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Da aldeia de Gralhas ao Pico do Larouco

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Trail stats

Distance
10.27 mi
Elevation gain
2,306 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
2,306 ft
Max elevation
4,999 ft
TrailRank 
80 5
Min elevation
3,043 ft
Trail type
Loop
Time
6 hours 3 minutes
Coordinates
1871
Uploaded
October 15, 2022
Recorded
October 2022
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Gralhas, Vila Real (Portugal)

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


PANORÂMICA DO LAROUCO


PANORÂMICA DO VALE DO CÁVADO (COM MONTALEGRE AO CENTRO)

- Trilho circular, sem marcações, com início e fim na aldeia de Gralhas (opcional);
- Na sua quase totalidade, este percurso coincide com o desenho percorrido por Makca (a quem desde já agradeço a partilha), que o testou no terreno em fevereiro de 2022. A direção tomada foi no sentido contrário aos ponteiros do relógio e tivemos em consideração as indicações e conselhos deixados na sua página;
- Partindo-se do centro da aldeia (junto ao café Pial), começamos por percorrer algumas vielas, passando pela Igreja Matriz. Após passar o último casario da aldeia, a progressão faz-se por estradão de terra na direção da serra do Larouco, em terreno plano e com excecionais vistas panorâmicas, tanto da serra quer como dos vales a nascente e ponte. Chegados à encosta virada a sul, inicia-se a subida ao topo, sempre em gradual ascensão, passando por vários miradouros naturais. Chegados ao alto, encontra-se a estrada de acesso ao Vértice Geodésico do Larouco, na direção do qual se deve seguir. Este ponto de referência encontra-se à cota de 1529 metros de altitude e as vistas panorâmicas neste local são sublimes. Posteriormente dirigimo-nos para o Pico do Larouco, o ponto mais elevado desta serra, a 1538 metros de altitude e o segundo mais elevado do norte de Portugal, logo após o Pico da Nevosa, no PNPG. Concluída a ascensão ao topo da serra, iniciou-se a descida, de novo pela vertente sul, com Montalegre e o vale do Cávado na paisagem, assim como todo o enquadramento serrano em redor (PNPG, Barroso, Cabreira e Espanha) na linha de visão. O primeiro troço da descida decorreu entre o Pico do Larouco e o Pico do Gavião (1375 metros de altitude), passando no início pela Fonte da Pipa, local da nascente do Rio Cávado, infelizmente sem água à vista (nesta altura do ano). Antes da subida ao Pico do Gavião, optamos por fazer algum corta-mato (ver Atalho a corta-mato 1), de forma a encurtar a distância. Mas tal decisão não correspondeu às expectativas, ou seja, pouco ou nada ganhamos e o terreno que pisamos, ainda que de vegetação rasteira, não justificou o esforço, pelo que consideramos mais adequado subir e descer do referido Pico por um caminho aberto e visível, cujo único senão é ter o piso com pedra solta (vulgo cascalheira), o que requer algum cuidado e atenção. No final da descida, voltamos a optar por novo corta-mato, também como forma de encurtar a distância (ver Atalho a corta-mato 2). Novo erro, pois perdemos bastante tempo para percorrer uma curta distância. Por conseguinte, não o aconselho pois a vegetação está a crescer rapidamente (houve queimadas) e está a dificultar a progressão. Dentro em breve será muito difícil passar por aqui. Como opção, o mais sensato será voltar a subir até ao estradão e retomar o percurso a partir daí. Ao longo desta descida, as vistas panorâmicas da serra e sobre os vales adjacentes são fenomenais, o que ajuda e atenua a progressão. Continuando pela encosta abaixo, a descida torna-se agora mais suave e progride-se com facilidade pelo estradão de terra. Porém, de forma a evitar a ligação à aldeia de Gralhas que coincidiria mais à frente com o percurso já efetuado na primeira parte (subida), optamos por virar à direita, desviando-nos do estradão em que seguíamos, havendo por isso necessidade de efetuarmos um terceiro atalho a corta-mato (ver Atalho a corta-mato 3). No entanto, felizmente, este atalho não apresentou dificuldades de progressão e rapidamente entramos em zona de lameiros, com o nosso trilho a coincidir com velhos caminhos murados e de acesso aos prados, uns mais limpos de vegetação rasteira que outros, mas sem apresentarem complicações para a progressão no terreno. Já no último troço, retomam-se os tradicionais caminhos de terra, entrando-se na aldeia de Gralhas pela sua vertente poente, percorrendo-se a Rua do Pial até ao ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para o típico casario granítico da aldeia de Gralhas, a sua Igreja Matriz, a Capela de Santa Rufina e a antiga Casa do Seminário, com o seu peculiar passadiço, as vistas panorâmicas sobre a serra do Larouco e os vales adjacentes, o Vértice Geodésico do Larouco, o Pico do Larouco e o Pico do Gavião, a nascente do Rio Cávado, as vistas panorâmicas sobre o vale do Cávado e a cidade de Montalegre, os lameiros agrícolas em torno da aldeia de Gralhas e, por fim, toda a envolvente paisagística que esta magnifica região transmontana nos proporciona;
- Misto de caminhos de terra, trilho de pé posto, arruamentos e caminhos de pedra solta (cascalheira);
- Percurso acessível mas com características moderadas e fisicamente exigentes, sobretudo pela longa (ainda que suave) subida, assim como por alguns declives mais acentuados na descida, efetuada a corta-mato. Se chover e com vento, as dificuldades serão muito acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações;
- No seu todo é um percurso com alguma exigência mas muito bonito, excelente para um dia de caminhada. Permite usufruir das excecionais vistas panorâmicas desde o topo do Larouco, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse. Além disso, o prazer de se subir a uma serra emblemática da região transmontana (e uma das mais elevadas de Portugal continental) faz com que esta seja, sem dúvida, uma experiência muito gratificante e que perdura na memória. Um ótimo desafio!


