Pitões-Gralheiras-Fonte Fria

O nosso percurso tem início junto de um dos vários barracões destinados à criação do gado da raça Barrosã, na periferia de Pitões das Júnias, aldeia mágica, onde as montanhas se encaixam formando um quadro de fundo magnífico.

Por aqui não faltam cenários que nos fazem acreditar em magia e foi com alguma ansiedade face à previsão meteorológica esperada de aguaceiros e de trovoada, apesar dum início de dia limpo e solarengo, que de forma determinada iniciamos o nosso percurso, sempre atentos à mudança do tempo, mas este foi simpático e desta vez não nos obrigou a desistir como no passado.

Seguimos em direção à calçada empedrada da “Espinheira”, julgo que é assim que é mais conhecida, até chegarmos ao pequeno passadiço de toros de madeira (vidoeiros), desviando logo de seguida à direita, para norte, seguindo o leito (corga) da ribeira do Beredo ou dos Fornos, como é popularmente mais conhecida, por um trilho bem pisoteado e que acompanha a ribeira numa cota mais acima, rompendo por entre ramas de vegetação queimada, sendo aqui pouco recomendado andar de calções.

Sairemos deste vale em direção ao poente, rumo ao alto das Gralheiras, situada na linha de fronteira, queimando algumas calorias nessa subida, mas sendo recompensados com o avistamento de alguns exemplares de Cabra-Montês (Capra Pyrenaica) e com as vistas para os vários quadrantes destacando-se a albufeira de Salas, do lado Espanhol.

Daqui partimos, sempre pela linha divisória dos dois países, em direção à Fonte Fria, um dos cumes situados a maior altitude no Parque Nacional, com as suas fantásticas vistas, donde regressamos em direção a Pitões, concluindo assim este percurso fantástico que decorre num local magnífico e que só é pena não ficar mais perto de “casa”. E a chuva e a trovoada, sempre vieram como anunciado, mas felizmente já tínhamos concluído o nosso trilho.