PR 5 ACB Rota Mata do Vimeiro
near Gaio, Leiria (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Percurso marcado na Mata Nacional do Vimeiro que permite, aos amantes da natureza, a descoberta deste imenso património ambiental, de forma segura. Um percurso pensado para famílias, escolas e grupos organizados.
Situada no concelho de Alcobaça, na freguesia do Vimeiro, a Mata estende-se por 267 hectares e é constituída por quatro matas: a mata da Roda, do Gaio, da Ribeira e do Canto.
Antes de integrar o património do Estado, a Mata pertenceu ao Mosteiro de Alcobaça. Em 1835 (após a extinção das ordens em religiosas) foi incorporada na Administração Geral das Matas do Reino, sendo atualmente gerida pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Joaquim Vieira Natividade (22 novembro 1899 – 19 novembro 1968) elegeu-a para os seus trabalhos de investigação da Estação Experimental do Sobreiro e Eucalipto, entre 1930 e 1950.
O PR5 Mata Nacional do Vimeiro tem início e chegada (com estacionamento acessível) na antiga Casa do Guarda do Gaio, edifício ocupado, no passado, pelos Serviços Florestais, mais especificamente pelos Guardas Florestais.
Nas imediações da Casa do Guarda existe o espaço do Centro Cultural e Recreativo do Gaio e o Parque de Merendas do Gaio (equipado com WC, mesas e grelhador, bem como uma enorme área de lazer com sombras e brinquedos), num espaço de plena sombra. Segue-se em direção ao depósito da água e às ruínas dos antigos viveiros. A zona do antigo viveiro tem uma área ocupada por herbáceas e arbustivas, muitas delas autóctones. A outra área está ocupada por rebentos de toiça de várias espécies, entre elas o castanheiro. Continuando, chega-se à fonte da Pena da Gouvinha, que também oferece zona de descanso. Segue-se depois por estrada de terra batida, na direção de regresso à casa do guarda.
PATRIMÓNIO NATURAL
A Mata Nacional do Vimeiro, com 267 ha., está arborizada numa superfície de 247 ha., tendo como espécie principal o pinheiro-bravo (60% da área da Mata), seguido do eucalipto (8% da área, destinada à produção de madeira de qualidade) e do sobreiro (6% da área da Mata). Possui ainda uma notável mancha de carvalho-português (Quercus faginea subsp. broteroi), com uma superfície de cerca de 20 ha. que, em conjunto com a fonte da Pena da Gouvinha e os Parques de Merendas, criam uma paisagem natural de rara beleza. Ao nível do estrato arbustivo existem medronheiros, urzes, tojos, mas também algumas acácias e silvas. Junto ao solo encontramos algumas ervas aromáticas e uma grande diversidade de cogumelos. A fauna mais típica é o esquilo-vermelho, o sacarrabo, o javali, a águia-de-asa-redonda e o gaio. O percurso permite apreciar património ambiental único na região quer pela dimensão da mancha florestal, quer pelas espécies que a constituem.
FREGUESIA DO VIMEIRO
A Mata situa-se na freguesia do Vimeiro, concelho de Alcobaça. O Vimeiro terá começado por ser uma vasta propriedade privilegiada, pertença do Mosteiro de Alcobaça. A localidade existia já em 1296, segundo o auto da demarcação das Igrejas dos antigos Coutos de Alcobaça, citado por Frei Fortunato de Boaventura. Desse tempo, hoje, resta a Quinta do Vimeiro, antiga Granja Cisterciense que, no período medieval, era uma das mais prósperas das 14 que integravam os Coutos de Alcobaça, onde funcionou uma importante escola agrícola. Aí foram encontradas diversas lápides de mármore e vários fragmentos cerâmicos que atestam a presença humana muito anterior à chegada dos Monges de Cister, no século XII.
A ação dos chamados monges agrónomos, elogiada por Joaquim Vieira Natividade, atribuiu-lhes um aperfeiçoado cultivo dos pomares. Sabe-se que, no século XVIII, a cultura da laranjeira e do limoeiro ocupava uma área considerável no Vimeiro. Atualmente, as práticas agrícolas, nomeadamente o cultivo da Maçã de Alcobaça, são remanescentes diretas do trabalho que os monges ali fizeram durante vários séculos, sendo ainda hoje a agricultura a atividade dominante. O Vimeiro também é conhecido pela presença dos Moinhos de Vento.
É, em terras do Vimeiro, que nasce o rio Baça que, quilómetros mais à frente, em plena cidade de Alcobaça, se junta ao rio Alcoa.
JOAQUIM VIEIRA NATIVIDADE
Joaquim Vieira Natividade (1899-1968) ilustre figura científica e humanista, natural de Alcobaça, desenvolveu importantes trabalhos de investigação e desenvolvimento no domínio frutícola e florestal.
Entre 1930 e 1950, elegeu a Mata do Vimeiro para os seus trabalhos de investigação, como diretor, na Estação Experimental do Sobreiro e Eucalipto, em Alcobaça. Tanto no seu trabalho na fruticultura como na subericultura Joaquim Vieira Natividade preocupou-se sempre em divulgar junto dos trabalhadores rurais as suas investigações, tornando-o uma referência na forma como se exploram as árvores e o solo. Manuel Gomes Guerreiro apelidou-o como “O último monge-agrónomo de Santa Maria de Alcobaça”.
