PN Serra do Cipó: Travessia Alto Palácio x Serra dos Alves
near Cardeal Mota, Minas Gerais (Brazil)
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Itinerary description
FAVOR LER A DESCRIÇÃO.
Primeira travessia "oficial" do Parque Nacional da Serra do Cipó, saindo da portaria 3 (Alto Palácio) e finalizando em Serra dos Alves, um vilarejo do município de Itabira.
Para realizar a travessia é preciso agendá-la, somente através do link:
http://www.ecobooking.com.br/site3/destinoEmpresa.php?Xempr=45d8zddqki686zyo27i8
LOGÍSTICA:
Utilizamos uma van para facilitar a logística desta travessia. Entretanto, para realizá-la de forma autônoma, a sugestão é a seguinte:
Partindo de Belo Horizonte, ônibus da Viação Serro (linha Conceição do Mato Dentro) ou Viação Saritur (linha Morro do Pilar). O ideal é comprar o bilhete no guichê da rodoviária e informar como destino o trecho Alto Palácio, assim a passagem sai bem mais barata que comprar o trecho completo para CMD ou Morro do Pilar.
Antes de embarcar para a travessia, feche um serviço de transfer entre Serra dos Alves e algumas localidades referência da região, como Ipoema, Senhora do Carmo ou Itabira. Em Serra dos Alves não há transporte coletivo regular, a exceção da linha Itabira x Alves, que circula somente nas sextas-feiras. Nessas outras três localidades citadas há transporte regular para Belo Horizonte.
Se estiver com tempo sobrando, outra opção é procurar carona para as localidades próximas no próprio vilarejo. A probabilidade de sucesso será maior em fins de semana ou feriados.
A TRAVESSIA:
1º trecho: Alto Palácio x Casa de Tábuas
Saída da sede da fazenda no sentido sudoeste, sentido o Morro da Antena. A caminhada se inicia em ligeiro aclive, pelo topo da Serra do Palácio. A trilha está bem demarcada e segue acompanhando a cerca do Parque Nacional. Próximo das nascentes dos córregos Salitreiro e Alto Palácio há uma descida curta e forte, seguida por um aclive também acentuado. Depois desse ligeiro mergulho o relevo volta a ser suave, até que se inicia a descida rumo ao Travessão.
A descida é divida em dois lances, o primeiro do alto da Serra do Palácio até o entroncamento com a trilha que vem da região das Duas Pontes. Este primeiro trecho possui alguns pontos escorregadios, principalmente se o solo estiver molhado. Após a passagem pela pinturas rupestres, logo tem início o segundo lance da descida, agora predominam os afloramentos rochosos e a trilha corta pequenos afluentes do Córrego Capão da Mata. Ao todo são mais de 400 metros de perda de elevação em pouco mais de 3km, indicando que a descida é íngreme em diversos trechos.
Desde o Travessão se tem um visual magnífico do vale do Rio do Peixe (leste) e também do vale do Córrego Capão da Mata/Rio Bocaina (oeste). Neste tracklog não segui até os mirantes principais, porém, ao chegar ao fim da descida, tome alguma das trilhas que sobem à esquerda.
Após o Travessão tem início uma longa subida até as cabeceiras do Rio do Peixe. O aclive começa intenso por um terreno cascalhado e vai se tornando mais suave ao longo da caminhada. Em pouco mais de 3,5km recuperamos toda a elevação perdida na descida da Serra do Palácio. Ainda na parte inicial da subida é preciso cruzar o Rio do Peixe por duas vezes, estes são os primeiros pontos de água perene da rota.
Ao fim do aclive, tomamos à direita na bifurcação mais importante do primeiro dia, seguindo as estacas amarelas. O outro caminho, de estaca vermelhas, segue em direção ao povoado de Cabeça de Boi. Depois da bifurcação começamos a descer até o vale do Córrego Palmital, onde cruzamos três afluentes. Ao cruzar o segundo, embora tenha um caminho bem demarcado que segue em frente, subindo os campos, a alternativa correta é manter à direita e logo cruzar o 3º afluente. A trilha está um pouco discreta neste trecho, o que pode gerar alguma confusão. Após cruzar o 3º afluente do Palmital tem início um trecho curto no interior de uma mata, com várias exemplares de samambaia. A trilha está um pouco suja, mas segue sem dificuldade de navegação até retornar aos campos rupestres. Depois de vencer o morrte, chega-se à Casa de Tábuas.