PANORÂMICA DO ALTO DO LAROUCO


PANORÂMICA DA SERRA DO LAROUCO (DESDE A ALDEIA DE GRALHAS)

Outros percursos realizados nesta região:
PR2 MTR - Trilho do Ourigo (c/desvios à Senhora das Treburas e ao Parque Fluvial do Cávado)
PR4 MTR - Trilho do Rio
À volta de Vilarinho de Negrões


CASARIO RURAL NA ALDEIA DE GRALHAS


ESCADARIA DE ACESSO À TORRE SINEIRA (IGREJA DE GRALHAS)

- MONTALEGRE
Em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês, esta região oferece paisagens deslumbrantes, onde a Natureza ainda conserva todo o seu encanto. A vila de Montalegre é dominada pelo castelo construído no séc. XIII sobre restos de uma fortificação mais antiga, o que demonstra a importância deste local como ponto estratégico de defesa do território. Nas redondezas, junto à típica aldeia comunitária de Pitões das Júnias, o pequeno e curioso Mosteiro de Santa Maria das Júnias, hoje em ruínas pertenceu à Ordem de Cister (sécs. XIII-XIV). Sob o ponto de vista gastronómico, Montalegre é famosa pela produção de enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro que se realiza anualmente em Janeiro, a oportunidade ideal para adquirir estas iguarias.
O concelho de Montalegre, do distrito de Vila Real, localiza-se na Região Norte, Alto Trás-os-Montes, no vale do Cávado, entre as serras do Gerês, Barroso e Larouco, cerca de 100 km a nordeste do Porto. É limitado a sul pelo concelho de Cabeceiras de Basto (distrito de Braga), a sudoeste pelo de Vieira do Minho (distrito de Braga), a oeste pelo concelho de Terras de Bouro (distrito de Braga), a nascente pelos concelhos de Chaves e Boticas, e a norte pela província da Galiza (Espanha). Parte do Parque Nacional Peneda-Gerês está inserida neste concelho.
Região muito pluviosa e com muitas nascentes, as suas águas dividem-se no planalto dando origem aos rios Cávado, Tâmega, Rabagão e a um grande número de ribeiros que atravessam esta região montanhosa e dão vigor aos prados naturais. A existência de águas abundantes favorece as pastagens, que muitas vezes ocupam socalcos, onde se cria uma raça bovina particular (barrosã). A pecuária e a criação de porcos são também atividades importantes.
A agricultura é uma atividade importante neste concelho, que gradualmente vai deixando de ser de subsistência, modernizando-se as suas explorações ao mesmo tempo que se investe na promoção e valorização de produtos tradicionais regionais.


