PNPG - Rota entre Brandas da Peneda (parcialmente encurtada)
near Porta Cova, Viana do Castelo (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
COSTA DO MENJOEIRO
- Este trilho tem por base o PR10 AVV - Rota entre Brandas da Peneda (atualmente omitido da lista de percursos oficiais do município dos Arcos de Valdevez). Praticamente não se encontra informação acerca do mesmo, apenas um folheto (datado) e vagas referências online. A informação mais completa e útil, encontrei-a na página do Wikiloc do Mário Ramos. No terreno, este percurso coincide em alguns troços com vários outros trilhos e pode, por vezes, causar alguma confusão. O uso de GPS é fundamental;
- Trilho circular, com início e fim na aldeia de Porto Cova (opcional), apenas com marcações nos troços comuns aos GR1 AVV - Travessia das Serras da Peneda e Soajo, GR2 AVV - Grande Rota Intermunicipal do Alto Minho, PR1 AVV - Rota de Sistelo (Romeiros da Peneda), PR6 AVV - Trilho do Glaciar e do Alto Vez e PR14 AVV - Trilho das Brandas de Sistelo. No restante traçado, apenas se encontra sinalização pastoril tradicional de montanha, as mariolas, e de forma inconstante;
- Decorre pelas encostas da Serra da Peneda, ligando as aldeias de Padrão e Porto Cova às Brandas de Cultivo e Brandas de Gado;
- Ao longo deste trilho existem muitos pontos de referência que merecem toda a atenção: o casario serrano, distribuído pelas íngremes vielas da aldeia de Porto Cova (e a simplicidade e simpatia dos seus habitantes), as calçadas de pedra que serpenteiam a serra em direção aos pastos superiores, os inúmeros Cortelhos que se vão encontrando ao longo do percurso, as Brandas de Crastibô, da Lapinheira, de Porta Covelo, das Gémeas, do Arieiro, de Lamelas, do Baragal, de Rio Covo e do Alhal, com todo o seu casario ancestral (muito em ruínas), o rio de Porto Cova, as Corgas dos Cortelhos, de Porto Novo, das Cavadas, de Beai e das Lamelas, os Abrigos dos Pastores, os bosques de coníferas e de folhosas, o Baldio de Sistelo, o casario, a capela e os espigueiros da aldeia de Padrão, o caminho empedrado, entre socalcos, que liga esta aldeia à aldeia de Porto Cova e, ao longo de todo o percurso, as excecionais vistas panorâmicas que este maciço montanhoso proporciona, com destaque muito especial para os deslumbrantes socalcos verdes, vertiginosamente encaixados no vale do Vez;
- Misto de calçadas de pedra, caminhos de terra e trilhos de pé posto;
- Trilho com características difíceis, tendo em conta a distância considerável, mas sobretudo alguns declives muito acentuados e alguns troços de corta-mato;
- A serra da Peneda proporciona fantásticas vistas panorâmicas. Nos pontos de maior altitude, as vistas sobre o vale do Rio Vez e sobre a bacia hidrográfica do Rio Minho e das serras espanholas, revelam toda a sua monumentalidade. Nas cotas mais baixas, os Socalcos de Cultivo da freguesia de Sistelo (que se estendem entre as várias povoações) são de uma beleza arrebatadora;
- As duas aldeias que se atravessam, Padrão e Porto Cova, são ainda exemplos vivos de tradições e costumes serranos, onde a agricultura e a pastorícia determinam o tempo e os hábitos coletivos;
- Este trilho é um percurso com alguma exigência física, quer pelo número de kms, quer pelo facto de alguns troços apresentarem inclinação bastante acentuada. Se chover, com vento e neblina, as dificuldades serão muito acrescidas, pelo que desaconselho percorre-lo. Botas e bastões são essenciais;
- No seu todo, é um percurso paisagisticamente deslumbrante, com muitos pontos de interesse e que resulta numa excelente oportunidade para contactar mais diretamente com esta belíssima região, repleta de história ancestral, numa área de alto valor natural e etnográfico, que permitirá ao caminhante visualizar e sentir o ecossistema de montanha.
Um trilho lindíssimo!