No local há quatro catres, banquinhos, uma mesa, fogão de lenha e água na parte baixa do terreno.
2º trecho: Casa de Tábuas x Currais
Saindo do abrigo, a caminha segue em ligeiro aclive por um trecho de campos. Ao alcançar o topo deste trecho, a caminhada segue em um ligeiro declive, passando ao lado de exemplares de canelas-de-ema gigantes. Adiante a trilha deixa o trecho de campos para embrenhar em um capão de mata, na encosta de um morro. A trilha segue em aclive moderado, ao sair da mata passamos por uma cerca velha e a subida se torna mais suave.
Cruzamos um trecho de campos, seguindo em direção a um pico mais elevado que se destaca no horizonte. Na base do pico, próximo a uma cerca, deixamos a mochila e fizemos um breve ataque ao cume. O local é conhecido como "Pico do Curral", com 1.700m de elevação, um dos pontos mais altos do Parque Nacional.
De volta a trilha tradicional, a caminhada segue em aclive, passando ao sul do pico. Vencido o aclive começa um longo trecho até o abrigo dos Currais, onde predomina um declive suave. A caminhada é pela cumeada, com amplos visuais da região ao leste da borda do parque, destaque para a Serra do Lobo e dos Linhares.
Seguimos pela cumeada até o ponto onde é preciso deixar a trilha mais antiga e descer para o fundo de um pequeno vale, à direita, por onde segue uma trilha mais nova e sinalizada. Depois de passar por uma cerca e por uma nascente, a trilha se aproxima de um trecho de afloramentos rochosos. Neste pontoo caminho, que já era discreto, vai sumindo aos poucos e passamos a caminhar no rumo, por um trecho de vegetação rasteira. Mais a frente encontramos outra trilha discreta, mas logo ela some e retornamos a caminhar por campos de vegetação rasteira. Adiante interceptamos a trilha definitiva até os Currais e passamos a caminhar por ela.
Vamos nos aproximando de alguns capões de mata na parte mais baixa do terreno. A trilha percorre uma região de nascentes e logo cruza um afluente do Córrego Mutuca. Após passar por uma porteira, há uma bifurcação importante: à direita um caminho mais sujo em meio a mata que segue direto para os Currais. À esquerda um caminho mais novo, uma espécie de aceiro aberto na mata, que leva para um ponto a frente do abrigo dos Currais.
O abrigo dos Currais é uma casa maior, de dois cômodos, cozinho e quarto. O Córrego Mutuca corre no fundo do terreno, no entorno da casa há um chuveiro de lata e alguns pés de limão capeta. A área de acampamento é ampla e regular.
3º trecho: Currais x Serra dos Alves
Deixamos o abrigo dos Currais tomando uma trilha consolidada no sentido sul, avançando rente a cerca por um aclive suave. Até iniciar a descida da face leste da Serra do Espinhaço, a caminhada se desenvolve pelos campos de altitude, com relevo suave. A trilha segue para o sul até chegar no Córrego da Serra, bem próximo de sua nascente. A partir deste ponto, até o final, a trilha segue para o leste.
Depois de passar por um curral no alto da serra, a caminhada continua em um declive praticamente constante até o Rio Tanque. A primeira parada na descida é no mirante do topo do cânion Boca da Serra. Após o mirante fizemos um rápido ataque ao topo do morrote ao lado do cânion.
Depois de passar pela casa verde no alto da serra, a descida se torna um pouco mais acentuada, neste trecho há uma bifurcação que leva à cachoeira da Luci. Adiante passamos por um pequeno afluente do Córrego da Serra e chegamos à antiga pousada da Luci.
Após a pousada a caminhada segue por uma estradinha em péssimo estado de conservação. Em um trecho em que uma mata margeia a estradinha, há um acesso relativamente discreto que leva à Cachoeira dos Cristais, por onde descemos.
A trilha leva ao topo da cachoeira, para acessar o poço é preciso atravessar o córrego e pegar um caminho de pedras à direita. O poço é relativamente pequeno, com alguns trechos rasos, porém bem interessante para banho. Descendo o rio também é possível acessar outros poços e pequenas piscinas naturais.