PANORÂMICA DO VALE DE SANTO ANDRÉ COBERTO POR NEBLINA


PANORÂMICA DA VALE E ALDEIA DE SANTO ANDRÉ

- SERRA DO LAROUCO
Situada a Nordeste de Montalegre, pertence ao Maciço Antigo e é a terceira serra mais elevada de Portugal.
A serra apresenta uma série de altitudes que formam a moldura setentrional da alta planície do Cávado. Possui uma beleza ímpar e do seu cume podem observar-se os vales do Lima, Tâmega, Cávado e Rabagão, várias aldeias e a Vila de Montalegre.
Além das paisagens poderá ainda observar cavalos garranos e praticar desportos de montanha, como asa delta, parapente, escalada e caminhadas.
O nome desta serra deriva do nome do Deus Celta Larauco, que deu nome ao Larouco. A terceira maior elevação de Portugal Continental tem 1535 metros de altitude e 423 metros de proeminência topográfica. Localiza-se na fronteira do distrito de Vila Real com a Galiza. A serra faz parte do sistema montanhoso da Peneda-Gerês.
Apresenta-se como uma serra que dá forma a um grande planalto granítico de forma alongada. Constitui o prolongamento de um acontecimento morfológico que se estende também por terras espanholas. A sua orientação é de nordeste-sudoeste e tem cerca de 10 quilómetros de comprimento. A serra distingue-se, na vertente poente, por manchas de xisto metamorfizado que dão origem a encostas abruptas onde aves de rapina ocupam o território. Na Serra do Larouco encontra-se vegetação em altitude constituída por matos de urzes e giestas.
É nesta serra que o rio Cávado tem a sua nascente, mais propriamente na Fonte da Pipa.


PANORÂMICA DAS ENCOSTAS NASCENTE DA SERRA DO LAROUCO


LAMEIROS DA ALDEIA DE GRALHAS

- DEUS CELTA LARAUCO
Falando de Larouco, este será provavelmente um dos grandes mistérios pré-romanos de Portugal. Isto porque, se algumas pessoas poderão conhecer este nome apenas como o de um serra no norte do nosso país, quase em terras de Espanha, este possível deus celta também já foi o de uma divindade nativa das terras da Lusitânia.
Infelizmente não existe qualquer imagem 100% confirmada deste deus para apresentar mas pelas provas epigráficas que foram sendo encontradas nestas mesmas terras pode inferir-se que, em tempos anteriores aos dos Romanos, foi venerada nestas terras uma figura divina cujo nome era Larouco (ou Larauco). Já quase nada sabemos sobre ela - terá sido uma divindade da natureza, dos muitos penedos que compõem o local, ou de alguma outra coisa hoje esquecida? - mas a coincidência do nome, de uma mesma designação partilhada pela serra e pelo deus, é profundamente intrigante.
Qual dos dois terá vindo primeiro? O Larouco-deus ou o Larouco-serra? O primeiro tomou o seu nome do local em que vivia, ou a segunda obteve esse nome porque se cria que lá vivia esta figura divina, hoje já tão esquecida? Como no caso de muitas outras divindades pré-Romanas, de que Endovélico e Atégina são hoje os exemplos mais notáveis, as perguntas que se poderiam levantar são mais e maiores do que quaisquer respostas reais que se possam oferecer. Nesse seguimento, a não ser que se venha a encontrar um livro completamente secreto da Antiguidade sobre as várias divindades ibéricas, este é um mistério quase impossível de descerrar restando, portanto, pouco mais do que a breve nota da evidente - mas agora também muito obscura - relação entre este antigo deus lusitano e uma serra do norte de Portugal.


