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Peregrinação Mafra-Nazaré-Fátima: Etapa 3

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Trail stats

Distance
11.2 mi
Elevation gain
935 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
669 ft
Max elevation
531 ft
TrailRank 
55
Min elevation
531 ft
Trail type
One Way
Moving time
3 hours 26 minutes
Time
4 hours 44 minutes
Coordinates
3118
Uploaded
October 30, 2020
Recorded
October 2020
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near Ramalhal, Lisboa (Portugal)

Viewed 191 times, downloaded 9 times

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Itinerary description

Terceira etapa das 9 a percorrer até Fátima.
Manhã do segundo dia, 02 de outubro de 2020, com 16,8Km para percorrer, com 679m de acumulado em subidas e descidas, num declive médio de 4,04%, segundo o Google Earth.
Manhã de travessia de um afluente do Rio Alcabrichel, a Vala do Pisão, e do Rio Grande que passa na Lourinhã. Entre estes cursos de água sucedem-se campos de culturas, pomares e eucaliptais, em terrenos muito produtivos.
O dia começou chuvoso mas ao almoço já tinha melhorado.
Saímos do Ramalhal pelas 07H25 e chegámos ao Santuário da Misericórdia pelas 11H49: Duração de 04H24 com uma paragem de 15 minutos.

Indica-se o link para a etapa 4:
https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/peregrinacao-mafra-nazare-fatima-etapa-4-71023263

Waypoints

PictographMountain hut Altitude 351 ft
Photo ofSaída do Ramalhal Photo ofSaída do Ramalhal Photo ofSaída do Ramalhal

Saída do Ramalhal

Levantámo-nos às 06H00 e tomámos o pequeno almoço no Marujo, já frequentado por gente que inicia a labuta pelas 06H00. Eram 07H25 quando saímos do Marujo e nos despedimos do conforto do Ramalhal, debaixo de ligeiros aguaceiros. Partimos para norte, em direção ao Santuário da Misericórdia, na Moita dos Ferreiros, onde planeámos almoçar com a comida levada pelo carro de apoio (da Churrasqueira do Rossio, no Ramalhal).

PictographPhoto Altitude 353 ft
Photo ofCerâmica Photo ofCerâmica

Cerâmica

A industria cerâmica tem grande expressão na Freguesia do Ramalhal

PictographRiver Altitude 252 ft
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Vala do Pisão

Junto da Quinta do Pisão reúnem-se várias linhas de água: Vala do Pisão, Ribeira dos Juncais e Ribeira do Picoto. A travessia da Vala do Pisão é feita a vau o que requer informação antes de meter pés ao caminho. Segundo o Plano de Áreas Inundáveis de Torres Vedras, esta zona está ameaçada por cheias em períodos de chuvas intensas. Felizmente para nós e infelizmente para o ambiente e agricultura, o nível da água é reduzido. Nesta região há sinais de ocupação humana de longa data, nomeadamente do período romano. O triangulo entre o Ramalhal, Vila Facaia e a Quinta da Bogalheira, face ao seu passado, merece umas caminhadas no futuro. Assim a saúde nos permita e a doença do COVID-19 passe depressa. Voltaremos!

PictographRuins Altitude 308 ft
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Antigos Fornos

A exploração industrial das terras desta região para a industria da cerâmica vem de longa data

PictographPanorama Altitude 345 ft
Photo ofVistas e veredas Photo ofVistas e veredas Photo ofVistas e veredas

Vistas e veredas

São uma constante nos nossos percursos: escolher veredas e caminhos rurais, procurando fugir a estradas de alcatrão; explorar a flora e os largos horizontes. Para além da camaradagem, estes critérios são uma via para obter satisfação nas caminhadas que realizamos

PictographPhoto Altitude 372 ft
Photo ofAproximação a Campelos Photo ofAproximação a Campelos

Aproximação a Campelos

Aproximação à civilização. A partir deste local, até ao alto de Campelos, fomos encontrando enormes estufas que, nos pequenos e frescos espaços vazios entre si, estão rodeadas de pequenas hortas. São abundantes as produções de legumes, algumas delas destinadas à exploração comercial.

PictographPhoto Altitude 458 ft
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Chuva

Foi o momento mais chuvoso da nossa peregrinação. O vento puxava intensamente da direção Noroeste e os aguaceiros fracos tinham sido uma constante toda a manhã. Os nuvens resolveram descarregar a água que transportavam e nós tivemos que abrigar-nos num jovem pinhal. A constante troca de impermeáveis da manhã apanhou alguns sem proteção. Vamos a despachar que a chuva é intensa. Foram 10 minuto de paragem. Tão depressa como chegou também a chuva se despediu, para todo o dia.