Após retornar ao topo da cachoeira, ao invés de subir pela trilha que descemos em meio a mata, seguimos pela esquerda, por uma trilha batida que intercepta a estradinha mais adiante. Agora enfrentamos um declive pesado até o pé da serra. Ao fim da descida continuamos pela estradinha, passando por áreas de capoeira e cruzando o Rio Tanque por uma velha ponte pênsil, em péssimo estado de conservação.
Depois de passar pela ponte, saímos em uma estradinha de rodagem, por onde caminhamos o quilômetro final até chegar ao vilarejos de Serra dos Alves.
OBSERVAÇÕES:
- Essa travessia requer autorização do Parque Nacional da Serra do Cipó, facilmente obtida através do link: http://www.ecobooking.com.br/site3/destinoEmpresa.php?Xempr=45d8zddqki686zyo27i8; limite de 30 pessoas por trecho por dia.
- Travessia de dificuldade moderada. Não apresenta grandes desafios técnicos, a exceção do trecho sem trilhas demarcadas, onde é importante fazer uma boa navegação. Trechos irregulares com aclives e declives acentuados. Embora não seja uma travessia muito exigente, o ideal é que o caminhante já tenha experiência no transporte de cargueiras e em acampamento natural.
- Poucos pontos de água ao longo da rota, principalmente no período de estiagem. Faça a programação dos reabastecimentos. Considero uma autonomia de 2L por pessoa uma quantidade suficiente para passar pelos trechos mais longos sem água.
- A travessia pode ser realizada em 2 ou 3 dias. Desta vez, fizemos em 2. Neste formato, o ideal é começar a caminhar tão logo o dia clareie, para alcançar o abrigo dos Currais ainda de dia (aproximadamente 29km). Se fizer em 3 dias, o ideal é começar a caminhada antes das 9, tendo em vista que o trajeto até o abrigo da Casa de Tábuas também é longo (17,5km) e conta com desníveis acentuados.
- A sinalização é fraca em alguns pontos importantes e a trilha não está 100% marcada. Portanto, o ideal é se utilizar de algum equipamento de navegação para realizar o trajeto sem dificuldades. Caso não possua aparelho GPS ou um smartphone com aplicativo semelhante, o ideal é contratar um guia local.
- O trajeto é exposto ao tempo em quase sua totalidade (>95%), utilize chapéu e protetor solar!
- Sinal de telefone (VIVO) no ponto informado no tracklog, após a subida do Travessão.
- A rota de escape mais interessante para o trajeto é tomar o caminho para Cabeça de Boi, ao invés de seguir para os Alves. No entanto, desde a bifurcação que divide os caminhos, são, aprox., mais 20km até Cabeça de Boi. Portanto, o mais prudente seria retornar ao ponto inicial, caso ainda não tenha passado do Pico do Curral. Se já tiver passado, siga até o final da rota. Lembrando que há sinal de celular em alguns trechos.
Primeira travessia "oficial" do Parque Nacional da Serra do Cipó, saindo da portaria 3 (Alto Palácio) e finalizando em Serra dos Alves, um vilarejo do município de Itabira.
Para realizar a travessia é preciso agendá-la, somente através do link:
http://www.ecobooking.com.br/site3/destinoEmpresa.php?Xempr=45d8zddqki686zyo27i8
LOGÍSTICA:
Utilizamos uma van para facilitar a logística desta travessia. Entretanto, para realizá-la de forma autônoma, a sugestão é a seguinte:
Partindo de Belo Horizonte, ônibus da Viação Serro (linha Conceição do Mato Dentro) ou Viação Saritur (linha Morro do Pilar). O ideal é comprar o bilhete no guichê da rodoviária e informar como destino o trecho Alto Palácio, assim a passagem sai bem mais barata que comprar o trecho completo para CMD ou Morro do Pilar.
Antes de embarcar para a travessia, feche um serviço de transfer entre Serra dos Alves e algumas localidades referência da região, como Ipoema, Senhora do Carmo ou Itabira. Em Serra dos Alves não há transporte coletivo regular, a exceção da linha Itabira x Alves, que circula somente nas sextas-feiras. Nessas outras três localidades citadas há transporte regular para Belo Horizonte.
