Por encostas sul da Freita - Arouca e Vale de Cambra

Um rota que percorre uma parte da encosta sul da serra da Freita por terras de Arouca e Vale de Cambra.
Um percurso circular, com aproximadamente 15 Km, com muita descida e naturalmente muita subida.
A parte final é sempre em subida. Com algumas paragens, nomeadamente nas aldeias, faz-se em 4,5 horas, por isso ideal para uma manhã ou uma tarde. A parte final da subida é muita exposta e sem sombra, pelo que em dias de calor é necessária protecção com chapéu e muita água.

O percurso inicia junto à aldeia do Merujal, que se percorre por entre o velho casario, inflectindo-se para sul com a travessia da Ribeira de Paço de Mato. Depois de se seguir por um curto troço a estrada, toma-se à esquerda um trilho que atravessa parte do planalto da Freita, ladeando o interessante monte conhecido como Contacto Litológico da Mizarela, em direcção à aldeia da Mizarela.

Junto ao miradouro, onde se observa a cascata do Caima, toma-se a estrada com forte descida que serpenteia até à aldeia abandonada da Ribeira, que se pode percorrer até ao pontão sobre o rio Caima, com um eventual mergulho nas límpidas águas.

De seguida, um pouco acima, toma-se à esquerda um caminho pedonal que acompanha de nascente para poente a margem direita do Caima. Na parte inicial tem alguma vegetação, sobretudo giestas, mas faz-se sem problemas até à aldeia de Póvoas dos Chões, que se vai observando ao longe enquanto se faz a aproximação.

Nesta aldeia percorre-se o velho casario e logo depois de tomada a estrada faz-se um desvio em subida até à capela da Senhora do Monte, com belas paisagens ao longe. Uma vez que tem que se regressar à estrada, este desvio pode ser opcional até porque parte da capela é visível da parte de baixo.

Retoma-se a estrada em asfalto, em descida até à aldeia de Paço de Mato onde se ladeia a Capela da Senhora da Luz e entre o velho casario contorna-se o vale da Ribeira de Paço de Mato, que pela segunda vez se atravessa, para depois de uma curta subida retomar à estrada principal para um pouco mais em baixo tomar-se um caminho à direita iniciando-se a partir dali o restante percurso quase sempre em subida.

Neste troço vai-se passar à airosa aldeia de Carvalheda onde com sorte se vê um pequeno rebanho da cabras a pastar. Depois de visitada a aldeia, a subida final em largo estradão, sem sombra, mas com amplas vistas para sul e poente, onde, com tempo adequado, pode-se vislumbrar a zona da ria de Aveiro.

Na parte final retoma-se à aldeia do Merujal onde termina o percurso.
Uma rota não marcada nem muito conhecida mas repleta de pontos de interesse, com aldeias, gente, animais e muita paisagem ao som do Caima e seus ribeiros afluentes.

Para quem quiser endurecer e alongar o percurso (pode significar pelo menos mais 30 minutos), pode fazer parte do troço do PR7 Pelas Escarpas da Mizarela, seguindo as respectivas marcações oficiais, logo após tomar a estrada junto ao miradouro. Este troço é bastante duro e a exigir destreza a precaução, mas conduz precisamente à aldeia da Ribeira. Uma vez aqui pode-se retomar novamente o nosso trilho.

Nota final: Já depois de carregado o trilho, verifiquei que na descida para a aldeia da Ribeira o mapa mostra o percurso deslocado da estrada principal, o que se deve ignorar e considerar naturalmente o percurso da estrada. Como descrevi acima, para quem optar por percorrer o troço do trilho PR7 nesse caso tem mesmo que sair da estrada e seguir as marcações.