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Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 03

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Trail stats

Distance
4.83 mi
Elevation gain
669 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
669 ft
Max elevation
1,158 ft
TrailRank 
82 5
Min elevation
630 ft
Trail type
Loop
Time
2 hours 8 minutes
Coordinates
892
Uploaded
March 21, 2021
Recorded
March 2021
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Milhundos, Porto (Portugal)

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Itinerary description


MUSEU DE PENAFIEL (terraços de cobertura)

- Pequeno trilho que percorre terras de Arrifana de Sousa, desta vez pelo Vale do Sousa e algumas artérias da cidade de Penafiel, nomeadamente centro histórico e zona velha;
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim junto ao edifício das Piscinas Municipais (opcional - existe parque de estacionamento gratuito);
- Percorre vielas e ruas da cidade de Penafiel, assim como caminhos e calçadas pelo vale do Sousa;
- Ao longo do percurso existem vários pontos de referência, com destaque para o centro histórico e zona velha da cidade, com as suas travessas e vielas, os vários imóveis históricos da rua Alfredo Pereira, a rua Direita e a rua do Carmo, a Igreja Matriz de Penafiel, a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, as vinhas da Quinta da Aveleda, a Capela de São Roque, a Casa do Feitor e Capela de São Bartolomeu, a Casa de Louredo e o Parque e Jardim do Sameiro;
- Misto de calçadas, caminhos de terra e passeios pedonais;
- Trilho com características fáceis e sem declives acentuados;
- No Vale do Sousa, além das suas características rurais, está implantada a Quinta da Aveleda, um espaço de referência nacional, emblemático de toda esta região;
- A cidade de Penafiel, com os seus 250 anos de existência, está repleta de edifícios e recantos cuja importância histórica é indissociável do seu legado enquanto cidade de referência do Vale do Sousa;
- Este trilho é um percurso acessível e que não exige especial capacidade física. No entanto, se chover, as calçadas em paralelo, assim como alguns caminhos de terra, tornar-se-ão escorregadios e lamacentos. O ideal, para desfrutar dos vários pontos de interesse, será mesmo um dia seco mas não muito quente;
- No seu todo é um percurso bastante bonito, acessível e rico em diversidade paisagística, histórica e cultural. As terras de Arrifana de Sousa, repletas de história e tradição, irão surpreender, com certeza, quem as visite!!


RUA DIREITA (pormenor)

Outros percursos realizados nesta região:
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 02
Penafiel (Arrifana de Sousa) - Walking tour 01
Por terras de Arrifana de Sousa: de Penafiel a Vila Boa de Quires
Arrifana de Sousa (Penafiel)
Penafiel, Rande e Milhundos
Penafiel (Vale do Cavalum)


ZONA HISTÓRICA (pormenor)