Se estiver com tempo sobrando, outra opção é procurar carona para as localidades próximas no próprio vilarejo. A probabilidade de sucesso será maior em fins de semana ou feriados.
A TRAVESSIA:
1º trecho: Alto Palácio x Casa de Tábuas
Saída da sede da fazenda no sentido sudoeste, sentido o Morro da Antena. A caminhada se inicia em ligeiro aclive, pelo topo da Serra do Palácio. A trilha está bem demarcada e segue acompanhando a cerca do Parque Nacional. Próximo das nascentes dos córregos Salitreiro e Alto Palácio há uma descida curta e forte, seguida por um aclive também acentuado. Depois desse ligeiro mergulho o relevo volta a ser suave, até que se inicia a descida rumo ao Travessão.
A descida é divida em dois lances, o primeiro do alto da Serra do Palácio até o entroncamento com a trilha que vem da região das Duas Pontes. Este primeiro trecho possui alguns pontos escorregadios, principalmente se o solo estiver molhado. Após a passagem pela pinturas rupestres, logo tem início o segundo lance da descida, agora predominam os afloramentos rochosos e a trilha corta pequenos afluentes do Córrego Capão da Mata. Ao todo são mais de 400 metros de perda de elevação em pouco mais de 3km, indicando que a descida é íngreme em diversos trechos.
Desde o Travessão se tem um visual magnífico do vale do Rio do Peixe (leste) e também do vale do Córrego Capão da Mata/Rio Bocaina (oeste). Neste tracklog não segui até os mirantes principais, porém, ao chegar ao fim da descida, tome alguma das trilhas que sobem à esquerda.
Após o Travessão tem início uma longa subida até as cabeceiras do Rio do Peixe. O aclive começa intenso por um terreno cascalhado e vai se tornando mais suave ao longo da caminhada. Em pouco mais de 3,5km recuperamos toda a elevação perdida na descida da Serra do Palácio. Ainda na parte inicial da subida é preciso cruzar o Rio do Peixe por duas vezes, estes são os primeiros pontos de água perene da rota.
Ao fim do aclive, tomamos à direita na bifurcação mais importante do primeiro dia, seguindo as estacas amarelas. O outro caminho, de estaca vermelhas, segue em direção ao povoado de Cabeça de Boi. Depois da bifurcação começamos a descer até o vale do Córrego Palmital, onde cruzamos três afluentes. Ao cruzar o segundo, embora tenha um caminho bem demarcado que segue em frente, subindo os campos, a alternativa correta é manter à direita e logo cruzar o 3º afluente. A trilha está um pouco discreta neste trecho, o que pode gerar alguma confusão. Após cruzar o 3º afluente do Palmital tem início um trecho curto no interior de uma mata, com várias exemplares de samambaia. A trilha está um pouco suja, mas segue sem dificuldade de navegação até retornar aos campos rupestres. Depois de vencer o morrte, chega-se à Casa de Tábuas.
No local há quatro catres, banquinhos, uma mesa, fogão de lenha e água na parte baixa do terreno.
2º trecho: Casa de Tábuas x Currais
Saindo do abrigo, a caminha segue em ligeiro aclive por um trecho de campos. Ao alcançar o topo deste trecho, a caminhada segue em um ligeiro declive, passando ao lado de exemplares de canelas-de-ema gigantes. Adiante a trilha deixa o trecho de campos para embrenhar em um capão de mata, na encosta de um morro. A trilha segue em aclive moderado, ao sair da mata passamos por uma cerca velha e a subida se torna mais suave.
Cruzamos um trecho de campos, seguindo em direção a um pico mais elevado que se destaca no horizonte. Na base do pico, próximo a uma cerca, deixamos a mochila e fizemos um breve ataque ao cume. O local é conhecido como "Pico do Curral", com 1.700m de elevação, um dos pontos mais altos do Parque Nacional.
De volta a trilha tradicional, a caminhada segue em aclive, passando ao sul do pico. Vencido o aclive começa um longo trecho até o abrigo dos Currais, onde predomina um declive suave. A caminhada é pela cumeada, com amplos visuais da região ao leste da borda do parque, destaque para a Serra do Lobo e dos Linhares.
