PR 1 VCT - Trilho da Montanha Sagrada
near Montaria, Viana do Castelo (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O Trilho da Montanha Sagrada desenvolve-se, essencialmente, pelas encostas e topos da Serra d’Arga. No
início do percurso avistam-se o vale do Rio Âncora e os largos socalcos suportados por muros de pedra de
Trás-Âncora, os pomares e os olivais, as ramadas e as frondosas matas que tudo rodeiam.
Nos altos da serra encontram-se as mais vastas chãs, escassamente arborizadas e onde frequentemente
se avistam manadas de garranos a pastar; a de São João e a Grande, entre as quais se eleva o Alto do Espinheiro, o ponto mais alto da serra, culminando a 825 metros de altitude. Da primeira brotam de duas fontes
— da Urze e do Madeiro — as águas que formarão a jusante o Rio Âncora; da segunda obtém-se um vasto
panorama sobre o vale do Rio Lima e a sua planície aluvionar.
A maior parte do percurso atravessa áreas de planalto, linhas de cume e topos de encosta, por entre uma
extensa paisagem granítica digna de contemplação. Esta aparente monotonia visual é contrabalançada
pela observação de inúmeras formas rochosas, vigorosos vales, linhas de água em zonas de falha e veigas
em planalto.
Apesar de predominar o granito, em encostas voltadas a oeste, observam-se quartzodiorito, com tonalidade bem mais clara que as demais rochas. Localmente, também se observam litologias geologicamente
recentes, na forma de depósitos de vertente. Nas áreas contíguas ao trilho, merece referência o património histórico-mineiro, particularmente no vale do Regueiro da Lapa (bacia hidrográfica do rio Âncora) onde
existem indícios de antigas explorações minerais de estanho e de ouro.
Na litologia granítica do início do percurso dominam os matos secos de tojo-arnal (Ulex europaeus) e os
prados secos com gramíneas típicas de solos pobres. Debaixo dos grandes blocos graníticos que pontuam
ao longo do trilho, desenvolvem-se plantas que aproveitam a sombra providenciada pelas pedras. Depois
da subida chega-se às chãs, que possuem um solo ácido com bastante matéria orgânica e onde ocorrem
diversos tipos de habitat típicos de solos mais húmidos. Na descida para São Lourenço da Montaria ocorre
uma turfeira, a única em bom estado na Serra d’Arga, e onde crescem pequenos arbustos de Erica tetralix,
centenas de orvalhinhas (Drosera rotundifolia e Drosera intermedia) e Carex durieui, uma planta endémica
muito ameaçada pelo desaparecimento do seu habitat.
A grande diversidade de fauna vai desde espécies dos meios aquáticos como a truta (Salmo trutta), a lontra
(Lutra lutra), o melro-de-água (Cinclus cinclus), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) ou a salamandra-
-lusitânica (Chioglossa lusitanica), até um conjunto diversificado de aves associadas aos ambientes de
montanha como o falcão-peregrino (Falco peregrinus), a águia-cobreira (Circaetus gallicus), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), o cuco-rabilongo (Clamator glandarius) ou o torcicolo (Jynx torquilla).
Na montanha, destacam-se ainda os anfíbios associados a charcos temporários, como o sapo-corredor
(Epidalea calamita), répteis como a cobra-de-pernas-tridáctila (Chalcides striatus), e os mamíferos como
o lobo (Canis lupus) e o garrano (Equus caballus celticus).
Quanto ao património, destaca-se a Igreja Paroquial da Montaria e a Capela de Nossa Senhora da Conceição,
bem como os cruzeiros Paroquial e de Nossa Senhora do Carmo. Após o Vale do Regueiro da Fisga é possível
aceder, saindo do trilho, ao Mosteiro de São João d’Arga. Na Chã Grande, o destaque é para o pequeno nicho
que encerra, no seu interior, a imagem tosca da Senhora do Minho.
Após a descida do Outeiro do Homem é possível aceder às ruínas da antiga casa do guarda-florestal. De arquitetura
rústica e implantada num local estratégico, esta habitação possuía divisões amplas e uma cozinha composta
por uma grande lareira com chaminé e, mais afastados, o armazém, a casa do forno e os currais da criação.
No final do percurso encontram-se, nas proximidades do lavadouro público da Montaria, os Moinhos do
Lavadouro, três construções toscas, de pedra solta, de meados do século XVIII.
retirado de : https://www.serradarga.pt/wp-content/uploads/2019/01/02_montanha_sagrada.pdf
Trilho em algumas partes sem marcação, valeu-nos a aplicação para nos orientarmos.
Não há sombras nem fontes de água potável. Levar bastante água e protetor solar no caso de o fazerem num dia de sol.
De resto é desfrutar das belas paisagens, dos vários animais que vão aparecendo, das formas estranhas de algumas pedras.
