Senhora do Salto - PR 1 (PRD) trilho dos moinhos e PR 2 (PRD) Trilho do Alvre

Senhora do Salto -
PR 1 (PRD) trilho dos moinhos e PR 2 (PRD) Trilho do Alvre


Decidimos juntar dois trilhos pequenos do Município de Paredes com cerca de 5 Km cada um.
Os 2 trilhos tem início e final na Senhora do Salto que é, naturalmente, o local de maior interesse do percurso.
O percurso está bem marcado e sinalizado e desenvolve-se por caminhos florestais e caminhos rurais, alguns deles muito antigos, onde podemos observar as marcas dos rodado dos carros de tração animal.
O percurso atravessa, na sua maior parte, zonas arborizadas, o que que fornece alguma sombra com exceção da altura em que o sol está mais vertical. O eucalipto é a árvore dominante, mas outras espécies arbóreas estão presentes tal como pinheiros, mimosas, acácias e ainda outras menos frequentes como, como medronheiros, sobreiros, amieiros e salgueiros e outras espécies ripícolas.
Durante o trilho podemos abastecer água ao Km 3,2 do percurso, 700 metros após passar a Capela da Sra. do Salto, onde existe uma fonte (não tem indicação de água potável). De resto não existe outros locais para recolha de água.

Neste percurso podemos apreciar a imponência da zona da Senhora do Salto, nomeadamente, o Canhão do Rio Sousa: paisagem e a geomorfologia é marcada pelo afloramento de quartzito da Senhora do Salto numa área xistosa. Assim observamos o Rio Sousa em vales abertos e de águas calmas a montante da pequena hídrica e a jusante da Torre do Castelo de Aguiar; pelo contrario, iremos admirar o espectacular canhão do Salto em que o rio passa em rápidos num vale muito encaixado, profundo e paredes verticais.
Por este motivo, a zona é muito procurada por turistas, pedestrianistas, escaladores e praticantes de outros atividades de montanha.
O local tem ainda uma componente mística, existindo uma lenda, segunda a qual um cavaleiro se livrou da morte ao invocar a proteção da Senhora após um salto inadvertido no abismo. Em sinal de agradecimento pelo milagre, o cavaleiro terá mandado construir a pequena capela da Nossa Senhora do Salto.
A diversidade de habitats considerados prioritários para conservação e a elevada biodiversidade desta área levaram à sua classificação como Sítio de Importância Comunitária da rede de áreas protegidas da União Europeia (Natura 2000).
Outro ponto de interesse do trilho é a Torre do do Castelo de Aguiar de Sousa. O castelo situava-se na rede defensiva do território e foi implantado num local com condições naturais de defesa, na margem direita do Rio Sousa e assumia interesse estratégico para as Terras do Vale do Sousa. Edificado, provavelmente, no século X, altura em que as crónicas cristãs referem a tomada do castelo pelo Almançor quando das suas incursões para Santiago de Compostela. A partir do século XI torna-se cabeça de Terra de Aguiar dominada pelos Sousas ou Sousões, convertendo-se em 1258, no centro administrativo judicial do “Julgado de Aguiar de Sousa”, um dos mais poderosos da região de Entre – Douro- e- Minho, até ao século XIX.
Do Castelo ficaram visíveis restos de uma torre de planta quadrilátera, irregular, de construção em alvenaria de xisto e quartzito.
Classificado como Monumento de Interesse Público e integrado na Rota do Românico, foi objeto de trabalhos de conservação e valorização. Atualmente, resume-se a uma pequena torre situada no topo de uma proeminência perto da margem do Rio.

Decidimos iniciar o percurso em Alvre. Por um lado fica logo à saída da autoestrada e evitamos a confusão que por vezes ocorre na Sra. do Salto.
Depois de sair da autoestrada viras na primeira à esquerda estacionamos o carro na primeira curva à esquerda onde apresenta um pequeno parque de estacionamento ao lado do café Rio à Vista. Descemos por uma rua à esquerda , atravessando logo asseguir o Rio Sousa.
Progredimos pelo meio da povoação, onde podemos apreciar as casas de pátio fechado que são uma das imagens de marca desta região e definem-se por um pátio ou quinteiro fechado, à volta do
qual se dispõem as construções habitacionais e todas as estruturas de apoio à autossubsistência, como as cortes para os animais, a casa para as alfaias agrícolas, a casa da palha e a casa do tear. O conjunto habitacional no seu todo é normalmente murado, tornando-se numa estrutura defensiva ao acesso e aos olhares.
Depois de sair da povoação vamos acompanhar o Rio Sousa numa zona de vale aberto. Depois de passar uma mini-hídrica, o vale torna-se mais fechado, e aparecem as primeiras paredes verticais, local de prática de escalada. Adiante, do lado esquerdo podemos observar a Capela da Senhora do Salto e logo asseguir iremos encontrar os rápidos do rio Sousa a entrar no profundo, escavado e estreito vale. Existe um caminho à esquerda que nos leva perto do Canhão, onde podemos admirar um capricho da Natureza: as altas paredes verticais que parecem ter sido esculpidas, nas quais podemos observar o enrugamento das camadas rochosas estratificadas, algumas em forma de ómega.
O trilho segue pela ponte da Senhora do Salto que atravessa o Rio Sousa para a margem direita.
Depois de caminhar umas dezenas de metros por estrada, entramos em caminho de pé posto, progredimos perto da encosta do Rio. Este caminho da-nos acesso a 2 moinhos. Adiante podemos visitar a Torre do que resta do Castelo de Aguiar do Sousa. Logo após atravessamos novamente o rio para a sua margem esquerda e iniciamos o percurso de regresso por caminhos florestais.
Por volta do Km 6,7 o PR1 segue à esquerda em direção à Senhora do Salto, mas nós continuamos em frente para engatar no PR2.
O caminho de regresso do PR2 passa a uma cota mais alta e mais longe do Rio que o caminho de ida.
Atravessamos a Ribeira de Santa Comba e mais adiante entramos novamente na povoação de Alvre e atravessamos a Aldeia até chegar ao nosso de inicio do nosso trilho.

Boas Caminhadas