CALÇADA DE PORTO COVA
Outros percursos realizados nesta região:
Das Brandas de Sistelo ao Caminho dos Mortos
PNPG - Da Branda de Travanca ao Alto da Pedrada
PNPG - Percurso dos Bicos (alargado)
PNPG - Da vila do Soajo à Branda da Cova
GARRANOS (BRANDA DO ALHAL)
- SERRA DA PENEDA
Situada no sistema montanhoso Peneda-Gerês, no Parque Nacional da Peneda Gerês, a Serra da Peneda é uma das maiores elevações em Portugal, elevando-se à quota máxima de 1.314 metros de altitude. Composta por um conjunto vasto de montanhas, das quais se destacam os 6 pontos mais elevados (ordenados por cotas) acima dos 1.000 metros de altitude: o Outeiro Alvo a 1.314 metros, o Fojo/Alto da Costa a 1.290 metros, a Penameda a 1.268 metros, a Aguieira/Chá da Matança a 1.215 metros, o Couto do Osso a 1.184 metros e o Vido a 1.175 metros. Na área envolvente situam-se as Serras do Laboreiro, do Soajo e a Amarela. A região é dominada predominantemente por uma paisagem granítica, onde também podemos encontrar o Azevinho, o Carvalho, o Pinheiro, o Medronheiro e diversas espécies de arbustos como as Urzes e as Giestas. Os Riachos trilham desfiladeiros das montanhas. As margens da Barragem do Lindoso emprestam aquela zona, uma beleza rara e única. As Aves de Rapina (a Águia Real, a Águia de Asas Redondas, o Mocho, a Coruja, o Falcão, o Gavião, o Milhafre), o Lobo Ibérico, o Gato Bravo, a Raposa, o Esquilo Vermelho, o Texugo, a Corça, a Cabra Montês, o Javali, a Perdiz, a Galinhola, o Coelho, a Lebre, o Pombo Bravo, a Lontra e tantos outros, fazem parte do vasto conjunto de animais que habitam nesta região.
BALDIO DE SISTELO
- PAISAGEM CULTURAL DE SISTELO
A Paisagem Cultural de Sistelo, no concelho de Arcos de Valdevez, abrange os lugares de Igreja, Padrão e Porta Cova, encastoados entre o troço inicial do rio Vez e a serra da Peneda, e rodados pelos icónicos socalcos do vale fluvial e pelas "brandas" de montanha. A profunda relação entre as populações desta região e o seu território, denunciadora do carácter agropecuário e familiar da economia local, conduziu à estruturação de uma paisagem única, caracterizada não apenas pelo mosaico de formas de ocupação do solo, mas igualmente pelo domínio de uma arquitetura vernácula centrada no uso do granito, que moldou a feição de habitações, templos, pontes e calçadas. De remota origem medieval, Sistelo teve desde cedo o seu território organizado pela ação humana. Assim se reservaram as zonas com melhor insolação para os núcleos de espigueiros; a margem do rio para a implantação de moinhos; as distintas altitudes de montanha para os estreitos socalcos e levadas onde se cultiva, desde o século XVI, o milho; e, já perto do topo da serra, as áreas planas de pasto e cultivo para a prática da pastorícia transumante nas cotas mais altas, ainda pontuadas por peculiares abrigos e currais. A Paisagem Cultural de Sistelo é, desta forma, composta por um espaço natural de superior qualidade paisagística, natural e ambiental, ao qual se soma um notável património etnográfico e histórico cuja preservação e autenticidade é fundamental garantir, sobretudo quando são reconhecíveis as ameaças que enfrentam as economias tradicionais e a organização do mundo rural.