Há a possibilidade de ir ao mosteiro de S. João de Arga, fazendo +/- 2km a mais, optamos por não ir devido ao calor e ao que ainda nos faltava de percurso.
início do percurso avistam-se o vale do Rio Âncora e os largos socalcos suportados por muros de pedra de
Trás-Âncora, os pomares e os olivais, as ramadas e as frondosas matas que tudo rodeiam.
Nos altos da serra encontram-se as mais vastas chãs, escassamente arborizadas e onde frequentemente
se avistam manadas de garranos a pastar; a de São João e a Grande, entre as quais se eleva o Alto do Espinheiro, o ponto mais alto da serra, culminando a 825 metros de altitude. Da primeira brotam de duas fontes
— da Urze e do Madeiro — as águas que formarão a jusante o Rio Âncora; da segunda obtém-se um vasto
panorama sobre o vale do Rio Lima e a sua planície aluvionar.
A maior parte do percurso atravessa áreas de planalto, linhas de cume e topos de encosta, por entre uma
extensa paisagem granítica digna de contemplação. Esta aparente monotonia visual é contrabalançada
pela observação de inúmeras formas rochosas, vigorosos vales, linhas de água em zonas de falha e veigas
em planalto.
Apesar de predominar o granito, em encostas voltadas a oeste, observam-se quartzodiorito, com tonalidade bem mais clara que as demais rochas. Localmente, também se observam litologias geologicamente
recentes, na forma de depósitos de vertente. Nas áreas contíguas ao trilho, merece referência o património histórico-mineiro, particularmente no vale do Regueiro da Lapa (bacia hidrográfica do rio Âncora) onde
existem indícios de antigas explorações minerais de estanho e de ouro.
Na litologia granítica do início do percurso dominam os matos secos de tojo-arnal (Ulex europaeus) e os
prados secos com gramíneas típicas de solos pobres. Debaixo dos grandes blocos graníticos que pontuam
ao longo do trilho, desenvolvem-se plantas que aproveitam a sombra providenciada pelas pedras. Depois
da subida chega-se às chãs, que possuem um solo ácido com bastante matéria orgânica e onde ocorrem
diversos tipos de habitat típicos de solos mais húmidos. Na descida para São Lourenço da Montaria ocorre
uma turfeira, a única em bom estado na Serra d’Arga, e onde crescem pequenos arbustos de Erica tetralix,
centenas de orvalhinhas (Drosera rotundifolia e Drosera intermedia) e Carex durieui, uma planta endémica
muito ameaçada pelo desaparecimento do seu habitat.
A grande diversidade de fauna vai desde espécies dos meios aquáticos como a truta (Salmo trutta), a lontra
(Lutra lutra), o melro-de-água (Cinclus cinclus), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) ou a salamandra-
-lusitânica (Chioglossa lusitanica), até um conjunto diversificado de aves associadas aos ambientes de
montanha como o falcão-peregrino (Falco peregrinus), a águia-cobreira (Circaetus gallicus), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), o cuco-rabilongo (Clamator glandarius) ou o torcicolo (Jynx torquilla).
Na montanha, destacam-se ainda os anfíbios associados a charcos temporários, como o sapo-corredor
(Epidalea calamita), répteis como a cobra-de-pernas-tridáctila (Chalcides striatus), e os mamíferos como
o lobo (Canis lupus) e o garrano (Equus caballus celticus).
Quanto ao património, destaca-se a Igreja Paroquial da Montaria e a Capela de Nossa Senhora da Conceição,
bem como os cruzeiros Paroquial e de Nossa Senhora do Carmo. Após o Vale do Regueiro da Fisga é possível
aceder, saindo do trilho, ao Mosteiro de São João d’Arga. Na Chã Grande, o destaque é para o pequeno nicho
que encerra, no seu interior, a imagem tosca da Senhora do Minho.
Após a descida do Outeiro do Homem é possível aceder às ruínas da antiga casa do guarda-florestal. De arquitetura
rústica e implantada num local estratégico, esta habitação possuía divisões amplas e uma cozinha composta
por uma grande lareira com chaminé e, mais afastados, o armazém, a casa do forno e os currais da criação.
No final do percurso encontram-se, nas proximidades do lavadouro público da Montaria, os Moinhos do
Lavadouro, três construções toscas, de pedra solta, de meados do século XVIII.
retirado de : https://www.serradarga.pt/wp-content/uploads/2019/01/02_montanha_sagrada.pdf
Trilho em algumas partes sem marcação, valeu-nos a aplicação para nos orientarmos.
Não há sombras nem fontes de água potável. Levar bastante água e protetor solar no caso de o fazerem num dia de sol.
De resto é desfrutar das belas paisagens, dos vários animais que vão aparecendo, das formas estranhas de algumas pedras.
Há a possibilidade de ir ao mosteiro de S. João de Arga, fazendo +/- 2km a mais, optamos por não ir devido ao calor e ao que ainda nos faltava de percurso.
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