PORMENOR DO PERCURSO


ALDEIA DE GRALHAS (PORMENOR DO PERCURSO)

Waypoints

PictographPanorama Altitude 3,296 ft
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Panorâmica do Larouco

PictographPanorama Altitude 3,274 ft
Photo ofMiradouro Photo ofMiradouro Photo ofMiradouro

Miradouro

PictographWaypoint Altitude 3,272 ft
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Levada

PictographPanorama Altitude 3,620 ft
Photo ofMiradouro natural Photo ofMiradouro natural Photo ofMiradouro natural

Miradouro natural

PictographPanorama Altitude 4,866 ft
Photo ofPanorâmica N e NE (Espanha) Photo ofPanorâmica N e NE (Espanha) Photo ofPanorâmica N e NE (Espanha)

Panorâmica N e NE (Espanha)

PictographRisk Altitude 4,331 ft
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Atalho a corta-mato 1

NOTA: a progressão neste atalho não se revelou complicada. Mas também não justificou o esforço... ou seja, o melhor será mesmo subir pelo trilho por onde se desceu no regresso do Pico do Gavião. Apresenta bastante pedra solta (cascalheira) mas faz-se relativamente bem.

PictographPanorama Altitude 3,374 ft
Photo ofPanorâmica da serra Photo ofPanorâmica da serra Photo ofPanorâmica da serra

Panorâmica da serra

PictographFountain Altitude 3,124 ft
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Fonte (Gralhas)

PictographReligious site Altitude 3,141 ft
Photo ofCapela de Santa Rufina Photo ofCapela de Santa Rufina Photo ofCapela de Santa Rufina

Capela de Santa Rufina

É um cartão de visita da aldeia. A sua construção remonta ao Sec. XVIII, tendo sido levada a cabo com dinheiros do Padre António Gonçalves Calado, natural da freguesia e senhor de grande fortuna. Este pároco, que durante muitos anos viveu no Rio de Janeiro, aplicou ainda parte dos seus bens numa fundação do vínculo de Nossa Senhora de Belém, a qual tinha sede nesta mesma capela. Entre as obrigações inerentes a esta fundação, contavam-se a celebração de uma missa diária, a criação de uma escola primária e a manutenção do respectivo funcionamento. Durante muitos anos, quase foi votada ao esquecimento e actualmente, após algumas obras de beneficiação levadas a cabo por um benemérito da aldeia, começa a servir de capela mortuária.

PictographRisk Altitude 4,346 ft

Atalho a corta-mato 2

NOTA: por opção, efetuamos este atalho a corta-mato. No entanto não o aconselho, pois a vegetação está a crescer rapidamente (houve queimadas) e está a dificultar a progressão. Dentro em breve será muito difícil passar por aqui. Como opção, o mais sensato será voltar atrás, ao estradão, e progredir a partir daí.

PictographRisk Altitude 3,637 ft

Atalho a corta-mato 3

NOTA: este atalho não apresenta grandes dificuldades de progressão. A necessidade de o fazer prendeu-se com o facto de se querer evitar o estradão de ligação à aldeia de Gralhas e que coincidiria mais à frente com o percurso já efetuado.

PictographFountain Altitude 3,170 ft
Photo ofCruz dos Campos / Poço da Luísa

Cruz dos Campos / Poço da Luísa

Originariamente, a cruz que se vê na foto, não se encontrava no interior do poço (tanque). Encontrava-se isso sim, no cimo de um morro ali existente e era um Monumento de Fé Cristã, de saudação e homenagem aos mortos e às «Almas», sendo formado por quatro partes distintas: uma plataforma com 2 degraus de acesso; uma base assente na plataforma, servindo de apoio à coluna; uma coluna na vertical, com alguns remates decorativos, entre os quais se notam, um cálice, uma hóstia e uma escada com dez degraus, representando os Dez Mandamentos; e uma coluna na horizontal. Mas esse local, não serviu apenas para os fins acima referidos. Porque violavam a lei de Deus e dos homens, durante séculos, os malfeitores da aldeia, foram ali castigados e expostos ao sarcasmo e à irrisão pública da povo. Os açoutes, as mutilações e outros castigos infligidos aos transgressores da lei e aos perturbadores da ordem, visavam a defesa comum dos aldeões e contribuíam de um modo eficaz para o saneamento moral dos habitantes. Quanto ao Poço da Luisa, o seu lugar original, era junto à chamada casa do «Americano», isto é, cerca de 40 metros para sul do local onde hoje se situa. Foi construído no tempo do Estado Novo, mais precisamente no ano de 1945 e nada tem a ver com a Cruz colocada há cerca de duas dezenas de anos no seu interior.