- A LENDA DA PENA FIEL
Por volta do ano 950, existia como grande senhora da Região, uma respeitável matrona de alta linhagem, com o nome de Mumadona Dias, viúva do honrado Conde Hermenegildo. Junto do Túmulo do seu bem-amado esposo, Mumadona passava os dias, onde se confessava chorando a amargura que lhe inundava a alma, e não se cansava de prantear sua triste sorte. Também junto do túmulo falava dos seus filhos, Nuno e Arriana, dizendo que sem eles a sua vida de nada serviria. Decerto por tudo isso, quando houve a divisão dos bens deixados pelo Conde Hermenegildo, a chorosa viúva escolheu as melhores terras para os seus filhos predilectos- Arriana e Nuno. Mas os filhos recusavam dizendo:
- "Só a morte nos poderá separar de vós!"
Quando Mumadona falava a sua filha em casar ela exclama sempre que nunca iria casar! Passados uns tempos Mumadona recebeu a visita de um vizinho poderoso, D. Mendo de Sousa, senhor de muitas terras em redor. D. Mendo, deu a conhecer então a sua visita:
- "Senhora, conheceis quem sou e quanto valho. Ninguém se me pode comparar em poderio. E assim devereis considerar uma honra, senhora, para vós e para vossa casa, que eu deseje casar com vossa filha Arrifana".
Dona Mumadona, tolhida de espanto só respondeu:
- "Perdão, D. Mendo... minha filha chama-se Arriana... e não Arrifana!"
Então a teimosia começou entre os dois por causa do nome da filha de Mumadona, até que esta disse que quem ia decidir era a Arriana. D. Mendo bem relembrou que quem decidia o noivo/a dos filhos eram os pais, mas Mumadona exclamou:
- "Não, Senhor D. Mendo de Sousa... nem a vossa fortuna, nem o vosso poder me farão mudar de ideias... Quem decide acerca do seu próprio coração é minha filha Arriana!!
Foi então que Arriana foi informada da vontade de D. Mendo de Sousa, que sempre trocava o seu nome por Arrifana. Então, nisto Arriana respondeu:
- "Senhor D. Mendo, sei bem como sois forte e rico... Iria decerto encontrar em vós um esposo ideal... Mas a verdade é que jurei não casar... e não caso, nem mesmo com o poderoso D.Mendo de Sousa!"
Com isto D. Mendo foi embora. Assim tudo voltou à normalidade. Família unida e feliz. Mas como o povo diz: "Não há bem que dure sempre"... Então surgiu um mal pior... Nuno adoeceu com grandes febres e perigosas... Durante dias, noites, semanas, as duas mulheres não largaram a cabeceira do enfermo. Foram chamados os melhores físicos e curandeiros, mas tudo em vão. A vida aos poucos e poucos ia abandonando o corpo de Nuno, que tão vigoroso fora. Ele bem o sentia, elas bem o sentiam. Mas lutavam ainda apesar de tudo. Elas bem o encorajavam, mas Nuno, todavia, compreendeu perfeitamente quando o momento chegou e disse:
- "Não vos quero aflitas... É a minha hora! Quem sabe? Talvez seja o senhor meu pai a chamar-me lá do céu..."
Ele sorrindo debilmente disse:
- "Pois tendes de me perder... ides ficar sem mim, eu vos digo... Sinto que me estou a afastar da terra."
Elas exclamaram em berros aflitivos:
- "Meu filho!"
- "Meu irmão!"
Mas era bem verdade, dolorosamente verdade, Nuno falecera... Conta ainda a lenda que desde então as duas mulheres viveram em pranto chorando a morte de Nuno, e que mal chegavam as trevas da noite, a Viúva Mumadona e sua filha Arriana vagueavam por ali, como doidas, desabafando dores e saudades:
- "Esta será para sempre a terra da nossa Pena Fiel pelo nosso querido Nuno!"
- "Tendes razão filha! Para todo o sempre, esta há-de ficar a ser a terra da nossa Pena Fiel!"
Passados anos, Mumadona e Arriana acabaram por morrer a as terras foram parar às mãos de D. Mendo de Sousa, que embora velho e agastado dizia:
- "Pois Claro! Já que ela não quis casar comigo em vida, ao menos pertencem-me as suas terras, e vou dar-lhes o nome que tanto gostava: serão as terras de Arrifana de Sousa, para que perpetuem o nome dela e o meu apelido."
As terras ficaram então com este nome, até que D. José I que conhecia a história da dor da saudade pelo jovem Nuno, quis também associar-se à tradição e a 3 de Março de 1770, elevou Arrifana de Sousa a Cidade com o Nome de Penafiel.


VINHAS DA AVELEDA

Waypoints

PictographSports facility Altitude 1,039 ft
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Complexo Desportivo do Sameiro

PictographWaypoint Altitude 1,040 ft
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Rua Alfredo Pereira (zona histórica)

Alfredo Pereira (Macau, 08-10-1853 / Lisboa, 29-03-1925) foi um ilustre Engenheiro Agrónomo-Silvicultor, mas que teve acção preponderante nos CTT, embora o seu nome esteja “Toponomizado” em Penafiel, não pela sua acção enquanto “Postalista” mas sim, como deputado, representando o Círculo de Penafiel. Foi também secretário, interino, do Ministério das Obras Públicas. Foi condecorado com o Grau de Comendador de Santiago, Comendador da Ordem de Santa Ana, da Rússia, Cavaleiro e Comendador da ordem da Legião de Honra, da França, da Rússia, do Japão, do Luxemburgo e da Roménia.

PictographWaypoint Altitude 1,017 ft
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Quelho das Castanhas

PictographWaypoint Altitude 988 ft
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Largo Arquiteto Fernando Távora

PictographWaypoint Altitude 991 ft
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Quelho do Paço

PictographWaypoint Altitude 989 ft
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Rua Direita

Normalmente, a rua Direita de uma cidade (e quase todas têm uma) é uma rua bem “torta”, muitas vezes íngreme e cheia de curvas! O topónimo “Direita” quer dizer, tão simplesmente, que foi uma rua central que ligava a população “diretamente” à igreja! São, por isso, ruas muito importantes e cheias de edifícios históricos. Em Penafiel, na sua rua Direita, estão alguns dos edifícios mais bonitos e antigos da cidade. Vale a pena percorrer esta artéria.

