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Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 04

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Trail stats

Distance
4.09 mi
Elevation gain
587 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
587 ft
Max elevation
1,404 ft
TrailRank 
74 5
Min elevation
685 ft
Trail type
Loop
Time
2 hours 3 minutes
Coordinates
790
Uploaded
March 27, 2021
Recorded
March 2021
  • Rating

  •   5 2 Reviews
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near Milhundos, Porto (Portugal)

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Itinerary description


VALE DO CAVALUM

- Trilho por terras de Arrifana de Sousa, pela vertente NE do Vale do Cavalum, que decorre entre os lugares de Milhundos e Santa Marta, com passagem pela respetiva Anta no Alto da Portela do Monte;
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim junto ao edifício das Piscinas Municipais (opcional - existe parque de estacionamento gratuito);
- Percorre ruas limítrofes da cidade de Penafiel, assim como caminhos de terra e calçadas pelo Vale do Cavalum;
- Ao longo do percurso existem alguns pontos de referência, com destaque para o Parque e Jardim do Sameiro, a Ponte de Santa Marta, a Anta de Santa Marta (ou Dólmen da Portela), a Necrópole de Santa Marta e o rio Cavalum;
- Misto de calçadas, caminhos de terra e passeios pedonais;
- Trilho com características fáceis e sem declives acentuados;
- Nesta zona mais elevada do Vale do Cavalum, para além das suas características rurais, estão implantadas várias quintas particulares, assim como algumas estruturas industriais no sopé do Monte de Santa Marta que, para não fugir à malfadada regra, se encontra completamente povoado por eucaliptos;
- A cidade de Penafiel, com os seus 250 anos de existência, está repleta de edifícios e recantos cuja importância histórica é indissociável do seu legado enquanto cidade de referência do Vale do Sousa;
- Este trilho é um percurso acessível e que não exige especial capacidade física. No entanto, se chover, alguns caminhos de terra tornar-se-ão escorregadios e lamacentos. O ideal, para desfrutar dos vários pontos de interesse, será mesmo um dia seco mas não muito quente;
- No seu todo é um percurso agradável, acessível e rico em diversidade paisagística, histórica e cultural. As terras de Arrifana de Sousa, repletas de história e tradição, irão surpreender, com certeza, quem as visite!!


DÓLMEN DA PORTELA

Outros percursos realizados nesta região:
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 03
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 02
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 01
Por terras de Arrifana de Sousa: de Penafiel a Vila Boa de Quires
Arrifana de Sousa (Penafiel)
Penafiel, Rande e Milhundos
Penafiel (Vale do Cavalum)


