PNSAC – Da nascente do Almonda, por caminhos e trilhos serranos

Com os trilhos a chamar por nós nesta fase de desconfinamento e o tempo a dar alguma trégua (sem chuva e ainda com temperaturas amenas), resolvemos em boa hora aventurarmo-nos pela Serra de Aire, subindo até ao seu ponto mais alto, desde a nascente do Almonda indo ao encontro do “velhinho” trilho do Vale do Fojo (TNV PR3/PR4) e regressando ao ponto de partida pelo espetacular Trilho do Vale Garcia.

Palmilhar este bonito e exigente percurso, permite-nos deslumbrar com as paisagens panorâmicas que se vestem agora de primavera, com o desabrochar das espécies vegetais características desta zona natural que podemos observar ao longo de todo o trajeto que se desenvolve por caminhos e trilhos de montanha do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, fazendo parte deste desafio a ida ao ponto mais alto do PNSAC, o vértice geodésico Aire (679 m). E que dizer do trilho do Vale Garcia (sem menosprezo para o do Fojo) que desbravamos por dentro de túneis refrescantes de vegetação autóctone, sempre acompanhados pelo chilrear da passarada e que percorremos numa descida moderada ao longo de uns intermináveis 2K. Simplesmente fantástico.

Esta não é uma rota oficial pelo que se recomenda o uso do GPS com a trilha gravada. Apesar dos caminhos estarem bem definidos e calcorreados, existem várias derivações que nos levam para outros destinos, e a sinalética de PR ou de GR que percorremos em curtos troços sinalizados, servem para nos ajudar a escolher os caminhos naturais de forma a fugir ao asfalto, em especial no caminho de regresso, muito embora não nos livremos de percorrer um curto troço de estradão com alguma brita solta, sendo esta apenas a única parte menos simpática de toda a rota.