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Percurso Grutas do Almonda (PNSAC) (04-12-2011) (Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros)

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Author

Trail stats

Distance
3.93 mi
Elevation gain
341 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
203 ft
Max elevation
719 ft
TrailRank 
58 5
Min elevation
719 ft
Trail type
One Way
Coordinates
156
Uploaded
January 1, 2019
Recorded
December 2011
  • Rating

  •   5 1 review
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near Casais Martanes, Santarém (Portugal)

Viewed 798 times, downloaded 19 times

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Itinerary description

Este percurso inicia-se no Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta do Almonda (CISGA) e termina no Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire.

O caminho alonga-se entre o arrife e a serra de Aire. Alterna zonas florestadas com pinhal bravo ou eucaliptal e extensas zonas de matos. Na sua parte final atravessa campos agrícolas com olival. As vistas para a serra ou para a lezíria, o corte vigoroso do arrife e as delicadas esculturas que formam os lapiás são motivos diversificados que valorizam o trilho com atrativos inesperados.

A vegetação é diversificada, especialmente a nível dos matos, sendo fácil encontrar alecrim (Rosmarinus officinalis), roselha (Cistus albidus), tojo, aroeira (Pistacia lentiscus), trovisco (Daphne gnidium) e carrasco (Quercus coccifera).
Os medronheiros (Arbutus unedo) e uma ou outra azinheira (Quercus rotundifolia) erguem-se, por vezes, acima desta diversidade de espécies ou crescem pelo meio dos pinhais. As oliveiras (Olea europaea) assumem, às vezes, um porte considerável, mas, frequentemente, são apenas pequenos arbustos difíceis de distinguir do seu antepassado selvagem, o zambujeiro (Olea europaea var. sylvestris). É curioso notar as árvores recentemente plantadas de tanchão ou pau seco, método que aproveita a facilidade da oliveira em enraizar.
Podem observar-se diversas espécies de animais. Das aves de rapina destaca-se o búteo ou águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), o peneireiro-comum ou de-dorso-malhado (Falco tinnunculus) e a águia-cobreira (Circaetus gallicus). O bufo-real (Bubo bubo), a maior das rapinas noturnas em Portugal, nidifica pelas fragas. A perdiz-vermelha (Alectroris rufa) é frequente, especialmente nas zonas cultivadas. Dos passeriformes (aves a que vulgarmente chamamos pássaros) existe uma grande diversidade de espécies desde a maior, o corvo (Corvus corax), até à pequena carriça (Troglodytes troglodytes), não esquecendo o cartaxo-comum (Saxicola torquata) ou as toutinegras (Sylvia spp.).

Entre os mamíferos destaca-se o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus), a geneta (Genetta genetta), a raposa (Vulpes vulpes) e até o gato-bravo (Felis silvestris). Entre os répteis encontra-se o sardão (Lacerta lepida), a cobra-de-escada (Elaphe scalaris) e a cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Pontos de interesse:
Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta do Almonda - edifício com uma ampla varanda panorâmica e infraestruturas que permitem o acolhimento. Para mais informações, contacte a Câmara Municipal de Torres Novas.

Perto deste centro existe uma cavidade onde é possível chegar ao leito subterrâneo do Almonda, rio que, a algumas centenas de metros, na base do arrife, surge à superfície através duma exsurgência, culminar de extensas galerias que se estendem pelo interior da serra de Aire por alguns quilómetros.

Antiga pedreira revitalizada por escuteiros - esta antiga pedreira de brita, abandonada há alguns anos, foi alvo de um projeto de revitalização. Trata-se de uma solução inovadora que pretende valorizar este local, utilizando o espaço criado artificialmente pela atividade extrativa visando a sua utilização para atividades escutistas.

Campo de lapiás - termo utilizado para designar a superfície modelada com formas de carsificação - os lapiás. Os lapiás podem apresentar várias formas e dimensões, sendo que o termo “megalapiás” engloba formas variadas cuja característica comum reside nas suas dimensões superiores ao normal.

Arrife - o arrife que se estende paralelo à serra é uma imensa falha geológica que resultou da quebra de materiais pouco plásticos aquando da elevação do maciço calcário. É uma fronteira vigorosa que acompanha todo o percurso e separa a serra das terras baixas. Por vezes constituindo fragas com um desnível que chega aos 40 m, é um ótimo local para nidificação de diversas espécies de aves como o bufo-real (Bubo bubo) ou o corvo (Corvus corax). Mesmo quando nos afastamos dos seus limites a sua presença continua a manifestar-se, por vezes cortando a distância que nos separa das suaves colinas lá em baixo com uma linha vigorosa e abrupta.

Olival - as oliveiras (Olea europaea) são árvores de formas bizarras. São “sagradas” e símbolo da nossa civilização mediterrânica. Aparecem alguns bravios zambujeiros (Olea europaea var. sylvestris) e olivais que crescem, bem cuidados, pelo meio dos campos de cultivo, continuando a produzir o azeite e as azeitonas que acompanham muitos sabores. A lenha da oliveira arde com alegria e calor e, por isso mesmo, lamentavelmente, algumas oliveiras foram já reduzidas a moitas. Porém, a estima por esta árvore milenar continua e é possível perceber como se plantaram novas oliveiras de pau seco, de tanchão, numa terra onde se mistura suor e amor.