PictographWaypoint Altitude 941 ft
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Quelho do Abade

PictographReligious site Altitude 946 ft
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Igreja Matriz de São Martinho

Igreja renascentista de três naves e quatro tramos, separadas por duas arcadas de arcos de volta perfeita apoiados em colunas jónicas, e cobertas por abóbada de berço. A igreja foi construída sobre a medieva Capela do Espírito Santo, remodelada no século XVI ao gosto manuelino por João Correia, rico mercador da cidade de Penafiel, para aí albergar o seu túmulo, constituído por uma lâmina de bronze de tipo flamengo onde aquele fez representar a sua imagem gravada. Esta capela, que exteriormente preserva ainda o remate ameado com merlões chanfrados e uma janela decorada com pérolas, abre-se para a nave lateral do lado do Evangelho através de um arco quebrado com três arquivoltas de toro e escócia, sendo rematada por uma abóbada tardo-gótica de nervuras ou arestas. No templo destaca-se ainda a fachada maneirista, de parede lisa rasgada por duas amplas janelas que flanqueiam o pórtico, composto por colunas jónicas e entablamento clássico sobre o qual se desenvolve um nicho rectangular, com a representação policromada de S. Martinho e do mendigo, encimado por rosácea.

PictographWaypoint Altitude 890 ft
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Quelho da Fábrica

PictographWaypoint Altitude 869 ft
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Rua do Carmo

PictographReligious site Altitude 832 ft
Photo ofIgreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo Photo ofIgreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo Photo ofIgreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo

Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo

A Igreja da Ordem Terceira do Carmo, propriedade da Ordem do Carmo, é totalmente revestida a azulejo português. Foi construída no século XIX onde existia uma anterior Capela de Santo António Velho, que foi destruída principalmente devido às Invasões Francesas. Desta primitiva capela pouco se sabe, apenas se tem mais informação em inícios do Século XIX e que terá sido saqueada e quase caiu no abandono. Com o culto a Nossa Senhora do Carmo a difundir-se na cidade, a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo solicitou à Câmara que lhes cedesse a capela, para no local erguer uma Igreja de dimensão apreciável. Posteriormente, com a aceitação de todas as classes sociais da cidade, a câmara deferiu o pedido, e construiu-se a Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Durante o Século XIX e Século XX, a ordem terceira do Carmo, com ajuda de várias instituições e personalidades penafidelenses, foi remodelando a igreja, bem como o lugar em sua volta. Desde o olival que se situa em frente ao edifício religioso e um grande terraço com coreto, para encher aquando das festas de Nossa Senhora do Carmo. Adossada à Igreja encontra-se a Casa do despacho. No interior da Igreja encontram-se quatro altares, sendo o altar-mor com o painel de Nª Sª do Carmo, e os restantes dedicados a Santo António, S. Vicente e Nª Sª do Carmo. Encontram-se ainda colocados sobre mísulas, Santa Teresa de Ávila e Santo Elias. Em 1825 / 1826, a Ordem Terceira do Carmo de Penafiel, fez vir de Roma o corpo incorrupto de S. Vicente moço e mártir, que se encontra num dos altares laterais, num esquife de vidro onde pode ser venerado. O seu processo oficial de aquisição, preparação e transporte do corpo, tiveram custos de 222$110. Diz a crença popular que S. Vicente abre os olhos quando realiza um milagre. No exterior a Igreja é revestida a azulejo, e encontram-se vários nichos na sua fachada.

PictographWaypoint Altitude 821 ft
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Lavadouro de Chelo

PictographWaypoint Altitude 747 ft
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Casa da Presa de Vila

PictographWaypoint Altitude 694 ft
Photo ofCasa de 1842 (Quinta da Aveleda) Photo ofCasa de 1842 (Quinta da Aveleda) Photo ofCasa de 1842 (Quinta da Aveleda)

Casa de 1842 (Quinta da Aveleda)

PictographWaypoint Altitude 652 ft
Photo ofVinha da Aveleda Photo ofVinha da Aveleda Photo ofVinha da Aveleda