Seguimos pela cumeada até o ponto onde é preciso deixar a trilha mais antiga e descer para o fundo de um pequeno vale, à direita, por onde segue uma trilha mais nova e sinalizada. Depois de passar por uma cerca e por uma nascente, a trilha se aproxima de um trecho de afloramentos rochosos. Neste pontoo caminho, que já era discreto, vai sumindo aos poucos e passamos a caminhar no rumo, por um trecho de vegetação rasteira. Mais a frente encontramos outra trilha discreta, mas logo ela some e retornamos a caminhar por campos de vegetação rasteira. Adiante interceptamos a trilha definitiva até os Currais e passamos a caminhar por ela.
Vamos nos aproximando de alguns capões de mata na parte mais baixa do terreno. A trilha percorre uma região de nascentes e logo cruza um afluente do Córrego Mutuca. Após passar por uma porteira, há uma bifurcação importante: à direita um caminho mais sujo em meio a mata que segue direto para os Currais. À esquerda um caminho mais novo, uma espécie de aceiro aberto na mata, que leva para um ponto a frente do abrigo dos Currais.
O abrigo dos Currais é uma casa maior, de dois cômodos, cozinho e quarto. O Córrego Mutuca corre no fundo do terreno, no entorno da casa há um chuveiro de lata e alguns pés de limão capeta. A área de acampamento é ampla e regular.
3º trecho: Currais x Serra dos Alves
Deixamos o abrigo dos Currais tomando uma trilha consolidada no sentido sul, avançando rente a cerca por um aclive suave. Até iniciar a descida da face leste da Serra do Espinhaço, a caminhada se desenvolve pelos campos de altitude, com relevo suave. A trilha segue para o sul até chegar no Córrego da Serra, bem próximo de sua nascente. A partir deste ponto, até o final, a trilha segue para o leste.
Depois de passar por um curral no alto da serra, a caminhada continua em um declive praticamente constante até o Rio Tanque. A primeira parada na descida é no mirante do topo do cânion Boca da Serra. Após o mirante fizemos um rápido ataque ao topo do morrote ao lado do cânion.
Depois de passar pela casa verde no alto da serra, a descida se torna um pouco mais acentuada, neste trecho há uma bifurcação que leva à cachoeira da Luci. Adiante passamos por um pequeno afluente do Córrego da Serra e chegamos à antiga pousada da Luci.
Após a pousada a caminhada segue por uma estradinha em péssimo estado de conservação. Em um trecho em que uma mata margeia a estradinha, há um acesso relativamente discreto que leva à Cachoeira dos Cristais, por onde descemos.
A trilha leva ao topo da cachoeira, para acessar o poço é preciso atravessar o córrego e pegar um caminho de pedras à direita. O poço é relativamente pequeno, com alguns trechos rasos, porém bem interessante para banho. Descendo o rio também é possível acessar outros poços e pequenas piscinas naturais.
Após retornar ao topo da cachoeira, ao invés de subir pela trilha que descemos em meio a mata, seguimos pela esquerda, por uma trilha batida que intercepta a estradinha mais adiante. Agora enfrentamos um declive pesado até o pé da serra. Ao fim da descida continuamos pela estradinha, passando por áreas de capoeira e cruzando o Rio Tanque por uma velha ponte pênsil, em péssimo estado de conservação.
Depois de passar pela ponte, saímos em uma estradinha de rodagem, por onde caminhamos o quilômetro final até chegar ao vilarejos de Serra dos Alves.
OBSERVAÇÕES:
- Essa travessia requer autorização do Parque Nacional da Serra do Cipó, facilmente obtida através do link: http://www.ecobooking.com.br/site3/destinoEmpresa.php?Xempr=45d8zddqki686zyo27i8; limite de 30 pessoas por trecho por dia.
- Travessia de dificuldade moderada. Não apresenta grandes desafios técnicos, a exceção do trecho sem trilhas demarcadas, onde é importante fazer uma boa navegação. Trechos irregulares com aclives e declives acentuados. Embora não seja uma travessia muito exigente, o ideal é que o caminhante já tenha experiência no transporte de cargueiras e em acampamento natural.
- Poucos pontos de água ao longo da rota, principalmente no período de estiagem. Faça a programação dos reabastecimentos. Considero uma autonomia de 2L por pessoa uma quantidade suficiente para passar pelos trechos mais longos sem água.
