pastos, os habitantes de Aguiar, São Martinho de Campo e São Pedro da Cova deslocavam-se em procissão à serra, que depois de secarem a pia, aí existente, com panos de linho e rogações, regressavam já a chover.
Waypoints
Aguiar de Sousa
Aguiar de Sousa é uma freguesia portuguesa do concelho de Paredes. Foi vila e sede de um extenso concelho até ao início do século XIX. Era constituído por 39 freguesias dos actuais municípios de Gondomar, Valongo, Lousada, Paredes e Paços de Ferreira. Tinha, em 1801, cerca de 21 mil habitantes e ocupava uma superfície de cerca de 260 km².
Capela de São Sebastião
A Capela de São Sebastião é de planta retangular, profundamente alterada. Tem cobertura de duas águas, com prolongamento e acrescento de um avançado do lado esquerdo, onde se encontra adossado um alpendre de placa que protege a porta principal de verga reta. É encimada por uma cruz vazada, ladeada por dois painéis de azulejos com figuras bíblicas. As paredes são pintadas de branco com uma faixa acastanhada a definir um rodapé. Do lado direito, destaca-se torre sineira de granito, subdividida em dois lanços por um ressalto. No primeiro, os vãos arqueados de passagem são vazados para dois lados. Referenciada já nos séculos XVII e XVIII, da sua antiguidade permanecem apenas alguns elementos.
cruzamento da EM1432
cruzamento da EN209-1
panorâmica serras de Pias e do Castiçal
A Serra de Pias (também conhecida por Serra do Raio) é uma serra portuguesa localizando-se a sudoeste da freguesia de Campo, concelho de Valongo, no limite com a freguesia de Aguiar de Sousa, do concelho de Paredes, sendo a sua área distribuída por estes dois concelhos. O topónimo Pias ou Pia, este último mais vulgar popularmente, advém do facto de no seu cimo existir uma pequena concavidade escavada na rocha onde se deposita água. Em tempos não muito recuados quando havia épocas anormais e prolongadas de seca os habitantes das redondezas, nomeadamente os paroquianos de S. Martinho do Campo, faziam peregrinações ao cimo da serra para pedir chuva a Deus, sendo que, em alguns casos, no regresso a suas casas os romeiros já vinham acompanhados da tão desejada precipitação. Na sua cumeada existe também um pequeno planalto ao qual é dado o nome de Campo de S. Martinho. As águas das suas encostas correm livremente, ou através de pequenas linhas de água, quer para o rio Ferreira, que passa a Norte, quer para o rio Sousa, que se encontra mais a Sul. Esta serra possui plantas autóctones mas nas suas encostas proliferam as plantações industriais de eucaliptos desde há alguns anos. Desde tempos recuados que do seu subsolo têm sido extraídos minérios como o ouro e o antimónio. Actualmente ainda é extraída ardósia do subsolo do seu sopé localizado, nos lugares de Milhária e Vinhas, na freguesia de Campo. Esta serra conjuntamente com a serra de Santa Justa e a serra de Castiçal, esta localizada também no concelho de Gondomar, forma um vasto pulmão verde na área metropolitana do Porto, sendo que politicamente tem havido avanços e recuos na criação de uma reserva natural que abranja toda esta grande área.
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Easy
Um bom treino. Gostei muito deste trilho não foi desgastante. Comecei na Rua Beloi. Fui extremamente interessante a partir do Ribeiro. Nova vegetação, depois a aldeia de Aguiar de Sousa e a última subida e a paisagem na descida de volta ao carro. São as nossas Serras do Porto e são boas opções aqui perto. Obrigado pela partilha.
Obrigado, Tagarelas do Monte, pelo comentário e avaliação do trilho.
Este não foi dos trilhos que mais apreciei fazer, talvez porque nesse dia o tempo esteve mau...
As Serras do Porto, se forem bem tratadas, sem depósitos de lixo, com maior equilíbrio na mancha florestal (menos eucalipto), tem imenso potencial para se tornarem num território de excelência para a prática desportiva (caminhada, trail, BTT). Apenas seria necessário haver vontade política... e alguma convicção nas necessárias decisões.
Pode ser que com a nova rede de percursos (a ser divulgada para breve, espero), esse impulso se manifeste!
Continuação de boas caminhadas!
Desta série de novos este tem o seu encanto... Embora não passe em rio que lhe dá sempre algum encanto. Ainda tem algumas zonas mas poucas de lixo e o eucalipto também faz parte de 80 por cento... Mas tem a urze e a carqueja em flôr que é bom. Mas na zona em que não existem apenas eucaliptos a quantidade de sons de pássaros é abismal. Concordo que realmente esta rede de caminhadas tem que ser alargada em breve... Porque já se encontra muitas pessoas a fazer as suas caminhadas. Seria mais radical no que conta a desportos motorizados... Aí deveria ser proibido passagem em caminhos pedestres. Não me recordo em outro país estar a fazer uma caminhada e ter que me afastar, correr o perigo ou de comer pó! E principalmente pelo ruído... Fique bem e obrigado
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Mais um percurso pelo Parque das Serras do Porto que, embora não acrescente nada de especial, permite pelo menos fazer exercício físico ao ar livre e conhecer um pouco mais desta região tão maltratada (desordenamento de território, sobreplantação de eucaliptos, etc...). Foi um bom treino. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!
Olá JoãoMarques Fernandes
Sem ser um trilho espetacular, é um trilho interessante que rodeia o vale do Torno através da Serra do Castiçal a oeste e a Serra de Pias a leste.
O trilho permite apreciar belas paisagens.
Fiquei na dúvida se vale do Torno é o mesmo do vale do Aguiar?
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Easy
Olá JoãoMarques Fernandes
Sem ser um trilho espetacular, é um trilho interessante que rodeia o vale do Torno através da Serra do Castiçal a oeste e a Serra de Pias a leste.
O trilho permite apreciar belas paisagens.
Fiquei na dúvida se vale do Torno é o mesmo do vale do Aguiar?
Obrigado, STrilhos, pelo comentário e avaliação do trilho.
Na verdade não lhe consigo dar uma resposta muito concreta, pois a falta de informação acerca deste trilho (e de outros nesta região...) não facilita a pesquisa. O facto deste percurso circundar o ribeiro de Vale do Torno pode estar na origem da designação do mesmo. Mas ao consultar a página dos percursos pedestres do Parque das Serras do Porto, este trilho nem sequer consta da curta lista que lá está. E ele fazia parte da lista inicial dos novos percursos a implementar nesta região, segundo informação obtida junto da CM Valongo. Mas é possível que os habitantes locais também atribuam o nome Vale de Aguiar a esta zona... mas isto é só uma suposição!
Infelizmente, lamento não conseguir dar-lhe uma resposta mais concisa...
Continuação de boas caminhadas!
Obrigado Joao Marques Fernandes.
Curiosamente, em Novembro quando fiz um trilho entre o Rio Ferreira e o Sousa, o Gaia GPS chamava-lhe Ribeira de Aguiar. Hoje vinha referida como Ribeira do Torno.
A minha confusão foi devida também porque hoje vi várias sinaleticas do PR 10 Vale de Aguiar. Mas o PR 10 é um trilho que começa e acaba na Sra. do Salto e que tem um traçado comum com o trilho do Torno.
São pormenores
O importante é desfrutar a Montanha.
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Mais um trilho do Parque das Serras do Porto, bom para quem gosta de trail. Como caminhada, faz-se mas não justifica uma deslocação de longe. Resumindo, um bom treino! Abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!