Vinha da Aveleda

Tudo começou com o sonho de um visionário, Manoel Pedro Guedes que, depois de se mudar para a Quinta da Aveleda, em Penafiel, plantou as sementes que mais tarde iriam culminar na demarcação de uma região vínica, a Região dos Vinhos Verdes. Já em 1870, Manoel Pedro Guedes cria um dos primeiros vinhos da futura região, o icónico Quinta da Aveleda. Anos mais tarde, seria ele que traria de Bordéus as técnicas avançadas de enxertia e da condução da vinha em bardos, marcos que iriam catapultar a futura Região e os seus vinhos para o sucesso. 1870 é o ano dos primeiros registos de venda de vinho engarrafado da Quinta da Aveleda. Já nesta altura se conquistaram prémios internacionais, que auspiciavam um futuro pleno de sucesso. No século seguinte, iniciaram-se exportações para o Brasil e Angola, surge o célebre Casal Garcia e a Aveleda assiste a um intenso desenvolvimento, nunca perdendo de vista o seu legado ancestral.

PictographReligious site Altitude 714 ft
Photo ofCapela e Túmulo de São Roque Photo ofCapela e Túmulo de São Roque Photo ofCapela e Túmulo de São Roque

Capela e Túmulo de São Roque

Capela datada de 1924, tem uma nave única com sacristia lateral e na fachada principal um alpendre com cobertura piramidal que amplia o espaço do templo e acolhe os fiéis durante as cerimónias. No altar, uma imagem de São Roque com o seu bordão e cabaça, ladeado por um anjo e por um cão com um pão na boca. Na Capela de São Roque são também veneradas as imagens de São Sebastião e de Santa Luzia, esculturas igualmente em tamanho natural. O culto a São Roque está bem vivo nesta comunidade, que anualmente mantém a já longa tradição celebrativa e todos os anos renova as acções de benfeitoria no templo e na encomenda de novas alfaias processionais, e insígnias, onde se inclui a execução de um estandarte processional de São Roque. O Túmulo de S. Roque é um sarcófago em granito, com tampa prismática lisa, em quatro águas e de secção hexagonal. Sem decoração, o arcaz apresenta uma epígrafe num dos laterais que identifica Frei António da Ressureição, padre franciscano que faleceu em 1577 vítima da epidemia que atingiu a cidade de Penafiel (então lugar de Arrifana de Sousa), e em memória de quem a população mandou fazer o túmulo, como agradecimento pelo auxílio prestado aos enfermos.

PictographRuins Altitude 706 ft
Photo ofCapela e Cruzeiro Nossa Sª da Guia (ruínas) Photo ofCapela e Cruzeiro Nossa Sª da Guia (ruínas) Photo ofCapela e Cruzeiro Nossa Sª da Guia (ruínas)

Capela e Cruzeiro Nossa Sª da Guia (ruínas)

PictographTunnel Altitude 691 ft
Photo ofPassagem sob A4 Photo ofPassagem sob A4

Passagem sob A4

PictographTunnel Altitude 703 ft
Photo ofPassagem sob A4

Passagem sob A4

PictographReligious site Altitude 762 ft
Photo ofCapela de São Bartolomeu / Casa do Feitor Photo ofCapela de São Bartolomeu / Casa do Feitor Photo ofCapela de São Bartolomeu / Casa do Feitor

Capela de São Bartolomeu / Casa do Feitor

A capela de Louredo também designada de S. Bartolomeu ou de S. Cristovão, com origem medieval, foi igreja paroquial de Santiago de Louredo, até esta paróquia ter sido extinta em meados do séc. XVI. Atualmente todo lugar pertence a S. Martinho de Arrifana do Sousa. Entretanto a freguesia de Louredo uniu-se à freguesia de S. Martinho de Moazares, atualmente designada Penafiel. Julga-se que pela proximidade à Casa de Louredo e por ter sido objeto de obras por parte dos seus proprietários, a capela acabou por ser associada ao palacete, desconhecendo-se a época em que deixou de ter acesso público. É um pequeno templo com nave e capela-mor de dimensões muito singelas, implantado numa plataforma sobre-elevada, à qual se acede por escada alinhada com a porta frontal. A capela é rodeada por um adro suportado por muro de alvenaria de granito em toda a sua envolvente. Possui fachadas em alvenaria de granito aparente pontuadas por duas portas, principal e lateral com arco em ogiva e pequeno campanário a encimar a empena principal. A cobertura é em telhado com duas águas em ambos os espaços. No interior, a nave tem teto plano em madeira pintada, paredes rebocadas e pavimento em soalho de madeira. Tem arco cruzeiro de volta perfeita enquadrado por dois retábulos laterais, um dos quais com uma pintura com representação de S. Cristovão. O retábulo-mor com estrutura maneirista, mantém as duas pinturas laterais, que enquadram um nicho sobre o sacrário ao centro, e na parte superior é rematado por painel policromado de perfil curvo com representação de S. Martinho. Sabe-se que Belmiro Mendes de Vasconcelos, proprietário do palacete, foi quem, na primeira metade do séc XX, financiou uma grande obra na Capela de Louredo "para tornar mais asseada essa capela velhinha", mas não há referências à data em que fizeram o repinte dos retábulos que atualmente encontramos. Existe apenas noticia do aparecimento de ossadas quando o anterior proprietário realizou escavações no local.

