PR 2.3 Sever do Vouga
near Vila Fria, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Já antes de começar com as caminhadas, achava a Cascata da Cabreia um sítio único. E lá me atrevi a fazer o percurso.
Comecei no parque da Cabreia, claro que sendo o primeiro a chegar tive de dar uma volta pelo parque. A beleza do local merecia outro asseio, os caixotes do lixo estavam a transbordar e havia algum lixo espalhado pelo chão, autoridades e utentes deviam ter outro cuidado.
Mas adiante, lá comecei pelo alcatrão,mas tive de fugir para a terra, andar por caminhos ou trilhos é sempre mais agradável do que pelo alcatrão.
Até chegar às minas o percurso foi bastante agradável, a vegetação, as sombras e a água tornam o caminho bastante fresco. Podemos tentar explorar melhor um ou outro sítio, as ruínas, as pontes, os túneis. Quiçá depois da caminhada venha a curiosidade sobre as histórias do local e das suas gentes. O regresso foi um bocado quente pelo meio dos eucaliptais.
O percurso sinalizado tem o seu inicio aqui na Cascata da Cabreia e desenvolve-se pela zona envolvente proporcionando três alternativas com diferentes extensões sendo a maior delas, aquela que permite a passagem dentro do perímetro do Complexo Mineiro da Malhada e Braçal. Nestas minas era explorada a Galena ou Minério de Chumbo.
O Braçal, a Malhada e o Coval da Mó constituíram um dos mais importantes centros mineiros do norte do país. A descoberta nestas minas de vestígios antigos leva a conclusão de que as mesmas já existiam, provavelmente do tempo dos Romanos. De 6 de Agosto de 1836, data a emissão do decreto concedendo o campo da antiga mina do Braçala José Bernardo Michelis. Em 1840 a concessão passou para o alemão Diederich Mathias Fewerheerd que a explorou durante dez anos. Em 1850 foi descoberta a mina da Malhada que dista da do Braçal cerca de 300 metros cujo poço principal o "Poço Mestre Linna cerca de 400 metros de profundidade Iniciou-se uma nova fase em 1882 com a criação da Companhia Mineira e Metalúrgica do Braçal, formando-se em 1898 uma Companhia Belga que se propôs revitalizar as minas e modernizá-las. Todo o complexo mineiro é banhado pelo rio Mau que passa neste local, formando esta linda cascata da Cabreia e que na zona mineira se encontra escondido, quase sempre canalizado em túneis. Nos anos de 1862 a 1863 houve grandes manifestações populares contra as minas, porque se alegava que os fumos dos formos prejudicavam as culturas. Já no século XX e durante vários anos a empresa mineira foi administrada pelo Sr. Engenheiro Gregório Pinto Rola. Após alguns anos de paragem, a exploração mineira foi reactivada em 1942, terminando definitivamente em 1958, sendo administrador até então o Sr. Engenheiro João Oliveira Vidal. De 1949 a 1955 chegaram a trabalhar neste complexo mineiro 742 operários, fazendo desta empresa uma das maiores do Distrito de Aveiro. O encerramento das minas provocou um grave problema social que levou ao êxodo completo para a emigração em França e Alemanha.
Comecei no parque da Cabreia, claro que sendo o primeiro a chegar tive de dar uma volta pelo parque. A beleza do local merecia outro asseio, os caixotes do lixo estavam a transbordar e havia algum lixo espalhado pelo chão, autoridades e utentes deviam ter outro cuidado.
Mas adiante, lá comecei pelo alcatrão,mas tive de fugir para a terra, andar por caminhos ou trilhos é sempre mais agradável do que pelo alcatrão.
Até chegar às minas o percurso foi bastante agradável, a vegetação, as sombras e a água tornam o caminho bastante fresco. Podemos tentar explorar melhor um ou outro sítio, as ruínas, as pontes, os túneis. Quiçá depois da caminhada venha a curiosidade sobre as histórias do local e das suas gentes. O regresso foi um bocado quente pelo meio dos eucaliptais.
O percurso sinalizado tem o seu inicio aqui na Cascata da Cabreia e desenvolve-se pela zona envolvente proporcionando três alternativas com diferentes extensões sendo a maior delas, aquela que permite a passagem dentro do perímetro do Complexo Mineiro da Malhada e Braçal. Nestas minas era explorada a Galena ou Minério de Chumbo.
O Braçal, a Malhada e o Coval da Mó constituíram um dos mais importantes centros mineiros do norte do país. A descoberta nestas minas de vestígios antigos leva a conclusão de que as mesmas já existiam, provavelmente do tempo dos Romanos. De 6 de Agosto de 1836, data a emissão do decreto concedendo o campo da antiga mina do Braçala José Bernardo Michelis. Em 1840 a concessão passou para o alemão Diederich Mathias Fewerheerd que a explorou durante dez anos. Em 1850 foi descoberta a mina da Malhada que dista da do Braçal cerca de 300 metros cujo poço principal o "Poço Mestre Linna cerca de 400 metros de profundidade Iniciou-se uma nova fase em 1882 com a criação da Companhia Mineira e Metalúrgica do Braçal, formando-se em 1898 uma Companhia Belga que se propôs revitalizar as minas e modernizá-las. Todo o complexo mineiro é banhado pelo rio Mau que passa neste local, formando esta linda cascata da Cabreia e que na zona mineira se encontra escondido, quase sempre canalizado em túneis. Nos anos de 1862 a 1863 houve grandes manifestações populares contra as minas, porque se alegava que os fumos dos formos prejudicavam as culturas. Já no século XX e durante vários anos a empresa mineira foi administrada pelo Sr. Engenheiro Gregório Pinto Rola. Após alguns anos de paragem, a exploração mineira foi reactivada em 1942, terminando definitivamente em 1958, sendo administrador até então o Sr. Engenheiro João Oliveira Vidal. De 1949 a 1955 chegaram a trabalhar neste complexo mineiro 742 operários, fazendo desta empresa uma das maiores do Distrito de Aveiro. O encerramento das minas provocou um grave problema social que levou ao êxodo completo para a emigração em França e Alemanha.
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