SOCALCOS DE PORTO COVA
- SISTELO
Com cerca de 270 habitantes, a pacata aldeia de Sistelo tem vivido dias agitados desde que foi eleita uma das aldeias vencedoras do concurso 7 Maravilhas de Portugal. Em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, junto à nascente do rio Vez, ergue-se uma magnífica paisagem verde em socalcos que lhe valeu a alcunha de “o pequeno Tibete português”. Os passadiços atraíram muitos turistas até à região, mas foi em 2017 quando a Paisagem Cultural de Sistelo foi reconhecida pelo Presidente da República como Monumento Nacional que a aldeia saiu do anonimato. É a primeira vez que tal classificação é dada a uma aldeia no seu todo, património cultural e natural, que até ao momento era só atribuída ao património edificado. Como tantas outras aldeias portuguesas, Sistelo também sofre com a desertificação, mas mantém todo o seu caráter tradicional de gente simples que vive da terra. Ao passear pelas ruas vai encontrar o casario típico, ruas com pedras grandes moídas pelos carros de bois, moinhos, lavadouros e espigueiros. Mas o ex-libris da aldeia é mesmo o Castelo, que na verdade é um palácio de finais do século XIX onde viveu o Visconde de Sistelo. Manuel António Gonçalves Roque nasceu em Sistelo, mas cedo partiu para o Brasil onde se tornou um comerciante de sucesso. Quando voltou aplicou a sua fortuna na construção de um palácio revivalista de planta retangular com duas torres com ameias, onde se pretende instalar um centro interpretativo da biodiversidade do rio Vez e de promoção dos produtos locais. Mas há muito mais para ver e apreciar. Deixe-se levar pelos sons da aldeia e passeie pelas ruelas, visite a Igreja Matriz, a Ponte Romana sobre o rio Vez, o moinho recuperado, a Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos e as Capelas de Santo António, de São João Evangelista, da Senhora dos Remédios e da Senhora do Carmo. Para uma vista panorâmica, não deixe de subir ao miradouro da Chã da Armada para admirar a paisagem de socalcos e montanha. Maravilhe-se com os socalcos de produção agrícola, resultado da ocupação humana e que acabaram por moldar a paisagem. Os socalcos são a prova viva da capacidade de adaptação do Homem às singularidades e adversidades da natureza. Construídos para aumentarem a superfície de cultivo, os socalcos permitem um aproveitamento do solo para a agricultura de subsistência do milho, feijão e batata e pastagem dos animais, principalmente da vaca barrosã e cachena adaptadas ao clima e relevo da região.
SERRA DA PENEDA
Waypoints
Porto Cova
Porto Cova é uma aldeia da encosta oeste da serra da Peneda, pertence à freguesia de Sistelo, concelho de Arcos de Valdevez. Os habitantes destas aldeias (Porto Cova, Padrão e Sistelo), necessitados de terrenos de cultivo neste reduto enfiado entre ladeiras, retalharam-nas em socalcos. Criaram tantos e tão seguidos que, sem consciência do facto, moldaram estas terras à imagem de outras asiáticas bem conhecidas (Vietname, China, Indonésia e Filipinas), levando a que popularmente estas ficassem conhecidas como sendo o pequeno "Tibete" português. É um monumental complexo, agro-silvo-pastoril, constituído por núcleos habitacionais, socalcos, regadios, espigueiros, eiras e calçadas, e é um dos mais importantes de toda a Europa. O contraste entre estes patamares verdejantes e as encostas rochosas e inóspitas proporcionam um cenário singular, único e deslumbrante.
Levada e linha de água
Levada é a designação que se dá a um canal de irrigação ou aqueduto. Também se chamam levadas aos canais, normalmente de menores dimensões, que levam a água para os moinhos de água.
Cortelho
Cortelho é um recinto, geralmente coberto, uma pequena divisão de um curral onde se recolhe o gado, um lugar onde ficam as crias de cabras ou ovelhas para permitir a recolha do leite das mães. É uma construção rudimentar, feita de granito, onde se abrigavam os brandeiros ou pastores. Os cortelhos existem noutras áreas de montanha, como na Serra Amarela – aqui designados por casarotas – na Serra do Gerês, na Serra da Cabreira e noutros locais da Europa (i.e. Picos da Europa, Pirenéus e Irlanda). No concelho de Arcos de Valdevez este tipo de construção atinge uma quantidade e variedade invulgares, tendo-se estimado um número superior ao milhar. É também referido que foi na Serra da Peneda que encontraram a maior construção em falsa cúpula (cortelho) de Portugal, com 5,5 m de altura.
Branda de Crastibô
As Brandas de Gado das serras da Peneda e Soajo, situadas no concelho de Arcos de Valdevez, são um dos elementos que representam a simbiose entre o Homem e a Natureza. São locais de permanência estival, correspondendo a áreas de pastoreio em altitude, que contemplam pequenas construções para abrigo dos pastores, denominadas por cortelhos, destacando-se ainda as bezerreiras (cercas para o gado) anexas e zonas de pasto (com herbáceas e matos). A utilização destes espaços distingue-se dos da região vizinha de Castro Laboreiro, onde ocorre, no período de verão, uma transumância completa de toda a família, da inverneira para a branda. O local de edificação das brandas seguiu critérios comuns: todas têm disponibilidade de água, de pastagem espontânea, de proteção e boa exposição solar. Os cortelhos e bezerreiras enquadram-se no substrato granítico e utilizam os recursos locais sem afeiçoamento, designadamente lajes e blocos tabulares. Este é um património essencialmente cultural mas com ligações evidentes ao contexto geomorfológico. A Branda de Crastibô, uma branda de cultivo, está hoje praticamente abandonada. Encontra-se num espaço de singular beleza, rodeada por pastagens de montanha e constitui um excelente abrigo para homens e animais.