PictographWaypoint Altitude 778 ft
Photo ofPalacete / Casa de Louredo Photo ofPalacete / Casa de Louredo Photo ofPalacete / Casa de Louredo

Palacete / Casa de Louredo

A construção do palacete terá sido nos finais do séc. XIX, depois da abertura da rua Engenheiro Matos, verificando-se que na planta da cidade de Penafiel de 1892, ainda não existia. Nessa época o local estaria ocupado por outro edifício do qual ainda se encontram vestígios no nível inferior da atual casa. Desconhecemos a origem da construção inicial mas supõe-se que a Quinta de Louredo seria uma das várias quintas agrícolas referenciadas no lugar de Louredo já no séc. XVIII. A Quinta de Louredo pertenceu, entre outros proprietários, a Simão Júlio Ferreira de Almeida Mota Barbosa, cidadão ativo da vida penafidelense e pai do Poeta José Júlio, nascido em 1883 na casa. José Júlio Nogueira da Mota Barbosa herdou o Palacete em 1907, quando da morte de seu pai, e manteve-o até 1942, data em que o vendeu a Belmiro Mendes de Vasconcelos, emigrante no Brasil. Trata-se de um palacete com grande destaque em Penafiel, quer pela sua implantação numa das principais entradas da cidade mas também pelo seu perfil e desenho arquitetónico, que podemos inserir no contexto das "Casas de Brasileiro". Quando da sua construção, o local seria bastante mais isolado, apesar da presença de um ramal da linha de caminho-de-ferro na frente da casa no inicio do século, posteriormente desmantelado em 1931. A implantação da auto-estrada A4 a norte da quinta, e a implementação do nó de acesso á cidade, veio alterar profundamente a envolvente rural da propriedade que até aí perdurara. Atualmente a quinta mantém o acesso principal a nascente para onde apresenta muro com gradeamento de proteção e portões em ferro forjado. O palacete implanta-se afastado da via pública e encontra-se envolvido por jardim de gosto romântico, com árvores de algum porte e onde não faltam os elementos habituais, nomeadamente lago, o caramanchão, percursos e zonas de lazer com bancos, etc.

PictographPark Altitude 1,158 ft
Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro) Photo ofParque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Parque Zeferino de Oliveira (Jardim do Sameiro)

Sobre a Cidade e o Vale do Sousa, foi construído nos finais do século XIX início do século XX, aquando da construção do Santuário da Senhora da Piedade e Santos Passos, o Parque Zeferino de Oliveira mais conhecido por Jardim do Sameiro. O Jardim do Sameiro é um exemplo da escolha perfeita do lugar. A sua construção estratégica tira partido das melhores vistas, revelando a mestria dos nossos antepassados na arte de projetar jardins. O jardim desenvolve-se ao longo de vários patamares, acessível por escadas que conduzem até canteiros bem mantidos, limitados por sebes de buxo topiado. No interior dos canteiros, as plantas anuais dão cor e alegria ao cenário verde do buxo e das sebes em ligustrum que contornam a escadaria principal e uma panóplia de herbáceas e arbustos, tais como rosas, azáleas, rododendros e camélias.

Comments  (4)

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Dec 7, 2021

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    Percurso curto mas muito interessante. Concilia a zona velha de Penafiel e o vale do rio Sousa, cruzando vinhedos da Quinta da Aveleda. Muito Bom!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Dec 7, 2021

    Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho.
    Foi uma boa caminhada pela encosta de Penafiel voltada para o vale do Sousa.
    E com excelente companhia!! Continuação de boas caminhadas!

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Feb 28, 2022

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    Caminhada curta mas muito agradável pela zona velha de Penafiel e pelo vale do Sousa, com passagem por vinhedos da Quinta da Aveleda. É um bom percurso para conhecer melhor a cidade de Penafiel e zonas limítrofes. Grande abraço!!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Mar 2, 2022

    Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho. Continuação de boas caminhadas. Abraço!

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