- A travessia pode ser realizada em 2 ou 3 dias. Desta vez, fizemos em 2. Neste formato, o ideal é começar a caminhar tão logo o dia clareie, para alcançar o abrigo dos Currais ainda de dia (aproximadamente 29km). Se fizer em 3 dias, o ideal é começar a caminhada antes das 9, tendo em vista que o trajeto até o abrigo da Casa de Tábuas também é longo (17,5km) e conta com desníveis acentuados.
- A sinalização é fraca em alguns pontos importantes e a trilha não está 100% marcada. Portanto, o ideal é se utilizar de algum equipamento de navegação para realizar o trajeto sem dificuldades. Caso não possua aparelho GPS ou um smartphone com aplicativo semelhante, o ideal é contratar um guia local.
- O trajeto é exposto ao tempo em quase sua totalidade (>95%), utilize chapéu e protetor solar!
- Sinal de telefone (VIVO) no ponto informado no tracklog, após a subida do Travessão.
- A rota de escape mais interessante para o trajeto é tomar o caminho para Cabeça de Boi, ao invés de seguir para os Alves. No entanto, desde a bifurcação que divide os caminhos, são, aprox., mais 20km até Cabeça de Boi. Portanto, o mais prudente seria retornar ao ponto inicial, caso ainda não tenha passado do Pico do Curral. Se já tiver passado, siga até o final da rota. Lembrando que há sinal de celular em alguns trechos.
Waypoints
Sem trilha definida
Porteira 2
Esquerda
Porteira
Sinal de telefone
Direita para Alves
Afluente Palmital
Afluente Palmital 2
Afluente Palmital 4
Saída mata
Direita - trilha nova
Entrada mata
Trilha definitiva
Nascente
Comments (7)
You can add a comment or review this trail
Blz amigo, fiz essa trilha dia 07/05/20 e está tudo certinho, obrigado.
É possível fazer essa travessia de bicicleta?
rafaelrodrigos,
não, gastará mais tempo empurrando/carregando do que pedalando.
Olá Hélio,
Uma atualização importante: a descida do alto da serra para a Casa de Tábuas agora é feita por um novo caminho que evita a passagem pelas nascentes e cabeceiras (brejos) do córrego Palmital. Basta seguir a sinalização e o balizamento feito com estacas amarelas. Neste novo trecho a trilha é menos acidentada e a beleza cênica espetacular. Maiores informações podem ser obtidas no Guia da Travessia Alto Palácio - Serra dos Alves que pode ser baixado pelo Google.
Abraços!
Opa... alguém tem i dicação de transfer saindo de BH? Abraço.
Fala amigo. Fizemos essa trilha em dois dias também.
1oDIA - até a casa de tábuas
2oDIA - até a comunidade Serra dos Alves.
*Na manhã do segundo dia, pegamos uma nuvem com um pouco de chuva no acampamento. Bastante neblina até um pouco antes a Casa do Curral.
*Na casa de tábuas, tentamos limpar o máximo que conseguimos, mas encontramos muito resto de alimentos. Pessoal, levem suas coisas de volta!
*como fizemos a trilha no inverno, muitos pontos de água estavam secos.
*a ponte pênsil na chegada da comunidade da Serra dos Alves colapsou, mas dá pra atravessar o rio na época de seca tranquilamente.
*Para Autorização da travessia, precisa mandar um email para a ICMBio (email no site) que um Analista irá enviar um formulário de autorização. Mas acho que, em épocas de chuva, a travessia talvez esteja proibida.
*Deixamos o carro na portaria Alto Palácio e pagamos um resgate do Sr Francisco lá da Serra dos Alves.
Obs: a portaria Alto Palácio fica com cadeado após o brigadista finalizar as atividades. Chegamos em Alto Palácio já era mais de 19hrs, pois o tempo de transporte de Serra dos Alves até a Portaria Alto Palácio são 2hrs. Recomendo pousar em Serra dos Alves pq lá tem muita coisa pra ver. Tivemos sorte de dar carona para uma família que o guia do fim de semana deles era um brigadista e abriu a porteira para nós.
Contato do Sr Francisco se precisarem:
(31) 9645-2750
(Dono da pousada Portal da Serra)
Naveguei pelo seu track, muito obrigado!