CAMINHO DA LEVADA

- A LENDA DA PENA FIEL
Por volta do ano 950, existia como grande senhora da Região, uma respeitável matrona de alta linhagem, com o nome de Mumadona Dias, viúva do honrado Conde Hermenegildo. Junto do Túmulo do seu bem-amado esposo, Mumadona passava os dias, onde se confessava chorando a amargura que lhe inundava a alma, e não se cansava de prantear sua triste sorte. Também junto do túmulo falava dos seus filhos, Nuno e Arriana, dizendo que sem eles a sua vida de nada serviria. Decerto por tudo isso, quando houve a divisão dos bens deixados pelo Conde Hermenegildo, a chorosa viúva escolheu as melhores terras para os seus filhos predilectos- Arriana e Nuno. Mas os filhos recusavam dizendo:
- "Só a morte nos poderá separar de vós!"
Quando Mumadona falava a sua filha em casar ela exclama sempre que nunca iria casar! Passados uns tempos Mumadona recebeu a visita de um vizinho poderoso, D. Mendo de Sousa, senhor de muitas terras em redor. D. Mendo, deu a conhecer então a sua visita:
- "Senhora, conheceis quem sou e quanto valho. Ninguém se me pode comparar em poderio. E assim devereis considerar uma honra, senhora, para vós e para vossa casa, que eu deseje casar com vossa filha Arrifana".
Dona Mumadona, tolhida de espanto só respondeu:
- "Perdão, D. Mendo... minha filha chama-se Arriana... e não Arrifana!"
Então a teimosia começou entre os dois por causa do nome da filha de Mumadona, até que esta disse que quem ia decidir era a Arriana. D. Mendo bem relembrou que quem decidia o noivo/a dos filhos eram os pais, mas Mumadona exclamou:
- "Não, Senhor D. Mendo de Sousa... nem a vossa fortuna, nem o vosso poder me farão mudar de ideias... Quem decide acerca do seu próprio coração é minha filha Arriana!!
Foi então que Arriana foi informada da vontade de D. Mendo de Sousa, que sempre trocava o seu nome por Arrifana. Então, nisto Arriana respondeu:
- "Senhor D. Mendo, sei bem como sois forte e rico... Iria decerto encontrar em vós um esposo ideal... Mas a verdade é que jurei não casar... e não caso, nem mesmo com o poderoso D.Mendo de Sousa!"
Com isto D. Mendo foi embora. Assim tudo voltou à normalidade. Família unida e feliz. Mas como o povo diz: "Não há bem que dure sempre"... Então surgiu um mal pior... Nuno adoeceu com grandes febres e perigosas... Durante dias, noites, semanas, as duas mulheres não largaram a cabeceira do enfermo. Foram chamados os melhores físicos e curandeiros, mas tudo em vão. A vida aos poucos e poucos ia abandonando o corpo de Nuno, que tão vigoroso fora. Ele bem o sentia, elas bem o sentiam. Mas lutavam ainda apesar de tudo. Elas bem o encorajavam, mas Nuno, todavia, compreendeu perfeitamente quando o momento chegou e disse:
- "Não vos quero aflitas... É a minha hora! Quem sabe? Talvez seja o senhor meu pai a chamar-me lá do céu..."
Ele sorrindo debilmente disse:
- "Pois tendes de me perder... ides ficar sem mim, eu vos digo... Sinto que me estou a afastar da terra."
Elas exclamaram em berros aflitivos:
- "Meu filho!"
- "Meu irmão!"
Mas era bem verdade, dolorosamente verdade, Nuno falecera... Conta ainda a lenda que desde então as duas mulheres viveram em pranto chorando a morte de Nuno, e que mal chegavam as trevas da noite, a Viúva Mumadona e sua filha Arriana vagueavam por ali, como doidas, desabafando dores e saudades:
- "Esta será para sempre a terra da nossa Pena Fiel pelo nosso querido Nuno!"
- "Tendes razão filha! Para todo o sempre, esta há-de ficar a ser a terra da nossa Pena Fiel!"
Passados anos, Mumadona e Arriana acabaram por morrer a as terras foram parar às mãos de D. Mendo de Sousa, que embora velho e agastado dizia:
- "Pois Claro! Já que ela não quis casar comigo em vida, ao menos pertencem-me as suas terras, e vou dar-lhes o nome que tanto gostava: serão as terras de Arrifana de Sousa, para que perpetuem o nome dela e o meu apelido."
As terras ficaram então com este nome, até que D. José I que conhecia a história da dor da saudade pelo jovem Nuno, quis também associar-se à tradição e a 3 de Março de 1770, elevou Arrifana de Sousa a Cidade com o Nome de Penafiel.


LAMEIROS (Vale do Cavalum)

Waypoints

PictographPark Altitude 1,085 ft
Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Parque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Sobre a Cidade e o Vale do Sousa, foi construído nos finais do século XIX início do século XX, aquando da construção do Santuário da Senhora da Piedade e Santos Passos, o Parque Zeferino de Oliveira mais conhecido por Jardim do Sameiro. O Jardim do Sameiro é um exemplo da escolha perfeita do lugar. A sua construção estratégica tira partido das melhores vistas, revelando a mestria dos nossos antepassados na arte de projetar jardins. O jardim desenvolve-se ao longo de vários patamares, acessível por escadas que conduzem até canteiros bem mantidos, limitados por sebes de buxo topiado. No interior dos canteiros, as plantas anuais dão cor e alegria ao cenário verde do buxo e das sebes em ligustrum que contornam a escadaria principal e uma panóplia de herbáceas e arbustos, tais como rosas, azáleas, rododendros e camélias.