Branda das Gémeas
Pertencente ao lugar de Padrão, nesta branda pode-se observar um importante núcleo de estruturas de falsa cúpula, que serviam de apoio aos movimentos pastoris transumantes do lugar de Padrão (freguesia de Sistelo), onde os pastores pernoitavam nos meses de verão. Apesar de não serem usadas há algumas décadas, estas estruturas, vulgarmente chamadas de "cortelhos" ou "abrigos" estão relativamente bem conservadas. Na branda das Gémeas (talvez devido ao seu total abandono) sente-se como que um recuo no tempo, que nos transporta a modos de vida que, apesar de não serem muito antigos, quase já não se praticam na actualidade.
Branda do Arieiro
A Branda do Arieiro, situada a uma altitude de 1100 m, foi erguida pela população de Tabarca da freguesia de Cabreiro e assenta igualmente em substrato granítico. Destaca-se, no campo gemorfológico, uma chã que divide a branda em dois núcleos de cortelhos, um de maior dimensão do que o outro. O solo da chã, atinge cerca de 1 m de espessura, tem alto teor de matéria orgânica, sendo o substrato mais fino do que o da chã da branda anterior. São também visíveis diversas nascentes de água que desembocam na Corga de Beai. Por sua vez, esta debita todo o seu caudal na Corga das Cavadas que contribui para o Rio Outeiro, um dos afluentes do Rio Vez. Os dois núcleos de cortelhos estão situados sobre o Granito do Extremo. Para a sua edificação foi exclusivamente utilizado esta rocha granítica local, tendo sido escolhidas lajes finas (espessura entre 10 a 20 cm), blocos tabulares e blocos prismáticos. A tipologia dos cortelhos é de base circular, com diâmetro de 3 m e altura de 2 m a 2,5 m. Estes são de maior volume do que os na Branda de Lamelas e, na maior parte dos cortelhos, o piso interior está forrado com lajes de granito.
Branda de Lamelas
A Branda de Lamelas, situada na freguesia de Cabreiro, é território de aproveitamento de pastos de altitude (900 m) da população do lugar de Barreirô. O aglomerado de construções desta branda encontra-se edificado sobre o Granito da Serra Amarela, que facilmente forma grandes lajes com cerca de 30 cm de espessura, distando pelo menos 1,5 km de outro tipo de granito aflorante na região – o Granito do Extremo. A branda está situada na parte final do tramo mais íngreme da vertente, junto ao início da chã ocupada por pasto, tendo este um substrato arenoso rico em matéria orgânica. Nas cotas mais elevadas da branda observam-se nascentes de água que vêm a constituir a Corga das Lamelas, representando o tramo montante do Rio Couço, afluente do Rio Vez. A branda apresenta um núcleo de cortelhos, a maioria de base circular, com diâmetro entre 2,5 a 3 metros e uma altura de 1,5 a 1,7 metros. O material predominante nas construções é a rocha granítica do substrato local, o Granito da Serra Amarela, tendo sido usados os fragmentos naturais com morfologia diversificada, nomeadamente lajes, blocos tabulares e blocos pseudo-prismáticos. Observam-se ainda, em reduzida quantidade, pequenos blocos de pegmatito, oriundos de um filão existente na área da branda.
Baldio de Sistelo
Baldio é um terreno possuído e gerido por uma comunidade local. O conceito existe noutras regiões com nomes como bem comunal, terra comunal ou terreno comunal. Os baldios em Portugal são geridos pela "Assembleia dos Compartes" (composta pelos moradores de uma ou mais freguesias ou parte delas que, segundo os usos e costumes, tenham direito ao uso e fruição do baldio) e por um "Conselho Directivo" eleito por esta. Os baldios são frequentemente usados para apascentar gado, recolher lenhas, etc., mas os compartes também podem ceder a sua utilização a outras entidades ou a membros da comunidade, por períodos até 20 anos. A origem dos baldios está associada a doações dos reis aos habitantes de cada vila ou termo com terras comuns para pastagens e obtenção de lenhas. Nos anos 1940, é publicada a "Nova Política de Aproveitamento", associada à Lei do Povoamento Florestal (Lei n.º 1971 de 15 de Junho de 1938) que permite a apropriação pelo Estado dos terrenos baldios, então propriedade comum das comunidades serranas. Seguiu-se uma política de florestação de largas áreas de pinhal e de outras espécies de crescimento rápido. Em 1976 os baldios foram devolvidos à população (Decreto-Lei n.º 39/76 de 19 de Janeiro).
