PN Serra do Cipó: Circuito Travessão-João Fernandes-Congonha

Circuito realizado na porção central do ParNa Serra do Cipó, passando pela cachoeira Espelhada, Travessão, cachoeiras Palmital, João Fernandes, Drumond, Andorinhas e Congonhas.

LOGÍSTICA:
Como se trata de um circuito, a logística é facilitada, tendo em vista que o início e o fim são comuns. O deslocamento foi feito em veículo próprio, mas também pode ser feito de ônibus (viação Serro ou Saritur).

O ponto inicial é de frente ao portão de entrada da Pousada Duas Pontes, que fica a cerca de 11km da portaria da ACM Véu da Noiva (final da vila de Serra do Cipó), seguindo pela rodovia MG-010, sentido Conceição do Mato Dentro.

O veículo pode ser deixado dentro da Pousada, após acerto com os proprietários.

A TRILHA:
O início da caminhada é por uma estradinha em condições precárias, em ligeiro aclive. No topo do morro a estradinha melhora e há uma bifurcação que leva às cachoeiras Congonhas. No entanto seguimos pela esquerda, tomando o acesso consolidado para o Travessão.

Após o córrego Capão da Mata, a trilha se fecha em meio a uma matinha repleta de samambaias, porém volta a campo aberto após, aprox., 500 metros. Passamos ao lado da cachoeira do Espelho, que pode ser facilmente acessada. A trilha segue em aclive até as pinturas rupestres, onde também há o entroncamento com a trilha que vem do Alto Palácio. Daqui segue em declive forte/moderado até o mirante o Travessão, divisor das bacias hidrográficas do São Francisco e do Doce.

Antes de chegar ao mirante principal do Travessão, descemos em direção a um pequeno poço no afluente do córrego Capão da Mata. Na saída do poço fomos margeando o curso d'água e o cruzamos mais abaixo, tomando uma trilha discreta que segue por dentro do vale.

Uma trilha discreta segue margeando o curso d'água, em alguns trechos menos e em outros mais visível. Mais abaixo é preciso atravessar o curso d'água pela segunda vez, contornando um poço pela esquerda. Seguimos pela margem esquerda até nos aproximarmos de uma área de vegetação mais espessa. Aqui optamos por seguir pelo leito do córrego, com muitas rochas e pouca água.

Após uma descida moderada pelo leito interceptamos um pequeno afluente da margem esquerda. Neste ponto passamos a observar a margem esquerda em busca de uma rota que nos levasse a terra firme novamente. No entanto as margens são muito inclinadas, o que dificulta bastante a saída. O ideal seria descer mais um pouco pelo leito, até chegar próximo ao encontro com o córrego Capão da Mata, onde antigamente existia um rancho.

A saída do leito foi realizada em um trecho bem íngreme, aproveitando caminhos formados pela água. Logo saímos em um campo, onde interceptamos as marcas de uma antiga trilha. Daqui até o córrego Palmital não há trilha consolidada, a caminhada foi feita "no rumo", utilizando apenas referências visuais e evitando as áreas de vegetação mais densa.

Próximo ao córrego Palmital interceptamos a trilha que vem da parte baixa do Parque. Fizemos um ataque à cachoeira do Palmital e João Fernandes. No retorno, após o córrego Palmital, a trilha segue consolidada serra abaixo. Já no vale do córrego Capão da Mata optamos por um atalho até interceptar a trilha da cachoeira das Andorinhas. Depois seguimos pela trilha principal, atravessamos o córrego e tomamos o rumo da cachoeira do Gavião, mas logo deixamos o caminho da cachoeira em favor de uma trilha que sobe a encosta da serra, dando acesso às cachoeiras do ribeirão Congonha. A subida é bem forte e com muito cascalho, demandando atenção. Após a passagem pela Congonha de baixo, há outra forte subida que dá acesso às cachoeiras de cima, porém bem mais curta.

A partir da Congonha de cima e até o fim da trilha, a caminhada é feita por um caminho amplo, uma estradinha em diversos pontos, em ligeiro aclive até o limite do Parque Nacional da Serra do Cipó.

OBSERVAÇÕES:
- Considero como uma trilha de alta dificuldade técnica, em virtude dos trechos sem trilha consolidada, com vegetação fechada, além das diversas travessias de córregos, que demandam muita atenção em caso de chuva nas cabeceiras. Por isso recomendo que o(a) condutor(a) seja experiente em navegação, a fim de identificar as melhores passagens;.

- Parte da trilha é feita em área do Parque Nacional da Serra do Cipó, o que pode carecer de autorização específica; LEVE SEU LIXO DE VOLTA, NÃO FAÇA FOGUEIRAS;

- Travessia não recomendada em períodos chuvosos, em virtude da travessia de alguns corpos d'água. Cheias repentinas podem provocar acidentes ou isolamento;

- Travessia bem exposta ao tempo, protetor solar e chapéu são itens obrigatórios. Mesmo no período da estiagem é boa a oferta de água no caminho, atente-se aos pontos de abastecimento;

- Sinal de telefone em alguns trechos da rota, como no trecho inicial, após o Travessão, na descida do córrego Palmital e na subida do córrego Congonha.

Rotas de escape: voltar ao ponto inicial ou seguir por dentro do vale do córrego Capão da Mata até a cachoeira do Tombador, de lá tomar a trilha para a portaria Retiro. Na parte final, em vez de subir a serra da Congonha, tomar a trilha para a portaria Retiro.