PictographReligious site Altitude 1,145 ft
Photo ofCruzeiro do Sameiro Photo ofCruzeiro do Sameiro Photo ofCruzeiro do Sameiro

Cruzeiro do Sameiro

No ano de 1940, Portugal comemorou festivamente o oitavo centenário da sua Fundação e o terceiro da Restauração. Se é certo que só em 1143, pelo tratado de Zamora, a soberania portuguesa foi reconhecida por Afonso VII rei de Leão e Castela, e confirmada pelo Papa Alexandre III em 1179, já em 1140, D. Afonso Henriques usava o título de rei. Estes dois acontecimentos marcantes da história de Portugal foram assinalados na cidade de Penafiel em 1940, onde se realizou a cerimónia da inauguração do Cruzeiro da Independência colocado no recinto por detrás do Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Hoje, o cruzeiro encontra-se no jardim das traseiras do Santuário.

PictographReligious site Altitude 1,091 ft
Photo ofCapela de Milhundos Photo ofCapela de Milhundos Photo ofCapela de Milhundos

Capela de Milhundos

Na pequena Capela de Milhundos (ou Capela de Nossa Senhora da Ajuda), embora haja referência a uma sepultura antropomórfica escavada na rocha, não é possível localizá-la pois é muito provável que esta terá já sido destruída, uma vez que toda a área foi alvo de grandes remodelações urbanísticas que transformaram por completo a envolvente, para construção da variante circular Sul do Cavalum, e para loteamento da zona.

PictographRuins Altitude 1,082 ft
Photo ofMoinhos do rio Cavalum Photo ofMoinhos do rio Cavalum Photo ofMoinhos do rio Cavalum

Moinhos do rio Cavalum

PictographBridge Altitude 1,084 ft
Photo ofPonte de Santa Marta (moinho) Photo ofPonte de Santa Marta (moinho) Photo ofPonte de Santa Marta (moinho)

Ponte de Santa Marta (moinho)

A ponte de Santa Marta situa-se próxima do dólmen e das sepulturas rupestres da Portela, estando estes vestígios associados à via que ali passava, vinda de Penafiel rumo à ponte de Canaveses, em direcção a Mesão Frio. A ponte granítica é de tabuleiro em cavalete mas com pouca inclinação, "assente num único arco de volta perfeita, em cantaria, com pegões cegos, estando o alicerce destes assente em encaixes cavados no afloramento". O tabuleiro conserva ainda uma fiada de guardas, mas o aparelho dos paramentos revela ter sido alvo de vários arranjos, sendo, no geral, em aparelho regular, com algumas fiadas pseudo-isódomas na zona inferior do arco, onde o intradorso apresenta ainda uma sigla gravada num dos silhares.

Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela Photo ofAnta de Santa Marta ou Dólmen da Portela

Anta de Santa Marta ou Dólmen da Portela

A Anta de Santa Marta ou Dólmen da Portela ou Forno dos Mouros, é um monumento megalítico português localizado em Santa Marta, Penafiel, no distrito do Porto. Está representado no brasão da freguesia. Os arqueólogos calculam que esta anta, formada por sete esteios e com uma laje superior com cerca de 3,3 metros por 2,1 metros, tenha sido construída no Terceiro milénio a.C.. Possuiu um corredor com cerca de 6 metros de comprimento por 2,5 metros de largura, do qual só já existem dez esteios. Foi-lhe atribuído o estatuto de Monumento Nacional em 1910 pelo IPPAR.

Photo ofNecrópole de Santa Marta (sepultura 1) Photo ofNecrópole de Santa Marta (sepultura 1)

Necrópole de Santa Marta (sepultura 1)

A necrópole de Santa Marta localiza-se junto do dólmen da Portela, no lado oposto da estrada, e é constituída por três sepulturas escavadas na rocha. Esta necrópole, ou cemitério, data da Alta Idade Média e situa-se, cronologicamente entre os séculos XIII a XI, constatando-se assim uma longa tradição funerária para este local, ao qual se associavam antigas vias de comunicação, como indicam o topónimo "Portela" e a presença da vizinha ponte medieval sobre o rio Cavalúm. A sepultura 1 encontra-se junto do muro de divisão de propriedade, e foi aberta no afloramento granítico com uma orientação de NW-SE, por forma a adaptar-se à penedia. De forma sub-trapezoidal, esta sepultura é antropomórfica, com cabeceira em arco de volta perfeita levemente aberto, apresentando-se a linha dos ombros e dos pés bastante suave e arredondada. Na zona da cabeceira possui um rebordo parcial.

