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Peregrinação Mafra-Nazaré-Fátima: Etapa 4

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Author

Trail stats

Distance
9.82 mi
Elevation gain
522 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
778 ft
Max elevation
575 ft
TrailRank 
55 5
Min elevation
139 ft
Trail type
One Way
Moving time
2 hours 58 minutes
Time
4 hours 16 minutes
Coordinates
2561
Uploaded
April 19, 2021
Recorded
October 2020
  • Rating

  •   5 1 review
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near Quinta de Vila Viçosa, Leiria (Portugal)

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Itinerary description

Quarta etapa das 9 a percorrer até Fátima.
É uma das etapas emblemáticas do Círio da Prata Grande por coincidir com o local da dormida em São Mamede: a berlinda e os cavalos ficavam alojados no solar dos Mello e Castro, que cediam a capela de São Lourenço para os festejos religiosos.
Tarde do segundo dia,02 de outubro de 2020, com 15,6Km para percorrer, com 594m de acumulado em subidas e descidas, num declive médio de 3,8%, segundo o Google Earth.
Tarde com temperatura muito agradável e com um percurso sem grandes descidas nem subidas. O percurso decorre em terrenos da batalha da Roliça, desenrola-se entre pomares e, depois de passar Óbidos, termina no Santuário do Senhor Jesus da Pedra.
A chuva da manhã deu lugar a uma excelente tarde de sol.
Depois de um almoço retemperador e tempo dedicado ao repouso, no agradável parque de merendas do Santuário da Misericórdia, totalizando 03 horas de paragem, saímos pelas 14H40 e chegámos ao Santuário do Senhor Jesus da Pedra às 19H00: Duração de 04H20 com uma paragem de 35 minutos em São Mamede.

Indica-se o link para a etapa 5:
https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/peregrinacao-mafra-nazare-fatima-etapa-5-71274137

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 462 ft
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Através de campos de pomares

Por esquecimento só iniciei o Wikiloc 1,25Km depois da partida no Santuário da Misericórdia. Iniciámos a tarde com mais uma peregrina: agora somos oito! À saída do Santuário da Misericórdia ainda vimos, ao longe, o impressionante chafariz onde matavam a sede pessoas e animais em peregrinações há muito realizadas. Pelas suas caraterísticas, imagina-se a importância do local e numerosa frequência de peregrinos e viajantes que percorriam estes caminhos. Depois de grandes eucaliptos, os pomares e terrenos de cultivo foram a nossa companhia até a Azambujeira dos Carros. Na berma do caminho ainda foi possível observar sinais de antiga importância senhorial.

PictographRiver Altitude 426 ft
Photo ofRibeira da Zambujeira Photo ofRibeira da Zambujeira Photo ofRibeira da Zambujeira

Ribeira da Zambujeira

PictographProvisioning Altitude 583 ft
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Café o FREIXO

No inicio da Azambujeira dos Carros é possível tomar o café e quebrar o jejum doutros paladares. O nome do café já nos anunciava a importância da árvore que, à saída, iriamos encontrar. Para noroeste é possível observar as alturas da Serra D'Ei Rei.

PictographTree Altitude 533 ft
Photo ofFreixo Photo ofFreixo Photo ofFreixo

Freixo

No largo da capela de N.ª S.ª da Oliveira, inaugurada em 23/12/1742, deparou-se-nos um FREIXO secular com uma idade estimada em 278 anos. Foi classificado como árvore de interesse público pelo Diário da Republica nº 295 II Série de 20/12/1993 e, na medição de 2015, o tronco tinha 6,5m de perímetro a 1,30m de altura e o diâmetro da copa era de 16m. Contam-se várias lendas sobre este freixo sendo a principal sobre a proteção que, no interior do tronco, deu a um menino que fugia das tropas francesas, tendo-lhe salvo a vida. Na sombra deste freixo deparou-se-nos uma surpresa: um poema do poeta popular do Sobreiro, António Batalha, que, em 1993, celebrou a passagem dos peregrinos do Círio da Prata Grande.

PictographPhoto Altitude 522 ft
Photo ofCaminhos da batalha da Roliça Photo ofCaminhos da batalha da Roliça Photo ofCaminhos da batalha da Roliça

Caminhos da batalha da Roliça

Descemos a encosta que constituiu a segunda posição dos franceses, ocupada depois de retirar da primeira posição, situada algures entre a atual estação de comboios e São Mamede, como resposta à tentativa de envolvimento, realizado tropas inglesas que atacavam de norte. O desfecho foi favorável às tropas anglo-lusas mas, permitiu aos franceses atingir os seus objetivos: retardar a chegada do exército inglês a Lisboa e ganhar tempo para organizar a defesa da capital do reino. Foi o declive mais acentuado e longo da tarde mas, a descer, contrariamente ao sentido da marcha dos ingleses.

PictographMonument Altitude 207 ft
Photo ofAos mortos da Batalha da Roliça 2º

Aos mortos da Batalha da Roliça 2º

Esta cruz assinala a homenagem que as populações locais prestaram aos mortos da batalha da Roliça. Este local indica a área de inicio dos combates para atacar a segunda posição francesa.

PictographRiver Altitude 216 ft
Photo ofRio Real Photo ofRio Real Photo ofRio Real

Rio Real

Travessia do Rio Real, percurso também seguido pelos peregrinos para Fátima.