Situada no concelho de Alcobaça, na freguesia do Vimeiro, a Mata estende-se por 267 hectares e é constituída por quatro matas: a mata da Roda, do Gaio, da Ribeira e do Canto.
Antes de integrar o património do Estado, a Mata pertenceu ao Mosteiro de Alcobaça. Em 1835 (após a extinção das ordens em religiosas) foi incorporada na Administração Geral das Matas do Reino, sendo atualmente gerida pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Joaquim Vieira Natividade (22 novembro 1899 – 19 novembro 1968) elegeu-a para os seus trabalhos de investigação da Estação Experimental do Sobreiro e Eucalipto, entre 1930 e 1950.
O PR5 Mata Nacional do Vimeiro tem início e chegada (com estacionamento acessível) na antiga Casa do Guarda do Gaio, edifício ocupado, no passado, pelos Serviços Florestais, mais especificamente pelos Guardas Florestais.
Nas imediações da Casa do Guarda existe o espaço do Centro Cultural e Recreativo do Gaio e o Parque de Merendas do Gaio (equipado com WC, mesas e grelhador, bem como uma enorme área de lazer com sombras e brinquedos), num espaço de plena sombra. Segue-se em direção ao depósito da água e às ruínas dos antigos viveiros. A zona do antigo viveiro tem uma área ocupada por herbáceas e arbustivas, muitas delas autóctones. A outra área está ocupada por rebentos de toiça de várias espécies, entre elas o castanheiro. Continuando, chega-se à fonte da Pena da Gouvinha, que também oferece zona de descanso. Segue-se depois por estrada de terra batida, na direção de regresso à casa do guarda.
PATRIMÓNIO NATURAL
A Mata Nacional do Vimeiro, com 267 ha., está arborizada numa superfície de 247 ha., tendo como espécie principal o pinheiro-bravo (60% da área da Mata), seguido do eucalipto (8% da área, destinada à produção de madeira de qualidade) e do sobreiro (6% da área da Mata). Possui ainda uma notável mancha de carvalho-português (Quercus faginea subsp. broteroi), com uma superfície de cerca de 20 ha. que, em conjunto com a fonte da Pena da Gouvinha e os Parques de Merendas, criam uma paisagem natural de rara beleza. Ao nível do estrato arbustivo existem medronheiros, urzes, tojos, mas também algumas acácias e silvas. Junto ao solo encontramos algumas ervas aromáticas e uma grande diversidade de cogumelos. A fauna mais típica é o esquilo-vermelho, o sacarrabo, o javali, a águia-de-asa-redonda e o gaio. O percurso permite apreciar património ambiental único na região quer pela dimensão da mancha florestal, quer pelas espécies que a constituem.
FREGUESIA DO VIMEIRO
A Mata situa-se na freguesia do Vimeiro, concelho de Alcobaça. O Vimeiro terá começado por ser uma vasta propriedade privilegiada, pertença do Mosteiro de Alcobaça. A localidade existia já em 1296, segundo o auto da demarcação das Igrejas dos antigos Coutos de Alcobaça, citado por Frei Fortunato de Boaventura. Desse tempo, hoje, resta a Quinta do Vimeiro, antiga Granja Cisterciense que, no período medieval, era uma das mais prósperas das 14 que integravam os Coutos de Alcobaça, onde funcionou uma importante escola agrícola. Aí foram encontradas diversas lápides de mármore e vários fragmentos cerâmicos que atestam a presença humana muito anterior à chegada dos Monges de Cister, no século XII.
A ação dos chamados monges agrónomos, elogiada por Joaquim Vieira Natividade, atribuiu-lhes um aperfeiçoado cultivo dos pomares. Sabe-se que, no século XVIII, a cultura da laranjeira e do limoeiro ocupava uma área considerável no Vimeiro. Atualmente, as práticas agrícolas, nomeadamente o cultivo da Maçã de Alcobaça, são remanescentes diretas do trabalho que os monges ali fizeram durante vários séculos, sendo ainda hoje a agricultura a atividade dominante. O Vimeiro também é conhecido pela presença dos Moinhos de Vento.
É, em terras do Vimeiro, que nasce o rio Baça que, quilómetros mais à frente, em plena cidade de Alcobaça, se junta ao rio Alcoa.
JOAQUIM VIEIRA NATIVIDADE
Joaquim Vieira Natividade (1899-1968) ilustre figura científica e humanista, natural de Alcobaça, desenvolveu importantes trabalhos de investigação e desenvolvimento no domínio frutícola e florestal.
Entre 1930 e 1950, elegeu a Mata do Vimeiro para os seus trabalhos de investigação, como diretor, na Estação Experimental do Sobreiro e Eucalipto, em Alcobaça. Tanto no seu trabalho na fruticultura como na subericultura Joaquim Vieira Natividade preocupou-se sempre em divulgar junto dos trabalhadores rurais as suas investigações, tornando-o uma referência na forma como se exploram as árvores e o solo. Manuel Gomes Guerreiro apelidou-o como “O último monge-agrónomo de Santa Maria de Alcobaça”.
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Top... Bastante vegetação.