Agricultura tradicional - os mesmos gestos e o mesmo ritmo moldado pelas estações, pela temperatura e pela água. Um entendimento perfeito com esta terra vermelha, cheia de frescura. Já apareceu o trator que vem destronar as juntas de bois e, no entanto, continua a ser a enxada a escrever nestes campos despedrados a história desta agricultura de subsistência. Gestos que passaram de geração em geração, numa sábia e diversificada utilização da terra.

Paisagem - vale a pena parar um pouco e olhar em volta. Tentar perceber por onde passa o trilho. Identificar primeiro a profundidade do céu e a última linha do horizonte no seu cinzento azulado e difuso. A margem de lá do Tejo e o branco casario da Chamusca. A lezíria que parece pequena. As colinas que separam a planície da serra. O corte vigoroso do arrife como um golpe profundo. A própria serra na sua estranha imobilidade como um animal gigantesco adormecido.

(nota: Informação retirada da página do ICNF/ Guia de percursos pedestres do PNSAC)

Outros percursos que fiz, na Região do Médio Tejo:
Alcanena:
Serra de Santo António 10-02-2013
Olhos D'Água do Alviela (PR1-ACN) (15-03-2009)
PR1 ACN - Alviela - Rota Olhos D'Água do Alviela (Alcanena)
PR 2 ACN - Rota dos Bernardos (Espinheiro, Alcanena)
PR3 - ACN - Rota das Fontes Naturais (Bugalhos, Alcanena)
Rota dos Ferreiros (PR 4 ACN) - Malhou (Alcanena) (09-02-2020)
Rota dos Frades (Alcanena - PNSAC) (27-09-2015)
Rota dos Arrifes - PR6 - Alcanena - 07-FEV-2016
Rota dos Moinhos (PR7-ACN) (04-11-2018)
PR8 ACN - Entre o Aqueduto e o Alviela (Alcanena)
ROTA DA ARCADA (PR9 ACN) (29-11-2015)
PR10 ACN/PMS - Rota de Minde (Alcanena/ Porto de Mós)
Santa Marta à Rota dos Frades - 22-04-2018
Rota das Pias (Serra de Santo António - PNSAC)
Serra de Santo António - Festival de Sopas
Ourém:
Bairro - Casal Farto (08-Março-2015) (PR1 - VNO)
Bairro / Casal Farto (PNSAC) - 17-Fev-2019
Tomar:
Tomar - Agroal, pelo vale do Nabão (31-03-2019)
Tomar Histórico e Cultural
PR2 - Dos Gigantes Verdes à Ribeira da Póvoa (PR2 TMR - Tomar)
Torres Novas:
Percurso Grutas do Almonda (PNSAC) (04-12-2011)
Nascente do Almonda - Vale Fojo - Aire - Vale Garcia (PNSAC)
Rota do Almonda (parte 1: Nascente - Torres Novas)
Rota do Almonda (parte 2: Torres Novas - Paul do Boquilobo)
Rota do Almonda (PR1 TNV) (Torres Novas)
Rota de Olaia e Paço (PR4 - TNV) (Torres Novas)
Moinhos da Pena (PR3 TNV) (Torres Novas)
Vila de Rei:
Trilho das Cascatas (PR1 - VLR) (30-12-2018)
Aldeia de Xisto de Água Formosa e Rota das Conheiras (parcial) (Vila de Rei)
Penedo Furado (Vila de Rei)
Sardoal:
PR1 SRD ABT - Na Rota do Javali (Andreus, Sardoal)
Caminho da Moura Encantada (PR5 - Sardoal) + Moinhos de Entrevinhas
Abrantes:
Percurso da Ribeira de Alcolobre (Abrantes/ Constância)
Sertã:
Pedrógão Pequeno (PR2 Trilho do Zêzere + PR1 Trilho dos Bufos) (Sertã)
Ferreira do Zêzere:
Dornes - Vigia do Zêzere (13-Janeiro-2019)
Trilho da Pombeira (PR3 FZZ) + Posto de Vigia (Ferreira do Zêzere)
Trilho do Lagar Velho (PR2 FZZ) (Ferreira do Zêzere)
Mação:
Envendos - Castelo Velho - Pego da Rainha (Mação)
Rota da Queixoperra - PR5 MAC (Mação)
Grande Rota do Carso:
GR54 - Grande Rota do Carso (Olhos de Água do Alviela - Serra de Santo António)
GR54 - Grande Rota do Carso (Serra de Santo António - Giesteira) e Lapa da Ovelha
GR54 - Grande Rota do Carso (Giesteira - Ourém)
GR 54 - Grande Rota do Carso (Ourém - Pena)
GR 54 - Grande Rota do Carso [Casal do Pena - Casais Martanes (Nascentes do Almonda)]
GR 54 - Grande Rota do Carso (completo)
GR 55 - Grande Rota das Ribeiras de Arcês, Rio Frio e do Rio Tejo:
GR 55 (Oliveira do Mouchão - Lapa)
GR 55 (Lapa - Lercas)

Comments  (2)

  • Photo of Tetititu
    Tetititu Feb 7, 2024

    Belo percurso, pelo Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Muito boas fotos e explicações. Um abraço forte.

  • Photo of migueleloi
    migueleloi Feb 7, 2024

    Obrigado Tetititu,
    Um abraço

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