PictographMonument Altitude 223 ft
Photo ofAos mortos da Batalha da Roliça 1º Photo ofAos mortos da Batalha da Roliça 1º Photo ofAos mortos da Batalha da Roliça 1º

Aos mortos da Batalha da Roliça 1º

Local onde terminava a primeira posição dos franceses, onde se travaram alguns combates. Daqui é possível ter a perceção da dificuldade que os ingleses teriam ao atacar a segunda posição dos franceses, no topo das elevações que se entendem da Azambujeira dos Carros. O itinerário do Cirio da Prata Grande seguia o trajeto da Estrada Nacional Nº8, coincidente com a antiga Estrada Real. Para aumentar a segurança seguimos por um caminho paralelo à linha do comboio até São Mamede. Depois de São Mamede repetimos a escolha e seguimos um caminho que, por Este, é paralelo à autoestrada A8.

PictographReligious site Altitude 275 ft
Photo ofSão Mamede Photo ofSão Mamede Photo ofSão Mamede

São Mamede

Sempre que o Círio da Prata Grande ou Círio dos Saloios, se deslocava ao Sítio na Nazaré, parava neste local. A Berlinda, os cavalos e gente fidalga ficavam alojados no solar dos Mello e Castro, que cediam a capela de São Lourenço para os festejos religiosos. O pároco local recebia os peregrinos, eram realizadas as orações convencionadas, ouvidas as loas entoadas pelos anjos e consumidos os pães e a merenda com que as gentes locais, ano após ano, em mesa posta no largo, recebiam os peregrinos do Círio da Prata Grande. Com tal tradição não podíamos deixar de parar e visitar este local. A capela de São Lourenço estava fechada, mas, com auxílio de uma habitante, rapidamente a guardiã da chave foi solicitada, abriu-nos a porta e relatou as suas memórias. Ficámos felizes pelo carinho com que os peregrinos eram recordados. Assim voltassem … ficou a mensagem no ar! «A capela foi mandada construir no século XVI por Martin Afonso de Mello em cumprimento de uma promessa por São Lourenço, seu padroeiro, o ter livrado de um grande perigo no mar» quando se encontrava em serviço pela India.

PictographRisk Altitude 303 ft
Photo ofVariante

Variante

Depois de São Mamede desviámos para Este para evitar o perigo que o trânsito intenso, numa estrada sem bermas em zona urbana, constitui para peregrinos. O Círio da Prata Grande seguia pela estrada nacional Nº8, antiga estrada real, até Óbidos. Um caminho rural, colado à A8, por Este, é mais seguro.

PictographIntersection Altitude 271 ft
Photo ofÀs voltas

Às voltas

A junção do IP6, vindo de Peniche, com a A8 ao lado do caminho de ferro criou muitas alterações ao trajeto original da estrada real. Seguindo os caminhos por nós percorridos é possível ter segurança, caminhar em terra e retomar o percurso da estrada real em A-da-Gorda.

PictographWaypoint Altitude 235 ft
Photo ofEstrada Real Photo ofEstrada Real Photo ofEstrada Real

Estrada Real

Seguindo pela Rua Antiga Estrada Real chegamos a Óbidos pelo lado sul, o do aqueduto. Ainda se encontra uma ponte da antiga estrada real, no ponto de menor altitude. Ao longo da estrada, até entrar na Vila, existe uma via pedonal muito agradável. É a maior subida do dia.

PictographCastle Altitude 367 ft
Photo ofVila de Óbidos Photo ofVila de Óbidos Photo ofVila de Óbidos

Vila de Óbidos

Vindos do parque de estacionamento entrámos em Óbidos, pela Porta da Vila, às 18H35 e assaltámos a loja da Ginjinha. Peregrino que se preze não deixa perder as oportunidades de valorizar os produtos locais, alegrar-se com um miminho e aos seus companheiros. A partilha é boa parte de uma peregrinação. A travessia de Óbidos permitiu-nos "cheirar" a história para explorar numa visita mais prolongada. Não sabemos se foi a vista do Senhor da Pedra, o objetivo do dia, mas ainda havia energias e alegria para testar o corrimão da escadaria! A estrada real não entrava dentro da Vila mas acompanhava as muralhas pelo lado Este.

PictographWaypoint Altitude 243 ft
Photo ofSantuário do Senhor Jesus da Pedra Photo ofSantuário do Senhor Jesus da Pedra Photo ofSantuário do Senhor Jesus da Pedra

Santuário do Senhor Jesus da Pedra

Foi uma motivação extra para chegar ao Santuário do Senhor da Pedra pelas 19H00, onde nos cruzámos com um grupo de peregrinos da Ericeira. Queríamos visitar o Santuário, cujo arquiteto trabalhou na construção do convento de Mafra, mas estava fechado. Ficámos pela explicação das suas singularidades: com planta hexagonal da nave central, concêntrica a um círculo constituído pelas paredes exteriores, apresenta um jogo de janelas invertidas e foi construído entre 1740 a 1747 para albergar condignamente uma antiga cruz de pedra, encontrada por um lavrador em 1730, com a imagem esculpida de Cristo crucificado, supostamente milagrosa por ter feito chover após um período de seca prolongado. Fizemos as nossas invocações no exterior, onde tantos peregrinos passaram e se alojaram na Casa dos Romeiros e deram de beber aos seus animais no chafariz de D. João V, ambos a oeste do Santuário. Depois de nos instalarmos e tomar banho no quartel dos Bombeiros Voluntários de Óbidos, seguimos para o Jantar. Nas traseiras do Santuário, no restaurante Senhor da Pedra, por 9€, comemos uma saborosa carne de porco à alentejana, incluindo sobremesas e bebidas. Voltaremos a provar os acepipes da senhora Aurora. Os Bombeiros de Óbidos, com alguma dificuldade porque o espaço disponibilizado estava em uso e as restrições impostas pela pandemia exigem a adoção dos procedimentos adequados, libertaram uma sala para estendermos os nossos colchões e sacos de cama. Agradecemos o apoio e a confiança em época de pandemia. Chegados ao final do dia sentíamos algum cansaço mas nada que superasse as alegrias partilhadas entre peregrinos.

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