PESM - Caminhos do Mar

Caminhada em estrada asfaltada com vários pontos históricos importantes, visual muito bonito da Serra e do litoral.
* Vários pontos de água, de descanso e contemplação
* Desta vez não pude curtir o visual pois havia muito nevoeiro, o que é comum mesmo no inverno. Consulte a previsão do tempo para escolher uma boa data.
* Entrada só com agendamento prévio no site "parquespaulistas.com.br".
* Pega sinal da Vivo em quase todo o trajeto.

Histórico: A mais antiga estrada brasileira ligando o litoral ao interior data de 1560, quando o governador Mem de Sá pediu aos jesuítas para que abrissem uma trilha diferente do Peabiru (caminho utilizado pelos habitantes originários) para transpor a Serra do Mar com segurança, denominando-a "Caminho do Padre Anchieta". O caminho serviu bem no começo, mas com a alta demanda e imensas dificuldades para o transporte do açúcar do planalto até ao porto de Santos, em 1790 iniciou-se uma nova via, calçada de pedras, por determinação do governador da capitania de São Paulo, Bernardo José Maria de Lorena. A chamada "Calçada do Lorena" foi projetada pelo Brigadeiro João da Costa Ferreira, engenheiro da Real Academia Militar de Lisboa e foi concluída dois anos depois. Seus 50 km de extensão e 700m de desnível reduziram em cerca de 20% o tempo de viagem. Menos íngreme, possibilitava o trânsito de tropas de mulas, que levavam dois dias para subir todo o trajeto, geralmente debaixo de chuva e sob a mata densa.
A rota é ilustre também por conta da passagem de D. Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, em direção à capital, onde proclamaria a Independência do Brasil.
Em 1844, a rota foi melhorada e ganhou o nome de Estrada da Maioridade em homenagem ao regente D. Pedro II, sendo reinaugurada como "Estrada Vergueiro" em 1864, sendo que até hoje existe um trecho da mesma estrada em São Bernardo do Campo. Finalmente, no governo de Washington Luís (1926-1930) foi recuperada e reinaugurada, com diversos monumentos comemorativos que podem ser conferidos ao longo da rota. Infelizmente, seu estado de conservação não é dos melhores, mas torçamos para que o bicentenário da independência inspire os governantes a mudar este quadro. A caminhada, ainda assim, vale muito a pena. Os sítios históricos, a bela vista do litoral e da mata atlântica, o clima úmido de temperatura agradável e a boa presença de fauna e flora no entorno garantem a diversão.