Branda do Alhal
A branda do Alhal é uma branda de cultivo e de gado, pertencente ao lugar de Padrão. Tal como todas as brandas, a branda do Alhal representa as formas de ocupação humana nos espaços de montanha, apoiando as populações pastoris e é utilizada principalmente na época estival.
Padrão
Padrão é uma aldeia da encosta oeste da serra da Peneda, pertence à freguesia de Sistelo, concelho de Arcos de Valdevez, inserida numa paisagem com uma área aproximada de 200 ha, marcada pela construção de socalcos e patamares, adaptados às curvas de nível, modelando as encostas íngremes, para produção agrícola, especialmente do milho e do feijão, e para pecuária. Os habitantes destas aldeias (Porta Cova, Padrão e Sistelo), necessitados de terrenos de cultivo neste reduto enfiado entre ladeiras, retalharam-nas em socalcos. Criaram tantos e tão seguidos que, sem consciência do facto, moldaram estas terras à imagem de outras asiáticas bem conhecidas (Vietname, China, Indonésia e Filipinas), levando a que popularmente estas ficassem conhecidas como sendo o pequeno "Tibete" português. É um monumental complexo, agro-silvo-pastoril, constituído por núcleos habitacionais, socalcos, regadios, espigueiros, eiras e calçadas, e é um dos mais importantes de toda a Europa. O contraste entre estes patamares verdejantes e as encostas rochosas e inóspitas proporcionam um cenário singular, único e deslumbrante.
1º Núcleo de Espigueiros
O espigueiro, também chamado canastro, caniço ou hôrreo, é uma estrutura normalmente de pedra e madeira, existindo no entanto alguns inteiramente de pedra, com a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno. No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular nas regiões do Minho, Beira Litoral, Beira Interior e Oeste de Trás-os-Montes.
Comments (6)
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
On Sunday, I headed out to the Peneda Gerês National Park to complete this hike. I knew from the description that it would be a challenging route that would test me. There were times along the way that I cursed the trail - or more specifically, the lack of one!
Large segments of this route go cross-country, without any identifiable trail or path to follow. As such, it is critical to use the app to avoid getting lost. Even with the app, care must be taken. A powerbank will be required to keep the phone battery charged for the long duration of the hike.
It took me 7 hours and 20 minutes to complete this route, which is testament to the difficult nature of some sections of this route (I have covered similar distances previously in 5 hours). Anyone intending to follow this route in the winter would need to start early in the morning, to ensure the route can be completed in daylight.
Boots and walking poles are highly recommended. Long trousers are required to protect legs (no shorts).
As challenging and frustrating as this route is in places, I found it to be an enjoyable experience overall and I am glad that I did it.
My full report, with photos, can be found at this link - https://bermudarover.wordpress.com/2021/08/10/hike-to-the-brandas-of-the-serra-da-peneda/
Hi Craig!
This was one of the routes that gave me the most pleasure to take.
It is physically demanding but the landscapes are breathtakingly beautiful.
I'm glad you also tried this trail.
Greetings and continuation of good walks!!
As brandas da Peneda são locais interessantíssimos, infelizmente algumas já estão completamente votadas ao abandono e em avançado estado de ruína. O trilho deve ser muito bonito. E muito duro, também! Obrigado pela partilha. Abraço!
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
É, de facto, um trilho bem duro mas pleno de beleza, como toda esta região. Abraço!
As belas Brandas da Peneda... vale mesmo a pena conhecer! E Sistelo é lindo, sobretudo os lameiros em socalco da aldeia de Padrão. Um deslumbre! Grande abraço.
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Este trilho teve tanto de belo como de duro. E tivemos que "improvisar" em algumas partes, pois os trilhos começam a ficar fechados pela vegetação. Mas foi uma aventura fantástica, disso não tenho dúvidas!
Grande abraço.