PictographWaypoint Altitude 4,820 ft
Photo ofNascente do rio Cávado (Fonte da Pipa) Photo ofNascente do rio Cávado (Fonte da Pipa) Photo ofNascente do rio Cávado (Fonte da Pipa)

Nascente do rio Cávado (Fonte da Pipa)

NOTA: devido à seca extrema sentida durante o ano de 2022, a nascente do Rio Cávado encontrava-se sem água à superfície. Ficam apenas os registos fotográficos do local e dos regos por onde, normalmente, corre a água que brota da nascente.

PictographWaypoint Altitude 3,146 ft
Photo ofForno do Povo de Santo André Photo ofForno do Povo de Santo André Photo ofForno do Povo de Santo André

Forno do Povo de Santo André

Os fornos comunitários foram essenciais na subsistência dos povos do barroso. A massa era preparada em cada agregado familiar e depois levada para o forno da aldeia para terminar o ciclo do centeio em apetecíveis broas. Este é um exemplo típico dos fornos comunitários desta região de Trás-os-Montes.

PictographWaypoint Altitude 3,142 ft
Photo ofGralhas Photo ofGralhas Photo ofGralhas

Gralhas

A Aldeia Tradicional de Gralhas é uma Freguesia Portuguesa, fica situada no Norte de Portugal, no Município de Montalegre, Distrito de Vila Real. Aldeia com características intactas de ruaralidade, já com alguma ocupação turística em algumas casas transformadas em 2ª habitação para férias, e também com uma unidade de hospedaria e hotelaria no antigo Seminário. Aquí pode-se encontrar com alguma facilidade a especie protegida que é o burro, e diverso gado em manobras de pastoreio pela aldeia. A água abunda por estas paragens férteis em terrenos de cultivo. A história da freguesia de Gralhas é milenar. Segundo alguns autores, por aqui cruzaram estradas romanas, passando pelo "opidum" romano, hoje relembrado pelo lugar de Castelo Romão (castro romano). Nesta terra, aparece, com alguma frequência, cerâmica com fortes sinais de romanização. Para além desta referência arqueológica, outra merece idêntico destaque. Falamos da "villa de Caladunum". São vários os textos que a ela se referem, informando existir no local um edifício quadrangular abobadado, em pedra, muita dela reutilizada na construção da actual igreja paroquial. Gralhas é uma terra com uma história antiga tal como a maior parte das aldeias de Barroso, muitas delas ligadas ao movimento da fundação de Portugal iniciado por D. Afonso Henriques. Em 1530, Gralhas aparece referenciada com 44 moradores o que daria uma população aproximada de 180 pessoas. Em 1538, Gralhas aparece identificada dentre as honras de Barroso: “os lugares de Honras que partem com Galiza” eram os seguintes “a Aldeia de Vilar de Perdizes, a Aldeia de Gralhas, a Aldeia de Padornelos, a Aldeia de Padroso (…) e tem cada Aldeia seu juiz de honras”. Gralhas no tempo da Monarquia até ao ano de 1836, foi um concelho com Casa da Câmara, com Vereação, com oficiais para o governo económico, aplicação da justiça e controlo social. Era um concelho cujo território era apenas a actual freguesia, que pertencia à Casa de Bragança, tal como Montalegre, Chaves e tantas outras terras que faziam parte do Ducado de Bragança.

PictographReligious site Altitude 3,130 ft
Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Assunção Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Assunção Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Assunção

Igreja de Nossa Senhora da Assunção

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção apresenta-se como a igreja matriz de Gralhas situada na freguesia do mesmo nome, concelho de Montalegre, Distrito de Vila Real. Desconhece-se a data da sua fundação, no entanto sabe-se que é anterior ao século XVI, dado existir na Biblioteca Pública de Braga, uma «Relação de todas as Igrejas do Arcebispado e seus Padroeiros», onde consta, para além de outras 26 igrejas da região de Barroso, a «Igreja de colação do Arcebispo de Santa Maria de Gralhas». Embora tratando-se de um documento sem data, pela caligrafia e ortografia, verifica-se ter sido manuscrito, no início do século XVI, razão pela qual, a Igreja terá sido construída no antecedente.