Photo ofNecrópole de Santa Marta (sepulturas 2 e 3) Photo ofNecrópole de Santa Marta (sepulturas 2 e 3) Photo ofNecrópole de Santa Marta (sepulturas 2 e 3)

Necrópole de Santa Marta (sepulturas 2 e 3)

A cerca de 10 metros da sepultura 1, encontram-se as sepulturas 2 e 3, muito destruídas e mutiladas, ambas com orientação canónica quase perfeita. São paralelas entre si mas estão desalinhadas, sendo a primeira (sep. 2) antropomórfica, de planta e cabeceira sub-rectangulares e antropomorfismo assimétrico, mais vincado na linha do ombro esquerdo. A segunda sepultura (sep. 3) apresenta uma forma ovalada, sem sinais de antropomorfismo, e possui rebordo lateral já pouco visível, sendo claramente anterior às restantes sepulturas. Cronologicamente, podem datar-se entre os séculos IX - XI, embora a sep. 3 seja, muito provavelmente, de fase anterior.

PictographRiver Altitude 1,000 ft
Photo ofAçude (rio Cavalum) Photo ofAçude (rio Cavalum) Photo ofAçude (rio Cavalum)

Açude (rio Cavalum)

O rio Cavalum é um rio que nasce em Portugal no lugar de Curcil, perto da freguesia de Croca, na localidade de Casais Novos, concelho de Penafiel. Tem cerca de 17 quilómetros, atravessa o Parque da Cidade de Penafiel, é um afluente do rio Sousa e pertence à bacia hidrográfica do Rio Douro. A presa identificada como nascente do rio Cavalum, está envolta em silvados. A partir daí o Cavalum, que mais parece um pequeno rego de água, está encanado, atravessando alguns campos. Curiosamente, não é dos tempos actuais a atitude de encanar o rio Cavalum nas proximidades da sua nascente. Vários troços do rio já foram encanados no passado, atravessando subterraneamente alguns campos através de “minas” feitas totalmente em pedra.

PictographBridge Altitude 994 ft
Photo ofPontelha (rio Cavalum) Photo ofPontelha (rio Cavalum) Photo ofPontelha (rio Cavalum)

Pontelha (rio Cavalum)

PictographWaypoint Altitude 994 ft
Photo ofMoinho (rio Cavalum) Photo ofMoinho (rio Cavalum)

Moinho (rio Cavalum)

PictographBridge Altitude 974 ft
Photo ofPonte sobre rio Cavalum Photo ofPonte sobre rio Cavalum Photo ofPonte sobre rio Cavalum

Ponte sobre rio Cavalum

PictographTree Altitude 1,089 ft
Photo ofJardim da Alameda do Marquês de Pombal Photo ofJardim da Alameda do Marquês de Pombal Photo ofJardim da Alameda do Marquês de Pombal

Jardim da Alameda do Marquês de Pombal

Comments  (4)

  • Photo of RAIA
    RAIA Nov 22, 2021

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    A Anta de Santa Marta merece mesmo uma visita. Pena a necrópole estar algo abandonada...
    Um bom percurso.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Nov 22, 2021

    Obrigado, bioRAIA, pelo comentário e avaliação do trilho.
    A Anta da Portela é de facto um ponto de referência. E concordo plenamente, a necrópole merecia outro tratamento. Pelo menos, estar limpa e mais protegida.
    Continuação de boas caminhadas!!

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Feb 28, 2022

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    Boa caminhada pelo monte de Santa Marta, com passagem pela magnifica Anta da Portela. Só é pena este monte estar coberto por eucaliptos... mas existem alguns troços que são bastante bonitos. Abraço!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Mar 2, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!

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