PictographRiver Altitude 270 ft
Photo ofRio Grande Photo ofRio Grande Photo ofRio Grande

Rio Grande

No período da ocupação romana a estrada vinda de norte para Lisboa passava a Este de Campelos onde, algumas fontes referem, terá existido uma hipotética estação de muda ou repouso. Para um período mais tardio ter-se-á mantido o hábito? E o nome da Quinta das Albergarias terá alguma coisa a ver com o facto? Esta terá sido a direção geral seguida em antigas peregrinações à Nazaré, passando imediatamente a Este do atual depósito de água de Campelos e descendo pela encosta em direção ao Casal da Mata. Ainda hoje há memórias da década de 1950, recolhidas em pessoas mais idosas residentes nesta região, de frequentes peregrinações, algumas entre localidades da região, que transpunham o Rio Grande numa ponte que existia 1050m a Este da nossa travessia. No local ainda se encontram grandes pedaços de uma laje calcária que, eventualmente, terá sido definitivamente danificada na instalação do gás natural. O progresso tem que ter este preço? Depois do Casal da Mata os peregrinos subiam em direção ao Casal da Tracalaia. Nós passámos mais a Oeste desta direção para fugir aos caminhos mais acidentados e à estrada de alcatrão entre o Casal da Mata e da Tracalaia. Depois de passarmos pelo alto de Campelos, na rua a Oeste do depósito de água, descemos ao longo da estrada Rua do Vale da Fonte em direção ao Casal das Giestas. Antes do Casal virámos à direita, por um caminho de terra batida, em direção a frondosos pinheiros mansos, onde fizemos o lanche do meio da manhã. Foi a segunda travessia de um curso de água nesta manhã: agora o Rio Grande que, a jusante, serpenteia pela Lourinhã. Local bonito, com frondosas árvores e uma curiosa ponte pedonal improvisada. São terrenos da Quinta das Albergarias cobertos de extensos e bonitos pomares.

PictographPhoto Altitude 582 ft
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Eucaliptos e couves

Nestas encostas sucedem-se os eucaliptais e culturas extensivas de produtos agrícolas. Necessidades do mercado.

PictographWaypoint Altitude 551 ft
Photo ofEira Paz e Alegria Photo ofEira Paz e Alegria

Eira Paz e Alegria

Um grupo de cristão ecuménicos, orientados pelo padre José Cruz (capelão nos hospitais CUF Descobertas e Capuchos), tem a sua sede ao lado do nosso caminho. A comunidade Eira Paz e Alegria, os seus objetivos e múltiplas celebrações, pode ser encontrada e seguida nas redes sociais. São novos e informais métodos de viver a religiosidade na freguesia da Moita dos Ferreiros onde o Santuário da Misericórdia representa uma tradição de culto cristão de 825 anos. A Este, paralelamente à rua por nós seguida, situa-se o Casal das Pegas, onde, segundo algumas fontes, terá passado o itinerário romano para Lisboa.

PictographReligious site Altitude 598 ft
Photo ofSantuário da Misericórdia Photo ofSantuário da Misericórdia Photo ofSantuário da Misericórdia

Santuário da Misericórdia

O santuário de Nossa Senhora da Misericórdia, uma construção de meados do século XVI, situa-se na freguesia da Moita dos Ferreiros, concelho da Lourinhã e pertenceu ao concelho de Óbidos até à reforma de 1835. Todo o conjunto do Santuário - Igreja, Casa do Ermitão, Casa dos Círios, Recinto de Festas e Fonte - está inserido numa zona de grande valor histórico, paisagístico e ambiental, em que se incluem uma mancha de sobreiros centenários e diversas fontes e nascentes de água. Associado à permanência romana no território, terá sido um local pagão sagrado que, com o advento do cristianismo, se transformou em local de culto cristão. A importância deste local, expressa pela tradição oral, está associada a duas lendas : 1) A caminho de Aljubarrota, o Condestável, São Nuno Alvares Pereira aqui terá parado para rezar, rogando “ Misericórdia ” para as suas tropas; 2) A aparição de Nossa Senhora, em 1182, ano da formação de Portugal, a um pastor. Desde tempos imemoriais que círios e romarias de povoações distantes vêm venerar a imagem ao Santuário da Misericórdia e participar numa das mais antigas feiras do concelho da Lourinhã que se realiza anualmente a 7 e 8 de setembro. Pelas tradições do local, por estar situado a meia distância entre o Ramalhal e as Caldas da Rainha e pela proximidade aos principais roteiros, estamos em crer que este terá sido um local de paragem para os peregrinos do Círio da Prata Grande, a caminho da Nazaré. No interior da Igreja rezámos a nossa oração e lembrámos os migrantes que, na época que vivemos, por tantas partes do mundo, carecem de atos de misericórdia. Não se trata de uma questão religiosa mas de respeito pela condição humana. É possível visitar o Santuário todos os dias. Na casa contigua reside uma senhora que zela pela limpeza e abertura da Igreja. Juntou-se-nos mais uma peregrina. Até aqui eramos 7 e a partir de agora somos 8.

PictographFountain Altitude 572 ft
Photo ofFonte dos Rastinhos Photo ofFonte dos Rastinhos Photo ofFonte dos Rastinhos

Fonte dos Rastinhos

A Fonte dos Rastinhos, cuja água é considerada milagrosa para doenças dos olhos, deve o nome a um exemplar podomórfico (pegadas gravadas na pedra) aí existente e que os arqueólogos situam no paleolítico. a fonte tem duas bicas de água fresquinha. Mata a sede e refresca os pés dos peregrinos. A descrição do milagre a que está associada encontra-se numa placa afixada no local. A valorizar a fonte, existe um ótimo parque de merendas onde almoçámos sob a proteção de frondosas árvores. Se não houvesse outro motivo, esta fonte e o parque de merendas seriam motivo suficiente para uma visita. Em caso de chuva, existe um recinto para festas que possui um palco coberto que pode servir de proteção. Era o nosso plano B para um dia chuvoso. Foi neste palco que, estendidos sobre as esteiras, recuperámos algumas forças!

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