PictographWaypoint Altitude 3,177 ft
Photo ofPassadiço da Casa do Seminário Photo ofPassadiço da Casa do Seminário Photo ofPassadiço da Casa do Seminário

Passadiço da Casa do Seminário

Casa senhorial em granito localizada na aldeia de Gralhas, no sopé da Serra do Larouco. Datada do século XVIII, mais precisamente de 1780, esta casa já pertenceu e acolheu ilustres Barrosões, como o Padre João Álvares de Moura. O Seminário, que funcionou durante cinco anos, desde Janeiro de 1921, até ao fim do ano lectivo de 1925, resultara de uma doação feita pelo Padre João Álvares de Moura, natural desta freguesia, onde nasceu em 09-07-1848 e senhor de grandes propriedades na terra. Apesar de aí não viver permanentemente, o Padre Moura, era um apaixonado da aldeia, a qual visitava com frequência, sendo inclusivé, um grande benemérito da igreja paroquial. Contam os mais antigos, que tudo o que de bom aparecesse em Braga, o Padre Moura logo adquiria para a Igreja da sua terra, que por isso mesmo, foi, até há pouco tempo, uma das mais ricas em paramentos, cálices e alfaias. Pelo Seminário de Gralhas, passaram dezenas de alunos, os quais após o seu encerramento, partiram para Braga. Esta casa, serviu ainda como escola preparatória, para muitos outros jovens que se prepararam para a vida, incluindo os rapazes da terra, muitos dos quais, aprenderam ali a ler, escrever e contar. Passados que foram mais de 75 anos, em que a Casa do Seminário esteve transformada numa normalíssima casa de habitação agrícola, hoje, após uma fantástica recuperação, levada a cabo pelos actuais proprietários, é o ex-libris da aldeia, funcionando como Casa de Turismo Rural, com três quartos duplos e três suites, biblioteca, pátio, jardim, passadiço, eira, sala de reuniões e um interessante relógio de sol em granito.. Em 2002 foi classificada como Imóvel de Interesse Municipal.

PictographSummit Altitude 4,478 ft
Photo ofPico do Gavião (1375m) Photo ofPico do Gavião (1375m) Photo ofPico do Gavião (1375m)

Pico do Gavião (1375m)

PictographSummit Altitude 4,997 ft
Photo ofPico do Larouco (1538m) Photo ofPico do Larouco (1538m) Photo ofPico do Larouco (1538m)

Pico do Larouco (1538m)

PictographRiver Altitude 4,622 ft
Photo ofRegato do Gamardo (seco) Photo ofRegato do Gamardo (seco)

Regato do Gamardo (seco)

PictographSummit Altitude 4,990 ft
Photo ofVértice Geodésico do Larouco (1529m) Photo ofVértice Geodésico do Larouco (1529m) Photo ofVértice Geodésico do Larouco (1529m)

Vértice Geodésico do Larouco (1529m)

Comments  (4)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Nov 6, 2022

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    Excelente caminhada. Subir ao Larouco era um projeto que já estava em lista de espera faz muito tempo... e finalmente se concretizou. As vistas panorâmicas são qualquer coisa. Infelizmente apanhamos algumas nuvens baixas, mas a beleza das mesmas deu outro encanto à paisagem, já de si, fantástica. Gostei mesmo muito (até da aventura a corta-mato). Grande abraço e até à próxima aventura!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Nov 6, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
    Esta foi a concretização de uma caminhada há muito adiada. E confirmaram-se as melhores expectativas: o Larouco tem vistas espetaculares! Grande abraço e até breve.

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Nov 7, 2022

    Tive mesmo pena de não me ter sido possível acompanhar-vos ao Larouco. As fotos dão uma ideia da grandeza da paisagem em redor da serra. Ficará para uma próxima. Obrigado pela partilha, grande abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Nov 8, 2022

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
    Haverá com certeza uma próxima! Grande abraço.

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